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QUO VADIS?
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novienealmayo · 2 years ago
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08/03/2023
Pequena reflexão Da necessidade do entender  O que sai do coração. De fato, desde muito pequena me sinto negligenciada. Isso não se deve a minha mãe ou a morte precoce do meu pai, mas da minha percepção de tudo isso. Entendi, desde muito tempo, que precisava ser forte e suportar as minhas dores calada, pois eram muito “fantasiosas” e minha emoção vista como um sinal de fraqueza.  Isso me fez e faz sofrer muito. Não consigo me conectar com meu intimo ou vivenciar as experiências de forma plena. Amar, transar, comer... tudo que me toca profundamente causa um pânico interior. É como se fosse a destruição de um castelinho que montei ao meu redor. Minha força vem do isolamento. Infelizmente, ao longo dos anos fui reproduzindo uma estratégia burra e infantil, onde eu me protejo do outro servindo-lhe. Assim o foco jamais estaria em mim, “segura” na fortaleza.  As minhas construções ficaram por 23 anos escondidos do mundo, onde eu só revelo o que passa dentro em partes: ninguém pode saber de mim!  É incrível como todos os homens que já conheci agem da mesma maneira. Parece que eles não percebem as coisas ou simplesmente as ignoram. Isso é capacidade de se priorizar ou de ser um babaca?  Sim, é babaquice! Mas a solução não é mais se trancar no castelo:  “Pra ser rainha não é só sentar no trono,  Pra ser rainha, tem que saber governar”.  Eu estou cansada de como as coisas estão para mim e por isso não resistirei mais as mudanças. Vou me permitir ser uma outra, a que quero, não para servir mas verdadeiramente me fortalecer.  Essa é a emoção à flor da pele.
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novienealmayo · 3 years ago
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27/01/2022
Espero tão aflita o teu chamado A tua fronte auspiciosa e brocada, A coxa grossa e a mão alongada Escrevendo-me, falando do passado.
Como eram belos meus sonhos, Os anjos serenos e risonhos Ouvindo o teu sonoro declamar. Um excerto do louvável Virgílio O nome de um possível filho Criado em terra quieta à beira mar
Como é roxo o sangue das amoras Que sangram por todas minhas horas Esperando a salvação da solidão: Uma vocação para monges e ascetas Que nas celas mais frias e quietas Clamam ao céus pelo fogo da paixão.
Espero tão aflita o teu chamado, A tua fronte doce como as mangas O cheiro fresco das rubras pitangas Teu corpo crescente e animado.
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novienealmayo · 3 years ago
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27/01/2022
A relação consigo mesmo é um assunto extremamente complexo, muito estudado e ainda pouco consentido entre os populares. Nisso há uma informação implícita: se alguma coisa é objeto de estudo para uma tradição intelectual de milênios e mesmo assim não há consenso, é um caso perdido! Perdido não em sentido dramático radical, de que as coisas jamais serão totalmente desveladas mas aceitando dignamente a derrota de uma limitação. Mas, eu creio que na busca da nossa essência ou nas palavras da filósofa alemã Edith Stein a “alma da alma” é indispensável um trabalho coletivo. Se partirmos do pressuposto que jamais nos veremos fora da nossa experiência subjetiva da realidade, se faz necessário um intermediador que observe e inclua nesta jornada preposições e comparações que não poderíamos fazer por sermos os agentes. E existem certos aspectos dessa experiência única e subjetiva que só serão interessantes para o olhar de alguns curiosos ou devotos.
Uma relação amorosa onde o Eros impera, é imprescindível o desejo do mergulho. Mas existem certas partes de nós que são tão obscuras ao nosso olhar e sangram constantemente que parece uma impossibilidade alguém se interessar por aquilo. E vale lembram que o interesse não é a concordância mas um respeito genuíno pela situação. Por isso que para ser íntimo é preciso ter coragem e não há nada mais explicito do que a vida privada. E o que seria mostrar-se? A exibição das fragilidades.  
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novienealmayo · 5 years ago
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17/04/2020
Resolvi escrever de novo pois fui intrigado pelo assunto que me prendeu hoje, até que enfim achei algo. Golfinhos! Pesquisando mais sobre eles e cruzando seu comportamento com a minha personalidade animalesca hibrida, ora cobra ora aquática, descobri que esses animais fantásticos são capazes de se reconhecer no espelho! Isso é fascinante e me levou a um questionamento que irei levar para psicanálise na próxima sexta feira. Quando nos damos conta que vemos a nossa imagem no espelho? Isso parece óbvio. Sou eu refletido e um pouco distorcido num pedaço grudado na parede. Mas eu tenho muitas vezes algo que me incomoda, sofro de manifestações constantes e rápidas de consciência sobre a realidade. Isso significa que quando tomo café paro e penso “nossa estou tomando café, sim tomando café”. É complicado explicar esse sentimento, eu só sei que estou tomando café, que isso é uma ação. Mas acabo de perceber que nunca tive uma epifania olhando o espelho. Não lembro de parar 10 segundos e me dar conta de que ele sou eu. E isso é curioso pois passo pelo meu reflexo pelo menos 10 vezes ao dia! Pensando desta maneira são rara as vezes que eu realmente gosto de algo que visto ou tenho certeza de que aquilo ficou bom em mim. Ora, se não percebo não posso afirmar. Seria minha vida refletida, até agora, apenas em achismos e pouca certeza? Isso combina com o final do texto anterior. Agora que entrei neste período de procurar ter mais firmeza nas coisas e tirar a palavra “acho” da minha vida me deparo com ela de novo e de novo. Mas aqui achar alguma coisa vai além de uma opinião sobre algo. É uma visão e ver é muito importante. Existem pessoas que são cegas, mas aposto que muitas delas excluíram o achar e conseguem enxergam. Quero que entendam que não estou falando do ato mecânico e si e sim de uma percepção aguçada do que é real e do que não é. Eu poderia até esmiuçar o que o termo em latim, ver, quer dizer. Mas isso seria chato, estou tentando buscar coisas dentro de mim e não roubar de algum lugar, mudar palavrinhas e dizer “sim é isso”. Me chateio muito quando tenho que explicar algo que sinto para alguém mais de duas vezes. Acho que essa chateação vai mais além da minha impaciência constante. É uma frustração saber que algumas pessoas não sabem que elas tomam café. Eu considero fumar uma coisa chic, mas eu fumo por imitar e não por gostar realmente daquilo. Preciso de artifícios para me sentir fino? Talvez. Mas se vejo a Hilda Hilst fumando muito e sendo uma pessoa genial eu decido que aquilo é chic. E como quero ser semelhante a Hilda, fumo. Clarice fumava muito também. Fumava tanto que chegou botar fogo em seu quarto por conta disso e continuava chic de doer. Dar-se conta do que faz as vezes é chato. Nem sempre é legal. Você percebe que muitas vezes repete coisas porque quer e não quer. Se o mundo é uma constante subversão de ordens para manter coisas funcionando, por que não posso ser como o mundo? Eu estou nele, então devo ter uma ordem dentro de mim. Ordem subvertida, não se esqueçam. Estou cogitando jogar meu maço de Chesterfield prata fora. Longe de mim por causa do puritanismo ou de uma finesse original. É porque me preocupo com os dentes, com a boca de modo geral. Tenho belos lábios. Não sei porque os vejo mas porque os sinto.  Acho dente um toque estético importante, e eu como esteta natural, negligencio isso. Meus caninos estão separados dos meus molares por conta do aparelho (ele está corrigindo isso faz anos e não tenho pressa pois sei que um dia isso acaba, a certeza dando seu ar novamente). Pensando bem, não quero ser alguém que está morto. Não daria certo! Um bom imitador não é um caricato. Tem que ter proximidade. E isso é impossível no momento. Espiritualmente é complexo e não desejo mexer com isso, agora. xoxo
arwen
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novienealmayo · 5 years ago
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17/04/2020
Em 4 horas descobri o óbvio: eu não sei como me entreter. Ontem, após uma análise que me provocou e me colocou em xeque em relação a como eu me vejo e projeto nos outros [um tom de ultra exposição]. Sim, eu me vejo como um objeto e não bastando enxergo os amantes da mesma maneira. É importante não reprimir o desejo, dar-lhe voz. Mas o que eu posso fazer se meu desejo é ser inanimado? E foi com essa dúvida que tomei uma decisão: irei ficar algumas horas sem mexer em redes sociais. O curioso é que para algumas pessoas algumas horas é uma tarefa fácil. Para mim está sendo tortura e ao mesmo tempo um alívio entediante. Sou aquele tipo de amigo que envia diversos áudios, está sempre online ouvindo uma música e conversando com alguém [já que minha lista de contatos é imensa e sempre surge alguma novidade para mim]. Aí mora a razão de serem apenas algumas horas de afastamento, não dou conta de 3 dias isolado. Mas, movido pela angústia de ser criticado por meu desejo (que no fundo tenho consciência de que é errado, mas ainda é potência) me entreguei a esta experiencia sabática temporária com um único propósito, o de ser legal comigo mesmo. E aos poucos estou percebendo que não faço ideia do que fazer para me agradar verdadeiramente, não tenho consciência do meu corpo ou das minhas emoções sem ser para estar disponível ao outro. É como se minha mente fosse um grande restaurante em que as pessoas pedem o que quiserem no menu e eu sirva de bom grado. Mas eu, o funcionário e chefe deste estabelecimento estou enjoado de um prato que preparo todo dia, experimento todo dia, mas nunca consumo de fato. Nesse período, que ainda está decorrendo, fiz algumas coisas que foram rapidíssimas (pequenos desenhos cegos de araras vermelhas, palmeiras e poses de modelo nu) e ouvi podcast. Não consigo me por em uma situação em que eu devo exercitar o elástico que é meu cérebro por mais de 1 hora onde ficarei imerso em mim.   Também aprendi na análise que sou meio fogo de palha. Mentira, não aprendi na análise percebo isso em mim desde criança. Mas tenho vergonha de admitir e preguiça de controlar.  Que culpa eu tenho em me enjoar das coisas quando elas não são combustível suficiente para queimar durante horas? Um incêndio é tão bonito quanto o Sol? Sendo que a combustão é matéria conceitual dos dois. Com isso podemos ver que a vantagem é decisiva na beleza. Tenho um grande desejo de escrever um romance. Considero minhas experiencias chatas, frias e extremamente banais para se fazer 150 páginas disso. Livro com menos disso é história de crianças com ilustrações divertidas. Sei que aí mora o erro, toda experiência quando bem rememorada é divertida. É como uma reunião com os amigos que sempre falarão da mesma noite em que saíram, se drogaram e tudo ficou mais suscetível, colorido e engraçado. Você pode ouvir mil vezes a mesma história e cada vez que é contada a graça fica maior. É necessário procurar pela diversão no que já foi feito. Não importa em que situação, ela estará lá. A graça. Detesto rir de mim, e percebo escrevendo isso que é um traço dessa incapacidade me entreter. Sempre me imagino, quando estou ouvindo algo engraçado sobre mim que provavelmente fiz não-sóbrio, a imagem que estava passando ao outro no momento. Sempre o outro. Acho que por isso resolvo tratar como objeto quem não deveria. Objetos não falam e se falam é ato mecânico ou induzido por alguém (no caso eu). Não preciso servir nada de interessante a uma pessoa inanimada. Apenas aquilo que eu queira que ela veja, no caso, eu como objeto também. Assim ela me agrada lendo um manual e eu a agrado da maneira como eu bem entender. Sou um objeto rebelde. Aquela boneca em que as crianças têm medo, pois há indícios de que ela anda pela casa a noite e revira tudo, podendo matar quem a possui enquanto ela se faz de morta. Pensemos em mim com um golfinho. Sim, um golfinho! Pois são animais que transmitem alegria e otimismo, apesar do grunhido irritante que se torna fofo pelo o aparato que acompanha.  As pessoas me enxergam (ou eu acho que elas enxergam, não ligo para este dilema, lembrem que sou rebelde) como uma pessoa que contagia um ambiente com presença e alegria. Elegância também, golfinhos não são elegantes, sou um golfinho diferenciado. O meu grunhido é minha grosseria. É curioso que as pessoas continuem me adorando mesmo eu sendo ríspido e arrogante 90 por cento do meu tempo. Pensando bem isso é um equilíbrio interessante. Pessoas que são apenas engraçadas se tornam bobos da corte, são abusadas pelos outros. A minha grosseria disfarçada de franqueza me salva e me bota em um patamar diferenciado. Não é algo hierárquico, quando digo patamar, mas sim separativo. Diferente do golfinho eu comecei a gostar do mar somente após o meio da adolescência. Digo diferente que golfinhos não podem escolher gostar ou não da sobrevivência imposta. Mesmo tendo nascido em cidade de praia, logo golfinho por dignidade, odiava mar quando criança. Hoje acho um barato! Alias, me ocorreu agora... alguém já viu lutas entre golfinhos? Se me coloco como este animal quero também o desejo de lutar como golfinho! É permitido a alegria ser rude? Bom, este texto como todos os outros, são cheios de aposto pois tenho a mania de intervir no meu próprio pensamento. Percebi que repeti tantas vezes a palavra golfinho que ela começou a se tornar verdade para mim e em menos de 10 minutos me considero um mesmo sem saber quase nada sobre. Repetir algo para si, mesmo que mentiroso, surte efeito. A mentira então se torna verdade. E não se torna de um modo figurativo! É possível transmutar algo mentiroso em certo apenas repetindo, repetindo, repetindo. Para encerrar este monologo gostaria de partilhar algo. Cada vez mais me enxergo como artista. Como uma pessoa que percebe a realidade tal como é. Porem tenho preguiça de achar modos de mentir até transmutá-la em verdade pessoal por meio da linguagem que seja. Para mim atores de teatro são dissimulados e fotógrafos incríveis são pessoas com sorte. Minha luta agora será abandonar a palavra acho. Chega, não quero mais achar nada! Quero que daqui dias alguém venha me perguntar “ei, o que você faz para ter alegria e prazer consigo?” e eu apenas terei certeza! Mesmo que temporário isso é importante. Saudades deste local e das 3 pessoas que me acompanham (disso eu tenho certeza, já é um passo).
xoxo, arwen
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novienealmayo · 7 years ago
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31/12/2017
Apenas nos damos conta de que o tempo passa quando a Noite Feliz e seu pobrezinho dizem adeus.
Toda vez que um novo ano se inicia eu me sinto muito confiante.
Todos devem se sentir assim.
A sensação de estar recebendo uma nova chance, uma oportunidade de recomeçar, é deliciosa.
Como o ser livre que sou, pelo menos assim me classifico, tomo a graça por estragar e acabo jogando pelo ralo as coisas boas que estariam por vir.
Olhando para trás, consegui transformar um ódio crescente em gratidão, afinal de contas, eu notei que sabia o que estava por vir.
A gente colhe o que planta.
E o que eu espero de 2018?
Não espero nada e ao mesmo tempo espero tudo.
Metade de mim diz "não se afobe"
e a outra "essa é sua hora".
A famosa chance está a 1 dia de distância de mim e eu não decidi ainda pra qual lado de mim ela será outorgada.
Que minha liberdade não estrague tudo e me consulte antes de tomar decisões precipitadas.
xoxo, arwen
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novienealmayo · 7 years ago
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07/12/2017
Confiança. No dia de hoje passei por uma crise grave de ansiedade. Ansiedade é um grande monstro que gela sua barriga e te come por dentro. Antes de tudo é um problema de confiança. Confiar em que ou em quem? Não sei dizer, cada um cada qual. Eu costumo confiar em Deus, não de maneira integral. Se não não sofreria assim. Acho que a ansiedade é um mecanismo que permite que nós enxerguemos nosso limite perante as coisas. Sofremos por problemas os quais não temos condições de lidar, se tivessemos resolveriamos e não sofreriamos. Ai que entra a confiança. Quando você delega alguma coisa importante sua a alguem, acaba se despreocupando das coisas. Aquilo que te matava não incomoda mais. Por que? Porque o problema não é mais integralmente seu. É complicado porem, fazer essa entrega. Minha vida toda sofri com esse problema, sofro por tudo. Complicado é admitir que algumas respostas não estão ao nosso alcance... fiz a parte que me cabe agora resta os resultados. Resultado. Eles podem ser bons ou ruins. O medo geralmente vem dos ruins, mas muitas vezes dos bons. É incrivel, parece que eu sofro muito antes de ganhar algo, e quando ganho não comemoro na mesma intensidade. Agir assim é mais comum do que nós imaginamos. Quantas vezes a nossa decepção sempre ultrapassa a alegria. Seria ingratidão ou uma certeza interior de que nós alcançariamos tal coisa conquistada? Conquista. Sempre me queixo das coisas que tenho ou deixo de ter. Um homem muito sábio uma vez me disse que devemos ter um julgamento reto perante as coisas. Devemos partir do ponto daquilo que nós temos não dos que no falta. O mundo anda caminhando para um ponto muito esquisito, nós sabemos. Mas não podemos deixar que esses eventos influnciem a nossa vida de maneira direta. Se pararmos para pensar nas coisas boas que acontecem conosco atráves do intermédio de outros, é mil vezes superior ao mal praticado pro alguns. Sempre alguem esta disposto involuntariamente a cruzar nosso caminho. Caminho. Caminhos Cruzados do Érico Verissimo é um livro que elucida bem isso, histórias que se cruzam por caridade e por maldade. Pode parecer confuso esse jogo de palavras, mas na minha cabeça (e espero que na sua) faz sentido. Confiança, resultado, conquista e caminho. Essas palavras em destaque revelam aquilo que tem mais de profundo em nós, o medo obviamente. É necessario confiar, porem temos medo. É necessário encarar os resultados, porem temos medo deles. É louvavel que conquistemos as coisas, porem temos medo das responsabilidades da conquista. É certo que temos um caminho para percorrer, porem temos medo do desconhecido na frente. Por isso, se você é assim como eu e se encontra nesses dias, recomendo que pegue uma xicará de chá (Deus me perdoe de café), abra seu bloco de notas e escreva coisas aleatórias que vão surgindo na sua mente. E se isso não funcionar, não sei como te ajudar pois estou ainda com o mesmo dilema.
xoxo arwen
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novienealmayo · 7 years ago
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13/11/2017
Se expressar verdadeiramente é uma coisa complicada.
Pelo menos para mim.
Sempre fui acostumado com a solidão, não que ela seja má. Ser filho único é complicado, ainda mais quando se tem poucos parentes. Mas creio que a solidão foi uma opção. Quando era menor nunca fazia questão de ser sociável com os outros. Os outros aqui seriam os meninos. Sempre gostei de meninas. Mas o meu gostar de meninas não era físico. Eu simpatizava, e aindo simpatizo, pelo fato delas serem a frente do tempo, desde tão novas assumirem responsabilidades e lidarem bem com elas. E eu me considerava a frente do meu tempo. Nos damos bem. O tempo passou e hoje minha personalidade é muito diferente da criança que eu fui. Antigamente meu comportamento era totalmente irreverente, afrontoso, do tipo que não ligava para opiniões alheias. Hoje me sinto retraído e totalmente devotado a pessoas que não sentem nada por mim. Se deve a quem ou ao que essa queda? Conforme eu fui crescendo, meu eu foi se moldando através de experiências péssimas que eu tive. Desde a temência desnecessária do divino, ao comentário maldoso o qual eu achava que jamais me importaria, meu modo de encarar o mundo em sua totalidade, minha relação com minha mãe, e principalmente minha ideia persistente de ser alguém a frente do meu tempo. A vergonha também sempre tomou conta de mim. Vergonha de alguns acontecimentos os quais eu nunca tive relação, porém eu me crucificava por eles e tomava todas as suas dores. Sabe, carregar um fardo que não é seu é algo que vai além da caridade. É imbecil. Em meio as minhas crises de identidade, pelos motivos apresentados acima, e minhas tentativas de se destacar entre os demais, a internet surgiu como um oásis. E graças a ela acabei aderindo ao culto quase exagerado a Lady Gaga. Ela é alguém a frente do seu tempo (por consequência, mulher). Seu discurso de igualdade e respeito sempre me cativou. Era incrível, uma pessoa poderosa que afrontava governos e saia às ruas por busca de algo maior que nem fazia parte do meu mundo, até então. Graças ao mundo online, acompanhava e acompanho cada passo da rainha. Mas até que ponto isso é bom? O que eu estou querendo dizer, nesse texto que assim como a minha vida vai se tornando a cada passo sem sentido, é que quem nós somos hoje, deriva excessivamente das nossas escolhas passadas. Ser isso ou aquilo, decidir entre ir ou ficar… tudo está interligado. Se hoje me encontro depressivo ou em um estado de tristeza profunda, preciso descobrir o que eu fiz que me deixou assim, ou pior, o que me fizeram. Superar não é e nunca foi fácil. É preciso que nós coloquemos a nossa razão no centro da nossa personalidade. Ao longo do caminho da vida, adquirimos paixões desordenadas que nos levam ao mau vício. Algum vício é bom?
Espero atualizar esse blog sempre, mesmo que só eu leia. Será bom acompanhar minha jornada, irei torcer para que ela não se encerre logo.
O APREÇO PELA JORNADA É UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA.
É PRECISO GOSTAR DO ERRO, TOPAR SE ARREPENDER
VER ORGULHO NA CAMINHADA, POR SÍ SÓ.
SABE, NÃO DÁ PARA TER TRISTEZA MUITO LONGA NEM ALEGRIA DE MENTIRA.
HÁ TEMPO E HÁ VIDA. Mallu Magalhães
xoxo arwen
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