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Univers Déformé II - Quartos mistos
Sua cabeça estava começando a doer, aquela menina havia o deixado extremamente encucado e mal sabia o porquê! Poderia encontrá-la em qualquer corredor, sala ou qualquer outro lugar! E ela era só uma moradora qualquer de Paris, então... por que se importar? Aquele não podia ser seu lado heroico falando mais alto, não, claro que não, Adrien já estava começando a exagerar! Fala sério, seu lado heroico... piada de quinta para ele. Seus devaneios confusos e espalhados por toda a extensão de seu cérebro simplesmente pararam; foram interrompidos por uma voz masculina e amigável muito bem conhecida pelo próprio que ouviu. Era Nino, havia o encontrado, finalmente... mesmo que nem estivesse fazendo questão de procurar.
- Adrien o que você ta fazendo aqui ainda?! - Indagou o moreno um tanto ofegante, talvez ele estava procurando.
- Como assim? Acabei de chegar.
- Se arruma logo! Você sabe que o professor Armand odeia atrasos! E eu faltei demais nas aulas dele, minha nota está péssima! Posso me foder por causa de um atrasinho sequer! - Exclamou enquanto pegava a primeira regata que viu e jogava para o louro, que se encontrava perfeitamente calmo e sem pressa alguma, até debochava com um mísero sorriso.
- Não estou muito afim de participar dessa aula... - Pendeu um pouco do dorso para trás e deitou-se sobre o colchão de sua cama. - Você quem está na cova dos leões, não eu. Se vira. - Uma lâmpada se ascendeu acima de sua cabeça, Nino estava lá! Poderia finalmente tirar algumas dúvidas malditas cravadas no cérebro! - Mas... Se você me responder umas coisas, prometo te ajudar.
- Ta, ta, eu respondo, mas dá pra começar a se arrumar?! - o olhar severo e desesperado do garoto pardo não transbordava nem um pouco de intimidação, chegava a ser engraçado. - Pergunta logo. - Um mínimo riso escapou da boca do Agreste, não tinha como levar o amigo a sério, realmente não tinha. De qualquer modo, promessa é promessa, portanto, teria que realmente começar a se arrumar e mais todo aquele blá blá blá.
- Hoje, vindo pra cá... - iniciou, retirando a jaqueta de couro que antes usava, já fazendo o mesmo com sua camiseta negra. - Eu vi uma garota que me chamou a atenção quando estava correndo pra entrar no colégio e...
- Adrien, chega logo no objetivo! Você quer transar com ela né? Quem é?.
O Agreste bufou, Nino às vezes conseguia ser tão irritante... principalmente por sempre presumir que queria transar com tal garota, aparentemente o amigo não tinha outro disco para tocar. - Uma garota de cabelos pretos, ou azuis, não sei! Você conhece?
- Tem a Kagami, mas como aparentemente é uma garota que você não conhece e não fodeu ainda... - O pardo pensou um pouco, mas não demorou muito para ter sua conclusão. - Só pode ser a Marinette.
- Então ela é a Marinette Dupain-Cheng? A Chloé vive reclamando dela. - Havia esquecido de mencionar uma vez que fora alterar as fichas dos alunos e acabou encontrando o nome dela acidentalmente, porém o ignorou por completo.
- Cara, o colégio inteiro conhece ela e fala dela, sem contar que a Chloé reclama de qualquer um!
- Sei lá, só notei quando ela estava correndo pra cá... onde é a casa dela? Acho que já vi o rosto em algum lugar...
- Naquela padaria perto do parque, a melhor de Paris, Tom & Sabine Boulangerie Patisserie. Fica nos andares de cima, se eu não me engano.
- Verdade! Eu me lembro uma vez de vê-la de relance na escada! Sabe mais alguma coisa?
- Eu não sei, porra, tenho cara de oráculo? - O loiro nem se deu ao luxo de responder, apenas pôs a regata negra com detalhes aleatórios em verde fluorescente que o amigo jogou. - Então para de perguntar sobre o mundo todo pra mim, porque eu não sei. Agora coloca logo a merda da bermuda.
Adrien já não possuía mais nada a perguntar, por enquanto, tinha que trocar o Jeans escuro por uma bermuda confortável da altura de seus joelhos, contendo a mesma coloração que sua veste superior.
***
Marinette e Alya se encontravam num dos corredores, caminhavam calmamente na direção do ginásio enquanto conversavam sobre muitas coisas envolvendo os gostos da morena, como: Ladyblog e os heróis. Não que a garota de olhos azuis não gostasse de falar sobre esses assuntos com a amiga, ela gostava, só que... era sempre e somente esse assunto na maioria das vezes. Quase todas, para falar a verdade; entretanto o que mais deixou sua animação fluir, foi poder escolher o traje esportivo da senhorita Césaire: um tênis da preto, acompanhado de uma bermuda legging mais puxada para a coloração acinzentada; um blusão bem folgado da mesma cor que o sapato negra, possuía uma estampa branca com o sinal de "Wi-Fi"; e, por fim, seus cabelos soltos, mas para não cair nada no rosto, um arco de cabelo meio roxo misturado com um azul mais escuro.
O som dos passos naquela extremidade aumentou, não o volume, sim a frequência que acontecia como se tivesse mais alguém ali, quase correndo, mas isso porque realmente tinha; Nino e Adrien andavam de uma maneira rápida, chegavam a dar uma pequena corrida para não demorar tanto à chegada até o ginásio, o que agora seria inútil com as duas amigas que somente andavam com a total calmaria que conseguiam. O moreno, ajeitando a faixa vermelha amarrada em volta de sua cabeça, bufou, mesmo que estivesse bem... alegre por ver uma garota em especial. Por conta do descuido dos dois, foram "descobertos". Com uma das sobrancelhas arqueadas, Alya se virou - junto de Marinette - encarando os dois enquanto evitava rir. O leve rubor crescente nas bochechas da senhorita Dupain-Cheng era minimamente imperceptível, procurava alguma coisa para fazer diante da presença de seu amado, mas nada de normal e comum se passava pela sua mente; consequentemente, o nada era o melhor a se fazer.
- Oi meninos, apressados? - Indagou a menina Césaire de maneira meio sacana.
- Claro! Não estou afim de ficar ouvindo reclamação do Armand com aquela voz esganiçada, além de que eu também não quero me foder mais do que já estou fodido. - respondeu o Lahiffe. Alya suspirou, deixando seus olhos castanhos darem uma volta circular por onde possuíam acesso.
- Pensar em ser DJ mexeu com sua cabeça, o professor D' Argencourt sempre chega 07:20, estamos adiantados até demais.
Adrien, sem dizer nada, apenas gargalhou da maneira mais discreta possível da cara do amigo, que por sua vez de falar ou fazer algo, somente coçou envergonhadamente sua nuca. Foi então que uma risadinha tímida chamou sua atenção, fazendo-o direcionar as orbes verdes no ser um tanto acuado ao lado da garota morena; era... era ela! Era Marinette quem estava ali! Todavia apenas de perto que conseguiu reparar em seu rosto ruborizado e angelical, o corpo coberto por míseros pedaços de panos que marcavam algumas partes que lhe interessava, como: pernas já muito bem trabalhadas, glúteos medianos porém perfeitos e os seios... ah... merda, não dava para ver direito, se fosse se aproximar e tentar olhar pela direção certa, ficaria extremamente óbvio o fato de estar tentando ver os peitos da menina tímida portadora de olhos azuis parecidos com diamantes, preciosos diamantes.
Uma lâmpada se ascendeu minimamente no alto de sua cabeça mais uma vez, o sorriso maroto preso nos lábios ressecados do rapaz louro e o olhar sedutor; aquilo chamou a atenção da azulada.
- Seria muito bom se os quartos fossem mistos, não acham? - Pronunciou de um jeito meio sedutor, encarava as duas garotas com um semblante nada santo que transmitia sua total malícia.
Marinette arregalou seus olhos, mirando-os ao chão bem debaixo de seus simples pés cobertos pelos tênis, suas bochechas adquiriam cada vez mais um tom avermelhado, poderia facilmente se disfarçar de um tomate. Alya, notando a vergonha e desconforto da amiga, deu as costas, forçando a azulada a fazer o mesmo; olhando Adrien por detrás de seu ombro, com uma expressão quase mortal, pronunciou:
- Cachorro do jeito que é, dormiria num canil. - Foi a única coisa dita antes de retomar os passos até o ginásio.
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Hey, pals! It’s Friiiiiiday! Make your weekend a good one. Be kind. Be gracious.
Make the world a little better if you can.
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Univers Déformé I - A garota de cabelos azuis
Marinette estava dormindo tranquila sobre o colchão macio de sua cama, sonhava com Adrien Agreste: o garoto mais rebelde do internato Françoise Dupont, mais conhecido pela menina como: o garoto mais lindo de Paris. Contudo, infelizmente ele nunca a notaria, estava ocupado demais sendo perfeitamente imperfeito. E como tudo algum dia tende a se acabar, aquele mundo mágico em seus sonhos desapareceu, tudo, literalmente tudo; e esse ocorrido fora por causa do despertador, maldito despertador para acabar com todo o momento romântico que passava diante das pálpebras fechadas da adolescente.
Estava tão bom sonhar que o loiro a estava abraçando, massageando sua nuca dizendo que a amava com todas as suas forças enquanto buscava uma maneira de a reconfortar e a impedir de continuar se machucando pelas brigas de seus pais. Doce ilusão que talvez nunca fosse de tornar real.
Embora seu coração estivesse aquecido com tal ocorrido falsificado, o frio que estava em seu quarto fez até mesmo seu sangue gelar; abaixo das cobertas estava tão gostoso e aconchegante, por que o clima dentro daquele aposento estava tão frígido? Paris e seu clima incompreensível. Demonstrava sua infelicidade com resmungos e gemidos semelhantes a de um zumbi recém liberto de seu túmulo, não que externamente não esteja parecendo um com as suas olheiras gigantes, olhos caídos de sono e o cabelo nada arrumado; perto de seu guarda-roupa conseguiu avistar um pequeno ser vermelho lutando contra uma toalha esbranquiçada feita de algodão, com certeza era sua kwami tentando ajudar Marinette a não se atrasar para a aula, uma atitude muito fofa de sua parte.
- Vai indo até o banheiro, Marinette, quando você terminar o banho acho que eu já vou ter conseguido levantar a toalha. - Era notório em sua fininha voz o tamanho esforço que estava fazendo, era uma situação fofa e ao mesmo tempo engraçada aos olhos azuis da garota. Com um sorriso gentil, levantou-se do colchão em que ainda estava sentada e caminhou tranquilamente para perto de Tikki, seu dedo indicador fez um breve carinho na cabeça da própria enquanto sua outra mão agarrava a tal toalha que batalhava ferozmente com a avermelhada.
- Obrigada, Tikki.
Sem dizer mais nada, a azulada inicia uma pequena caminhada direcionada ao seu banheiro acompanhada de sua kwami. Já dentro do local destinado suas simples e macias mãos foram de encontro com a barra da blusa de seu pijama, retirando-a facilmente e com total lerdeza; livrando-se de todo o resto de suas vestimentas folgadas do mesmo jeito.
De baixo da água quente que seu chuveiro deixava cair arrastava confortavelmente o sabonete em seu corpo nu; com o shampoo: ensaboou seus cabelos preto-azulados; e com a água: tirou toda a espuma presente sobre si, fazendo as mesmas ações mais uma vez, só que agora com o condicionador. Desligando o objeto elétrico, conseguiu ouvir os berros de sua mãe e pai; "não, não! Eles estão brigando de novo?! Plena 06:30 da manhã?! Quando isso vai parar?!" Gritava a jovem em seus pensamentos agora não tão alegres quanto antes.
- Você deveria fazer alguma coisa, Mari. - Afirmou Tikki.
- O que eu poderia fazer? - As duas sairam do banheiro, as farpas que Tom e Sabine estavam trocando hoje ficavam cada vez mais violentas... cada vez mais a jovem ouvia palavrões e xingamentos novos que nunca ouvira antes... cada vez mais seu coração ficava apertado e uma nova chance de uma maldita mariposa negra entrar em sua casa aparecia.
- Tente fazê-los pensar sobre o mal que estão causando, a dor, mostre os seus cortes!
- M-Meus cortes?! Não, não, se eu mostrar para eles é capaz de brigarem mais... E pode até ser comigo...
Nenhuma palavra a mais dentro daquele quarto fora dita, a menina começou a se arrumar de maneira silenciosa e mórbida: primeiro suas roupas íntimas de coloração azul bebê; depois uma calça legging negresca; um tênis esbranquiçado; um top da mesma cor que o sutiã; e por fim uma regata um tanto folgada de cor branca com pequenos detalhes de pigmento verde claro, chegava a se assemelhar com neon; e finalmente adicionou muita maquiagem sobre seus cortes, quase parecia que nunca sequer encostou um único dedo ali.
Estava pronta, e como um milagre quase não precisou ter pressa em nenhum momento seguinte que havia acordado... ou quase, seu coração começou a palpipar ao avistar o horário no relógio "06:50?! Droga! Eu vou chegar atrasada! Muito atrasada!" Em desespero, apenas conseguiu pentear seu cabelo e o prender num rabo de cavalo alto e recuperar sua costumeira bolsinha; abriu o alçapão presente no meio do chão e desceu as escadas com pressa. No piso de baixo teve a desmerecida imagem de seus pais discutindo; pigarreou forte, forçando com que toda aquela barulheira acabasse e olhares raivosos fossem postos em sua direção.
- O que é?! - Gritaram em uníssono. A kwami escondida dentro de sua bolsa estava certa, dessa vez tinha que fazer algo a mais do que só observar as várias janelas espalhadas por todo o colégio feito um falcão para ver se encontrava algum Akuma que voava na direção de sua residência. Mas o quê, exatamente? Mesmo que estivesse extremamente atrasada para chegar em Françoise Dupont, a felicidade e harmonia de sua família era mais importante, pelo menos a tentiva de fazê-los enxergar seus erros.
- Vocês não conseguem ficar sem brigar durante um minuto?!
- Foi seu pai que começou! - Exclamou Sabine.
- É impossível não começar a discutir quando se convive com alguém... - Tom fora interrompido pela própria filha.
- Chega! Olha isso! Já estão brigando de novo! Não importa quem tenha começado isso, não percebem que isso faz mal para vocês mesmos?! Pra mim?! - Estava um pouco fora de sua costumeira mascara amigável e descontava mínima porcentagem de seus sentimentos infelizes em tais palavras tão verdadeiras.
- Minha filha, você ainda é jovem, não vai entender nossos... - Sua mãe também tinha sido interrompida, possuía uma expressão um tanto culpada no rosto.
- Não entendo absolutamente nada! Vocês são dois adultos idiotas e que eu não queria ter como pais! - Aos poucos seus olhos foram acumulando certa quantidade de lágrimas, mas não iria as deixar cair, não na frente deles.
Irada, a azulada saiu de casa, corria em disparada na direção do internato, onde era o único lugar que podia ficar longe de brigas familiares.
* * *
Três garrafas de vodka vazias sobre o chão do quarto, alguns maços de cigarro amassados sobre a escrivaninha e pacotes de essência de narguilé pela metade, esse foi o resultado que Adrien conseguiu chegar em quatro dias, quatro dias de pura diversão - pelo menos aos seus olhos. Estava deitado sobre sua cama, encarava o teto enquanto brincava com os piercings de sua orelha direita; o despertador já havia tocado, seu banho estava tomado e suas vestes do dia se encontravam em seu corpo, só faltava a força de vontade para ir ao colégio lhe atingir, o que era extremamente difícil. Pensava se dessa vez matasse aula ou interrompia.
- Cara, como consegue beber e fumar essas coisas, mas não come esse delicioso camembert? - Indagou Plagg colocando um pedaço de queijo maior que seu pequeno corpo goela a baixo.
- De novo essa pergunta...? Como consegue gostar de brincar com as argolas de fumaça que eu faço, mas não fuma comigo? - Respondeu o louro, adquirindo um sorriso maroto com a expressão pensativa do kwami. - Enfim... Hora de levantar, ou a Nathalie vai vir aqui pra encher a merda do meu saco. - Num sobressalto, o rapaz se levanta com total facilidade, iniciando passos em direção à porta branca de seu cômodo privado, abrindo-a, e por fim, atravessando seu batente. Acabou encontrando sua mãe, que possuía uma expressão um tanto aflita. Porém ele permaneceu indiferente. - O que foi? - perguntou.
- Seu pai teve que ir numa reunião, você está sem o Gorila para te levar de carro.
- Ah... Tá, e daí? - respondeu, totalmente desinteressado nas palavras da mãe.
- Como assim "e daí", meu filho?! - Estava incrédula pela frase de Adrien. - La fora é perigoso, você pode... - O filho a interrompeu.
- Posso ser atropelado, assaltado, assassinado, akumatizado... Você liga? Logo você? Eu estou apertando o botão do foda-se para tudo e todos, principalmente para sua preocupação falsa e todo o resto que tem a ver contigo ou com o resto da família. Foda-se o motivo de eu ter que ir sozinho até o meu colégio. É sem sombra de dúvida melhor do que... - Seu corpo inteiro estava tenso, sua família lhe deixava tão irado e desconfortável, sentia que não pertencia àquela linhagem, odiava quando eles fingiam que se importavam. O rebelde apenas cerrou os punhos e respirou fundo. - Foda-se, só me deixa em paz.
Dito isso, o Agreste retomou seus passos até a escada, deixando uma Emilie plantada no corredor, mas quem disse que se importava com a opinião ou emoção de seus pais? Independentemente, agora já estava perdido em seus devaneios no fundo de sua consciência, deixando seus pés moverem-se como quiserem até o destinado Françoise Dupont.
Os olhos verde esmeralda estavam fitando as diferentes pessoas passeando pela rua, só que por um momento começou a fitar um ser em especial, uma garota de cabelos negros... ou azuis, não sabia ao certo, fez a pequena comparação dessa menina com a Ladybug, sempre ficava confuso com a cor dos fios capilares daquela joaninha; sobre a garota, essa estava correndo, com certeza estava atrasada para alguma coisa... uma aluna do internato talvez? Não... nunca havia visto ela antes, então não tinha como ser aluna de lá, conhecia todas as garotas daquele lugar como a palma da mão, principalmente as que havia se envolvido sexualmente.
* * *
Marinette, chegando perto de seu destino desacelerou todos os seus movimentos; sua respiração estava descompassada; as pernas um tanto trêmulas e tinha que se concentrar para não derramar aquelas lágrimas insistentes. Apenas caminhava com total distração, cantarolava baixo uma música do Jagged stone, aquilo lhe trazia um pouco de paz... pelo menos até certo momento em que trombara em alguém, como sempre, tão desastrada, chegava a ser idiota.
- Sei que me ama, mas esse tipo de abraço é um tanto violento, não acha? - Brincara Alya pegando alguns de seus almanaques de super heróis que estavam caídos no chão.
- Desculpa, eu estou meio distraída...
- Mais do que todos os dias? - A frase da amiga fez com que a azulada revirasse os olhos.
- Sim, mais do que todos os dias. - Mais uma vez, a azulada adicionou sua famosa máscara sorridente, fingindo estar completamente bem, como se sua família fosse completamente feliz e ela também...
- Você está ofegante... Correu para chegar? - Indagou a parda, tentando mudar o assunto.
- Sim, estava, achei que iria chegar atrasada, mesmo que o professor demore mais do que eu para chegar.
- Achou certo, a propósito, gostei da roupa.
- Sério? Meio simples, não acha?
- Por isso que eu gostei, porque é simples, igual à você. - As duas sorriram acolhedoras, se abraçando de uma maneira rápida e logo andando para dentro daquele enorme internato, passando à caminhar pelos corredores quase sem fim. - Eu quero que você separe minha roupa também! - Afirmou animada, achava que a mestiça tinha total potencial para se tornar uma estilista de moda.
* * *
Realmente era integrante do colégio, uma amiga da Alya, mas como?! Como que Adrien nunca havia notado sua presença antes?! Ela tinha algum poder de se tornar invisível ou o que? Argh! Tantas perguntas se transformando em sua mente e nenhuma resposta o deixavam louco de raiva! Talvez Nino saiba quem ela é; isso, melhor ideia, perguntar ao Nino sobre a garota de cabelos azuis.
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