mgritante
Mente Gritante
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Oi, meu nome é Talyta Santos, sou uma brasileira de 1995. Escrevo o que a minha mente inventa e o que não consigo falar em voz alta. Este espaço você pode considerar um diário aberto, só não pode pensar que tudo o que for publicado será ao meu respeito. Escrevo por escrever, e você pode até se identificar. Faça bom uso do meu espaço.
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mgritante · 2 months ago
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Como celebrar?
É difícil escrever quando está tudo bem, e mais difícil ainda afirmar que está de fato tudo bem! Por tanto tempo foi caos, que estar em momento de calmaria faz estar sempre em alerta: quando isso vai mudar? O tal do "um passo por vez" é tão complicado, que quando você percebe, um ano se passou e você não percebeu nada do que aconteceu. Viver o processo é complexo e simples, pois é apenas viver, e viver o que há para ser vivido, sem ficar imaginando, aumentando, ou especulando como seria. Perceber que a vida passa é o mesmo que olhar para si no espelho, mas passar pela vida sem vibrar as conquistas, é deixar de viver a melhor parte. O básico precisa ser feito, e olhar com cuidado para o dia a dia, essa tal rotina, faz com que exista motivos para celebrar, inclusive o acordar.
- Talyta Santos
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mgritante · 1 year ago
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Até parece!
Não sei a época que você cresceu, mas na minha, você era comparado com os irmãos, primos, vizinhos, e com a sobrinha de fulana ...
Era a geração dos super incríveis, onde competição começava em casa, e o "mais um pouco" nunca acabava. Também era a que escutava em sala de aula comparações vindo dos professores, e ainda com direito a gritos e piadas dos "amigos".
Agora vamos falar sério... como uma pessoa que cresceu assim, não se compara? Não compete com a filha de fulano que formou na mesma época? E como não avaliar sua autoestima a base de comparação?
100% era obrigação, e apresentar 99,99 significava que você podia melhorar. Nunca foi suficiente. Então hoje ver em todos os lugares: "é isso, e está tudo bem", me faz querer dar um sacode na pessoa e dizer que não está tudo bem, não sou da geração que compreende, ou aceita falha, é 100% ou 100%, o seu máximo não importa.
Pode observar na sua rede social, a qualquer momento que há profissionais querendo te fazer aceitar, algo que não te faz bem. Verbalize a sua angústia, e busque o seu tudo bem.
- Talyta Santos
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mgritante · 2 years ago
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Me venderam uma vida adulta diferente da que tenho 🤷🏽‍♀️
💬 Talyta Santos
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7 notes · View notes
mgritante · 2 years ago
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Depois de alguns profissionais, hoje eu tenho respostas:
- Como começou?
Quando eu comecei a ficar calada perto dos meu amigos, eu até saia com eles, mas não me sentia parte de nenhuma conversa. Além disso, achava que todos queriam me afastar.
- Primeiro sintoma?
Comecei a dar ouvido as minhas paranóias, e alimentava todas, mas a principal era que as pessoas só lembravam de mim por interesse.
- Como percebeu?
Depois que minha vida parou, e eu me vi "sem nada". Até hoje não consigo explicar a vergonha que sinto, em ainda ter minha vida parada.
- Quando buscou ajuda?
Foi quando tive uma crise inexplicável, e fiquei mais de 1h no hospital para um tarja preta na veia fazer efeito. Depois disso fui ao primeiro psiquiatra.
- Teve bloqueios?
Tenho até hoje! O corpo reage aos meus pensamentos o tempo todo, meu corpo literalmente fala pelo meu emocional. Os "eu não consigo" são muito fortes.
- Como é tratar ansiedade / depressão?
Um furacão que afeta tudo e todos. A primeira coisa que você perde é o controle: pensamentos, emoções, ações. Tenho a sensação de tudo se tornar involuntário.
- Uma dica?
Tenha rede de apoio. Ela vai mudar no decorrer do tratamento, você vai afastar alguns e aproximar de outros, mas é preciso suporte.
- Sua história?
Tenho ansiedade desde sempre, mas sabia lidar, até chegar nas primeiras idas ao hospital com sintomas sem explicações físicas. Eu tinha a dor, mas não tinha o motivo físico da dor.
2017 / 2018 - Anemia Profunda e Hipotiroidismo
2019 - Suspeita de Túnel do Carpo
2020 - Crises de Ansiedade
2021 - Ansiedade e Depressão
2022 - Confirmação da TAG (Transtorno de Ansiedade Generalizada); diagnóstico de Transtorno de Personalidade de Instabilidade Emocional; e sintomas de Depressão.
No decorrer do tratamento você aprende a lidar com termos técnicos, e descobre que eles servem mais para os profissionais te darem suporte, do que para você mesmo. É importante saber com o que você lida para da a devida importância, mas algumas vezes, títulos são apenas títulos.
- O que mais te incomoda?
Reação aos medicamentos, é o meu número 1. Me sinto um lixo a cada fase de adaptação. E segundo é eu não saber verbalizar meus sintomas e dores, eu apenas sinto.
- Como está hoje?
A procura de ficar boa! Precisei mudar a equipe profissional que me acompanhava, entendo que cada profissional teve sua importância no meu tratamento, e agora eu preciso acreditar de novo, que o tratamento vai evoluir, e que eu vou aprender lidar de novo com tudo.
- Sem mais!
Eu acho que esse formato, é o que consigo mais ser sincera. Setembro é o mês de dar voz a quem fica calado o ano todo, e eu espero um dia, que todos possam falar sobre saúde mental sem julgamento, medo ou vergonha.
Um passo por vez. Desistir não é opção!
- Talyta Santos - SETEMBRO AMARELO 2022
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mgritante · 2 years ago
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Na minha intensidade, tudo dói.
- Talyta Santos
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mgritante · 2 years ago
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No fim, tudo é mudança.
Ao olhar no espelho, vejo a mesma criança que com três anos de idade não sabia decifrar os seus sentimentos, apenas sentia.
Sentir e não saber o que é. Sentir sem saber explicar. Apenas sentir o corpo, a respiração, a vida.
Se ver nem sempre é fácil, mas ao se reconhecer, parece que o acolhimento pode funcionar, e a partir daí tudo mudar.
- Talyta Santos
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mgritante · 2 years ago
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"Para passar por onda grande, é preciso mergulhar."
Essa frase está indo e vindo a minha cabeça, só essa semana apareceu na minha rede social através de duas pessoas, e sinceramente, como é difícil mergulhar em mim. Escrevo com lágrimas nos olhos porque a sensação de afogamento não passa, pois as ondas estão vindo de forma seguida. Quando eu consigo respirar, já vem uma outra que eu preciso mergulhar. Estou cansada, exausta e perdida. Eu amo o mar e toda sua imensidão, mas não tenho mais a mesma força de quando comecei, o fôlego está se perdendo, a energia para lutar não é mais a mesma, o instinto de sobrevivência está desaparecendo.
- Talyta Santos
Desabafo
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mgritante · 3 years ago
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REVOLTADA: Por conhecer a sociedade brasileira, eu evito ao máximo buscar notícias sobre feminicídio, violência sexual e agressão. Esse tipo de notícia me causa uma revolta, e uma repulsa tão grande, que eu entendi que para o meu bem, é melhor me abster de informação. Mas não é porque não consumo essas informações, que deixo de saber a frequência que acontece. E o que mais me dói: AS PESSOAS QUE DEVIAM PROTEGER, SÃO AS PRIMEIRAS A JULGAR E EXPOR. E sério. Até quando?! Já é difícil para eu que fico sabendo do ocorrido, imagina para quem passa por isso. E ainda precisa aprender a viver com o trauma. É uma dor absurda pensar em cada mulher que é coagida em delegacias, hospitais e onde quer que precisem pedir ajuda. Espero que se um dia, eu vier a colocar uma criança nesse mundo, que seja um lugar onde exista o básico: RESPEITO.
- Talyta Santos
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mgritante · 3 years ago
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A vida da pessoa que gosta de fazer aniversário, e ama tudo o que envolve o dia especial, não é fácil. Porque a maioria das pessoas não gostam, então entendem que é só mais um dia, e acreditem: não é!
"Parabéns", "feliz dia", "feliz vida", a mensagem mínima que seja... Faz o dia ser outro.
Me senti culpada por está fora da rede social, e não receber a atenção que tanto amo no meu dia, mas ao mesmo tempo pensei: eu preciso mendigar até isso?!
As pessoas correm tanto, me incluo nessa, que nos "depois preciso" acaba não fazendo nada. E deixando a vida seguir o fluxo corrido.
- Talyta Santos 💬
Eu só queria um aniversário descente, meus 15/06 não são mais felizes como antes.
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mgritante · 3 years ago
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Nada está bom.
O presente, momento atual, aqui e agora, me incomoda tanto, que eu tenho até dificuldade de percepção.
Tenho observado que eu não sei mais pedir, assim como também não sei agir. Tudo está tão contraditório, que não há fuga.
Não sei caminhar, e quero correr.
- Talyta Santos
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mgritante · 3 years ago
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Estou escrevendo em uma fase de Mercúrio Retrógrado, onde é normal a gente querer enviar um "oi sumido", e revisar o passado inteiro.
Nessa de revisar o passado, eu percebi como o meu medo de me relacionar é grande. Lembrei todos textos que fiz calculado para o whatsapp, com um único objetivo: acabar o que nem havia começado.
Parece que é um dom meu afastar pessoas, mas hoje percebo que só consigo fazer isso quando tenho medo. Quando não há conhecimento do que sinto, ou seja, com mais frequência que eu gostaria.
Peço desculpa a todos os garotos que já beijei e depois tiveram que lidar com os textos do whatsapp. Claramente eu não sei lidar com sentimentos.
Lembro que na adolescência eu fugia das indiretas super diretas, me escondia (literalmente) para não ter que ouvir as brincadeiras sobre quem gostava de mim. Fazia a pessoa ser tão amiga, a ponto de me chamar de irmã.
Na fase da faculdade eu desconversava, fazia a pessoa duvidar se realmente queria ficar comigo, a ponto de desistir, ou ser só um beijo de festa e tchau.
Hoje em dia, eu questiono tanto, mas tanto. Que até eu me sinto chata. E depois acho ruim de não ter mais com quem ficar.
Só que: eu não sei lidar com o desconhecido. Não sei agir, conversar e muito menos processar a informação. Não consigo nem me permitir viver. E por isso interrompo as histórias antes começar.
- Talyta Santos
Desabafo
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mgritante · 3 years ago
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Queria saber em que momento deixei de fazer as coisas que gosto, e comecei a duvidar e toda e qualquer capacidade que tenho.
Tenho a sensação de ter parado no tempo em março de 2021.
- Talyta Santos
Desabafo
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mgritante · 3 years ago
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Me apaixonei...
Na última sexta, baixei um aplicativo chamado ombo amigo. Assim que perguntei para que servia o app, me falaram para sair correndo enquanto ainda tinha tempo. E uma pessoa me respondeu: "a última coisa que vai achar, é um ombro amigo".
Logo em seguida a essa resposta pública, ele me chamou no chat. Disse que se eu precisasse, ele estaria lá por mim, que eu podia desabafar (que é a proposta do app) com ele. Me contou que o app foi criado com uma finalidade, mas que havia muita pessoa gente sem noção, e que não era um ambiente bom.
Naquele momento, ele disse que havia baixado o app minutos antes de ver a minha postagem, e que só estava lá por minha causa. Ele já havia tentado usar anos antes, e tinha se frustrado, por isso não aconselhava a ninguém. Havia baixado para ver se tinha mudado, mas no pouco tempo lá, viu que estava tudo igual.
Naquela noite ele foi o meu amigo, conversamos por horas em um outro app, descobrimos que temos a mesma idade, mesmo gosto musical, e também fobia social. Além disso tudo, as nossas características físicas atraiam um ao outro.
Em resumo: Me apaixonei!
Eu me vi naquele amigo, que eu só sei o primeiro nome, e a cidade que mora. Ele me fez ficar apaixonada pelo jeito dele agir, e também pela simpatia. Vi nele o que eu ofereço as pessoas, e ele me fez perceber o que eu mereço.
Por fim, ao final da madrugada, ele teve uma crise de ansiedade. Conversamos até o remédio fazer efeito, e ele dormir. Pela manhã eu percebi que ele excluiu os 2 app que teve contato comigo, e sumiu. Mas ele mexeu comigo de um jeito que ninguém nunca conseguiu. Tudo aconteceu de forma tão espontânea e natural, que afirmar a minha paixão por um desconhecido não me assusta.
- Talyta Santos
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mgritante · 3 years ago
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É só mostrar os dentes, hahaha
- Talyta Santos
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mgritante · 3 years ago
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Sabotagem; bloqueio; medo; vergonha; raiva; frustração; irritação; pânico... Como é possível lidar com tanta coisa ao mesmo tempo?! Como que o corpo consegue processar essa quantidade de informação?!
Tá difícil respirar, dormir, sorrir, socializar. Tá difícil existir.
- Talyta Santos
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mgritante · 3 years ago
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Me iludi!
Estou no fundo do poço a tanto tempo, que quando enxerguei a luz, achei que eu já estava na porta para sair. Mas o dó de mim. Mais iludida que no início da pandemia, quando disseram que seria 15 dias, e cá estamos, cantando parabéns de 2 anos para o isolamento.
Eu uso máscara desde que entende por gente, umas por necessidade, e outras, por imposição. E dentro do poço, eu percebi o quanto consigo convencer as pessoas dessa realidade paralela. Não posso dizer que é um lado falso, mas com certeza é o escudo mais rápido de todos. Escudo. Proteção. Máscara. Muleta. Fuga.
Tudo o que ajuda a esconder meu medo é usado. Tudo o que faz eu não ter vergonha de mim, é colocado na minha frente. E é tentando não ter vergonha ou medo, que me enxergaram como forte. Uma força que não sei de onde tiraram. E por causa dessa força eu não mereço abraço, carinho e atenção.
"Uma mentira contada muitas vezes, se torna verdade". E essa falsa verdade guia quem eu sou desde que consigo lembrar. É essa falsa verdade que não deixa eu lembrar as fases boas da infância, é ela que apagou metade da minha vivência escolar. É ela também que me fez ser o que esperam que eu seja.
"O que vão pensar" dita metade das minhas escolhas, afinal, tenho que ser forte. E essa força sufoca. Me iludi quando achei que a proteção ia me ajuda.
- Talyta Santos
Desabafo
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mgritante · 3 years ago
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Intensa a ponto de não consegui esconder o que sente... O rosto entrega o mau humor, o sorriso mostra o incomodo, e a distância só prova como já esqueceu.
- Talyta Santos
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