nerajpadma
We are the nature
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Neraj Padma, 23. Mogli descendant. 
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nerajpadma · 9 years ago
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Neraj estava tão absorto em seus pensamentos que sequer notou quando seu amigo entrou na cabana. Já era distraído por natureza e, para agravar esse traço, estava sendo completamente consumido pela culpa naquele momento, sem deixar seus pensamentos fugirem de Amisha. Quando foi chamado pela segunda vez, virou a cabeça e finalmente percebeu a presença de Korak. Ele não estava usando roupas e, apesar de não ser algo incomum e Neraj já ter se acostumado há anos, teria feito alguma piada a respeito do amigo andar nu pelo acampamento em outra situação. No entanto, não estava com humor para brincadeiras e sequer chegou a se perguntar se alguém teria o visto andando como veio ao mundo pela ala de dormitórios masculinos. “Oi” respondeu, com a voz quase fúnebre, antes de voltar o olhar para o colar que havia encontrado. Não sabia se Korak o reconheceria — provavelmente não — nem se queria falar sobre aquilo com o amigo. Não gostava de discutir sobre Amisha com ele, afinal, já havia afirmado reconhecer o erro que havia cometido ao namorá-la e que não sentia sua falta. Deveria ser incoerente Neraj se sentir mal ao pensar nela para alguém que não possuía mais informações. Às vezes pensava em contar o que havia acontecido, no entanto, sempre mudava de ideia, sem conseguir vencer a vergonha de confessar o problema com as drogas, as brigas com Amisha e todas as mentiras.
Korak era seu melhor amigo há tanto tempo que nem se lembrava de quando não se conheciam. Com exceção do seu relacionamento com a ex, contava tudo para ele. Era estranho ter um segredo entre eles. Neraj sabia que, como psicólogo, Korak com certeza já havia escutado histórias muito piores, entretanto, não sabia como ele reagiria ao ouvir algo assim sair da boca de seu amigo. Temia que os anos de mentiras acabassem destruindo a amizade dos dois e tinha certeza de que não conseguiria ficar sem Korak. Eles eram tão próximos que chegavam a parecer uma pessoa só às vezes. Frequentemente eram confundidos pelos outros, Neraj já estava até acostumado a esclarecer que não era o amigo. Podia contar nos dedos as ocasiões em que ficaram mais de uma semana sem conversar. O que faria se aquela amizade acabasse? O que faria se aquela amizade acabasse por culpa dele? Não conseguia sequer imaginar uma resposta. 
O risco era grande demais, no entanto, Neraj não aguentava mais guardar aquele segredo. Não sabia se seria capaz de finalmente confessar o que o incomodava tanto em relação à ex-namorada, mas precisava tentar mais uma vez. “Eu encontrei o colar da Amisha. Devo ter deixado cair na minha mala sem querer” comentou, com a mesma voz tétrica, mantendo o olhar focado na bijuteria. Ele respirou fundo e se preparou para dar mais detalhes, porém, não conseguiu. Temia a reação de Korak à verdade, contudo, também temia que perdesse a oportunidade de ser perdoado pelas mentiras caso demorasse mais para confessar tudo que havia feito. Eu sinto muito, pensou e abriu a boca para pronunciar as palavras, mas não disse nada.
Regrets Collect Like Old Friends || Korak & Neraj || Flashback
Embora soubesse da improbabilidade do amigo ler aquelas mensagens que enviava sem nem ao menos ler o que digitava, Korak continuava a digitar para Neraj initerruptamente. Seu estado atual era o êxtase. Não sentia a utilidade de suas ações com relação aos outros até que finalmente havia se deparado com alguém que poderia ajuda. Obviamente, o contato com Daphne Hero havia saído errado antes que ele pudesse compreender que sua abordagem era a pior possível, todavia, não sabia como controlar suas palavras tão bem quanto sabia como controlar seus atos. Suas ideias, assim como sua mente, sempre fora diferente da maioria, afinal, nunca teve um fundo sadio no que ele fazia, sempre abrindo mão da segurança pela emoção da aventura. Porém, naquele momento, sua intenção era de fato ajudá-la e, por um momento, se viu diante da sua incapacidade de fazê-lo devido ao modo como utilizou a abordagem de algo que ele sabia que não deveria fazer, porém, não conseguiu se controlar. Durante o curso, havia aprendido como deveria ser a abordagem diante de situações em que o paciente desejava não partilhar seus traumas e, se seu supervisor do estágio estivesse vendo-o agora, provavelmente ele não teria conseguido o diploma.
A última mensagem foi digitada ainda com o sorriso no rosto, porém, ele sabia que seu amigo não iria respondê-lo mesmo que Korak pedisse todos os deuses para ele o fazer. Neraj tinha um problema com tecnologia que era compreensível para Clayton, mesmo que ele zoasse o amigo em alguns momentos por tal característica. Mesmo que fosse como o outro diante de seu amor e devoção pela vida que os cercava, o indiano não via problemas em usar tecnologia como o outro; e, mesmo que o amigo não lesse suas mensagens, Korak não poderia deixar de contar para ele. Neraj era seu melhor amigo e confidente desde que o homem não tinha dentes na boca e, se havia alguém para quem ele gostaria de contar acerca do que havia acontecido, era para o outro. Não é difícil imaginar, então, o que Clayton acabou fazendo diante da falta de respostas – mesmo que não estivesse usando qualquer peça de roupa.
“Neraj, você não acredita!” Sua voz demonstrava um pouco de sua animação ao entrar pela porta da cabana, sem se preocupar em bater. A sorte era que estava destrancada, ou então Korak teria certos problemas. Parou ao observar o modo como o outro estava olhando para um objeto que ele não era capaz de identificar. Mas a expressão de Neraj acabou fazendo com que ele hesitasse diante de sua fala. Um orgulho para Clayton era a sua delicadeza para se comunicar com as pessoas, assim como o tato para reconhecer quando alguém não estava se sentindo bem apenas estando no mesmo ambiente que o outro, principalmente quando o assunto era Neraj. Ele sabia reconhecer as emoções de seu amigo apenas se aproximando do rapaz, sem que ele dissesse muita coisa. “Neraj?” Chamou, ainda parado no mesmo lugar. Outra boa qualidade era sua paciência.
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nerajpadma · 9 years ago
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Neraj Padma: aesthetic [1/?] ENFPs be like...
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nerajpadma · 9 years ago
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Regrets Collect Like Old Friends || Korak & Neraj || Flashback
Bzzzz. Bzzzz. Bzzzz. O som de algo vibrando continuava insistentemente e Neraj já estava a ponto de perder a paciência. Maldito celular, por que havia levado aquilo para o acampamento? Não servia para nada além de tirá-lo do sério. Raramente recebia ligações na Índia, em Andalasia menos ainda. Deveria ter imaginado que a recepção de sinal seria péssima em uma ilha, localizada no meio do nada, e deixado o aparelho em casa. Não entendia como funcionava aquele tipo de tecnologia, mas detestava o fato de não conseguir falar com seus pais enquanto recebia mensagens inúteis de Korak e outros campistas vez ou outra. Sequer se importava em saber qual era o assunto do momento, só queria encontrar seu Nokia 3310 para desligá-lo e não ver aquela tela verde por um bom tempo.
Quando abriu a quarta gaveta da cômoda, o som ficou mais alto e sua esperança de encontrá-lo logo aumentou. Neraj não havia levado muitas coisas para o acampamento, de modo que suas roupas não faziam muito volume e era possível notar qualquer saliência anormal no meio delas. Em uma peça que não usava desde a festa de noivado de Korak, notou uma deformação que poderia ser o sinal de que seu celular estava escondido embaixo do tecido — o que não era estranho quando se tratava de Neraj, considerando que ele frequentemente deixava o aparelho em lugares improváveis para esquecer-se de sua existência. Levantou uma, duas, três peças de roupa e encontrou o que estava formando o relevo no tecido, mas não era seu celular.
Bzzzz. Bzzzz. Continuava ouvindo o aparelho vibrar contra a madeira em algum lugar, porém, não estava mais dando atenção a isso. Reconhecia aquele objeto de um tempo sombrio em sua vida. Era o colar preferido de Amisha. Lembrava-se de tê-lo guardado, mas não de colocá-lo na mala que fizera para levar ao acampamento. Não sabia por quê, porém, não conseguia se desfazer do acessório. Tudo nele lembrava a ex-namorada: as contas de sementes amarronzadas, a pena avermelhada que se assemelhava a uma chama... Era como ver Amisha novamente, mas em forma de um objeto. Sentia como se sua alma estivesse presa naquele colar e, tal sensação, o fazia se lembrar de quem havia sido responsável por tirá-la de seu corpo. Na zona perturbada da mente de Neraj, que armazenava as memórias daquela época, o culpado era ele próprio. 
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nerajpadma · 9 years ago
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When you listen and flow with your soul, you align with the universe.
Awakened Vibrations  (via awakenedvibrations)
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nerajpadma · 9 years ago
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Neraj Padma & Korak Clayton: moodboard [1/?]
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nerajpadma · 9 years ago
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@korak-c
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nerajpadma · 9 years ago
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Deep In Your Skin || Bonnie & Neraj
@bonniewithboots
Neraj já estava de pé há algum tempo quando ouviu as batidas na porta de madeira. Como de costume, havia acordado com a luz azulada do sol nascente atravessando o tecido claro das cortinas da cabana. Estava bastante frio, principalmente para alguém criado na Índia como ele, mas isso não o impedia de ter disposição para sair de baixo das cobertas e levantar cedo. Neraj escovou os dentes, lavou o rosto e colocou jeans, uma camiseta de mangas compridas com um suéter marfim de lã sintética e botas marrons de couro falso. Notou que a água que havia pegado na noite anterior havia acabado, então foi reabastecer sua garrafa térmica na cozinha do acampamento. Não gostava de comer pela manhã, muito menos nas mesas vazias do refeitório, que só começavam a ser ocupadas depois das oito horas, mas fazia questão de beber chá preto quando acordava para se sentir ainda mais disposto. Além disso, conversar com os funcionários da cozinha e caminhar um pouco antes de decidir sair da cabana pelo resto do dia era agradável.
Seu colega de quarto se remexeu debaixo das cobertas com o som das batidas e Neraj foi rapidamente abrir a porta para não incomodá-lo. Andou com passos leves, embora não pudesse evitar estalos da madeira sob seus pés, e bebeu mais um gole do chá que havia feito em sua caneca branca do Greenpeace antes de pegar na maçaneta. Com uma sobrancelha arqueada devido à curiosidade de quem poderia estar do outro lado, abriu a porta. “Bonnie” disse, com seu típico sorriso calmo e olhar tranquilo ao vê-la. Ia continuar falando, mas se lembrou de Peter e deslizou habilmente pelo vão entre o batente e a garota, se justificando logo depois, ao fechar a porta: “Foi mal, meu colega de quarto ainda ‘tá dormindo, melhor a gente não conversar lá dentro. Enfim, como posso ajudar?” Ele sorriu novamente, brincando com suas típicas oscilações entre formalidade e gírias, e se encostou na parede, apoiando-se no ombro esquerdo. “Quer um chá, gata? Posso trazer para você” ofereceu e ergueu levemente as sobrancelhas, transparecendo um ar de inocência que aliviava a escolha não intencional de palavras um tanto paqueradoras, como sempre.  
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nerajpadma · 9 years ago
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nerajpadma · 10 years ago
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nerajpadma · 10 years ago
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Neraj estava concentrado. Concentrado em tudo e em nada ao mesmo tempo. Ouvindo os sons da natureza, da água do lago se chocando contra as pedras cobertas por uma fina camada de gelo, do vento balançando os pinheiros cobertos de neve, sentido a brisa fria contra o seu rosto descoberto e seus cabelos recém-cortados. a harmonia da natureza o envolvendo e o fazendo se tornar parte dela. Tudo era um só. Um ecossistema dependente da paz interior presente tanto nas plantas e nas pedras quanto no próprio Neraj. Desde que confessara ter sido o culpado pelo suicídio de Amisha ao Homem da Sombra, precisava se focar no exterior para não entrar em colapso com seu eu interior. Ignorar o micro e se concentrar no macro já fora mais fácil.       De repente, o padrão dos sons foi quebrado. Uma voz conhecida se aproximou e ele olhou ao redor. Hathor parecia bastante frustrado, Neraj se perguntou se aquilo seria relacionado à Dulce, ao Homem da Sombra ou o Majestoso. — Tá falando sozinho, truta? — Perguntou, dando um sorriso, tanto porque aquela imagem era um pouco engraçada quanto para quebrar o clima pesado ao redor de Hathor. — Fumar faz mal, cara. Se tá estressado devia tentar alguma coisa mais natural, saca? — Sugeriu, esperando que o rapaz entendesse o meio mais natural como meditação e não maconha. 
Positive Vibrations - Hathor & Neraj
Irritado. Era assim que Hathor se encontrava no momento. Precisava demais fumar, beber, fazer algo que o acalmasse, mas nem os cigarros que tinha conseguira achar. Maldita hora que dera os mesmos na mão de Dulce para que a garota pudesse guarda-los. Desistindo completamente de procurar, o moreno simplesmente saiu da cabana, seguindo em direção ao lago. - Eu devia ter guardado alguma caixa de reserva - se recriminou sentando na beira do lago, observando a superfície límpida. 
-O que eu posso fazer nesse acampamento para conseguir um mísero cigarro? - perguntou mais para si mesmo do que pra alguém que poderia estar passando por ali. Seu sistema pedia qualquer distração para que pudesse parar de pensar no porquê de estar irritado, mas pelo visto não conseguiria nada até convencer a ex de que os cigarros não o prejudicariam mais.
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nerajpadma · 10 years ago
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nerajpadma · 10 years ago
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Eu já aprendi a subir em árvores, falou? Há anos. E acho que isso foi uma indireta para você, truta. 
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ninguém transa em cima da árvore como eu
Neraj… Arrumei alguém para você, cara. Isso se você conseguir subir na árvore. 
nem sei qual foi dessa resposta kkkkkkk
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nerajpadma · 10 years ago
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AMOOOOOOOOOOOOOOOOR
Dei uma brisada, mas sem crise. 
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nerajpadma · 10 years ago
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TESUDO. ME JOGA NA PAREDE E ME CHAMA DE LAGARTIXA.
Calma, truta. Que desespero é esse? 
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nerajpadma · 10 years ago
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neraj vc é a musa do camp
Não sei o que isso quer dizer, mas vou considerar como um elogio. Valeu, truta. 
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nerajpadma · 10 years ago
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vc trepa em arvores?
Isso é pessoal. 
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nerajpadma · 10 years ago
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quanto cm tem o seu cipó?
Que cipó? 
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