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[misstfernandes]

Querido diário,

Enfim, de volta. Talvez por motivos menos nobres ou nobres em demasia, ainda não consigo entender todos os sentimentos que permeiam a minha superfície. Quero lhe dizer que nos perdemos ou ainda não temos nos pertencido de fato, quem consegueria me dizer?

Ainda não consigo decifrar se foi naquele fim de dezembro ou naquele momento em abril de alguns anos anteriores. Talvez ainda eu saiba todas as respostas para a maioria dos questionamentos que vagam em minha mente durante as noites de terça-feira ou de uma madrugada fria de quarta-feira, mas me recuso em acreditar em cada maldita nova saudade.

E a resposta pela neglig��ncia desses sentimentos que inflamam e corroem a minha consciência está no fato de não querer culpar o que o tempo escancarou diante dos meus olhos e da nossa breve eternidade. Ainda que, mesmo depois de cigarros , garrafas de vinhos vazias e a claridade da lua naquela terça-feira tenha sido o sublime encontro com o vazio.

Ele me perguntou sobre o vazio, e foi quase tão claro, quanto o sol em um deserto de cacos de vidros, a resposta que espreitavam nossas mentes confusas . Foi cortante e ainda naquela rua vazia e fria a resposta se estampou. Estampas opacas e cinzentas, como me sentia quando aquilo só começa, porque a resposta era que o fim era tão demorado quanto o raiar do sol num dia nublado e chuvoso.

Eu me pergunto o quão vazia e solitária eu seria se tivesse permanecido na inércia dos sentimentos que vagam entre nós. O que seria se talvez eu ainda não pensasse que nós ainda teríamos chance. Mas que chance? Chances para arruinar o que ruiu as nossas claras vistas? Chances para fazer diferente quando sabíamos que não faríamos? Chances para ver o outro acinzentar e, ainda sim, acreditar que tudo mudaria como as tardes ensolaradas das quintas-feiras?

Mas sejamos sinceros, naquele momento eu era apenas o silêncio ensurdecedor daquela madrugada com nuances roxas e azuladas das acusações que só nós sabemos. Eu sou o que poderia ter te transformado naquilo que recusamos a acreditar, porque ainda em madrugadas como aquela foi decidido que nós não somos mais entardeceres ou amanheceres. Nós somos apenas madrugadas sombrias e silenciosas.

- Arclariam

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me sinto desconectada do mundo. do meu vínculos sociais, pessoais. como se houvesse outro plano. uma segunda camada e é difícil prestar atenção e conviver todo dia com todo mundo.

uma parte de mim agradece porque todo mundo sabe que eu sumo e volto e sumo de novo (mas eu sempre volto).

eu queria conseguir descrever quão exaustivo é, as vezes, levantar de cama e respirar.

os meu demônios não estão comigo nesses momentos. meus monstros sabem o limite da presença. e ser eu é o suficiente nesses dias

acordei meio dia, mas dormi as 5:35 da manhã, a insônia tá degradando meu sistema nervoso. não tinha ninguém em casa e meu pai ligou, e o número de ligações aumenta quando estou sozinha porque sei que ele tem medo. eu consigo sentir o desespero na voz dele quando ele diz “te amo, almoça, não apronta nada, tá bom? mais tarde estou aí”

preciso por os pingos nos i’s. preciso me decidir logo.

preciso de um ramo na vida. eu achava que tinha, agora eu não sei de nada. não tenho certeza de mais nada.

queria ir embora desse estado.

curitiba parece um bom lugar.

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Geralmente acordamos com o som dos pássaros de manhã, carros indo e vindo, pessoas conversando, som da chuva ou carro de som passando uma propaganda qualquer, mas sempre esperamos acordar com o som da voz de alguém ou toque do celular com uma ligação inesperada, são os prazeres da vida que nos proporciona viver momentos como esse. Hoje acordei com um som diferente, mais grave, rouca e sonolenta, o som da sua voz. É diferente quando temos esses privilégios é como ganhar na loteria ou nascer duas vezes, o inesperado sempre nos assusta, algo novo sempre coloca em prova os nossos sentimentos e se somos capazes de lidar com situações diferentes, será que estamos preparados para a mudança? Viver algo novo? Sentir sentimentos novos? Deixar para trás as pessoas e amores antigos? Quando você chegou não estava preparada para recebê-lo e aceitar em minha vida, houve receios, dúvidas e o medo gritou em meus ouvidos, fechei os olhos, respirei fundo e seguir a minha intuição, poderia estar cometendo um erro, repetindo um ciclo doloroso e com a possibilidade de ter um coração quebrado, mas parece que o destino resolveu colocar você em minha vida e me ofereceu uma nova chance de ser feliz. Me pergunto se as pessoas tem a mesma oportunidade, porque temos o hábito de ignorar o "novo e o desconhecido" e desviar sem olhar para trás sem ao menos ter vivido ou sentido, caso você fique inseguro tente abraçar as "coisas inesperadas" e viver, pode ser que você saia machucada, coração quebrado ou traumatizado, mas agarre e se permita viver, chore se precisar, aprenda com o sofrimento e a dor, celebre momentos bons, pule de alegria por superar alguém e viver um novo amor, mergulhe o mais fundo que puder e desfrute da imensidão da sensação de ter controle do seus sentimentos, atravesse a fronteira correndo ou a pé, sinta a brisa tocar em seu rosto, sorria para o nada e sinta tudo, coloque a cabeça para fora da janela do carro e feche os olhos e flutue, caso venha uma tempestade tome banho de chuva e gargalhe até a barriga doer, mas não deixe a vida passar, não deixe de viver coisas novas e conhecer coisas diferentes, abrace alguém desconhecido, aperte a mão de quem precisa de ajuda, faça uma ligação para alguém que sente saudades, visite aquela pessoa que você vê a tanto tempo, atravesse a faixa de pedestre sem precisar olhar para os lados, confie em sim mesmo e conquiste o mundo e por experiência própria o raio não cai duas vezes no mesmo lugar.

Elle Alber

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Somos bons na cama. Somos bons em dar prazer um ao outro. Somos bons no sexo sujo e selvagem. Somos bons em nos provocar e nos excitarmos. Somos bons em falar coisas obscenas para esquentar o clima. Somos excelentes em desejar um ao outro. Somos bons em realizar a fantasia um do outro, em tirar a roupa e chegar ao ápice juntos. Somos bons em virar as costas após o fim do sexo e bater a porta. Somos bons em marcar uma outra vez sem compromisso. Lidamos bem com o sofrimento, com a ilusão e com a frieza. Mas não somos bons em amar, fazer planos para o futuro. Não somos bons em andar de mãos dadas e ir ao churrasco de nossas famílias. Não gostamos de jantares românticos e nem de acordarmos juntos de manhã. Não somos bons em assistir filmes de amor juntos. Nós não gostamos da palavra ‘’eu te amo’’ ou ‘’casa comigo’’. Nos gostamos de prazer, desejo e uma foda casual sem compromisso. Gostamos do nada, do vazio e cada um seguir a sua vida. Gostamos de estar em camas diferentes todos os dias. Gostamos de nos esquecer e gostamos de nos procurar quando a vontade bater.

— Ruinaas

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Regra número 1 :

- Nunca corra trás de alguém que já deixou claro que não quer você.

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“Ele não é só um cara. Esse sim, esquenta as suas mãos e escuta os seus impropérios e gracinhas com o mesmo apego. Ele não te deixou apodrecendo ali onde você não pudesse incomodar. Ele é diferente de tudo o que é errado em seu mundo e em outros mundos. Você diria que ele salvou sua vida se não soasse tão dramático. Ele não faz planos ou promessas, só surpresas, te ensinou a gostar de surpresas. Ele é diferente. Ele não é só um cara. Ele te ouve como se te entendesse, fala como quem soubesse o que dizer e não diz nada muitas vezes, porque ele entende os silêncios. Ele existe. Você sabe que seriam bons amigos, bons parceiros, bons inimigos, mas você prefere ser a garota dele. E sabe que serão importantes na história um do outro para sempre, independentemente de tudo que estiver pra acontecer. Porque ele não é só um cara. Você não quer mais só um cara. E ele é tudo que você quer hoje.”

— Tati Bernardi 

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2023

O tiro no escuro, é sobre intuição e incertezas. É sobre a obrigatoriedade de se locomover, pois estar imóvel é perigoso demais. É sobre renúncia, a renúncia de desistir. Esse ano foi um processo com as respostas que eu mesma pedi. Doeu, pois não achei que a verdade realmente causava essa dor quase física. Tive que me reconstruir diversas vezes, e mesmo que meus pensamentos insistiam em se prender onde me quebrei, foquei em cada pedaço montado. E entendi que esquecemos rápido demais todo o processo de construção, mas nos lembramos facilmente do que perdemos. Nós, tolos, perdemos pessoas, coisas, memórias, para que possamos nos encontrar. É a beleza sutil de Deus, tão delicada e estrondosa. Se sentir perdido é quase um convite para se encontrar, e então, quase sempre estamos nos perdendo por aí.

Eu, que vi a verdade da vida, entendi que ela é única, e não será como a de mais ninguém. Eu que insisti em um conto, onde a protagonista tinha estabilidade em pessoas, mas pessoas são instáveis no mundo real. Esse conto era doce, até acordar e perceber que ele tem gosto de sal e água, de mar, de vida, de família, de pequenas felicidades, de paz.

L , daqui do mundo real.

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Eu achei que você fosse diferente, acreditei em você, confiei em você e, no fim você foi pior que todos os outros. Você me cativou, você me fez amar-te, você me fez apegar-te e, no fim você me deixou. Diferente de todos os outros eu tive esperança que você ficasse, fiz de tudo por ti e da mesma forma que você partiu eu também parti em diferentes cacos como um copo quebrado, eu parti mesmo não indo a lugar algum.

- fallenangel01

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2023

O tiro no escuro, é sobre intuição e incertezas. É sobre a obrigatoriedade de se locomover, pois estar imóvel é perigoso demais. É sobre renúncia, a renúncia de desistir. Esse ano foi um processo com as respostas que eu mesma pedi. Doeu, pois não achei que a verdade realmente causava essa dor quase física. Tive que me reconstruir diversas vezes, e mesmo que meus pensamentos insistiam em se prender onde me quebrei, foquei em cada pedaço montado. E entendi que esquecemos rápido demais todo o processo de construção, mas nos lembramos facilmente do que perdemos. Nós, tolos, perdemos pessoas, coisas, memórias, para que possamos nos encontrar. É a beleza sutil de Deus, tão delicada e estrondosa. Se sentir perdido é quase um convite para se encontrar, e então, quase sempre estamos nos perdendo por aí.

Eu, que vi a verdade da vida, entendi que ela é única, e não será como a de mais ninguém. Eu que insisti em um conto, onde a protagonista tinha estabilidade em pessoas, mas pessoas são instáveis no mundo real. Esse conto era doce, até acordar e perceber que ele tem gosto de sal e água, de mar, de vida, de família, de pequenas felicidades, de paz.

L , daqui do mundo real.

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Dolorido

As vezes parece que você arranja motivos para se manter longe de mim.

Ad

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esse ano me fodeu completamente. foi o ano que eu enfrentei as minhas piores crises de ansiedade. foi o ano que mais me vi sozinho. mas ao mesmo tempo foi o ano que eu descobri a minha maior força e abracei minha solitude.

eu sou importante! e isso sim merece ser celebrado!

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