“a solidão será diferente”. fotos e histórias da geração que presenciou uma das maiores revoluções da humanidade depois da internet: o isolamento social chamado Covid-19.
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A Júlia está na casa dos pais em Brasília. Ela mora em São Paulo, ela estuda artes, ela têm alma que floresce...
"estou vendo os dias passarem pela janela do meu quarto e o silêncio lá fora está ensurdecedor. A saída está sendo viajar por dentro de mim'’.
Júlia, desejamos que essa jornada interna seja intensa em descobertas da sua identidade encantadora.
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Victor é de Recife. Fotografo. Filmmaker. Nesta #quarentena, o que ele está fazendo é trabalhos gratuitos: ajudando o microempreendedores a divulgar pequenos produtores para que eles não venham à falência nessa fase. Um legado a ser levado da pandemia: olhe o menos favorecido, afinal, ele é quem tem cuidado de nós. São os pequenos que levam nas costas a maioria dos empregos do Brasil, são eles que cuidam da mão de obra, são eles que deixam tudo funcionando para o mais favorecido utilizar. Depois deste tempo, fica um recado: o que é importante, quem é mais importante? #pense
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Ale está na #quarentena, mas não está em casa. Tudo tem um motivo: ajudando frades, que ajudam os moradores de rua. Que viés de coração, que competência perante nossa insignificância - afinal, quão limitado é o ser humano. Ajudar o próximo é abraçar de longo num tempo que o toque físico virou diamante. Ou nos unimos ou nos unimos, não temos outra voz a não ser a do amor.
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Janela de Salomão e uma única frase: Selah, um descanso de tudo! Basta!
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Ana Paula é boêmia, é aquela que gosta de gente e rua lotada, é aquela que passeia pelo lotado de milhões de jeitinhos que o ser humano carrega. O desafio de março e abril: ficar em casa, construir rotina de um jeito leve e viver num período delicado da história: precisamos olhar pra dentro e ter intenção de amor e paz: tudo será novo quando sairmos às ruas pra gritar que o amor venceu. “Vácuo - escrito por Ana, na #quarentena:
É o espaço que não há. Se foi e não voltou, até chegar tão rápido, tão incompreensível. Vácuo de tempo, espaço vazio, cheio de nada. No momento tensão, no outro, nada. O passado procura tanto nos investigar, trocar, nos repaginar, criar. Não sei, sem frases prontas e com a mente com certeza em construção, meu coração, meu passado transformam meu olhar. Me lembram da curiosidade, da delicia que é viver o novo de novo, sempre. A rotina transformou meus sentidos e sua falta, restaurou meu instinto. Preciso do espaço que não há. Preciso do espaço que já foi, da reação, correta ou não. Do susto. Da ideia. Do desbloqueio da emoção pela logística. Não! Preciso do ar fresco, do pulmão enchendo do ar limpo que o Corona Virus trouxe e da exposição necessária. Não loucura ou ensaio de. Não. Quero o simples, rápido, bom. Te deixo por aqui para o outro vir. Não tenho mais o espaço cheio de nada que preciso.
Te deixo sem saber, querendo ir. É urgente. Não tem mais nada para mim aqui. Agora, para você que ficou sim. Um vácuo, formado de nada. Entre e investigue, troque, repagine, crie. É teu vácuo”.
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Mel fica do trabalho home office, aos sonhos, ao anseio de saber que tudo isso vai passar. A esperança pela vida é muito maior que o medo da pandemia; do que os conflitos sociais gerados. É tudo para ressignificar e agregar valor, exaltar a fé e mostrar que somos mais fortes que isso, somos todos em um!
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Elis e a criança em casa. Elis e a mãe em primeiro lugar, depois vem a mulher de negócios. Elis e o filho pra amar, comida para esquentar e família para cuidar. 24x7 é a rotina da mãe, mulher, esposa e filha também. É o desafio de ser tudo e ao mesmo tempo ser si; arrumar tempo pra si, para se cuidar, se amar, escolher o que é melhor no silêncio, o que é melhor no barulho. O poder de ficar em casa é a transformação de dentro para fora. É vida!
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A paixão da nova rotina refletidas naqueles que amamos intencionalmente. Duda e gato, amor e realização. O respeito de um “fica em casa” entendido por animais e por gente que ama a solidariedade de ver mais gente vivo. Pra ela, o ressignificado tomou conta e saber que somos limitados, também! #ficaemcasa
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De Portugal, com os mesmos uniformes amigos interagem consigo e com o mundo. É o mundo em descanso. Paz, silêncio, oxigênio - o planeta perguntando: cadê poluição, cadê habitantes, cadê o caos? Talvez não era nós que precisávamos, mas a natureza, os animais; a terra que clama. Uma nova consciência. Um novo normal!
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Camila está fazendo home office nesta temporada. E disse que está sendo desafiar e emocionante realizar todo um trabalho com a família em casa - e mais, por um bem maior. Consciência geral da quarentena, de quem enxerga que o seu esforço reflete no próximo, que refletirá em gerações.
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Essa é a casa da Marina, e o tempo dela está neste lugar - na quarentena mundial - nos inúmeros sentimentos que isso representa para cada cidadão do mundo. Neste tempo, ela está utilizando tudo o que tem para se conectar com os pais e a irmã, com o elo e o amor que os uni, com o dom e o efeito do amor gerado neles - laço sanguíneo.
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Fabíola é brasileira, hoje mora no Canadá com o seu esposo.
Há delicadeza em suas palavras e compartilhar elas nos inspira a continuar:
"Eu penso que... ninguém está sozinho nessa. Se ha tanta vida lá fora, meu problema/medo não pode ser maior que o de ninguém. Se depois de todo inverno chega a primavera, depois que o esse caos passar, tudo vai ficar bem :)"
Essa é a visão da sala/quarto e escritório e que passa a maior parte do tempo olhando.
Montreal - Canadá - 25/03/2020
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Tudo está diferente e todos os seres vivos estão sensíveis a mudança. Os pássaros que agora cantam e são ouvidos, as plantas que respiram com mais facilidade, a natureza ganha novos expectadores...
Débora nos falou que Athena escolheu esse lugar para passar boa parte do dia e que as duas estão se adaptando a nova realidade de uma rotina estranha e um sentimento de tensão.
Obrigada, Débora e Athena - São Paulo - SP - 23/03/2020
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Todo mundo procura uma fuga e toda fuga pode ter um milhão de nomes e sobrenomes. André, do alto de São Paulo, pratica esportes dentro do seu apartamento, dentro do seu eu - um apartamento contém um mundo nosso, não é mesmo?
Nesta temporada, entendemos o quão significativo é cuidar do corpo, da alma e da paz de espírito. É isso que nos move! É isso que nos dá força para continuar. Obrigada, André! - 23/03/2020
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Ana Vitória é sensível e Catarina - sua cachorra - é mais ainda. As duas, estão reclusas num sítio no interior de São Paulo para fugir um pouco da pandemia.
Tem como fugir? Tem como aninhar-se em outros ares e descobrir que tudo isso vai passar quando abrirmos os olhos?
Ela crê que sim, crê e tem fé - esperança e vida. Afinal, a vida conta-se em dezena e não unidade. Mesmo longe, estamos juntos! Ana Vitória, Duartina, Brasil.
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Em época de isolamento social, como é para uma família dividir a casa e a ocupação dos filhos? Como é, então, para uma mãe que cuida de gêmeos?
O mundo da criança é um cenário entre o irreal e o real, o mundo da fantasia e a especulação do que é de verdade. Para isso, milhares de mãe e pais estão tendo que autodisciplinar para continuar nesta jornada de #quarentena tão importante no combate da Covid-19.
Algo que nos chamou a atenção, neste tempo, foi o relado da Deisy – mãe de gêmeos. As crianças observam o bairro e na mente deles permeia um pensamento:
"Eles gostam de ficar olhando a rua e agora falam que tem um monstro lá fora e que não podem sair"
Essas são as histórias da nossa memória social, que traz pessoas do Brasil todo compartilhando como está sendo esse novo mundo!
Foto enviada por Deisy Manfé, mãe dos gêmeos da foto. Cascavel-PR. 24/03/2020
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Abrimos o “memória social” com a foto da Nalu, que - além de artista e fotografa - teve uma sensibilidade extrema: registrar sua avô Lourdes, que completou 88 anos em 24 de março –no meio do maior exílio global já visto na história.
Por que relatar tudo isso? O distanciamento social nos levou à um novo nível de ressignificado: Quanto custa ficar longe de quem amamos? O quanto custa não tocar? Não beijar? Não ver as luzes da cidade à noite?
Para Dona Lourdes, está custando o distanciamento de Marcelinho, Marininha e Biel. Está custando entender sem entender muito bem. Está custando acreditar em um final feliz.
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