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miki.
“ – Eh!? As minhas calcinhas? Não acredito nisso! E você as defendeu com a sua vida, né? Minhas preciosas calcinhas são sagradas! – ” não havia um só dia que Miki não se visse enfiada no mundo fantasioso da amada. Sempre achara aquele lado demasiadamente criativo da menor um dos melhores pontos de sua personalidade. Quando sentia-se péssima desde os dias de infância e adolescência juntas, era Mai e suas bobagens que cuidava dela e a fazia sorrir com sua imaginação fértil. E era exatamente por aquilo que Miki afirmava que a amada era uma professora maravilhosa. E que seria mãe ainda melhor.
A menção sobre a comida fez o estomago dar um salto mortal dentro de si e a boca de Miki salivar apenas de imaginar o sabor delicioso. “ – Acho que quero esse salmão sim, quanto menos trabalho para nós duas, melhor. – ” respondeu com um riso, acelerando o passo quase que inconscientemente, desejando apenas chegar em casa e poder se livrar daqueles sapatos e comer tanto a ponto de estar estufada. “ – O seu omurice é uma delícia, com bastante molho fica melhor ainda.
Dentre as duas, Miki era a que mais tentava buscar algum contato mínimo ao ar livre na tentativa de suprir toda a sua vontade. Ela via os casais e sentia uma pequena inveja, queria poder sair de mãos dadas com a mulher que amava com a sua vida, mas parecia que a cada dia aquilo ficava cada vez mais difícil. “ – Não tem por que ficar com tanto medo, não tem ninguém aqui! – ” com um suspiro pesado, ela apertou de leve a mão de Mai, tentando lhe assegurar de que estava tudo bem.
Não esperava de fato um beijo no meio da rua, apenas que a mais velha tivesse um pouco mais de confiança. “ – A não ser que as pessoas andem com radares que captam o que os outros dizem a metros de distância. – ” tentara descontrair com uma piada sem graça, mas na mesma hora a Takayanagi percebeu que não era hora para tal. Apenas abaixou o olhar e encarou o chão por algum tempo enquanto caminhavam, até chegar em Up Hill. Só de estar perto de casa dava uma sensação de alívio na maior, que contava os passos até a casa da mulher ao seu lado que para a sorte de ambas ficava pertinho da sua.
“ — Mas é claro que sim! Eu lutei com todas as minhas forças, você devia ter visto.” Encerrou com todo seu orgulho em ápice, certa de que seu feito renderia um bom agradecimento vindo da dona das peças íntimas, não que Mai tivesse protegido as mesmas apenas por isso -- sua honra é algo que vai além do que pode receber por fazer boas ações e talvez esteja se deixando levar demais pela imaginação e devesse focar um pouquinho no caminho ao invés de nas imagens frenéticas de batalhas em sua cabeça. Às vezes ela pode esquecer de voltar ao mundo real e tem dificuldade em se manter no que seu tato pode sentir. Foi com ajuda de Miki que conseguiu dessa vez, visto que a mulher mais alta apressou seus passos e forçou Yokoyama a quase correr ao seu lado. Exageros. “ — Pode comer tudo o que quiser, eu estou estufada e sem fome.” Sorriu.
Outro aspecto dos seus dias que, com facilidade, assassina toda a sua criatividade e divertimento é o fato de não poder ter um relacionamento mais aberto com Miki. O medo criado em si após por conta da recepção nada favorável da família vendou seus olhos para qualquer possibilidade de liberdade que pudesse se apresentar, transformando a baixinha em alguém exageradamente cautelosa, beirando a paranoia nas situações mais simples que pudesse passar. “ — Você sabe que eu não gosto dessas piadas. Não tem nada a ver com quem possa estar olhando, ou quem possa estar escutando com um dicionário nas mãos pra traduzir o que dizemos, mas a reação deles. Eu adoro brincar com os limites do que alguns possam achar da nossa amizade, mas daí a dar uma prova clara que somos mais que isso é demais. E não é nada engraçado ver o ódio na face dos outros, mesmo que de estranhos.” Yokoyama tem a certeza de que Miki não faz ideia do que é ser olhada daquela forma, e não sabe o que isso faz com a mente de alguém. Por isso tenta evitar falar sobre isso o máximo possível, no entanto, às vezes não há saída.
Seu rosto pareceu apagar com a mudança do clima e ela até se afastou só um pouco da mais alta enquanto finalizavam a caminhada em direção ao topo da montanha. Mai abriu a porta em um silêncio quase doloroso, chateada por ter transformado o que deveria ser uma boa surpresa em algo tenso. Encostada na parede da entrada, já do lado de dentro, ela cruzou os braços e ficou fitando Miki se mover pelo que pareceu uma eternidade antes de abrir a boca. “ — Desculpa.” Disse baixo demais, agora olhando para as próprias unhas, curtas e pintadas com uma cor laranja berrante que seus alunos adoram.
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miki.
E verdade era que as japonesas eram um casal mais do que bobão. Pelos anos que tinham juntas de amizade, antes de mais nada, permitia que a Takayanagi já tivesse se acostumado e passado a apreciar todo aquele lado extrovertido da amada que lhe arrancava as mais singelas risadas. Ela sempre seria grata à Yokoyama por trazer toda aquela animação e cor para a sua vida desde que eram crianças e a maior vivia um inferno em sua casa. “ - Eeh? Sério? Uma faquinha de manteiga? E eles te machucaram? - ” usava todo o drama que era capaz para estar a altura de toda aquela encenação de sua amada. Estava tão entretida com aquela que era dona de seu coração que até mesmo esquecia do ambiente que se encontravam. Todo aquele amor envolvido fazia com que seu corpo e mente ficassem leves e despreocupados, focando apenas em quem realmente importava.
E brisa gélida causou um arrepio na espinha e a fez suspirar, adorando o tempo frio durante a noite. Assim poderia ter a desculpa perfeita para apertar aquele abraço torto, ficando bem juntinha de sua baixinha. “ - Estava nos meus planos passar naquele restaurante japonês pra comprar o nosso jantar, estava com preguiça de cozinhar. - ” confessou com um biquinho, olhando-a por cima. Aquele biquinho da amada era difícil de resistir, até sentira seus lábios formigarem e a vontade de roubar um breve beijo ardia dentro de si. “ - Não faz biquinho pra mim, você sabe que isso é tortura! Não brigue comigo se eu acabar te beijando. - ” respondeu baixinho em japonês, dando uma breve olhada so seu redor quando passaram por uma rua parcialmente deserta, sem ninguém por perto. O que fez a sua vontade aumentar. “ - O que você cozinhou? Eu estou morrendo de fome. - ” com as mãos sobre a barriga, fingiu um choramingo baixinho no instante que está fez um barulho pelo vazio que se encontrava. Soltou uma alta risada quando ouviu a desculpa esfarrapada, a conhecia mais do que bem para cair em suas mentiras bobas. “ - Sei bem que exercício é esse, não sei como você nunca caiu e se arrebentou toda. - ” concluiu com uma breve risada, apertando de leve o nariz alheio.
“ — Oh, sim. Faquinhas de manteiga. Eles tentaram me pegar, mas... Eu fui mais rápida.” Com um sorriso de lado, Mai contou com muito orgulho a sua proeza. “ — Eles queriam roubar as suas calcinhas, é claro que eu não iria deixar. Então nós lutamos arduamente, eu contra uns sete ou oito caras altos, vestidos de preto e eu derrotei todos.” Ela deu de ombros, tão imersa no seu universo alternativo em que era uma yankee de primeira linha que nem teve cabeça para rir da própria piada. Seria muito bom viver assim, nesse mundo alternativo. Miki papoderia ser a sua rainha e elas mandariam em tudo porque todos respeitariam e temeriam Mai. Seria perfeito.
“ — Ainda tem um pouco de salmão teriyaki de lá, se você quiser.” Acordou do sonho para responder à comida, já que comida é algo muitíssimo importante - ela sempre diz aos alunos: vocês podem correr e correr, mas precisam se alimentar para não caírem duros no chão e os pais deles acabarem por mandar prender a professora baixinha que não insistiu na hora do lanche. “ — E hoje eu fiz omurice.” Provavelmente um dos pratos mais fáceis de se fazer na história, e mesmo assim havia um ar de orgulho na menor quando ela disse isso.
A menção de um beijo ali no meio da rua lhe deixou um tanto fora de órbita, com Yokoyama automaticamente procurando ao seu redor por pessoas com a mínima semelhança nipônica e que pudessem ter entendido o que sua namorada disse. Nem a falta de um pé de gente fez com que o sentimento desconfortável fosse embora, Mai procurando se acolher em si mesma e ignorar aquele medo sem sentido. “ — Você não devia brincar com isso assim, nem se for falando em japonês. Não é exatamente raro encontrar quem consiga entender a gente.” Replicou com os olhos ainda escaneando as ruas, ea voz consideravelmente mais baixa. Acabou até ignorando a parte do assunto sobre suas atividades pós-trabalho.
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miki.
Fora apenas quando a última cliente que havia passado algumas belas horas sentada a sua frente passou pela porta de vidro que Miki pode finalmente respirar aliviada e relaxar por um instante. Não poderia reclamar de todo o trabalho que tinha durante o dia, jamais, pois quanto mais atendia, mais recebia no final do mês. Mas, da tarde para a noite o salão costumava encher de clientes, impossibilitando de enviar a sua mensagem diária para a amada. Precisava avisa-la que iria para sua casa após ajudar a fechar o estabelecimento, mas sequer tivera tempo para tal. Depois o descanso de cinco minutos, era a sua vez de ajudar na limpeza do salão para então todas irem para as suas casas.
Não era nenhum sacrifício ficar mais alguns minutinhos para limpar todas as salas dali, mas suas pernas e braços pediam socorro após tantas horas em pé e com um secador pesado e quente em suas mãos. Apesar do grande fluxo de clientes naquele dia, o ambiente não estava tão sujo, o que ajudava na limpeza ser rápida e a devida organização. A Takayanagi adorava organizar e reorganizar o estoque de produtos usados ali, muitas das vezes chegando até ser chamada a atenção por mudar tanto as coisas de lugar.
Assim que finalizou todo o seu trabalho de limpeza, retornou para a área principal do salão, na companhia de sua colega de limpeza do dia. Ria em meio a uma conversa quando deparou-se com uma certa figura baixinha passando com tudo pela porta de vidro. “ – Mai? O que está fazendo aqui? – ” estava surpresa com a parição da amada, que não era sempre que ela resolvia dar as caras em seu ambiente de trabalho. Por isso, acreditou que fosse uma emergência real até ser proferida a última frase. “ – Oh! Yakuza veio atrás de mim? – ” brincou em seu idioma materno, com uma risada e um balançar com a cabeça. As demais colegas já estavam acostumadas com as parições repentinas e exageradas da mais velha.
“ – Minha casa pegando fogo, que desculpa maravilhosa. – ” soltou uma risada quando retornou a namorada, já com a bolsa em seu braço pronta para ir embora. As brincadeiras tentavam disfarçar o sorriso bobo em seus lábios pela surpresa da namorada. Não era sempre que recebia a surpresa de Mai indo busca-la. “ – Mas eu amei você ter vido me buscar, eu estava indo pra sua casa cheia de saudades. – ” agradecia aos céus por ambas serem estrangeiras, podendo assim usar o idioma materno quando estavam em público e demonstrar afeto. Já que ações como gostaria ainda era impossível.
Aquela é uma reação esperada. Desde criança, adultos tendem a ignorar suas ações mais extrapoladas e, por isso, Yokoyama cresceu (figurativamente falando) blindada contra a falta de atenção vinda de terceiros. Até porque só havia uma pessoa cuja atenção ela estava tentando conseguir, no final. E desta, Mai nunca falha em conseguir. É um dom, de fato. Ou talvez só seja amor. Qual que for, seu sorriso tomou conta do rosto quando Miki entrou na brincadeira. “ — Você perdeu! Eles tinham armas, espadas, se vestiam como ninjas e eu acho que um deles até estava carregando uma faquinha de manteiga.” Replicou no idioma natural sem nem pestanejar. Àquela altura, o resto do mundo já tinha desaparecido e tudo o que Mai via era Miki -- o que não é difícil já que a outra mulher é quase uma gigante em comparação. E Mai ama a diferença de alturas. Tem muito mais Miki para amar.
Do lado de fora, com a brisa das primeiras horas noturnas soprando pelas ruas calmas, Yokoyama entrelaçou seu braço ao alheio e fechou os olhos por alguns passos. Queria só um momento de silêncio ao lado de Miki, depois de quase o dia inteiro sem vê-la. “ — Eu não aguentei esperar.” Sua voz saiu cheia de marra, mas desfez o bico com o sorriso típico. “ — Você já tem o que jantar? Eu cozinhei...” Com uma expressão perigosa, Mai riu. Ela não é uma péssima cozinheira, pelo contrário. Só tinha aprendido depois de muita insistência da sua mãe e da sua avó. As lembranças são boas, quando ela ignora o pedaço em que provavelmente é a única que ainda se lembra. “ — E sim, a sala está toda desarrumada porque eu estava... Eu estava me alongando.” Mentiu descarada, mesmo sabendo que Miki saberia exatamente o que ela estava fazendo.
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they seem like very good friends.
monday night with @mikixn //
Morar sozinha tem seus lados positivos. Na maioria dos dias, quando chega ainda com alguma energia após brincar com os seus pequeninos, Mai coloca música pop japonesa para tocar, começa a fazer algo para comer que lhe lembre da sua terra natal, afasta os pouquíssimos móveis que tem na sala e fica deslizando de meia pelo espaço que parece enorme devido a sua estatura modesta. É uma ótima forma de passar o tempo enquanto a comida fica pronta e esquecer que queria mesmo era estar acompanhada de uma pessoa em particular.
Naquele dia, contudo, as saudades estavam impossíveis de negar. Deitada no chão, com os olhos fechados enquanto ouvia uma música animada sobre a coragem de falar a respeito dos seus sentimentos, Mai se levantou com o âmago obstinado: não ia fazer uma serenata hoje, mas faria o mínimo que podia para, pelo menos, lidar com a falta que estar perto de Miki esmagando seu pequeno ser. Tomou um banho rápido, pôs suas roupas mais rápido ainda e foi (com o máximo de calma que ela tem em si) caminhando até o trabalho de Takayanagi.
Antes de entrar no salão de beleza, a menor respirou fundo para poder concentrar-se na sua melhor poker face. Quando as portas se abriram, ela virou uma pilha. “ — Takayanagi!! Você precisa vir comigo agora mesmo! A sua casa está pegando fogo e os bombeiros estão suspeitando que foi a máfia!” Com toda a seriedade do mundo, o conto de Mai fez todos que ainda estavam dentro do salão (em horário de fechamento) pararem o que estavam fazendo pra assistir aquela caricatura de ser humano agir da forma mais dramática possível. Assim que ela calou a boca, mantendo a pose de desespero, todo mundo simplesmente se virou e voltou a arrumar-se para ir embora.
#paras#maimi threads#IMAGINA A MAI NO FINAL COM AQUELA GOTINHA NO ROSTO TIPO ANIME#KASJDFKFJKDFKSD#p: they seem like very good friends
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MEET MAI
29, SOLTEIRA Because we can always love each other amidst a dream.
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