𝘐 𝘬𝘯𝘰𝘸 𝘢 𝘵𝘩𝘪𝘯𝘨 𝘰𝘳 𝘵𝘸𝘰 𝘢𝘣𝘰𝘶𝘵 𝘱𝘢𝘪𝘯 𝘢𝘯𝘥 𝘥𝘢𝘳𝘬𝘯𝘦𝘴𝘴. 𝘈𝘯𝘥 𝘐 𝘶𝘴𝘦 𝘵𝘩𝘪𝘴 𝘱𝘭𝘢𝘤𝘦 𝘵𝘰 𝘷𝘦𝘯𝘵 𝘸𝘩𝘢𝘵 𝘢𝘪𝘭𝘴 𝘮𝘺 𝘮𝘪𝘯𝘥 𝘴𝘰𝘮𝘦𝘵𝘪𝘮𝘦𝘴.
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15/06/2024
Há momentos na vida que são muito ferrados, extremamente difíceis de digerir. E vez ou outra eu me deparo com um desses, e fico durante dias pensando sobre, mas sem ter coragem de proferir ou escrever uma única palavra. Eu tenho esse lance de que "se eu não falar em voz alta, então não é tão real assim", mas algumas vezes eles se tornam reais demais dentro da minha cabeça e eu sonho incontáveis vezes com eles, e não falar/escrever sobre é a minha sutil maneira de tentar deixá-los para trás. As pessoas costumam dizer que depois que você admite, fica mais fácil. Eu discordo. Admitir só torna tudo ainda pior. Sabe o que dizem, né? "someone told me, 'there's no such thing as bad thoughts, only your actions talk'" Só as suas ações falam. E eu gosto de pensar assim. Gosto de pensar assim porque tudo estava indo incrivelmente bem até eu decidir admitir o que sinto, e toda vez que eu sou sincera sobre algo eu me ferro no final. Eu me sentia mais confortável negando isso para todos, até para mim mesma. Mas agora que admiti parece extremamente real e intenso demais, incontrolável. E a minha vida emocional é como uma montanha russa já que, alguns dias eu pareço sentir muito, e em outros eu sinto estar quase superando, sem sentir nada muito forte. Mas eu sempre volto a estaca zero toda vez que ele interage comigo e o meu coração acelera, é nesses momentos que eu percebo o quanto que eu ainda sinto, e o quanto estou longe de parar de sentir. E eu me odeio por não controlar essa porcaria. Mas ontem foi um dia caótico e eu notei algumas coisas. Eu sinto que sou um imã de problemas, acho que tenho um poder especial em atrair problemas e me meter em situações complicadas, e na minha cabeça sempre toca "I think I've seen this film before and I didn't like the ending" e eu nunca aprendo. E como disse a Madison Beer, "I've been down this road too many nights". Mas ontem foi papo de maluquice, e eu acabei me sentindo meio vazia. Sabe quando você vê algo de que não gosta e sente isso partir o seu coração? Foi assim que eu me senti, multiplicado por cem. No decorrer da noite, a cada vez que eu via o que não queria, eu sentia meu coração partir mais um pouquinho, em pedaços cada vez menores, até que só sobraram estilhaços. No final da madrugada, os estilhaços tornaram-se tão minúsculos que viraram poeira, até que os ventos fortes do alvorecer os levaram embora. Não sobrou nada aqui dentro. Foi isso o que eu senti enquanto caminhava de manhã cedo na orla da minha cidade, senti que tinha perdido o meu coração, me senti vazia por dentro. Não derramei uma lágrima sequer, não sorri e nem senti raiva também. O momento inteiro foi apático e intenso ao mesmo tempo, de maneira paradoxal. Pode ter sido o sono que eu estava sentindo, o cansaço, o efeito da nicotina, da maconha ou do álcool indo embora, não sei. Mas foi assim que me senti: oca, sem reação, profundamente desiludida. Era uma sensação que não experimentava havia tempos, e foi como um divisor de águas. E como disse a Taylor Swift: "I stopped CPR, after all it's no use... the spirit was gone, we would never come to". Foi desse jeito que me senti. E não é que eu me sinta mal, eu só não sinto nada, e tá tudo bem, sabe? Eu queria estar ali com ele, queria que ele me encarasse com aquele sorrisinho até eu ficar envergonhada, queria que me abraçasse forte até juntar todos os pedaços que estão quebrados dentro de mim, queria que me tocasse até eu sentir que iria entrar em combustão instantânea, queria que me beijasse como beijou ele a noite inteira... queria ser ele. Mas eu não sou, e nunca vou ser. E vou ter que lidar mais uma vez com o evento de não ser a escolhida. Há coisas que eu queria o dizer, sim, mas vou apenas deixá-lo viver. Há coisas sobre as quais eu gostaria de conversar, mas é melhor eu esquecer. Todo esse texto é uma tentativa de exorcizar meus demônios e seguir em frente, e eu espero conseguir. Espero conseguir esquecê-lo (mesmo que sejamos amigos).
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eu fui aprovada. mas a verdade é que até agora eu ainda choro pensando no quanto eu poderia ter me saído melhor. o mundo, ele não é um lugar justo. a vida, ela não foi justa comigo. mas sinto que preciso sempre me reafirmar, sinto que tenho sempre que JUSTIFICAR o porquê de não ter sido melhor. essas justificativas de são o que me mantém mais sã, sabe? disse para mim mesma que eu não passei porque enquanto estudava para o vestibular, também trabalhava, e estudava as coisas da escola, e preparava atividades para outros alunos na monitoria, e estudava um pouco para um concurso idiota, e participava de dois projetos extracurriculares que exigiram MUITO de mim intelectualmente. disse tudo isso para mim mesma quando, no fundo, o que eu realmente penso é: você é uma otária. uma otária fracassada que não foi suficiente, e você já sabia disso, mas foi otária duas vezes por acreditar que conseguiria, bem lá no fundo. você é ridícula, e não estudou o suficiente, não se ESFORÇOU o suficiente quando sabia que poderia. perdeu noites, é? deveria ter perdido mais. deveria ter feito mais, muito mais. mas não fez. mas não é isso que eu tento me convencer todos os dias. eu só sonhei alto demais. e eu tô mais frustrada em falhar em algo que estava tentando provar para mim mesma, eu sei disso. nunca foi pelo curso em si. o problema está todo em mim mesmo. desde que o resultado saiu, eu passo minutos e minutos sem conseguir dormir pensando em cada questão que errei por besteira, penso nos pontos que perdi por elas, penso que eles poderiam me levar a aprovação que eu almejava. penso em tudo o que devo ter errado na redação que me custou oitenta pontos. nem na minha área favorita eu sou boa. eu sou uma pessoa ridícula e invejosa. é, TÃO invejosa. e a inveja é um sentimento tão feio, o pior dos pecados, mas eu sinto, eu sinto tanto... sinto raiva da minha amiga que tirou 940 na redação enquanto pra mim sobrou míseros 920. eu consegui 1000 TREINANDO, e ela era a que nunca conseguia sair dos 880. e eu li as redações dela, e dei dicas. mas eu sinto tanta inveja. tanta inveja que ela vai conseguir passar naquele maldito curso e eu não, por isso que disse o que disse. o problema não é dela, é meu mesmo. e eu me sinto uma grande fracassada. que engraçado. eu acabei de passar na porra da federal sendo estudante de escola pública e me sinto uma fracassada. e eu devo ter algum tipo de problema que me faz ver o lado ruim de tudo. porque eu passei na federal, e ainda me acho fracassada. eu fiquei na 11ª posição, e a acho horrível. e eu achei horrível quando estava na 7ª, e conseguiu piorar. e eu tirei +900 na redação, e ainda me acho ridícula. sério, qual é a porra do meu problema? eu meio que queria morrer. é super engraçado eu sentir a depressão voltando justamente nesse momento que deveria ser o melhor da minha vida, mas eu sinto. me sinto angustiada tão repentinamente, sei lá. talvez eu deva mesmo procurar o campus de psicologia imediatamente.
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mães são tipo "vamos lá, eu sou sua melhor amiga" e depois dizem bem na sua cara a frase mais degradante já proferida por alguém na história da humanidade, fazendo você se sentir a pessoa mais ridícula e inútil que já existiu. e você escuta isso e tem que superar, tem que conviver com isso porque, afinal, ela é a sua mãe. e é isso que as mães fazem, não é? vivem algumas horinhas em paz com sua filha e no momento em que você pensa em contar para ela tudo que você já fez escondido dela, ela te relembra o motivo pelo qual você escondeu isso, te humilhando, e aí você repensa tudo mais uma vez. e o ciclo recomeça uma e outra vez e... e eu ainda não cheguei na parte onde vamos embora de casa e deixamos tudo isso para trás, nem sei se é possível deixar tudo para trás ao sair de casa, enfim
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01:48 em mais uma tentativa fracassada de dormir em paz
Quando a noite cai, meus pensamentos intrusivos se levantam e me atormentam. Quando eu tento dormir, minha mente me bombardeia com lembranças vergonhosas, momentos constrangedores e frases que me deixaram deprimida no passado. Durante todo esse tempo, eu estive evitando pensar nisso para não ter uma crise de ansiedade, mas parece que ela está sempre a espreita apenas aguardando o momento onde alguém vai me perguntar sobre o meu maldito futuro e aquela porcaria de nota. Nesse momento, consigo sentir as paredes se fechando ao meu redor, assim como a minha garganta. Malmente consigo enxergar porque minhas lágrimas estão atrapalhando tudo e minhas mãos não param de tremer. Eu tentei dormir cedo hoje, mas eu nunca consigo. Basta eu encostar a cabeça no travesseiro para ter a mente invadida por todas as pessoas que eu conheço: meus pais me perguntando que dia sai a nota, minhas tias e primas dizendo o quanto eu sou inteligente e capaz, meus amigos dizendo que confiam muito em mim para ter uma nota ótima, todos os meus antigos professores e seus olhares esperançosos na minha direção, meus antigos colegas de trabalho que testemunharam os meus estudos várias e várias vezes... Todos eles me visitam em sonhos e depositam em mim essa expectativa sufocante. E tudo o que eu consigo pensar é em quanto devo ter errado, só consigo pensar no quanto tangenciei aquele tema, no quanto eu lutei contra mim mesma para não largar aquela prova lá e ir embora. Só consigo me lembrar do meu desespero em passar a redação a limpo, do meu desespero marcando as noventa questões no primeiro dia e no segundo, e sendo a última a sair da sala em ambos os dias. Se o inferno existir e a nossa punição for reviver os nossos momentos mais traumáticos em pooping, eu certamente vou passar a eternidade me vendo acordar de um (quase) coma alcoólico e logo em seguida me verei nos trinta minutos finais da prova do enem. Eu tenho certeza. Eu só queria avisar a todos que eu não sou tão inteligente quanto todos pensam, que eu sou fodida da cabeça e que provavelmente não sou capaz nem de entrar em uma universidade, imagina me formar em uma... Mas eu não consigo fazer isso. Por isso que estou tão focada na academia, nas minhas leituras e nos meus filmes, porque se eu paro para pensar na minha própria vida eu acabo tendo uma crise de ansiedade. E essa velha conhecida não me visita desde o mês passado. Até agora.
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Quem não morre de medo de decepcionar os próprios pais? Eu me sinto assim desde que me entendo por gente. A minha vida inteirinha eu fui a garota exemplar, a prodígio, a que não dá trabalho, a com as notas perfeitas, a com um claro futuro brilhante pela frente; acho que de tanto focar nisso eu acabei me perdendo em mim mesma, sempre fiz tanto pelos outros que esqueci de mim. Não sei o que quero, nunca soube, mas tudo que eu faço é pelos meus pais, porque tenho pavor da ideia de decepcioná-los, então tudo o que eu faço é tentar e tentar e tentar e minha mente é tão ferrada que eu não consigo ir bem mas eu PRECISO, é uma necessidade patológica e o meu maior agravante é ser LGBT e sentir que eu vou estar decepcionando a todos quando isso vier a tona. Então eu me sinto duas vezes mais pressionada a orgulhá-los, porque enquanto decepcionarei eles de uma forma, ainda existirá um ínfimo orgulho pelo outro lado. Então eu fiquei tanto tempo trancada na minha própria mente que esqueci que é a minha vida, que eu que devo fazer as escolhas.
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essa aqui ela escreveu para todas nós mulheres que criam muitas expectativas em cima das pessoas e depois se decepcionam totalmente. para nós que depositamos nossas esperanças nas pessoas erradas e elas simplesmente nos dão bolo e não aparecem nos eventos que, para nós, é importante. para nós que ficamos lá paradas esperando por pessoas que não aparecerão, com nosso vestido mais lindo e nossa maquiagem mais bem feita sem ninguém relevante para impressionar, para nós que vemos o tempo passar em câmera lenta enquanto só queremos correr para casa e chorar a noite inteira
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Nothing breaks like a heart. Nothing breaks like my heart when I can't solve a question, or when I got it wrong. This is heartbreaking, this is the end of the world for me. But girl, when I just get it.... This makes me so fucking happy, you could never imagine. None of you could. I was born for this, academic validation I mean. Any boy in this world couldn't make me this good, I guess any girl though... When I get it, I'm in the top of the world, that's why I'm so sad and crazy these days. I'm so overwhelmed that I cried today, and it wasn't even 8am, I'm in my limit and I can't get rid of it, I can't run, I can't hide from this cuz it'll get worse, all this situation. So when she just asked me today "how it was for you?" I looked at her like "girl... are you serious?" My face is that bad and I look terrible — i know — and you just ask me how it was? It was awful! And you know that. You know me. I just wanna give everything up, i just wanna DIE all the time and anyone can see it. And I do not look for attention or something, i just want some peace. Just wanna breath in and breath out without feeling I'm wasting time, losing my mind or about to freak out. That's why I go out every weekend and drink. I'm literally addicted, I need help. But the only way I still can do this is the promise that I'll drink and relax in the end. Sober I just overthink everything, and I'm tired. I'm tired and everyone still keeps demanding things from me that I can't give. Things I can't even do for myself, neither for you. Like, just fucking leave me alone. Holy fuck, let me breath. Don't have time for suffer for love... I have so many other things to do, dude, don't have time for tears. And all these people think's I'm doing fine, it's scary. Feels like I know how to pretend I'm fine. But the thing is... I don't.
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algumas nerdices e outras coisas tristes demais para uma noite de sexta-feira
Você já se apaixonou por alguém? Já teve aquele momento em que você começa a analisar todas as suas ações e pensamentos que te fizeram estar daquele jeito naquele exato momento? Já tentou negar algo veementemente para os outros porque precisava provar para si próprio que eles não estavam certos? Já teve aquela epifania em que cai em si e percebe que, droga, você está apaixonada? É o pior sentimento do mundo. É a partir desse momento que você se dá conta de que não está no controle. Você percebe que não estava, não está agora e, por um bom tempo, não estará. Sabe por quê? Porque estar apaixonado adoece o espírito. A filosofia moderna diz que todos nós temos um espírito, e que esse espírito é dividido em três partes fundamentais: o pensar, o querer e o julgar. Quando nos apaixonamos, tudo o que queremos na vida é aquela pessoa, e esse hiperfoco em uma das partes do espírito faz com que nós ignoremos as outras duas. É por isso que, quando se está apaixonado, você pensa naquela pessoa 24/7, é involuntário; e pior, depois de um tempo, o seu juízo também é comprometido, porque você está querendo tanto esse alguém que seu pensamento fica comprometido e, consequentemente, o seu julgamento também. Porque, ora, como você vai julgar o que está certo e errado se seu pensamento está todo atrofiado e nublado por causa daquele querer, daquela paixão? Dito isso, a paixão é uma doença, a doença da alma. E, por incrível que pareça, há termos que comprovam isso. Aí vai: Paixão vem do grego "pathos", assim como a palavra patologia, que é sinônimo de doença. "Todas as atividades espirituais - o pensar, o querer e o julgar - dependem de certa quietude, de uma "tranquilidade desapaixonada"." Então, é, a paixão é literalmente uma doença. Eu estou doente. Meu espírito está doente. Então, você vai me desculpar se eu não estou conseguindo pensar e julgar com clareza tudo o que está acontecendo na minha vida. A paixão realmente ameniza todas as ações ruins de alguém, e não há nada que se possa fazer a não ser dar tempo ao tempo. É isso, eu sou grata pelos conselhos e fico feliz por te ter comigo, mas espero que você entenda como me sinto agora. Há coisas que são involuntárias e há coisas que são totalmente escolhas lúcidas, mas eu dificilmente me sinto no controle de ambas. Mas eu posso te jurar que eu tento não o fazer, posso te jurar que tento ficar ocupada o dia inteiro para não ter que pensar nele ou - pior - mandar mensagem. E é, ele me tem na mão porque eu sou otária, vivo de migalhas e não sei o meu valor. E porque quando aparece um cara minimamente descente (talvez nem tanto assim mais) eu acabo ficando toda xoxa e capenga e apaixonada porque sinto que essa é a única chance que vou ter na vida de encontrar um assim (pode me falar que eu tô errada e que sou nova e que eu tenho opções duplicadas na vida). Em resumo, eu sou idiota.
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existem dias que são bons, dias razoáveis, dias "ok" de levar a vida. dias que, mesmo corridos, não se tornam tão cansativos. mas existem dias ruins, dias realmente ruins. dias em que eu acabo indo dormir me sentindo mal, dias que eu acordo pior, e dias que ficam piores a cada hora que passa. há dias em que o cansaço é tanto e tão acumulado, que a ansiedade se faz presente. ela é como um demônio a espreita, esperando sempre o seu momento mais vulnerável pra te atacar. há dias que são realmente exaustivos, como hoje. dias em que eu tenho tantas coisas pra fazer que acabo não conseguindo fazer nenhuma delas, e que a ansiedade parece a um passo de me alcançar. o que eu devo fazer agora? as atividades? os trabalhos? estudar pro enem? ler um livro? continuar a escrita do meu? respirar? pense em cada pensamento desse se sobrepondo a outro de modo que você fica confuso e não consegue focar em nenhum, e a cada segundo que passa a sua respiração fica mais descompassada. assim são os meus dias ruins. não consigo nem colocar a cabeça no travesseiro pra dormir, mesmo tendo que acordar cedo amanhã. ainda tô tentando descobrir como conviver com tudo isso e um pouco mais. ainda tô tentando não desencadear uma crise a todo momento. ainda tô tentando não surtar pra caralho. at least I'm trying.
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Chorando no meio da noite tendo indícios de uma crise de ansiedade, eu me pergunto como deve ser a sensação de se sentir bom em alguma coisa. Como deve ser? Você se sente feliz? Em paz? Satisfeito? Eu gostaria de saber como é. Vivendo a minha vida, a única sensação que eu conheço é a de ser um fracasso. Ora um fracasso em tudo que já se propôs a fazer, ora um fracasso em tudo que ainda não tentei mas, que só de pensar, já me imagino falhando. Ninguém parece perceber. Ninguém parece notar que eu sou tão mediana, eu sou tão básica. Eu sei o mínimo sobre tudo, eu não vou conseguir ir bem no Enem e entrar em qualquer curso que eu ou minha família queira. E, mesmo que eu consiga, eu não vou ser capaz de terminar. As matérias de exatas vão acabar comigo assim como fizeram durante todo o ensino fundamental e médio, e eu não sou capaz de apresentar um TCC, tampouco fazê-lo. Por que ninguém vê? Tudo o que enxergam é um futuro brilhante pela frente, mas eu genuinamente desacredito. Todo mundo parece ser tão talentoso e inteligente, e eu sou só uma garota estúpida tentando chegar ao nível deles. Todo mundo está com a vida feita ou encaminhada, mas eu estou aqui. Sinto que vou mandar mal no estágio que nem comecei ainda também, sinto que cada uma das 20 vezes que os professores falarem a palavra enem no dia eu terei uma crise. Sinto que eu deveria morrer agora, porque isso seria melhor do que decepcionar a todos continuando vida e me atrevendo a tentar alguma coisa.
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Já não tinha mais medo de apanhar. Naquela época, sendo um pouco mais velha, tinha outros medos em relação a ele. Já tinha um celular; e ele, como um bom pai protetor, ele vasculhava ele inteiro toda semana, buscando algo que eu não sabia o que era até que ele encontrou. Eu era uma criança de 12 anos que estava começando a desbravar o mundo dos romancezinhos, eu também estava passando pela instabilidade mais fodida da minha cabeça. Senti que ia morrer quando ele encontrou conversas bobas com uns garotos, senti isso mais ainda quando ele encontrou os papos com meus amigos, onde eu me abria e falava do quanto queria tirar minha própria vida. Ele gritou tanto... Foi nesse momento que eu quis mais ainda morrer. Depois disso, fiquei esperta. Conversava com as pessoas e, logo após, apagava tudo. Nunca sabia quando esse homem arrancaria o celular da minha mão e o vasculharia. Com os anos, descobri uma habilidade incrível de observação, audição e mentira. Consegue perceber? A superproteção e o conservadorismo dos meus pais fez com que eu aprendesse a mentir para eles. Nenhum daqueles papos de proteção me impediram de desbravar desse mundo sozinha, essa falta de liberdade apenas me motivou a fazer tudo que eles sempre tiveram medo que eu fizesse. Isso não ajuda adolescente ou criança nenhuma, apenas faz com que ela se meta em enrascadas, tais quais aconteceram comigo. Voltando ao questionamento inicial, isso é amor? E, se sim, é normal ele machucar dessa forma? É estranho estar na presença de alguém que te conhece desde que você nem gente era e ainda se sentir na presença de um estranho. É super esquisito sentir que alguém tão "próximo" de você não te conhece. Deve ser porque nunca houve aproximação, de fato — não a emocional, pelo visto. Acho que fala-se pouco dos pais que causam traumas nos filhos na intenção de protegê-los justamente disso. Fala-se pouco de pais que se preocupam tanto com os filhos, que acabam fazendo eles se colocarem em situações perigosas por causa disso. Fala-se pouco de pais ques são tão próximos fisicamente mas tão, tão distante emocionalmente dos filhos. Ou dos pais que matam e sufocam os filhos por dentro com uma proteção excessiva, desnecessária e inútil — porque quando um adolescente quer fazer alguma coisa, ele arranja um jeito de fazer. Acredite em mim, eu falo isso por causa de experiências próprias. Quando você realmente quer algo, não existe pai nesse mundo capaz de te impedir, até porque na maioria das vezes eles nem sabem do que você está fazendo. E isso é tudo por causa da superproteção deles.
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É possível um amor machucar?
Essa frase passa pela minha cabeça sempre que eu estou com meus pais, especialmente com o meu pai. Eu fico me perguntando se isso é possível, porque eu amo o meu pai de verdade, apesar de todos os apesares — de ele ser controlador e estressado como um namorado abusivo, de ele não confiar em mim como se eu tivesse dado vinte razões para tal, de ele ainda achar que uma garota de quase 17 anos na cara é um bebezinho que não sabe se virar no mundo e que é indefesa —, eu o amo. Incondicionalmente. E eu sei que ele me ama também. Mas esse amor machuca tanto... Sempre me machucou tanto. Minha mãe cresceu me dizendo que meu pai era um marido ruim para ela, mas que ele era um ótimo pai para mim e que eu deveria agradecer. Ela sempre disse que ele sempre foi bom com todos, menos com ela — como você chega a se casar e construir uma "família" com alguém assim? — Ela nunca poupou saliva para elogiar o quão bom pai ele era para mim, que sempre fazia tudo por mim, que sempre estava disposto a fazer qualquer coisa, mas por que eu não me sentia assim? Por eu sempre senti esse medo irracional? Por que sempre me sentia esquisita quando estava em casa com ele? Às vezes me pergunto se o que ele faz não é só o mínimo do que um pai deveria fazer, mas, num mundo desse, o mínimo acaba virando algo para se aplaudir porque quase ninguém o faz. Sei lá, talvez ele me ame e eu seja só mal agradecida. Talvez nossa relação tenha ficado esquisita no dia que ele saiu de casa para morar com a amante dele (longa história), mas já não era esquisita antes? Quero dizer, eu lembro de apanhar muito por não querer fazer coisas básicas (como ser uma criancinha com medo do escuro que se recusava desbravar a casa escura para buscar um palito de dente na cozinha; o que resultou em ter que ficar em pé na sala sozinha no escuro, como punição). Lembro de ter pavor de ouvir o barulho do cinto do meu pai. Não lembro do que senti quando ele saiu de casa e eu passei a vê-lo no máximo uma vez por semana, na maioria das vezes eu só encontrava o dinheiro para o meu lanche em cima da mesa. Lembro que me acostumei a viver sozinha com minha mãe e, quando ele voltou, foi caótico.
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Não confio nos pensamentos que tenho entre as 11 da noite e 7 da manhã, por isso não posso dar ouvidos a essa voz da insônia, ansiedade e insegurança me dizendo que eu não sou bonita o suficiente e que nunca vou ser, me dizendo que eu vou fracassar na vida e em tudo mais, me dizendo que eu nunca fui o suficiente pra fazer ninguém ficar e que é por isso que todos sempre vão embora. Não posso. Não posso deixar a ansiedade acabar comigo logo nessa noite. Mas, por outro lado, é só ansiedade. É só uma insônia. É só eu tentando dormir quando ainda não tô caindo de sono. Só isso. Vai ficar tudo bem... algum dia. Porque eu ja não tô bem faz um tempo. E não adianta mascarar meu mal estar com livros, séries, músicas e outras coisas que só fazem me manter ocupada e sem pensar. Tenho que parar de viver fugindo da minha própria mente, mas como? Ela vive aqui dentro. Ela me afunda mais do que qualquer coisa. Ela acaba comigo a cada brecha que tem entre uma ocupação minha e outra. Como se afastar do que te faz mal se o que te faz mal é você mesma?
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I'm more satisfied alone than joining all the boys who've almost f*ck*d with me, I swear. none of them have ever come close to making me wet like this, it's even embarrassing...
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It's only after going through something that you learn that it's better to be sober among a bunch of drunks than to be one of them. Like, the experience of others does not teach. You only learn when you feel it in your skin, that's when you understand that you never want to go through that again.
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i got over you, i swear i did it. but sometimes... in the middle of the night, your name cross my mind and make me remember it all. the good news is doesn't hurt that much anymore. my heart always takes so much time to realize that certain things will never come back to me, but i am doing that slowly, at least is working
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