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01/07/2023 – 10:28
apesar da terapia, eu ainda gostaria de falar centenas e milhares de situações, emoções e pensamentos, que eu negligenciei em prol do equilíbrio daqui de casa, pra fazer ele se sentir péssimo, porque seguir em frente não é suficiente pra mim, não vai apagar a dor que ele causa.
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07/06/2023 – 15:10
eu cansei de escrever sobre você.
essa é a verdade.
escrever era uma grande terapia para mim. era para ser. mas você conseguiu estragar até isso. de forma direta e indireta.
apesar dos meus esforços, há momentos — como os de agora — em que escrevo para espairecer, pensar melhor, organizar o turbilhão de emoções e sentimentos que me afogam diariamente. em alguns casos eu consigo controlar, é quase mágico. em outros, eu perco o controle, eu me permito explodir e não olho em quem meus sentimentos respingou. mas há os casos em que eu não quero conter, nem perder o controle, então eu relato.
cada palavra, cada letra, cada pontuação. simplesmente tudo. eu procuro escrever da melhor forma, sendo imparcial, me colocando na posição de vilã, na de heroína, na de anti-herói, na de coadjuvante. sou tudo e ao mesmo tempo nada.
eu estava particularmente ansiosa para hoje. agora já não estou. eu estava animada para o dia de amanhã também. já não posso dizer o mesmo agora. talvez meu ânimo melhoraria se eu não tivesse que conviver com você. não, com certeza iria melhorar se você não estivesse presente. mas você está e isso é uma merda.
eu gostaria tanto de dizer que não tenho problemas com meu pai. seria incrível poder ter uma relação saudável com ele. seria incrível eu não me sentir constantemente encurralada e atacada. sendo tratada de forma silenciosa. uma violência psicológica. incrível, sim. impossível, também.
eu queria não odiar ele. eu queria... eu queria paz. é uma pena que me falta um pai que me escuta, que valide meus sentimentos, que não me culpabilize pelos seus erros, que não me faça questionar e criar paranoias com relação a mim mesma. seria muito legal ter um pai amigo, que respeita meus espaços, que confia em mim, que me vê como eu sou, que me aceita do jeito que sou. acho que o que dói é toda hora revisitar esse lugar, mesmo que forçadamente.
eu só sei de uma coisa. cansaço. eu sinto cansaço. e eu quero espaço. quero um bom tempo longe dele, e quero um bom tempo em paz comigo mesma.
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[texto de janeiro de 2023]
10/01/2023 – 00:44
eu nunca cheguei a falar sobre o dia em que a dóris não estiver mais aqui. eu acho que é porque esse dia está longe, ou porque não quero que aconteça, mas lá no fundo eu sei que vai e é por isso que estou chorando no momento em que eu relato isso.
eu sei também que é inevitável, mas só a ideia de ficar longe dela dessa forma me sufoca, me dói o coração, me dá vontade de gritar. eu acho que o dia em que ela se for eu vou gritar muito, tanto que ficarei sem voz e sem ar.
com a dóris eu consigo facilmente viver o presente sem pensar no futuro, eu consigo viver o hoje de forma similar ao que eu entendo como teoria. e pensar nessas coisas são maneiras que fazem olhar para o futuro, que fazem a gente pensar no amanhã.
a ideia de perdê-la além da dor da física, é uma ideia quase impossível, porque eu simplesmente não sei o que será a minha vida sem ela, eu não sei o que eu vou ser sem ela, eu não sei o que é eu sem ela. eu não faço a menor ideia de como será, só sei que vai doer muito e eu vou passar pelas fases do luto da maneira mais dilacerante possível.
eu vou sentir raiva de mim, dela, dos meus pais, da minha irmã; depois vou me negar que ela se foi, vou me fazer acreditar que ela vai voltar; depois vou barganhar, negociar; e depois vou ficar deprimida. depois de muito tempo deprimida eu vou andar devagarinho, com bastante culpa por seguir em frente sem ela, mas eu vou porque eu acho que ela gostaria disso. depois eu vou sentir a felicidade e entender que isso é um ciclo. a vida é um grande ciclo, cheio de estágios, e assim como o nascimento faz parte, o mesmo se aplica a morte.
terão dias em que eu vou sentir saudade, que eu verei coisas, pessoas, jeitos, petiscos, brinquedos e lembrar dela. terão dias em que eu vou me lembrar dela naturalmente, felizmente, sem nenhuma tristeza, como uma lembrança feliz. eu vou me lembrar do cheiro dela, a textura dos pelos das orelhas que são macios, as almofadinhas nas patinhas que eu gosto de apertar, o espaço que tem entre um osso e o outro nas patas traseiras onde gosto de fazer carinho. eu vou me lembrar da cor caramelo dela, do bigodinho de pelos pretos logo abaixo do focinho parecendo o chaplin, do rabinho que mesclava todos os tons de caramelo até o amarelo. dela ser o vira lata caramelo, que é um meme muito famoso ultimamente. eu vou me lembrar dela deitada na minha cama, enchendo minhas roupas de pelos, babando depois de beber água, dos latidos potentes dela, dela pegando as minhas meias e rasgando quase todas elas, dela andar meio tortinho, dela me dar ambas as patinhas quando tenho um biscoito na mão ou a ração, dela brincando com a bolinha laranja, dela abraçadinha comigo.
eu vou fazer um enorme esforço para guardar tudo o que eu sei, tudo o que eu vivi com você dodó, mesmo que você nunca leria isso, eu quero que saiba que eu nunca vou me esquecer de você, eu nunca vou e que se eu esquecer, eu torço para lembrar e então fazer o esforço de nunca esquecer novamente.
eu te amo muito dodó, muito mesmo.
eu não estou e nem estarei preparada pra quando você for embora, mas eu também não serei egoísta e pedir pra você ficar quando você não puder mais, mesmo que esse seja meu desejo, eu vou entender que você precisa ir quando precisar ir e que esse é o fim do seu ciclo, eu vou me esforçar muito por você, porque amar também é deixar ir. e eu te amo muito.
você agora está aqui do meu lado dormindo pesado e eu estou ouvindo você respirar e isso é um alívio imenso, mas também é um sinal de que ainda te tenho e que não irei pensar nisso mais, porque como eu disse antes você me faz viver o hoje e eu vou viver ele com você, todos os hojes.
te amo daqui para outros mundos dóris, você não faz ideia.
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[texto de outubro de 2022]
16/10/2022 - 12:18
Hoje revisitei meu Instagram onde posto os famosos photo dumps. Na grade de fotos havia uma em específico onde dizia “show do jão”. Era uma coletânea de fotos do evento. Um show legal até, mas daí eu me lembro das companhias. Uma eu falo até hoje, a outra não posso dizer o mesmo. Aliás nesse dia em específico eu passei 6 horas na fila do show e o que foi combinado não aconteceu.
Enfim, eu não queria revisitar esse negócio, mas a questão é que eu estou um pouco chateada porque a amiga com quem eu fui ao show, hoje não fala mais comigo e essa dor vem de tempos em tempos, mais porque não tenho explicações do que o evento em si. Eu queria ter a oportunidade de dizer o que sinto para ela, então o relato de hoje vai ser isso: tudo o que eu gostaria de dizer a ela:
Oi, tudo bem contigo? Faz uns dias em que te perguntei como você estava e você não me respondeu. De primeira assim eu fiquei bem chateada. Não esperava isso, não de você, não depois de ter resolvido tudo. Ou aparentemente resolvido tudo. Me diz, você não quis mais ser minha amiga depois de ter saído da mesma faculdade que estávamos? Você não quis mais que eu ficasse na sua vida? Você simplesmente parou de gostar de mim?
Eu fico me perguntando isso, por que não colocar um ponto final nisso tudo? Se você dissesse para mim que me odiava e que não me quer mais em sua vida talvez eu teria sossegado meu facho e seguido a minha. Mas você me deixou no escuro, então de repente eu pensei na ideia de te perder e depois ela se concretizou e aí eu entrei numa espiral de “e se’s?” e você nunca respondeu esses “e se’s?”. Te acompanhar pelas suas redes sociais e não pelo que você me conta talvez tenha sido a coisa mais dolorosa que me ocorreu.
Pode parecer exagero, mas te perder foi tenso e estar no mesmo lugar que você e não poder ter a mesma interação que antes porque você fechou as portas para mim dói. Saber de você por alheios, dói. Ver você fazendo coisas que antes fazíamos juntas, dói. Ver você ouvindo Taylor Swift me lembrava das teorias que conversávamos. Ela ter anunciado o álbum para essa semana me deu vontade de te contar, de conversar como antes sobre ela e o featuring com a Lana Del Rey, mas não o fiz. Surtei sozinha e com o meu namorado e irmã porque foi o que me restou.
Eu te dei soft block de quase todas as redes sociais, menos do Instagram porque sei que ficaria óbvio e parte de mim não quer fazer isso e essa parte é presente e forte. Ainda acompanho seu Twitter, embora seja um pouco deprimente, porque há coisas que você posta que me dão nostalgia e raiva. Sai do grupo que tínhamos e apaguei nossa conversa. A real é que tudo isso eu fiz para que você notasse e respondesse algo, que ficasse tão zangada que viesse brigar comigo, que falasse tudo o que pensa. Talvez tenha sido bobagem da minha parte, infantilidade também, mas você tem de sobra também, então estamos quites.
Você sempre fugiu do conflito, seja ele bobo ou sério, e eu sempre respeitei isso, mesmo que isso me ferisse, eu deixava de lado porque sabia que se eu ultrapassasse o limite você se fecharia e diria que está tudo bem, quando não estava. Mas a questão é que você nunca cedeu seus limites, você sempre teve que ser compreendida, mas não compreender os outros, você podia falar mal de todos, mas ninguém poderia falar mal de você. Fico imaginando o que sua prima ouviu a meu respeito quando você estava puta ou chateada comigo.
Você se esqueceu que eu estive ao seu lado na formatura? Que te dei apoio? Te ouvi e ofereci carinho e afeto? Você não lembra, né? Ninguém lembra disso quando está com raiva. Mas já é tarde para essas lembranças. Eu tentei conversar contigo. Mais de uma vez. Nas quatro vezes você disse que estava tudo bem e, sinceramente, quando você disse isso eu perdi a cabeça em silêncio, mas devia ter extrapolado o limite, devia ter brigado, devia gritar e chorar, porque assim a gente teria um motivo plausível para não nos falarmos e eu nunca diria a ninguém o porquê de estarmos assim. Você com certeza faria, corrigindo, você fez e quando eu percebi eu quebrei de um jeito incrível.
Quando eu finalmente te deixei de lado, você retornou perguntando de mim indiretamente para os meus amigos da faculdade, sim, os meus, não mais os seus. Você errou feio quando perguntou de mim a ela, isso me deu passe para contar tudo e eu contei, sem medo, mas com receio. Todas elas ficaram chocadas.
Eu não quis contar nada, eu quis te proteger, para mostrar que ainda gosto e me importo com você. Mas você não notou, então por que segurar as pontas? Por que falar com você que não quer falar comigo? Por que manter uma amizade que não me reforça, só me pune? Eu vou me beneficiar tanto quanto estou achando se continuar correndo atrás de você? A resposta para tudo isso é não.
Por que continuo com isso então?
Por quê?
Porque eu não aceito te perder.
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24/11/2022 – 11:00
Terminei o dia de ontem com o mesmo pensamento do dia de hoje.
Talvez as redes sociais realmente estejam me adoecendo, ou talvez seja você. Porque na maioria das vezes que me sinto mal quando abro o Instagram ou o Twitter eu vejo você, eu vejo o que você posta e eu me sinto cada vez mais distante, como se o mar estivesse me puxando cada vez mais para longe da superfície. Como se eu fosse uma folha na sua árvore e que no outono caísse porque já não sou mais útil.
E eu sei que são ciclos e processos. Eu sei que nada dura para sempre e eu sei que estamos e somos sujeitos a constantes mudanças. Metamorfoses ambulantes. Mas não posso esconder que dói, não posso omitir a dor da perda, mas também sinto que não posso externalizar isso.
Embora o processo seja dependente da pessoa, eu sinto que o meu anda muito mais lento que o seu. E eu sei que pode ser o filtro do Instagram que me impede de ver sua real ótica, seus problemas e adversidades, mas ainda sinto que, mesmo com problemas, sua vida é melhor que a minha, eu não faço parte dos seus problemas, eu não sou um pensamento incômodo, que te deixa triste, irritada ou magoada. Nem, muito menos, sou um pensamento caloroso, que te deixa feliz, realizada, grata. Sou nada. Já compreendi minha posição. Você por outro lado, para mim, é um pensamento que é tanto caloroso quanto irritante e depressivo.
E eu ainda não sei por que você me machuca tão fortemente. Já passei por outras decepções, já não falo mais com pessoas que julguei serem meus amigos mais próximos, é tudo normal para mim, nada de novo. Mas eu ainda não sei o porquê de não lidar de forma fácil, já faz 6 meses praticamente. Já não sou a mesma que no começo do ano e nem você é.
Me forço a acreditar que não ficaria mais assim se eu tivesse uma conversa plena contigo, mas eu tentei três vezes e você nunca me deu abertura para isso, então fico sem repostas nessa imersão escura onde eu não escolhi estar.
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15/11/2022 – 21:52
Tenho para mim que sempre serei, de alguma forma, usada. Seja por alguém que prezo, ou por alguém que odeio. De uns tempos pra cá esbarrei nessa questão muitas vezes. Sempre experienciando esse sentimento por parte dos que eu prezo. Nunca os que eu não gosto. Acho que existe um consenso oculto, intangível, que nos faz entender que: não nos gostamos, mas também temos respeito um pelo outro.
Com relação aos que amo, tenho carinho ou só os quero por perto, o buraco é mais embaixo. É sempre mais embaixo. Eu nunca sei como fazer isso parar. Não quero que confundam a mim impondo limites comigo sendo megera, mal-educada, ingrata. Acabo por deixar para lá. Não serei eu a medíocre, que depende dos outros, que os usam como degraus para alcançar o que cobiça. Não digo isso de maneira negativa, mesmo que o uso e a posição de cada palavra impliquem nisso, mas é a real. É verdade que: em determinado ponto da sua vida, você se vê querendo usar daquela pessoa para chegar em algo que quer e não é errado, a questão é como, com quem e o porquê de isso acontecer.
E o como dói. Talvez até mais que o porquê. Porque a dor é física, palpável, tangível. Enquanto a motivação é doída, mas a digestão é mais rápida. Às vezes fico me perguntando, tudo aquilo que eu aqui observei e relatei, será que eu já fiz algo parecido? Será que alguém me vê como uma megera? Como alguém não confiável? Como alguém imprudente? Cruel? Será que alguém se sentiu usado por mim? Será que eu não soube transparecer tudo exceto isso, porque, afinal, ninguém quer que saibam que fazemos essas coisas conscientemente? Minhas motivações me levam a lugares inimagináveis, mas a que custo?
Será que eu faço tudo aquilo que julgo ser certo? Será que após grandes decepções eu realmente aprendi o que fazer e o que não fazer? Como será a ótica de quem me vê? E, acima de tudo, por que pensam assim?
São perguntas que eu posso chutar a resposta, mas ficaria aqui, na probabilidade, 50% de chance de ser certo e 50% de ser errado. E eu não sei se gostaria de saber. Às vezes quero muito, outras nem tanto. Tem vezes que eu nem pensar nisso penso, então é muito mais fácil, mas há outras vezes que isso consome. Assumo posturas desconhecidas, volta àquele pensamento de querer observar ao meu redor e manipular a realidade a meu favor. Querer ajustar a ótica de todos para que me vejam de uma forma não errada, perfeita não, porque isso causaria suspeitas e mais críticas, mas não errada, certa. Sinto meu corpo em alerta, como se todos estivessem observando cada movimento milimétrico que faço, como se todos ligassem para mim à esse ponto.
Não é bizarro? Ninguém liga. Mas eu sim. Eu sinto que ligam. E isso assusta mais do que o fato em si, porque penso em várias possibilidades e todas elas me aterrorizam. Então eu finjo.
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