Um país só cresce de verdade com Educação de qualidade.
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Estamos ou não em uma ditadura?
O objetivo deste artigo não é expor a minha opinião, mas permitir que, a partir de uma análise individual, cada um possa tirar sua própria conclusão.
Conheça as 14 principais características de uma ditadura e avalie, sem viés político, ideológico, religioso ou de qualquer ordem, quais dos seus 24 tópicos já estão, parcial ou integralmente, vigindo no Brasil?
#1. Concentração de Poder
Liderança Centralizada: O poder é mantido por um líder ou um partido que toma decisões sem consulta popular. Há pouca ou nenhuma separação de poderes.
Falta de Eleições Livres e Justas: Mesmo que ocorram, costumam ser manipuladas para garantir a manutenção do poder.
#2. Controle Sobre a População
Desarmamento da População: Governos ditatoriais buscam desarmar a população para minimizar a resistência armada implementando leis rigorosas de controle de armas.
Censura e Propaganda: Há um controle rigoroso sobre os meios de comunicação, com censura de críticas ao governo e uso extensivo de propaganda para influenciar a opinião pública.
#3. Supressão de Direitos e Liberdades
Restrição de Liberdades Civis: Direitos como a liberdade de expressão, reunião e associação são frequentemente suprimidos.
Repressão Política: Oposição política é perseguida e silenciada, muitas vezes através de prisões arbitrárias, tortura ou desaparecimento forçado.
#4. Instituições de Controle
Forças Armadas e Polícia: Usadas para manter a ordem e proteger o regime. São frequentemente colocadas sob o controle direto do governante ou de aliados próximos.
Aparelho de Segurança Interna: Inclui a polícia secreta e outras agências de vigilância para monitorar e neutralizar dissidências.
#5. Influência do Crime Organizado
Crime Organizado: Em algumas ditaduras, o crime organizado pode encontrar um ambiente fértil devido à corrupção e à falta de fiscalização. Em outros casos, o governo pode usar o crime organizado como um braço para realizar atividades ilegais ou para controlar economicamente setores da sociedade.
#6. Sistema Jurídico Controlado
Judiciário Subordinado: O sistema judicial é manipulado para servir aos interesses do regime, com juízes nomeados pelo governo e decisões que favorecem o status quo.
#7. Políticas Econômicas e Sociais
Controle Econômico: O governo pode exercer controle total sobre a economia, incluindo nacionalizações, controle de preços e centralização da arrecadação de tributos para garantir sua manutenção no poder.
Programas Sociais: São usados como métodos de controle social, distribuindo recursos de forma a garantir lealdade política.
#8. Influência Internacional
Isolamento ou Alianças Estratégicas: Ditaduras podem se isolar para evitar influências externas críticas ou formar alianças com outros regimes autoritários para suporte mútuo.
#9. Estratégias de Retórica e Controle Cultural
Culto à Personalidade: Muitos regimes ditatoriais promovem um culto à personalidade em torno do líder, apresentando-o como um salvador ou figura paternal. Isso é frequentemente reforçado por meio de símbolos, monumentos, e narrativas históricas que exaltam suas conquistas.
Uso da Cultura e Religião: As ditaduras podem manipular elementos culturais e religiosos para justificar suas ações e ganhar apoio público. A censura cultural também é comum, onde apenas produções artísticas compatíveis com a ideologia do regime são financiadas pelo governo ou permitidas.
#10. Educação e Doutrinação
Educação Controlada: O sistema educacional é usado como uma ferramenta de doutrinação, onde o currículo é cuidadosamente desenvolvido para inculcar a ideologia do regime na população desde a infância.
Reescrita da História: Fatos históricos são distorcidos ou omitidos nos livros didáticos para criar uma narrativa que legitime o governo e descreditar a oposição.
#11. Perpetuação do Poder
Redefinição Constitucional e Legal: Ditadores frequentemente alteram ou não respeitam constituições e leis para eliminar limites de mandato e consolidar seu controle indefinidamente.
Sucessão Dinástica ou Partidária: procuram passar o poder para membros do grupo dominante ou familiares para garantir que permaneçam no controle.
#12. Impacto e Resiliência Social
Resiliência Comunitária: Apesar das restrições, comunidades podem desenvolver formas de resistência e resiliência, criando redes de apoio mútuo e preservando culturas de forma clandestina.
Emigração e Diáspora: cidadãos fogem do regime autoritário, criando diásporas que podem exercer pressão internacional e apoio ao movimento de resistência interna.
#13. Relações com a Sociedade Civil
Cooptação de Grupos Sociais: O regime pode tentar cooptar sindicatos, associações profissionais e outros grupos da sociedade civil para garantir que não se tornem focos de resistência. Isso pode incluir a infiltração ou a criação de ‘organizações paralelas’ que são leais ao regime.
#14. Resposta a Crises
Gestão de Crises e Propaganda: Durante crises, como desastres naturais ou pandemias, as ditaduras podem usar a propaganda para desviar a atenção da má gestão ou para reforçar a narrativa de que o regime está salvando a nação.
Repressão Intensificada: Em tempos de crise, a repressão pode ser intensificada sob o pretexto de segurança nacional.
Cada regime ditatorial é único na forma como implementa essas características, e a interação com o contexto internacional e os desafios internos podem modificar a maneira como estes elementos se manifestam.
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É possível prever o futuro?
Nem tudo é previsível, mas nem tudo é aleatório
Foram as consequências indesejáveis da permanente ausência de um projeto de país e da visão imediatista da maioria dos brasileiros que me deram forças para lutar até conseguir introduzir a disciplina Strategic Foresight – Liderança para o Futuro no currículo do ensino superior.
Nessa disciplina apresento a metodologia usada por países e empresas de primeiro mundo para construir diferentes cenários futuros, todos possíveis, lógicos e prováveis, e se preparar para eles, caso ocorram.
E foi usando essa metodologia que, sem viés de nenhuma natureza, fiz três previsões que, infelizmente, estão se realizando.
Em 2002, quando Lula foi eleito e me perguntaram o que iria acontecer, respondi que "deveriam esperar dez a quinze anos para ver o estrago que seria feito no Brasil". Previsão cumprida em 2016 quando o Brasil enfrentou a maior crise econômica de sua história.
Em 2022, quando amigos e familiares me perguntavam nas redes sociais por que eu afirmava categoricamente que Lula não deveria ser uma opção, respondia que, por vários motivos, mas principalmente "para que possamos continuar a nos encontrar nas redes sociais". Infelizmente, ele se tornou presidente e o espaço para nossos encontros virtuais foram inicialmente vigiados e agora começaram a ser eliminados.
Também em 2022, logo após as eleições, quando me perguntavam o que iria acontecer com a volta de Lula ao poder, eu respondia, laconicamente, que "esse governo não irá sair pelas vias normais". Alguma dúvida?
Como podem ver a metodologia é muito assertiva. Uma pena que o brasileiro pouco se interesse nem se sinta responsável pelo futuro que está construindo para seus descendentes.
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Pontos de QI, família e escola
A relação entre pais e filhos definitivamente mudou. Para entendermos o que, há muitas décadas, vem acontecendo com nossos filhos e netos é preciso partir de alguns pressupostos:
Os cérebros dos recém-nascidos têm capacidade intelectual semelhantes (exceções confirmam a regra)
O processo de ensino-aprendizagem, da pré-escola ao curso superior, tem como objetivo desenvolver a capacidade intelectual da criança.
Pontos de QI - quociente de inteligência - mesmo não sendo uma medida perfeita, é um modo reconhecido para avaliar a inteligência das pessoas.
O QI médio da população mundial é 100 pontos.
Vamos aos fatos:
Em 2019, num ranking com 105 países, o Brasil ficou em #55 com QI médio de 83, à frente de países como Moçambique 71 e Angola 72 e atrás de Argentina 87, Portugal 93, Espanha 95, Itália 95, França 97, Estados Unidos 97, Alemanha 100, Reino Unido 100, Coréia do Sul 103, China 104, Japão e Hong Kong 106 pontos.
(fonte: https://www.dadosmundiais.com/qi-por-pais.php)
Os seis primeiros países com QI mais elevados estão na Ásia e, não por coincidência, os seis melhores sistemas educacionais no ranking PISA 2022 também estão na Ásia. (fonte: https://www.datapandas.org/ranking/pisa-scores-by-country)
Contra fatos não há argumento
Se, ao nascer a criança tem um QI médio de 100 pontos e as escolas deveriam manter ou ampliar sua capacidade intelectual, os números apresentados mostram que alguns sistemas educacionais aumentam ou mantém enquanto outros diminuem a capacidade intelectual de seus alunos.
Qual é a principal diferença entre esses sistemas educacionais?
Os que mantiveram ou melhoraram o desempenho intelectual das crianças entendem a Escola como um processo de ensino-aprendizagem e Educação como um processo familiar. E, como mostra o resultado do PISA 2022, desenvolvem as habilidades cognitivas da criança, a capacidade de ler, entender e pensar por si próprio, aumentando a sinergia e a harmonia com a família, parceira importante no processo de formação do indivíduo, do cidadão.
Já os que afetaram negativamente a capacidade intelectual das crianças, em detrimento de atividades que desenvolveriam as atividades cognitivas da criança focam em questões sociais e políticas a partir de visões particulares de mundo, muitas vezes conflitantes com os valores incutidos pela família, criando antagonismos inconvenientes e abalando a importante parceria escola-aluno-família.
O resultado tem sido alunos menos inteligentes e mais intolerantes com o que estiver em desacordo com "suas novas crenças" prejudicando a harmonia no núcleo familiar. sabidamente importante para o bom desenvolvimento da criança e do adolescente.
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A Inconfidência Brasileira
Semelhanças e dissemelhanças com a Inconfidência Mineira
A palavra "Inconfidência" significa "falta de fé ou de fidelidade, especialmente em relação ao Estado ou a um soberano". Portanto, os dois movimentos, o mineiro e o brasileiro, foram inconfidências.
Ocorrida há 235 anos, a Inconfidência Mineira tornou-se um exemplo de luta pela liberdade. Um dos participantes, Tiradentes, foi condenado à morte e executado em 21 de abril de 1792 no Rio de Janeiro. Para que servisse de exemplo para os brasileiros, foi esquartejado e ficou exposto à execração pública.
Contudo, a figura de Tiradentes seria recuperada pelo regime republicano que o transformou num mártir da liberdade. Inclusive, desde 1890, o dia 21 de abril, data da morte de Tiradentes, é feriado nacional, o Dia de Tiradentes, hoje considerado um herói nacional, mártir e patrono da nação brasileira. E o lema dos inconfidentes “Liberdade ainda que tardia” faz parte da bandeira do estado mineiro.
As semelhanças com os atos de 8 de janeiro de 2023 são muitas:
Havia um grande descontentamento com o governo.
As duas inconfidências foram contra governantes que agiam de forma autoritária e tendenciosa, compreensível para um Brasil ainda colônia de Portugal, mas inaceitável num regime democrático.
Ambos os planos dos inconfidentes foram frustrados por militares: - o mineiro pelo coronel Joaquim Silvério dos Reis, o tenente-coronel Basílio de Brito Malheiro do Lago e o mestre de campo (militar) Inácio Correia Pamplona, que procuraram o governador, Visconde de Barbacena, para delatar o movimento - o brasileiro porque o Exército Brasileiro virou as costas e os abandonou inclusive ajudando a prender milhares de participante das manifestações tanto nos quartéis como na praça dos 3 poderes.
Alguns presos foram libertados enquanto outros receberam as maiores penas possíveis para que servissem de exemplo para os brasileiros.
Mas, dissemelhanças também existem:
A Inconfidência Mineira foi uma revolta regional organizada e conduzida por um grupo de cidadãos mineiros, em sua maioria grandes proprietários, mineradores, padres e letrados, como Cláudio Manuel da Costa que, oriundo de família enriquecida na mineração, havia estudado em Coimbra e foi alto funcionário da administração colonial. Alvarenga Peixoto era minerador e latifundiário. Tomás Antônio Gonzaga, escritor e poeta, depois de estudos jurídicos na Europa, tornou-se ouvidor (juiz) em Vila Rica. Francisco de Paula Freire, tenente-coronel e comandante do Regimento dos Dragões (tropa militar de Minas Gerais), estava hierarquicamente logo abaixo do governador. Joaquim José da Silva Xavier, chamado de Tiradentes, era filho de um pequeno fazendeiro e ganhou a vida como militar, dentista, tropeiro e comerciante. Foi o mais popular entre os conspiradores e, embora não tenha sido o idealizador do movimento, teve papel importante na propagação das ideias revolucionárias junto à população.
Participaram da Inconfidência Brasileira cidadãos de todas as partes do país, todas as classes sociais e idades, muitos de idade avançada, aposentados, mães com crianças, portadores de deficiência, trabalhadores de vários setores, todos com um sentimento comum: a preocupação os rumos que o país estava tomando.
A Inconfidência mineira tinha uma liderança clara organizando e conduzindo.
A inconfidência Brasileira não tinha uma liderança específica, típico dos movimentos sociais do século XXI, que se espalham rapidamente pelas redes sociais na Internet.
A Inconfidência Mineira tinha objetivos claros: libertar Minas Gerais do jugo português e impedir a derrama, cobrança de impostos realizada à força.
A Inconfidência Brasileira não tinha objetivos tão claros. Depois de assistirem silenciosamente aos malabarismos jurídicos para libertar um condenado e permitir que se candidatasse, verem todos os pedidos de auditoria do resultado das eleições 2022 serem rejeitados e seus autores muitas vezes punidos, os inconfidentes passaram a exigir transparência na eleição mais nebulosa da história do país. Tendo sido negada a transparência e, sem ter a quem mais recorrer, pacífica e paulatinamente ocuparam a frente dos quartéis em várias cidades no país e, a seguir, a praça dos 3 poderes em Brasília.
Enquanto o processo contra os poucos inconfidentes mineiros capturados procurou respeitar o princípio do devido processo legal e durou três anos, o processo contra os milhares de presos no dia 08 de janeiro não respeitou e as primeiras condenações ocorreram em menos de nove meses.
Na Inconfidência Mineira os governantes respondiam para a Coroa Portuguesa e a hierarquia era respeitada. Na Inconfidência Brasileira os poderes executivo e legislativo eram reféns do poder judiciário que seguia as ordens de um único integrante.
Não se sabe quanto tempo ainda irá levar, mas, num futuro não muito distante, os livros de história irão apontar quem foram os verdadeiros “Joaquim Silvério dos Reis”, traidores da pátria, e quem foram os “Tiradentes”, defensores da democracia e da pátria. Talvez, a data de 8 de janeiro venha a ser comemorada como o Dia da Luta pela Democracia.
E, então, muitos se orgulharão de serem descendentes dos defensores da pátria enquanto outros, envergonhados, ocultarão sua descendência.
Quem viver verá.
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Construindo o futuro da Educação
Duas visões distintas da mesma realidade
O americano William Deming - que colaborou para o Japão, mesmo destruído na II Grande Guerra, em apenas 30 anos, se tornar o segundo maior PIB do mundo - sempre alertava que
"Sem fatos e dados você é apenas mais um com uma opinião"
Estamos em 2023 e proponho analisarmos juntos, a partir de fatos e dados, as ações dos governos atual e anterior em relação à Educação. Alguns são óbvios e todos podem ser facilmente encontrados na Internet, vamos lá:
Todos os ingressantes no Ensino Superior são egressos do Ensino Médio.
Há dez anos, pesquisa feita pelo governo federal, comentada pelo ministro da Educação e confirmada por mim em algumas universidades na cidade de São Paulo mostrou que 40% dos ingressantes no Ensino Superior eram analfabetos funcionais, isto é, sabiam ler e escrever, mas não conseguiam entender textos simples.
Apenas 11% dos egressos do Ensino Médio retinham algum conhecimento das disciplinas básicas.
Desde o início deste século, o desempenho da Educação brasileira no PISA (Programa Internacional de Avaliação do Desempenho Escolar) piora, sendo um dos últimos entre cerca de 80 nações.
A evasão escolar do Ensino médio atinge 48% dos alunos.
Com o contínuo decréscimo da taxa de fecundidade no Brasil - número de filhos por mulher caiu de mais de 6 em 1960 para menos de 1,7 atualmente - o número de crianças entre 3 e 9 anos já reduziu em cerca de 40%.
Nos últimos 80 anos, o número total de postos de trabalho em atividades produtoras de bens não aumenta, apresentando leve queda e representa, atualmente, cerca de 20% do total de postos de trabalho existentes.
No mesmo período, o número total de postos de trabalho em atividades provedoras de servíços quadruplicou passando de 20% para mais 80%.
A economia mundial que, no século passado demandava capital por ser composta principalmente por atividades produtoras de bens, neste século por ser, principalmente, composta por serviços passa a demandar conhecimento.
Com o grande aumento dos trabalhos à distância a competição pelos melhores postos de trabalho passa a ser global, não mais regional.
Todos os pontos acimas são fatos e
"Contra fatos não há argumento"
E quais foram as ações dos governos anterior e atual em relação à Educação no Brasil.
Quatro ações do governo anterior
Reduziu a verba para o Ensino Superior e aumentou a verba para os Ensinos Básico.
Baseado no que é realizado em países que aumentaram seus indicadores educacionais como Austrália, Canadá, Chile, Estados Unidos, França e Portugal, criou a Secretaria de Alfabetização passando a se orientar por evidências científicas e priorizando investimentos na educação básica diretamente nos estados e municípios para capacitar 1,5 milhão de professores que trabalham na rede pública de ensino, em escolas federais, estaduais ou municipais de professores do ensino fundamental e de jovens e adultos.
Assinou contrato com Telebras e pequenos provedores para levar internet a 12.000 escolas no programa Wi-Fi Brasil, inclusive em comunidades em estado de vulnerabilidade social.
Consegue a aprovação da reforma do ensino médio para tornar a escola mais alinhada às necessidades do mundo atual, preparar o jovem para viver em sociedade e enfrentar os desafios de um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico.
Quatro ações do governo atual
Recompõe R$ 2,4 bilhões do orçamento do ensino superior e reduz 34% o orçamento do Ensino Básico.
Em seu primeiro ato, o ministro da Educação extinguiu a Secretaria da Alfabetização.
Mantém programa de conectividade nas escolas, mas sempre enfatizando para os perigos decorrentes como a exposição do aluno aos discursos de ódio e violência.
Suspende o cronograma de implantação do Novo Ensino Médio adiando sine die sua continuidade.
Agora é a sua vez de - isento de animosidade, crenças, tendências ideológicas, políticas ou religiosas - tirar suas conclusões sobre a assertividade das duas propostas, praticamente opostas, para melhorar um problema crônico no Brasil, a má qualidade do seu sistema educacional, onde as exceções existentes apenas confirmam a regra.
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Construindo o futuro da Educação
Duas propostas distintas para uma mesma realidade
O americano William Deming - que colaborou para que o Japão, mesmo destruído na II Grande Guerra, em apenas 30 anos, se tornasse o segundo maior PIB do mundo - sempre alertava que
"Sem fatos e dados você é apenas mais um com uma opinião"
Proponho que, a partir de fatos e dados, não de opiniões, VOCÊ analise a atuação dos governos atual e anterior em relação à Educação. Todos os pontos citado a seguir podem ser facilmente encontrados na Internet, vamos lá:
Todos os ingressantes no Ensino Superior são egressos do Ensino Médio.
Há dez anos, pesquisa feita pelo governo federal e comentada pelo ministro da Educação mostrou que 40% dos ingressantes no Ensino Superior eram analfabetos funcionais, isto é, sabiam ler e escrever, mas não conseguiam entender textos simples.
Apenas 11% dos egressos do Ensino Médio retinham algum conhecimento das disciplinas básicas.
Desde o início deste século, o desempenho da Educação brasileira no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) piora, sendo um dos últimos entre cerca de 80 nações.
A evasão escolar do Ensino médio atinge 48% dos alunos.
Nos últimos 80 anos, o número total de postos de trabalho em atividades produtoras de bens não aumenta, apresentando leve queda e representa, atualmente, cerca de 20% do total de postos de trabalho existentes.
No mesmo período, o número total de postos de trabalho em atividades provedoras de servíços quadruplicou passando de 20% para mais 80%.
A economia mundial que, no século passado demandava capital por ser composta principalmente por atividades produtoras de bens, neste século por ser, principalmente, composta por serviços passa a demandar conhecimento.
Com o grande aumento dos trabalhos à distância a competição pelos melhores postos de trabalho passa a ser global, não mais regional.
Todos os pontos acimas são fatos e
"Contra fatos não há argumento"
E quais foram as ações dos governos anterior e atual em relação à Educação no Brasil.
Quatro ações do governo anterior
Reduziu a verba para o Ensino Superior e aumentou a verba para os Ensinos Básico.
Baseado no que é realizado em países que aumentaram seus indicadores educacionais como Austrália, Canadá, Chile, Estados Unidos, França e Portugal, criou a Secretaria de Alfabetização passando a se orientar por evidências científicas e priorizando investimentos na educação básica diretamente nos estados e municípios para capacitar 1,5 milhão de professores que trabalham na rede pública de ensino, em escolas federais, estaduais ou municipais de professores do ensino fundamental e de jovens e adultos.
Assinou contrato com Telebras e pequenos provedores para levar internet a 12.000 escolas no programa Wi-Fi Brasil, inclusive em comunidades em estado de vulnerabilidade social.
Consegue a aprovação da reforma do ensino médio para tornar a escola mais alinhada às necessidades do mundo atual, preparar o jovem para viver em sociedade e enfrentar os desafios de um mercado de trabalho cada vez mais dinâmico.
Quatro ações do governo atual
Recompõe R$ 2,4 bilhões do orçamento do ensino superior e reduz 34% o orçamento do Ensino Básico.
Em seu primeiro ato, o ministro da Educação extinguiu a Secretaria da Alfabetização.
Mantém programa de conectividade nas escolas, mas sempre enfatizando para os perigos decorrentes como a exposição do aluno aos discursos de ódio e violência.
Suspende o cronograma de implantação do Novo Ensino Médio adiando sine die sua continuidade.
Agora é a sua vez de - isento de animosidade, crenças, tendências ideológicas, políticas ou religiosas - tirar suas próprias conclusões sobre a assertividade de duas propostas, praticamente opostas, para melhorar um problema crônico no Brasil, a má qualidade do sistema educacional, onde as exceções existentes apenas confirmam a regra.
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Carta aos amigos e colegas de escola
Hoje, aguardando o resultado desta importante eleição, gostaria de compartilhar minha visão de como chegamos ao "clima tenso" que muitas vezes irrompeu entre nós, nossos familiares ou grupos de amigos.
Vou evitar a armadilha que, confesso, eu mesmo cai algumas vezes, de achar que quantidade de citações ou postagens mostraria a qualidade do argumento, que fatos pontuais poderiam ser generalizados.
Vou voltar para o meu sempre eficiente modus operandi tradicional. Quando preciso tomar decisões importantes procuro me afastar do calor dos debates, me distanciar para ter uma ampla visão do quadro macro e situá-lo no tempo, cronologicamente. E sempre que me refiro a tempo considero o longo prazo, tanto para o futuro quanto para o passado. Assim, consigo neutralizar o calor do momento e evitar que conclusões e respostas sejam influenciadas pelos fatores emocionais predominantes.
Há muito tempo, frequento o sistema educacional brasileiro, primeiro como aluno, do ensino fundamental ao doutorado e, desde 1988, frequento o meio acadêmico como professor, não só na Fundação Getulio Vargas como em várias outras instituições em todo o Brasil inclusive a USP onde fiz meu doutorado e ministrei disciplinas na FIA. E, por isso, creio ter uma boa visão do que aconteceu e está acontecendo com o sistema educacional brasileiro.
Vamos voltar a 1970, quando entramos na Poli, exatos seis anos após o início do regime militar instalado para conter o avanço do comunismo (ou o que queira chamar) no país. Nossas namoradas da época, algumas são esposas hoje, também entraram na USP na mesma época e, assim, conversando com elas e frequentando, não só almoçando nas outras faculdades, tínhamos uma boa visão do que acontecia na USP.
Há mais de 50 anos, a Poli era uma ilha de direita cercado por um mar vermelho na USP.
Em 1964, com o apoio maciço da população, os militares haviam conseguido conter o avanço territorial do comunismo, mas assim como os americanos no Vietnã, também demoraram muito para entender que ideologia não se combate no campo físico e perceber que a guerra já estava bem avançada em outro campo, a Educação.
Segundo o projeto para tomada do poder, o sistema educacional seria a espinha dorsal para a implantação do socialismo na América Latina..
Sim, o sistema educacional brasileiro começou a ser aparelhado em meados dos anos 50! Portanto, já se passaram sete décadas.
Hoje, esse sistema educacional praticamente “irremovível e imutável”, já formou várias milhões de alunos e milhares de professores que se tornaram professores de outros professores e assim assegurando a sua perpetuidade.
As escolas são responsáveis por um processo chamado de ensino-aprendizagem. Quando o governo Dilma anunciou o slogan “Pátria educadora” tornando explícito o que até então era tácito, que
as escolas haviam deixado de ensinar para passar a educar assumindo o papel de instituições que consideravam “falidas” como família ou religião.
E nas ementas de disciplinas que deveriam ser ensinadas foram introduzidos temas para educar os alunos desde sua infância repetindo até que se tornassem dogmas. Se esse método, aplicado por décadas, reduziu ou anulou a importância de valores tradicionais como laços familiares e religiões, por outro lado, fez com que uma parcela significativa da população brasileira se tornasse analfabeta funcional, isto é, que sabe ler e escrever, mas não consegue compreender textos simples sobre a sua própria profissão.
Este resultado é comprovado por números: 40% do ingressantes em algumas faculdades da cidade de São Paulo são analfabetos funcionais.
E, assim, foi sendo criada a massa de manobra necessária para a perpetuação do sistema de poder político que havia sido rejeitado pelo povo em 1964. Criou-se um sem número de pessoas que acredita em qualquer manchete ou notícia alinhada com o doutrinamento recebido sem conhecer ou se aprofundar no assunto, que evita ser confrontada com qualquer fato que desafie os dogmas introduzidos na escola, que decide pela emoção não pela razão e que chama quem se opuser de “gado”.
Em Outubro de 2002, assim que Lula foi eleito pela primeira vez presidente do Brasil, como especialista em Strategic Foresight (eficiente método para a construção de cenários futuros) fui consultado por colegas da GV sobre o que iria acontecer com a subida o Partido dos Trabalhadores ao poder.
Minha resposta rápida e direta surpreendeu alguns colegas mais imediatistas:
“Aguardem dez a quinze anos e vejam o estrago que será feito nesse país”.
Infelizmente, acertei na mosca.
Treze anos depois, após inúmeros escândalos como o do Mensalão e do Petrolão, o impeachment de uma presidente inepta foi inevitável, pois o país vivia a maior crise econômica de sua história.
Mesmo assim, o resiliente sistema educacional aparelhado continuou a se expandir expulsando qualquer um que pense ou tente algo diferente da cartilha ou não entre no “esquema”. isso vale tanto para ministros ou para um simples funcionário.
Mas, se todos os rankings internacionais de educação em qualquer nível, ensino básico, médio ou superior mostram que o desempenho do Brasil é sofrível e é cada vez pior, mesmo aqueles ideologicamente alinhados com esses métodos já não deveriam ter percebido que não funcionou?
Um momento! O sistema educacional não funcionou para quem, cara pálida?
Se, para a nação o sistema educacional foi um desastre, para os que pretendem "tomar o poder, que é diferente de vencer eleições", o Ministério da Educação e Cultura, com raras exceções que validam a regra, tem feito um trabalho exemplar.
Sempre tendo como objetivo aumentar a massa de manobra, conseguiu universalizar do acesso ao ensino fundamental sem nada melhorar a péssima qualidade do ensino fundamental e aumentou consideravelmente o número de formados pelo ensino superior que, pela baixa qualidade dos egressos, resultou no descrédito das várias profissões, inclusive a nossa engenharia, levando à inadimplência milhões de estudantes que caíram no “171” do Fies e Prouni e não supriu a falta de profissionais de qualidade no mercado.
Mas, a massa de manobra continuou aumentando e ainda feliz por, mesmo que não tenha melhorado a sua empregabilidade ou salário, "pela primeira vez temos um membro da família com curso superior".
Qual o futuro de uma nação, em plena Era do Conhecimento, sem Educação de qualidade?
E aqui faço um mea culpa.
Seja por ingenuidade, incompetência, preguiça, descuido, falta de atenção ou consciência, de amor, por outras prioridades, compromissos ou problemas,
Nós, pais e avós, permitimos que nossos crianças e jovens fossem paulatinamente cooptados durante a vida escolar
por um grupo que covardemente se aproveitou da ingenuidade e da confiança cega que nossas crianças têm em seus tutores para doutriná-las tornando-os surdos aos conselhos de seus pais.
O resultado da eleição vai sair logo mais e os dois cenários futuros não são estimulantes.
Caso Bolsonaro seja eleito, ainda teremos um longo e árduo trabalho pela frente para começar a mudar o sistema educacional. Se cada um de nós começar a dar mais atenção aos seus filhos e netos, diariamente perguntando o que o professor ensinou naquele dia e avaliar se estão de acordo com o valores da família e, caso haja discrepância, levar o assunto para a coordenação da escola, já será um excelente começo.
Mas, também é preciso saber que muitas pessoas, até algumas gerações, já estão séria e definitivamente "deformadas cognitivamente" e dificilmente irão readquirir o livre arbítrio cognitivo. Uma pena, mas é uma realidade que deve ser aceita para evitar esforços infrutíferos.
Caso Lula seja o vencedor no pleito de hoje não me peçam para, como em Outubro de 2002, dizer o que vai acontecer. Vocês não vão gostar de saber a resposta e eu não gostaria de acertar mais uma vez.
Um grande abraço a todos!
Do colega Miguel Sacramento
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Carta aos mais jovens
Por que aqueles tios e amigos mais velhos que eram tão “bacanas” ficaram tão chatos?
Você está com saudade daquele tio tão "legal", mas que agora insiste em estragar os agradáveis e divertidos bate-papos em nossos grupos nas redes sociais? Será que ele não percebe que NÃO queremos falar sobre certos temas como religião e política?
Caros jovens,
Experiência não se transmite, se adquire ao longo da vida. E com a experiência, fatos novos para vocês podem ser antigos para os mais velhos. Diz o milenar provérbio chinês
“Os tolos nunca aprendem; os inteligentes aprendem com suas próprias experiências; os sábios aprendem com as experiências dos outros”.
Numa sociedade que, cada vez mais, vive intensamente o presente “como não houvesse amanhã”, as experiências do passado são, naturalmente, esquecidas ou minimizadas.
Mas, você se recorda de falar para seus pais ou avós “Como você sabia que isso ia acontecer? Você é uma bruxa?” só porque eles disseram exatamente o que iria acontecer e ... aconteceu?
Essa “premonição” é uma característica de pessoas experientes, que já viram aquilo acontecer e sabem que o desfecho, muito provavelmente, será o mesmo de outros casos semelhantes.
Por isso acertaram tantas vezes.
Mas, a experiência não nos faz olhar apenas para o passado. Muitos anos de vida mostraram que o mundo evoluiu continuamente e em velocidade cada vez maior, mas que a evolução ou involução sempre dependeu de decisões pessoais. Por isso existe tanta disparidade entre os países no mundo ou regiões em um país. Diferentes decisões, diferentes futuros.
O Brasil vive novamente o que aconteceu nos anos 50 e 60. Foram tempos inicialmente difíceis, mas necessários para impedir a implantação de um regime político que, posteriormente, se mostrou um fracasso em todos os países em que foi implantado. Graças ao apoio maciço da população isso não ocorreu em nosso país.
E, assim, seus pais e avós puderam estudar, escolher suas profissões, desenvolver suas carreiras, educar seus filhos, criar um patrimônio e dar um bom padrão de vida para a família.
Por sermos "bruxas" sabemos o que poderá acontecer já que estamos, novamente, frente à mesma decisão de 60 anos atrás:
Queremos para nossos jovens, filhos, netos, amigos, um país socialista onde todos devem ser submissos a um grupo superior que imporá rigidamente seus valores e princípios ? Ou um país onde todo cidadão poderá desenvolver sua vida de acordo com sua vontade, democraticamente respeitando os outros?
É, exatamente, isso que está em jogo nesta eleição. Nós, os chatos tios mais velhos, já vimos isso acontecer no Brasil e no exterior várias vezes e já vimos que a cartilha da esquerda continua a mesma, ou seja, sub-repticiamente:
Sempre evitar a divulgação de suas reais intenções (por exemplo, não apresentando um plano de governo)
Acusar o outro de seus próprios erros (por exemplo, dizendo que o outro é um mentiroso),
Criar notícias falsas que impressionem os mais simples (por exemplo, comprar imóveis com dinheiro vivo, pedofilia etc.) e repetir exaustivamente até que se tornem verdade,
Dominar as Forças Armadas ou o Judiciário, preferivelmente, ambos,
Criar meios para censurar as mídias e pessoas influentes sem permitir que sejam associados à censura,
Em nome da segurança "desarmar a sociedade",
Negar que apoie regimes autoritários e, principalmente,
Negar veementemente um passado sombrio.
Concordo que não devemos discutir religião. Por quê? Porque a religião que cada um professa irá afetar apenas a ela mesma.
Mas, discordo em "não discutir política". Por quê? Porque o voto de cada um irá afetar a todos.
Aqueles que não se sentem à vontade com o tema não precisam sair dos grupos, apenas leiam podendo aceitar ou discordar, mas sem necessariamente comentar. Mas, não se isolem, pois assim sua visão será cada vez mais limitada. Assim, mesmo sem tecer comentários em seus grupos, você teria uma visão mais ampla dos fatos, essencial para tomar uma decisão tão importante como a do próximo dia 30, que vai afetar a todos, inclusive o seu tio chato.
Resumindo, nos tornamos chatos exatamente para podermos continuar a ter nossos agradáveis e divertidos bate-papos.
Não nos prive de sua agradável companhia.
Com amor,
Do seu tio chato
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A sutileza inicial de uma ditadura
Você aceitaria que um Ministério da Verdade, como em 1984 de Orwell, julgasse a veracidade do que você diz, dissesse o que poderia ou não ser dito até em suas conversas particulares e o punisse caso não obedecesse?
Qualquer cidadão normal repudiaria esse controle absurdo! Afinal, quem seriam os julgadores, esses seres superiores? Seriam isentos e cultos o suficiente para avaliar infinitos temas e manter a neutralidade em suas invasivas decisões?
Não por coincidência, ditaduras não impostas militarmente, mas implantadas, sempre começaram pelo cerceamento progressivo da liberdade de expressão.
Mas, como conseguem isso se todos nós somos contra um Ministério da Verdade?
É um processo indireto, subliminar, que cria fatos, situações, nomenclaturas, expressões, palavras que turvam a visão do cidadão impedindo a compreensão do que realmente está em andamento.
Note que, cada vez mais, nos deparamos com palavras até então desconhecidas que passam a ser usadas numa frequência cada vez maior até nos acostumarmos e incorporarmos em nosso vocabulário.
É o caso da substituição da insonsa expressão "emendas do relator" pela intrigante "orçamento secreto" ou do neologismo fake news.
Literalmente a tradução de "fake news" é "notícia falsa", portanto uma mentira, inverdade, perjúrio ou informação que está “faltando com a verdade”.
Como podem ver, existem inúmeras palavras, termos e expressões na língua portuguesa que poderiam ser usadas no lugar da expressão fake news que, brevemente, deverá ser mais um anglicismo passando a ser escrita “feiqui nius” e incorporada definitivamente ao nosso vocabulário.
A expressão fake news surgiu nos EUA e, impulsionada pelos fortes ventos das mídias, espalhou pelo mundo mais rapidamente que incêndio na Califórnia. E seu impacto nos usos e costumes dos diversos países abriu uma brecha muito perigosa.
Foi por acaso? Aparentemente, sim. Mas, se nos profundarmos um pouco mais no que está acontecendo, perceberemos que “o buraco é mais embaixo”.
Nenhuma população aceitaria, naturalmente, sem alguma resistência, a implantação de um Ministério da Verdade, afinal a nossa Carta Magna, a Constituição Brasileira é clara neste ponto:
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.
E as leis vigentes já são eficientes e fartas para punir a prática de falsidade, perjúrio, mentira, fraude, inverdades, enganos e outras denominações para a falta com a verdade.
Como fazer uma sociedade aceitar sem resistência a imposição de um Ministério da Verdade e impor o pensamento ou intenção de um grupo específico definindo o que pode ser dito pela sociedade?
Aplicando uma variante mórbida da Janela de Overton:
O primeiro passo é substituir a palavra MENTIRA por um termo difuso, isto é, impreciso, indefinido, indistinto, obscuro, preferivelmente em outro idioma, para não ser facilmente entendido pela sociedade, como a expressão FAKE NEWS e criar mecanismos para combater esse novo inimigo da democracia.
Enfatizar que esses novos mecanismos nada têm a ver com o combate à falsidade, perjúrio, mentira, fraude, inverdades, enganos e outras denominações que remetam à palavra MENTIRA, pois já existem vários mecanismos eficientes para combatê-los na legislação vigente.
O segundo passo é criar comissões, como a CPI das Fake News ou da COVID19, onde um grupo de pessoas de formação desconhecida ou duvidosa, usando repetidamente a expressão FAKE NEWS passa a decidir o que é verdade e mentira em temas variados. Comissões, grupos de trabalho, ou CPIs têm duração relativamente curta, mas cumprem muito bem o papel de dissociar mentira de fake news e acostumar a sociedade à transferir para outros a responsabilidade de verificar a veracidade de uma informação ou notícia.
O terceiro e último passo é - sendo a eleição o alicerce da democracia representativa, onde a sociedade elege seus representantes, e tendo sido a sociedade gradativamente acostumada ao termo fake news e a transferir para outros a responsabilidade de verificar a veracidade de uma informação - incorporar esse poder em órgãos superiores ao Congresso Nacional, como o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal de Justiça, tirando a voz dos representantes eleitos pela sociedade.
E, assim, sem que a sociedade perceba, está criado o odioso Ministério da Verdade que passará a reger a vida de toda a sociedade e a conduzir a nação para o que a ele interessar.
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Mensagem para a jovem sobrinha
Cara sobrinha, seus questionamentos e afirmações abordam temas importantes que, em tempos de pós-verdade, precisam ser analisados mais detalhadamente. Vamos lá:
“Bolsonaro não inventou o PIX”
Presidentes não “inventam” nada, apenas implementam. Assim como FHC não inventou o Plano Real, mas teve a coragem de implantar, mesmo contra a vontade do PT, e assim estancar a inflação galopante da época (chegou a 3.000% ao ano!) que destruía o poder aquisitivo da população, o atual presidente teve a coragem de enfrentar o sistema financeiro e implantar o PIX, também contra a vontade da dita esquerda, tirando dos bancos uma receita fácil de aproximadamente 20 bilhões de Reais por ano e devolver para o cidadão aumentando seu poder de compra.
“Bolsonaro nada fez pela Educação”
O desempenho escolar de nossos alunos, que vinha caindo lentamente há muito tempo, despencou durante a gestão petista como mostra esse gráfico.
Desde o regime militar, o MEC deixa claro seu viés de esquerda e pouco fez para impedir que muitas escolas se transformassem em "centros de formação" de militantes. O tempo usado para "fazer a cabeça" dos jovens foi tirado das diversas matérias e o resultado foi muito ruim.
Há dez anos, fiz, pessoalmente, uma pesquisa em universidades paulistanas que mostrou que 40% dos ingressantes no ensino superior eram analfabetos funcionais (dado posteriormente confirmado por um dos ministros da Educação de Dilma que foi sumariamente demitido após tornar público esse fato). E esta continua sendo a realidade da educação no Brasil. Sim, 40% mal sabem ler e vi, perplexo, faculdades ensinando regra de três simples no quarto semestre do curso de administração!
Frente à essa realidade, o atual governo criou o Programa Nacional de Alfabetização priorizando o projeto “Tempo para Aprender��� que permite alfabetizar uma criança em menos de um ano, adotando apps educacionais, instalando Internet na rede pública, introduzindo disciplinas de raciocínio computacional no ensino básico e, seguindo o exemplo de Singapura, buscando a atualização prática, não teórica, dos professores da rede pública.
Para que tenha ideia da dimensão desse trabalho, o Brasil tem 179 mil escolas do ensino básico e 2,3 milhões de professores dos quais 200 mil já foram capacitados para atuar no projeto "Tempo de Atender".
Realmente, poucos conseguiriam ver o que tem sido feito pela educação no Brasil porque está sendo feito um trabalho de base (onde São Paulo, pela melhor qualidade do ensino, não é prioridade) gradativamente superando obstáculos criados pelo MEC e alterando o modo como as verbas destinadas à educação são distribuídas: 30% para os ensinos fundamental e médio (com mais de 47 milhões de alunos) e 70% para o ensino superior (com 4 milhões de alunos), exatamente o oposto do que é feito nos países que lideram o PISA que investem pesadamente no ensino básico enquanto o curso superior é pago pelo aluno.
Programas como o PROUNI ou o FIES serão úteis quando o ensino básico alimentar o ensino superior com alunos de bom nível e a imagem do ensino superior brasileiro for resgatada no mercado de trabalho.
Mudanças em educação produzem efeitos em 10, 15 anos, portanto é possível avaliar o resultado da gestão petista, mas não da gestão atual.
Um relatório publicado, em 2020, pelo IMD World Competitiveness Center avaliando a competitividade de 64 nações, mostra que em educação o Brasil ocupava a 64ª posição. Isso é parte da herança da gestão petista.
“Nunca se desmatou tanto a floresta amazônica quanto no governo Bolsonaro”
Segundo o INPE, instituto responsável pelos índices, o desmatamento da Amazônia brasileira aumentou nos últimos 3 anos. Isso aparece nesse gráfico.
Para interpretar corretamente esse gráfico é preciso explicar que, em 2003, ao constatar o péssimo desempenho de seu governo neste ponto (muito pior do que os índices atuais), o presidente Lula passou a pressionar o INPE que, em 2004, mudou o modo de medir o desmatamento e, desde então, mesmo sem nenhuma ação relevante do Exército ou de órgãos responsáveis pelo controle do desmatamento da Amazônia, o índice passou a cair durante a gestão petista. Coincidentemente, assim que o atual presidente assumiu, o desmatamento passou a aumentar. Bolsonaro, não só criticou o INPE, como buscou um acordo com Elon Musk para usar a rede de satélites Starlink no monitoramento do desmatamento (e também levar a Internet para escolas em lugares longínquos da região), mas, alegando questões de soberania, o PSOL e o PT foram imediatamente contra. Devemos acreditar em coincidências?
“Bolsonaro abandonou a saúde”
Durante a gestão petista as verbas para a área da saúde (também para educação) foram sendo paulatinamente cortadas levando ao fechamento de 16 mil leitos no sistema de saúde. Enquanto isso, Lula criticava veementemente (procure na Internet) aqueles que diziam que o investimento em Copa do Mundo e Olímpiadas deveria ser direcionado para a Saúde na construção de hospitais (que fariam muita falta durante a pandemia).
O programa Mais Médicos, alardeado pela esquerda como uma obra-prima, na realidade era um sistema de transferência de dinheiro para Cuba e endoutrinação das populações mais humildes, que usava profissionais cubanos (muitos com formação profissional questionável) enquanto seus familiares eram mantidos como reféns em Cuba sem poderem se mudar para o Brasil e recebiam apenas uma pequena parcela do valor pago pelo governo brasileiro ficando a maior parte com o governo cubano.
Resumindo, quase um trabalho escravo.
As infinitas controvérsias criadas durante a pandemia foram levantadas para desacreditar a classe médica, que ainda tinha grande poder de influência sobre a sociedade, e o presidente. A classe médica ficou claramente dividida, como manda a cartilha marxista, e qualquer tipo de medicamento que não fosse a vacina era imediatamente condenado. Com a classe médica desacreditada, a ideia de que só a vacina salvaria e a associação das mortes por COVID ao presidente teve rápida adesão numa sociedade binária.
Curiosamente, os especialistas estavam perplexos:
"Enquanto nós, especialistas, estamos cheios de dúvidas, a mídia, políticos e grande parte da sociedade estão cheios de certezas!"
O oportunismo da inconsequente posição que, sem nenhum conhecimento científico, exigia a compra imediata das vacinas contrastava com o que ocorria no resto mundo. Os países produtores das vacinas, mesmo que ainda experimentais, produziram em primeiro lugar para o mercado interno e só depois passaram a atender outros países.
Pela incerteza quanto aos resultados ou da ocorrência de eventuais efeitos colaterais, as cláusulas para venda eram leoninas e não foram aceitas por muitos países, inclusive o Brasil. Com o tempo, o Brasil tornou-se um dos países com maior número de pessoas vacinadas, mesmo que ainda não haja consenso sobre a verdadeira eficácia da vacina e de seus possíveis efeitos colaterais.
Todas as vacinas aplicadas no Brasil foram compradas com dinheiro do governo federal.
Curiosamente, para várias doenças existem vacinas e para todas elas também existem medicamentos para prevenção e tratamento. Só a COVID-19 fugiu a essa regra. Estudos mais recentes mostram que, em alguns grupos de pacientes, a hidroxicloroquina apresentou bons resultados contra a COVID-19 enquanto a Dinamarca não mais vacina pessoas com menos de 18 anos. Inovação é um processo de tentativa e erro e, por isso requer tempo, ponderação, conhecimento e bom senso, principalmente se está em jogo a saúde de uma nação.
O atual presidente pode não ser simpático para muitos, mas está muito longe de ser o que pintam.
Sei que me estendi, peço desculpas, mas achei importante.
Beijo do tio.
#saúde#educação#desmatamento#Brasil#Lula#Bosonaro#eleição#economia#política#gestão pública#corrupção#pt
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Mensagem para uma prima indecisa
Querida prima, entenda que esteja insatisfeita em alguns pontos com o atual governo, mas governar um país abrange muitas frentes.
É preciso considerar que, mesmo já enfrentando no primeiro mês de governo a tragédia em Mariana (com forte impacto no PIB e nas exportações brasileiras, ambos fortemente dependente das commodities), a maior pandemia dos tempos modernos, os lockdowns, a maior seca dos últimos 91 anos, a guerra Rússia e Ucrânia e tendo sido o presidente mais atacado (e impedido de trabalhar) em toda a história da República,
O atual presidente recebeu uma país quebrado, em recessão, moeda desvalorizada, desemprego recorde, sem infraestrutura, Nordeste sem água, máquina pública inchada e ineficiente, corrupção sistêmica, violência em níveis recorde, escolas públicas sem Internet, uma imagem péssima no exterior de onde recebeu grandes calotes dos amigos cubanos, nicaraguenses, venezuelanos, bolivianos ...
E está entregando o país com crescimento econômico superior ao da China (neste mês de Setembro), inflação inferior à americana (primeira vez na história), centenas de obras de infraestrutura importantes entregues (sem corrupção), Nordeste finalmente com água, moeda valorizada (contrariando tendência global), redução superior a 30% no número de homicídios (cerca de 20 mil vidas poupadas – apesar do armamento?!?), mais de 5 milhões de empregos criados (também contrariando tendência internacional), tornando o Brasil o sexto país mais informatizado do mundo e permitindo reduzir a máquina pública, sem mutretas no Minha casa Minha vida e Bolsa Família, o BNDES financiando o pequeno empreendedor e obras no Brasil (e passou a dar lucro), a Caixa Econômica voltou a cumprir sua função social (e passou a dar lucro), o mesmo ocorrendo com a maioria das deficitárias empresas estatais, várias escolas públicas em região distante com Internet (graças ao acordo com Elon Musk) e gozando de uma boa imagem no exterior (triplicou a participação do Brasil no comércio internacional) e sem calotes.
Tudo isso tendo que enfrentar, diariamente, todas as mídias e suas pós-verdades, o militante STF, boa parte do aparelhado judiciário, um congresso com o rabo preso e omisso, um MEC aparelhado, governadores inescrupulosos e uma sociedade majoritariamente inculta.
Mesmo com suas limitações pessoais, admiro a resiliência e coragem do atual presidente, e agradeço a Deus por ter permitido que esse demente enfrentasse o "sistema", sim só pode ser demente para ter a coragem que esse homem teve para comprar essa briga.
Nunca foi tão fácil votar como nessa eleição, pois Lula não tem (nunca teve) caráter e tampouco competência, os dois únicos componentes da confiança. Portanto, deve ser impedido, a qualquer custo, de assumir o controle da nação que levou quatro anos para ser reconstruída depois da passagem dos “furacões” Lula e Dilma.
E, outro modo fácil de decidir é perguntar: "qual candidato teme a Deus, respeita a família e combate a criminalidade?", todos pontos essenciais para conseguir meu voto. A escolha é simples. Não acha?
#corrupção#economia#educação#política#brasil#governo#gestão pública#lula#sociedade#pt#Bolsonaro#eleição#eleições
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Eleições, pós-verdade e consequências de nosso voto
Vivemos no mundo da pós-verdade, segundo o dicionário Oxford “ambiente em que fatos objetivos têm menos influência para definir a opinião pública do que o apelo à emoção ou crenças pessoais”. Em outros termos: pós-verdade é quando a verdade perde o valor e a opinião pública não é mais guiada por fatos reais.
Nesta eleição, para evitar as armadilhas das narrativas da pós-verdade será preciso ser pragmático, isto é, prático, realista e objetivo. E, para isso, devem ser premissas para conversas, debates e afirmações:
O futuro será consequência de nossos atos, ações e omissões.
As eleições vão definir quem conduzirá o país nos próximos quatro anos.
A eleição será decidida entre Lula e Bolsonaro.
Deve-se confiar em quem demonstra caráter e competência.
A contextualização é imprescindível para interpretar corretamente os fatos.
Para decidir em quem confiar, quem ganhará o seu voto, será preciso despir-se de emoção e crenças de qualquer origem, religiosas, ideológicas, de grupos sociais específicos ou de interesses pessoais privilegiando a coletividade.
"Confiamos em quem demonstra caráter E competência"
Debates sobre o tema, para serem úteis e conclusivos deverão focar na escolha de em quem confiar, o que pragmaticamente significa descobrir qual dos dois candidatos, historicamente, mostrou melhor desempenho nos dois quesitos, caráter (avaliando se valores e firmeza moral pautaram a coerência das suas ações, procedimento e comportamento) e competência (avaliando os diferentes ambientes econômicos vividos e os resultados socioeconômicos alcançados ao final da gestão de cada um).
O grande exercício mental (tarefa duríssima!) será não se encantar com sedutoras narrativas (exaustivamente preparadas por marqueteiros) e ater-se aos fatos (informação sem emoção) usados em sua construção e a contextualização de quando esses fatos ocorreram. Só assim poderemos externar opiniões construídas a partir de informações baseadas em fatos reais que façam sentido e colaborem para que a verdade venha à tona.
Neste importante momento, será preciso desviar-se de inverdades veiculadas continuamente para que não sejam cobrados por seus filhos e netos como estão sendo os venezuelanos que tiveram que se mudar para o Brasil: "Estamos sofrendo as consequências das decisões políticas de nossos pais."
#eleições#política#Bolsonaro#Lula#confiança#pós-verdade#economia#corrupção#sociedade#gestão pública#Brasil
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A generalização é a salvação dos canalhas
Após uma década e meia sob a gestão do governo responsável pelo maior caso de corrupção da história brasileira e mundial, o Petrolão, e pelo maior ataque à democracia brasileira, o Mensalão – governo que teve inúmeros ministros, presidentes de estatais, políticos e até o presidente da República presos por corrupção bilionária, comprovada pelos bilhões recuperados e devolvidos aos cofres públicos, pelos milhões encontrados em apartamento e por inúmeros escândalos em empresas públicas ou em seus fundos de pensão e que pouco ou nada deixou para o país além da piora dos indicadores econômicos, como recessão e alto desemprego, e nas áreas de educação, saúde, segurança e infraestrutura, todas sob sua responsabilidade – o país vem sendo conduzido por um governo que, mesmo enfrentando grandes obstáculos como a pandemia e oposição ferrenha do congresso, reduziu significativamente o desemprego, recuperou a economia e realizou várias obras nas áreas sob sua responsabilidade sem fazer uso da corrupção sistêmica implantada na gestão anterior.
Por essas vitórias, conquistadas arduamente, a sociedade deveria assistir perplexa às insistentes tentativas de integrantes do governo anterior e de boa parte da oposição de generalizar o comportamento criminoso anterior.
Ao invés de fazer um mea culpa e se desculpar por seus atos, a oposição ao atual governo tenta minimizar, torná-los aceitáveis, comuns, procurando desesperadamente algo que permita dizer que o atual governo TAMBÉM é corrupto.
Atribuir à rachadinha – uma prática mesquinha e condenável, comum entre políticos, que teria sido feita pelo filho do presidente numa assembleia estadual em período anterior ao da gestão do atual presidente – o mesmo peso de um Mensalão que comprou o congresso nacional e enterrou a democracia ao calar os representantes do povo, para tentar dizer que o atual governo TAMBÉM é corrupto é forçar demais a barra.
Querer, a partir de uma gravação onde o nome do presidente é citado por pastores políticos que conversam sobre o direcionamento de verbas do ministério da Educação, dizer que o atual governo TAMBÉM é corrupto, e dar a isso o mesmo peso de um Petrolão que causou um rombo bilionário na maior empresa do país que acumulou sucessivos prejuízos sempre cobertos com o dinheiro dos impostos pagos pelo povo é forçar demais a barra.
Como contra fatos não há argumento, a estratégia da oposição é generalizar para salvar seus canalhas.
A oposição minimiza seus comprovados crimes e maximiza acusações, muitas vezes infundadas, contra integrantes do atual governo para tentar atingir a imagem do atual presidente. Insiste que corrupção é corrupção não interessando o valor envolvido, portanto "é (somos) tudo farinha do mesmo saco". Não se iluda, gostando ou não da figura do atual presidente, lembre-se
os canalhas estão fazendo de tudo para voltar ao poder.
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O binarismo eleitoral
A sociedade brasileira lidera dois rankings antagônicos: tem a menor taxa de confiança entre pessoas e, ao mesmo tempo, tem as pessoas mais crédulas do mundo. É, portanto, uma sociedade que desconfia dos outros, mas que, sem checar a veracidade, acredita em qualquer manchete, estatística ou frase de efeito.
Inculta e com baixíssima capacidade de interpretar textos, é facilmente levada a acreditar que tudo tem apenas dois lados - o bom e o mau - e a ver quem discorda como um inimigo. Estabeleceu-se um raciocínio simplista onde só existem dois modos de se ver as coisas sendo campo fértil para fakenews.
Esse binarismo míope e raso, onde a “verdade” estará sempre nos extremos, está presente em qualquer assunto seja esporte, moda, tipo de alimentação, religião, profissões, preferência sexual, música e, é claro, na política onde o eterno “nós contra eles” transformou eleições em meros plebiscitos sem conteúdo.
As eleições paulistanas de 2020
O binarismo cega e entorpece a mente impedindo que análises simples cheguem à conclusões óbvias. O fato de ter chegado ao segundo turno, numa cidade da dimensão de São Paulo, um candidato que nunca trabalhou, que não respeita a constituição, que invade e destrói propriedades públicas e privadas, que age violentamente agredindo pessoas e lidera um movimento que nada fez de bom durante toda a sua existência, é a constatação dos efeitos deletérios causados pelo binarismo vigente.
Introduzido durante décadas em nossos jovens por parte significativa do sistema educacional brasileiro, este raciocínio binário transformou nossa sociedade em mera massa de manobra para políticos e organizações oportunistas e sem caráter que a insufla a favor ou contra este ou aquele, levando a debates pelas mídias sociais tão intensos quanto ridículos.
Não tente explicar, mostrar as consequências de uma eventual eleição de um baderneiro profissional para administrar uma cidade complexa, dinâmica e gigante como São Paulo, pois será chamado de retrógrado, fascista, explorador dos pobres ou simplesmente de idiota.
Independente do resultado, se este candidato vai vencer ou não no segundo turno, o estrago feito em algumas gerações já é evidente.
Pobre Brasil.
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O binarismo vai derrotar o Brasil
A sociedade brasileira lidera dois rankings aparentemente antagônicos: tem a menor taxa de confiança entre pessoas e, ao mesmo tempo, as pessoas mais crédulas do mundo. É, portanto, uma sociedade que desconfia dos outros, mas que, sem checar a veracidade, acredita em qualquer manchete, estatística ou frase de efeito.
Inculta e com baixíssima capacidade de interpretar textos, é facilmente levada a acreditar que tudo tem apenas dois lados - o bom e o mau - e a ver quem discorda como um inimigo. Estabeleceu-se um raciocínio simplista onde só existem dois modos de se ver as coisas.
Esse binarismo míope e raso, onde a “verdade” estará sempre nos extremos, está presente em qualquer assunto seja esporte, moda, tipo de alimentação, religião, profissões, preferência sexual, música e, é claro, na política onde o eterno “nós contra eles” transformou eleições em meros plebiscitos sem conteúdo.
O Brasil e o Corona vírus
Hoje, a sociedade enfrenta uma séria crise na área da saúde e, como sempre, reage binariamente: Quarentena ou Voltar ao trabalho. De um lado, os que acreditam que quem quer quarentena é inconsequente e preguiçoso, um parasita; e do outro, quem quer a volta ao trabalho só pensa em dinheiro, não importando quantas mortes isso poderá causar.
Não vêm que, assim como as atividades econômicas, em algum momento, serão retomadas, a quarentena também vai terminar. O simplista binarismo vigente não permite pensar numa transição entre as duas situações.
A gravidade da crise gerada pelo COVID-19 exige uma sociedade unida, solidária e ... inteligente. Se o confinamento é muito importante para conter a inédita velocidade de propagação do vírus e evitar um colapso no sistema de saúde como ocorreu na Itália, o desabastecimento de itens essenciais como alimentos e medicamentos poderá matar tanto ou mais que o vírus. Portanto,
As áreas da Saúde e da Economia deverão, juntas, definir quando e como retomar as atividades econômicas para evitar que a parada econômica cause mais danos e mate mais do que o COVID-19.
Mas, infelizmente, o raciocínio binário vigente transformou nossa sociedade em mera massa de manobra para políticos e organizações oportunistas e sem caráter que a insufla a favor ou contra este ou aquele, levando a debates pelas mídias sociais tão intensos quanto ridículos.
“A Internet deu voz aos idiotas” Umberto Eco
O tempo é inexorável. Enquanto a sociedade pensa apenas no presente, o futuro está chegando e, sem planejamento para uma retomada gradativa e organizada das atividades econômicas, o futuro trará impactos severos para a economia e saúde. Mas, mesmo que entre o branco e o preto existam infinitos tons de cinza, o binarismo dominante a impede de pensar em outras soluções.
“Quem só olha para o passado, ou só vive o presente, colide com o futuro”
Pobre Brasil...
#covid-19#corona vírus#quarentena#retomada#economia#Brasil#Saúde#Futuro do país#Temos Futuro?#mídias
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O Brasil e a crise do corona vírus
Desde a escassez de alimentos levar ao desenvolvimento da agricultura e a fadiga à invenção da roda, foi nas crises que a humanidade evoluiu.
Nos últimos 100 anos, o Brasil e o mundo enfrentaram grandes crises: o Crack da Bolsa de Nova York em 1929, a Segunda Grande Guerra de 1939 a 1945, as guerras da Coréia em 1950 e do Vietnã de 1955 a 1975, o fim do padrão-ouro em 1971, a grande alta do petróleo em 1973, crise no Oriente Médio em 1978 e 1980, a Segunda-feira Negra em 1987, o Efeito Tequila em 1994, a quebra das pontocom em 2000, o ataque às torres gêmeas em 2001, a crise do subprime em 2008 entre outras.
Por que países como Estados Unidos, Japão, Grã-Bretanha, Austrália, Nova Zelândia, Alemanha, Coréia do Sul, Estônia passaram por grandes crises e saíram delas mais fortes enquanto outros foram fortemente afetados impondo grandes danos à sociedade?
Entre vários pontos, nesses países bem-sucedidos em comum estavam a qualidade de suas lideranças associada à sociedade não acreditar em salvadores da pátria e tampouco que a recuperação seria um trabalho unicamente do líder escolhido para a nação.
Sabiam que “uma andorinha só não faz verão”, que esse líder deveria estar bem assessorado para enfrentar os obstáculos que viriam e que a vitória seria de sua equipe e da sociedade, não do salvador da pátria eleito.
Cientes da falibilidade do ser humano, os cidadãos mantinham o foco e não conturbavam o ambiente nem desperdiçavam energia procurando culpados ou apontando falhas. Enquanto o governo trabalhava, cada cidadão dava a sua contribuição pessoal para ajudar a reerguer seu país.
A população, sabiamente, “não bradava contra a escuridão” e cada cidadão dava a sua contribuição “acendendo uma luz” para ajudar a iluminá-la. Foi assim nos países bem-sucedidos em períodos pós-crise. Já nos países malsucedidos ocorreu exatamente o oposto.
Se, como diz o milenar provérbio chinês
“Os tolos nunca aprendem, os inteligentes aprendem com suas experiências e os sábios com as experiências dos outros”,
neste momento de inédita e profunda crise, caberá ao cidadão brasileiro escolher qual postura assumir, e arcar com as consequências de seus atos.
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STF, Celso Daniel e 2a. Instância
O que qualquer cidadão normal acharia de um grupo de advogados que, por alguma filigrana jurídica, decide pela anulação de um processo de assassinato e exige que sejam colhidos novamente todos os depoimentos sabendo que as testemunhas do caso já haviam morrido?
Com certeza acharia que esse grupo ou é desinformado ou incompetente ou mal intencionado. Não haveria outra possibilidade, certo?
Pois, foi exatamente o que ocorreu no dia 16/12/2014 quando a 1a. turma do STF concedeu o Habeas Corpus para o acusado Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, e, “com a decisão, ficam anulados todos os atos processuais na ação penal contra Sérgio Gomes da Silva, em curso na 1ª Vara da Comarca de Itapecerica da Serra (SP), desde o interrogatório dos corréus José Edson da Silva e Rodolfo Rodrigues dos Santos Oliveira, ocorridos em dezembro de 2003.”
Mesmo tendo sido concedido pela 1a. turma do STF com votos de Marco Aurélio (que também era o relator) e Dias Toffoli, os outros integrantes do STF tinham a obrigação de se opor à decisão tão absurda quanto inexequível.
Pois é basicamente esse grupo que está decidindo o futuro jurídico de nosso país. Vejam as composições muito semelhantes do STF em 2014 e a atual:
Este mesmo grupo vai decidir a prisão ou não de condenados em segunda instância, como o ex-presidente Lula. E o presidente do STF, Dias Toffoli, parecendo temer uma insurreição popular, lança “cortinas de fumaça”, como a sugestão de “prisão em 1a. instância para condenados por júri popular”:
Como o tribunal de júri ou júri popular só julga crimes dolosos contra a vida, os crimes do colarinho branco e de corrupção, mesmo que matem indiretamente milhares de pessoas, nunca serão julgados por esses júris e a prisão do condenado continuará sendo após trânsito em julgado, ou seja, apenas quando quiserem.
É sabido que pelos critérios utilizados para a composição dos júris populares, pelo baixo nível educacional da população e a qualidade duvidosa de muitos advogados, decisões de júris populares podem ser falhas sendo, frequentemente, questionadas em outras instâncias.
Já, pela alta capacitação dos membros de cortes superiores, suas decisões seriam menos falíveis e evitariam que injustiças sejam cometidas em instâncias inferiores.
Mas, o presidente do STF propõe deixar a sociedade “se virar” e colocar o judiciário a disposição das “elites” brasileiras, dos que podem pagar fortunas para seus advogados.
Erroneamente, Toffoli foca no efeito que é a quantidade de instâncias e não na causa raiz do problema que é a lentidão no trâmite de processos e a ineficiência do sistema judiciário que gera inúmeras revisões de sentença. Promover uma adequação do código penal, por exemplo, estabelecendo um tempo limite para conclusão de cada processo e penalização por atraso para os responsáveis pelo seu trâmite, mesmo que trabalhoso, atacaria a causa raiz e seria mais objetivo e justo.
Ao considerar um júri popular mais “justo” que outros júris, Toffoli afronta a inteligência da sociedade brasileira que exige justiça e celeridade, não seletividade para a impunidade. Infelizmente, considerando várias decisões pregressas desse grupo, como no caso Celso Daniel, nunca tivemos um STF com integrantes de tão baixo nível tomando decisões tão importantes para o futuro da nação. Que Deus olhe por nós!
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