Este é um blog que serve como diário/portfolio/caderno de notas/local para reclamações (fiquem avisados) da aluna Maria Paula Magalhães para a cadeira de Estágio II da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Don't wanna be here? Send us removal request.
Text
Identidades Fixas
Percebi durante as observações e durante as aulas e reuniões na escola que existem muitas identidades coladas a força nos alunos que parecem fazer com que eles tenham desempenho e futuro predeterminados na escola. Quem é bagunceiro é bagunceiro e nada mais nunca será, quem é inteligente não pode ser, também, falador, quem conversa em sala de aula não aprende nada, e outros tantos estereótipos que fazem com que os alunos acabem aceitando seus papéis dentro do ambiente escolar, seja para melhor ou pior...
0 notes
Text
A Troca
Não, não é do filme que eu to falando.
A troca, no caso, é de experiencias entre colegas na faculdade.
Senti, nesse ano, que um dos momentos mais importantes para a validação de meus pensamentos e sentimentos foram as trocas de histórias e de situações que pareciam inusitadas mas eram, afinal, bem comuns durante os estágios.
Saber que não se está passando sozinho por uma etapa bastante complicada da universidade, se não da vida, traz um senso de tranquilidade, mesmo que esse só dure as horas da aula onde nos encontramos com os colegas.
Se identificar nas histórias dos colegas foi maravilhoso.
Falo desse mesmo sentimento de pertencimento em meu TCC, claro que de maneira mais ampla, pensando na representação de mulheres artistas e nos efeitos que uma falta de representação gera nas meninas em escolas.
Vejo uma troca sutil, uma conexão entre TCC, estágio e vida, que não via há um tempo atrás.
0 notes
Text
Uma aula depende de todos
Durante esse ano em que me encontro em uma situação diferente, a de estagiária, mudei muito.
Sempre havia pensado, quando em papel de aluna, que aula dependia muito, se não inteiramente do professor, que planeja e propõe, que quando uma aula não rendia ou quando os alunos não se interessavam ou não participavam era culpa do professor, claro que essa ideia não saiu do nada, eu era apenas aluna, fui treinada para não ter culpa nessas cosias. Mas durante esse ano pude perceber, na pele, como estava errada.
Planejei muitas aulas, algumas deram certo, foram bem recebidas, as atividades fizeram sentido com o que os alunos estavam passando no momento, eram interessantes para a situação em que os alunos se encontravam, outras nem tanto...
Percebi, através de horas e horas de planejamento e de pensar nos alunos e em como eles receberiam minhas propostas que as aulas não dependem só de mim, agora professora, elas dependem do envolvimento da turma, dependem da vontade e "caridade" dos alunos que podem ajudar uma aula a crescer ou afundar. E isso foi muito importante, pois comecei a não ficar mais tao preocupada em "fazer a aula acontecer". Não quero dizer com isso que parei de pensar e planejar as aulas da maneira mais completa e apropriada que posso, mas sim que não acabei tão frustrada quando os alunos nem se davam o trabalho de responder a chamada.
O envolvimento de todos, em uma aula, é necessário.
1 note
·
View note
Text
A professora que não queria dar notas...
Um belo dia, após a conclusão de minhas horas de estágio e subsequente "expulsão" da escola (porque ninguém lá queria que eu ficasse após o cumprimento das horas), recebi uma mensagem da professora "POR QUE NÃO FECHOU AS NOTAS DO TERCEIRO TRIMESTRE?" para a qual respondi "Bom, tive apenas duas aulas no terceiro trimestre, não fiz atividades o suficiente para dar notas, achei que a senhora ficaria com as notas dele." "EU NÃO VOU DAR NOTA NENHUMA"
Mas, falando sério, a professora da escola se recusou a fazer atividades e fechar notas no terceiro trimestre, ela tinha dois meses para o fazer, mas optou por não completar nenhuma atividade no tempo restante de aula, me forçando a dividir minhas atividades com os alunos e criar notas para que eles tivessem o suficiente para dois trimestres.
Essa professora realmente me impressionou, eu nunca havia visto alguém tão acomodado com sua situação de "funcionaria estadual" que não recebe bem e não da aula bem, que tira meses de licença sem um real problema e sem dar maiores explicações, que trabalha três meses do ano e acha muito.
Enfim, achei que seria importante mencionar que eu tive que fechar as notas de todos os alunos e decidir quem passava e quem rodava. Foi muito assustador, mas no fim rodaram apenas os alunos que não foram em nenhuma aula e estariam rodados por falta de qualquer maneira, não podendo fazer recuperação.
#escola#dilema#a professora#sexto ano#oitavo ano#socorro#essa senhora testa minha paciência#os alunos não mereciam as aulas dela
0 notes
Text
O final do 6º Ano A
Por sugestão dos alunos, essa etapa serviu para criar um mascote que representasse a turma. A resposta dos alunos, durante a atividade do mascote foi muito positiva, porque a iniciativa partiu deles próprios. A atuação em sala de aula da turma foi bastante diferente do que em outras atividades, ele se ajudaram e não se separaram em pequenos grupos, como era o costume.
Os alunos trabalharam juntos pensando em como unir as diferentes personalidades da turma para que pudessem ser representados. Decidiram, no final, desenhar um grande brasão, contendo o nome da turma, um animal que os representasse (uma águia, pois acham um animal rápido e esperto), o nome da turma (6º Ano A) e uma pessoa sem traços marcantes, mas que continha todas as cores de canetas escolhidas pelos alunos para realizar o desenho.
0 notes
Text
O 8º Ano A me surpreendeu no final
Os alunos do 8º ano foram convidados a direcionarem os seus olhares para os estereótipos encontrados no cotidiano e que os rodeavam, analisando imagens e produzindo um trabalho de colagem individual que subverteria os estereótipos escolhidos por cada aluno para serem discutidos. Nesta etapa, mostrei a eles os trabalhos de Fred Wilson (1954) e Uldus Bakhtiozina (1986) para que pensassem sobre o assunto. As aulas em que lidamos com o tema estereótipos foram muito produtivas no oitavo ano. As meninas da turma, em sua grande maioria negras, se viram bastante afetadas pelo assunto, o que fez com que elas compartilhassem as questões de preconceito racial e estereótipos de gênero que vivenciam e estão muito presentes em suas vidas.
As alunas se engajaram com a discussão de maneira que não havia previsto. Acredito que, pela primeira vez, haviam sido convidadas a compartilhar suas angustias vividas de maneira produtiva, pela arte. Falaram de como tinham mais tarefas domesticas que seus irmãos, de como era difícil ver e escutar seus pais falando de estereótipos e as forçando a ser algo que não queriam. Confrontaram os meninos da turma, para saber de suas opiniões, que foram ao favor da igualdade de tratamento de homens e mulheres, com a exceção de um aluno, que logo foi "educado" no assunto. Falaram de como não viam mulheres negras na TV, em propagandas, na arte. Falaram em como se sentiam excluídas por isso.
0 notes
Text
E o TCC?
Confesso que tive muita dificuldade em unir o estágio ao texto do TCC.
Essa vivencia de estágio é tao única, acredito, que não sabia como fazer ela virar um texto frio para entrar em um capítulo do trabalho de conclusão.
Não sei se estou satisfeita com o que acabei fazendo, mas acredito que foi o que pude melhor executar no momento.
Não pude falar muito das individualidades dos alunos, nem de como a professora me fazia passar por poucas e boas, mas pude sim, pensar na experiência de estágio como um todo que me ajudou a problematizar a maneira como mulheres são mostradas na escola.
0 notes
Text
As classes que não se viram
Uma coisa muito estranha que comecei a notar na aplicação do estágio foi o fato de que os alunos não se olham nos olhos. Eles conversam, eles brincam, eles até fazem o trabalho proposto, mas eles não viram as classes para conversar de frente. Por quê? Não sei se é algo cultural de onde estamos situados, se é algo apenas dessa escola, ou se é algo que tem a ver com essa nova geração de alunos que não se adapta aos requerimentos da escola. Pode ser algo mais simples, pode ser que seja apenas para ver melhor o trabalho do colega, mas a maneira como os alunos se tratam me faz pensar que é algo maior que isso... Os alunos ficam sempre de frente para o quadro, não se viram e conversam, realmente uns com os outros...
Não é um post muito importante, mas notei isso e achei seria interessante mencionar, já que ao comentar com colegas na faculdade eles também disseram que achavam estranho os alunos não se virarem do quadro para fazer atividades em dupla/grupo.
0 notes
Text
Conselho surpresa
A desorganização reina. Hoje, terça-feira, tinha conselho de classe, algo que foi decidido sexta-feira passada, à tarde. Como eu não vou na escola entre sexta-feira à tarde e terça de manhã, nem tenho bola de cristal (e eles não mandam e-mail pra mim) o conselho foi a surpresa. Aqui estão as anotações feitas durante as 3 horas que passe lá: Os alunos representantes de turma ficam presentes durante o conselho de classe. 6 ano: representantes Lucas e Andrei. Turma muito difícil, toda a professoras falam das mesmas coisas, agitação, dificuldade de prender a atenção da turma. Os alunos reconhecem que a turma está muito bagunceira. Aluna nova: Maria Luísa Barbosa da Costa. Andrei: bom aluno Cauã: imaturo Cleiton: rendimento e disciplina Diego: disciplina Eduarda: desempenho Eduardo: desempenho e disciplina Guilherme: ok Guilherme: Ribeiro desempenho e disciplina Iago: ok Inaiane: disciplina Isadora: rendimento e comportamento Jamile: ok João Santos: rendimentos e pontualidade João Vitor: desconcentra a turma Lucas Cabral: fala muito Luiz Henrique: agressivo e inapropriado tem 14 anos Marcelo: rendimentos e disciplina Maria Eduarda: rendimento e frequência Mateus Ely: ok Mateus Machado: disciplina e Natalia: ok Rafaela: ok, mais devagar não faz as coisas para copiar dos outros Rian: conversa e rendimento Richard: rendimento e disciplina Taiana: nunca apareceu Vanderlei: nunca apareceu Vitor: rendimento Wilson: ok Pamela: transferida 8 ano: Não tiveram representantes de turma. Brenda transferida Bruno não está vindo Davi: usa o celular, não entrega, só faz anime Diefer: faltas conversa e desempenho Eduardo: Emelyn: notas baixas Evelyn: desempenho e conversa Fernanda: agressiva com os colegas, não é mal aluna Francisco: disciplina, Giulia Rayane: ok mas tem piorado Guilherme: rendimento Gustavo: frequência, desempenho, comportamento Katryne: desempenho, frequência Kevin: desempenho, biografia do Hitler, comportamento estranho, sádico Leonardo: rendimento e conversa Lisiane: rendimento e conversa Luisa: rendimento Manuela: notas Moisés: nunca veio Milena: ok Paula: rendimento, conversa e faltas Sandrine: conversa Stephanny: nunca veio Tauana: faltas, desempenho Victoria: faltas e rendimento Vitória: fraca, rendimento Talita: rendimento, faltas Cristian: ok?
0 notes
Text
6ºA e o caos produtivo
O 6º A é uma turma muito bagunçada e bagunceira, tem uma grande diferença nas idades dos alunos, coisa que gera conflitos, mas ainda assim, é uma turma é produtiva, não nos sentido de fazer trabalhos, mas no sentido de ser uma turma que responde e que se interessa pelas propostas. Claro que é difícil chamar atenção, é difícil manter a atenção e o interesse, mas ao mesmo tempo o caos e a conversa são disparadores de assunto e, se eu consigo ser mais esperta que os alunos (não sei se consigo) trago o assunto de volta pra aula.
0 notes
Text
o retorno do projeto
Como eu havia pensado, o projeto ficou coerente, gostei das aulas, tive mais dificuldade do que esperava nos conteúdos, mas isso foi arrumado.
A elaboração dos planos de aula fica bem mais fácil quando já se tem um esboço do que será feito.
0 notes
Text
A apatia do oitavo
O oitavo ano me surpreendeu bastante com tamanha apatia quanto as aulas. Os alunos ignoram o que foi combinado nas aulas anteriores, se recusam a fazer os exercícios propostos, mesmo tendo concordado em participar enquanto eu estava explicando.
Tres meninos em especial me ignoram de tal forma, que sinto como se eu não existisse. O que faço?
0 notes
Text
Volta às aulas
A volta as aulas na escola foi bastante caótica, houve mais problemas com a professora e ela tirou licença saúde até dia 17 de agosto (como ela consegue?), então fui forçada a começar as minhas aulas sem nenhum período de adaptação.
Depois foi enviado um bilhete dizendo que a escola voltaria a trabalhar em horário reduzido, devido ao parcelamento dos salários (o que não aconteceu, ainda bem que eu confirmei os horários antes de ir).
0 notes
Text
O final do semestre
Esse final de semestre tem sido bastante atarefado, com a pré banca, a elaboração do projeto e as observações do estágio, além de todo o resto da minha vida (risos), muitas cosias ficaram juntas.
Gostei bastante das aulas de estágio na faced, achei que foram essenciais em minha formação como professora, só acho que deveriam ter acontecido há um semestre atras.
0 notes
Text
O Projeto de Ensino
A elaboração do projeto foi muito clara, sabia desde o início o que eu queria com ele: trazer a realidade dos alunos para as aulas de arte, já que durante minhas observações não vi os alunos se relacionando com as aulas. O mais difícil do projeto, foi , na verdade fazer com que todas as aulas seguissem um fluxo e fizessem sentido umas com as outras.
O título do projeto é " Relações e percepções que formam o eu: possibilidades de representação nas aulas de artes visuais" e acredito que ficou bastante condizente com os conteúdos planejados das aulas.
Abordarei, no projeto, aborto os temas Identidades, subjetividades, relação, representação e percepção.
0 notes
Text
Cadê a professora?
Eu não sei a quanto tempo a professora G. faz isso, não sei se ela está acostumada a faltar tantas aulas assim, mas não consigo acreditar que uma profissional que preze seu trabalho falte e tanto e ligue tão pouco para seu emprego. A professora de artes da escola trabalhou ao todo, esse ano, dois meses! DOIS MESES. Ok? Sentem minha dor?
Como ficam os alunos sem professora? Como fico eu sem professora?
0 notes
Text
A experiência
Pensando a experiência do Larosa, como podería criar oportunidades de experiência?
Falamos muitos sobre esse tema nas aulas de estágio e não acredito que tenha uma fórmula mágica que possa criar experiências reais.
1 note
·
View note