Blog criado para produção de conteúdo, para matéria de Cultura Geral da Faculdade Cásper Líbero
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Museu Afro Crítica
O Museu Afro, localizado no Parque Ibirapueira - um dos parques mais famosos de São Paulo. O Museu consta com diversas obras desde pinturas, artes plásticas, documentos, até estruturas de barcos por exemplo. O museu é realmente um grande montante que conta toda a história afro brasileira, o que eu particularmente considero extremadamente importante. O museu afro passa por diversas partes da história, desde a escravidão até os tempos mais modernos.
O museu se estende em três andares, e dispostos sobre eles uma coleção de mais de seis mil peças. O que torna isso extremamente chato, é o fato de o museu não ser tão divulgado, em um país onde cinquenta e um por cento da população é parda ou negra. A história que o museu passa é extremamente impressionante, nele é capaz de fazer uma viagem no tempo entendendo tudo aquilo que nossos ancestrais passaram.
Lá é possível apreender de tudo que se relaciona a cultura negra, desde a religião originada dos escravos, até como por exemplo obras plásticas, em um espaço especialmente separado para isso.
O que me deixa muito feliz de ter feito todo esse trabalho e tudo aquilo que rodeia ele, os lugares, livros, cds, filmes. Que fazem questão de enaltecer a beleza negra, a sua força, a sua história, o quanto seu povo foi guerreiro. Isso de fato me encanta, pois, lógico que é necessário encarar a realidade, porém, quando se vê o orgulho de sua nação, de seu povo, de seus ancestrais, e toda luta que foi feita para chegarmos onde estamos hoje, bom isso não tem preço.
O museu Afro é uma parada indispensável, se você deseja apreender mais e se informar sobre a cultura negra, seu acervo é realmente rico, e lá você é exposto a uma viagem no tempo, que lhe faz refletir sobre a história brasileira, e o porquê chegamos onde estamos. Entendemos a base do racismo, e que melhor forma, se não se informando e indo até as raízes para fazer com que algo não se repita nunca mais. De fato, o museu é um tesouro, um pouco escondido, de São Paulo. Ter a possibilidade de morar em uma cidade que abriga, não só essa, como várias construções que nos fazem conectar com nossa história pé algo gratificante.
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Documento Museu Afro
Inauguração: 2004 (15 anos) Diretor(a)Emanoel Araújo
Endereço e telefone:Av. Pedro Álvares Cabral Portão 10
Parque Ibirapuera CEP: 04094 050 São Paulo/SP - Brasil - Acesso pelo portão 03 Fone: 55 11 3320 8900 Horário de funcionamento:
De terça-feira a domingo, das 10hs às 17hs, com permanência até às 18hs. Ingresso: Ingresso: R$ 6,00 - Meia Entrada: R$ 3,00 Gratuidade aos sábados
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Crítica “O pai e filho”
O texto “O pai e o filho”, é um texto do livro Sobrados e Mucambos, de Gilberto Freyre. Foi publicado em 1936, por essa razão antes de ler o texto, imaginei que se tratava de uma narrativa muito antiga, uma escrita de certa forma difícil de se entender como de costume com obras muito antigas, mas me surpreendi de forma positiva, pois a leitura foi leva e fluiu de forma muito proveitosa.
Antes de abordar o tema racismo – abordado abrangentemente durante toda essa roda cultural -, gostaria de falar um pouco sobre o machismo inserido nesse capítulo, principalmente pois foi nele que eu escrevi. A narrativa toda se baseia em um menino, e sua transformação em homem. É compreensível que isso ocorra, pois o livro foi lançado entre o século XVIII e XIX. Contudo, por estarmos tratando temas delicados, e de importância social, não pude deixar de pontuar essa questão, e os problemas que ela carrega, mas isso fica para outra discussão.
No capítulo, nos é deixado claro, a diferença da vida de um negro na época, e um branco. Como um homem branco, era dono de sua própria vida e de seu próprio futuro, mas o negro não, ele já tinha sua vida praticamente pré-determinada e traçada. Como diz Tais Araújo em seu Ted Talk, ser um homem/menino negro no Brasil, só não é pior do que ser uma menina/mulher negra no Brasil.
O livro trata mais uma vez o tema da escravidão, o quanto isso já foi provado em meu blog, de que se trata de um tema extremamente atual, pois parece que nunca foi esquecido seus vícios culturais, eles se repetem até hoje. Ele aborda principalmente as transformações ocorridas, pós libertação dos escravos, e as transformações de senzalas para mocambos. Fala também que com o final da escravidão caiu também o regime patriarquista, e os senhores tiveram que se mudar de casarões para sobrados.
Mais uma vez apontando o racismo, o livro deixa bem claro, o quanto as figuras paternas masculinas eram respeitadas naquela época, e o peso que as imagens delas carregavam. O escritor conta a transição de um pequeno menino para homem, e os desafios que isso vêm acompanhado. No final Gilberto descreve o reinado de D. Pedro II
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Crítica “O Pai e Filho”
Livro: “Sobrados e Mucambos”
Autor: Gilberto Freyre
Editora: Global Editora
Ano de lançamento: 1936 (edição atual – 2003)
País de origem: Brasil
Número de páginas: 1008
O capítulo lido é o 3 intitulado “o pai e o filho”, mostrando a relação da infância com a pressão do pai, que com o passar do tempo foi tudo modificado.
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Crítica “Africa Brasil” Jorge Ben Jor
O disco África Brasil, me surpreendeu muito, porque por mais que eu nunca havia ouvido falar no disco, eu conhecia muitas das músicas. O que eu achei mais interessante do disco é que, ao contrário das obras, discos, filmes, etc que analisei ate agora Jorge Ben, da uma visão completamente diferente dos negros em suas letras. O disco é repleto de personagens, todos negros, figuras fortes, fictícias ou até mesmo históricas como podemos ver em “Xica da Silva”, faixa 7 do cd.
Já por exemplo na faixa 5, a música “O plebeu”, podemos ver por mais que mínima Jorge abordado a diferença de classes, e novamente o quanto esses temas estão correlacionados. Ele aborda diversos temas no álbum ele é realmente extremamente variado, mas sempre fazendo isso com muito humor e leveza.
O que de fato me surpreendeu é que em meio a tanta amargura, dor e sofrimento que esse tema racismo traz, Jorge encontrou uma forma de enaltecer os negros, com força.
Não podemos deixar de citar a primeira faixa do disco dos Racionais MC, “Sobrevivendo ao Inferno”.
Jorge sentou praça na cavalaria E eu estou feliz porque eu também sou da sua companhia. Eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge. Para que meus inimigos tenham pés e não me alcancem. Para que meus inimigos tenham mãos e não me toquem. Para que meus inimigos tenham olhos e não me vejam. E nem mesmo em pensamento eles possam ter para me fazerem mal. Armas de fogo meu corpo não alcançarão Facas e espadas se quebrem sem o meu corpo tocar. Cordas e correntes arrebentem sem o meu corpo amarrar. Pois eu estou vestido com as roupas e as armas de Jorge. Jorge é de Capadócia Salve jorge! Salve jorge! Jorge é de Capadócia Salve jorge! Salve jorge!
Ela foi composta por Jorge Bem Jor, é possível ver o tema, o quanto ele insiste nesse tema da escravidão, mas sempre dando força para o negro, mostrando sua força, seu potencial. O tratando de forma endeusada. Essa é umas das faixas mais leves de Racionais, com um ritmo mais tranquilo, letra mais leve, vocal mais suave, assim como as músicas de Jorge, bem característico de sua pessoa.
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Documento “Africa Brasil” Jorge Ben Jor
Artista: Jorge Ben Jor
Lançamento: 1976
Gravadora: Philips Records Polysom
Produção: Marco Mazzola
Gênero: Samba, Samba Rock, Soul, Funk
Duração: 40:10
Número de faixas: 11
Idioma: Português
Faixas:
LADO A
1- Ponta de lança africano
2- Hermes Trismegisto escreveu
3- O filósofo
4- Meus filhos, meu tesouro
5- O plebeu
6- Taj Mahal
LADO B
1- Xica da Silva
2- A história de Jorge
3- Camisa 10 da Gávea
4- Cavaleiro do cavalo imaculado
5- África Brasil (Zumbi)
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Crítica “Quando me descobri negra”
Confesso que até agora tenho me sentido um pouco desconfortável por falar sobre racismo, classe social, marginalidade, pois por mais que não seja branca, eu não sou negra, e muito menos experimentei alguma vez na minha vida o que é viver a margem da sociedade. Mas confesso que me inserir cada vez mais nesse tema, me fez perceber e conhecer detalhes que nunca havia antes. Falar sobre racismo é necessário. Como diz Mario Sérgio Cortella “falar sobre você fala de fora, falar de você fala de dentro”, eu falo sobre o racismo pois, eu nunca passei por nenhuma situação racista, contudo quanto mais se fala mais se põem em pauta, quanto mais incomoda mais significa que está fazendo efeito.
Com essa introdução eu começo a falar sobre o livro “Quando me descobri negra” de Bianca Sales. Eu me lembrei de uma situação que passei, lendo um artigo do buzzfeed, sobre militância asiática, uma moça negra perguntava para sua amiga asiática, quando ela havia descoberto que ela não era branca e sim amarela. Isso me fez refletir, e eu não pude deixar de pensar nisso quando li o título do livro, e seu conteúdo.
Bianca se descobriu negra aos 20 anos, pelos olhares dos outros, o livro é recheado com relatos e crônicas de outros autores. O livro deixa muito claro o quanto o Brasil é racista, e quão esse racismo é velado. Ela diz que tem 30 anos, mas é negra somente a 10, pois antes as pessoas diziam que ela era morena e não negra. O quanto essa diferenciação é racista e vem de uma herança escravocrata é sem tamanho.
É lamentável o quanto o Brasil, o país que tem mais negros do que brancos, ainda perpetua uma cultura totalmente escravocrata favorecendo somente os ricos e branco, e sempre quem for “diferente” disso é estranho, ou ladrão, ou qualquer outro estereótipo ridículo que nos ejetam nos cérebros desde crianças, e nos fazem perpetuar
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Documento “Quando me descobri negra”, Bianca Santana
Livro: “Quando me descobri negra”
Autora: Bianca Santana
Ilustrador: Mateu Velasco
Editora: SESI-SP
Ano de lançamento: 2015
País de origem: Brasil
Número de páginas: 96
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Crítica Disco: Sobrevivendo no Inferno, Racionais MCs
O disco: Sobrevivendo no Inferno de Racionais MCs é um verdadeiro choque de realidade, na população de classe mais alta que não sabe, ou não liga para aqueles que vivem nas comunidades de todo o Brasil. Mano Brown, o vocalista dos Racionais, é conhecido por disseminar os desafios passados pelos moradores das comunidades. Muito simples, e um pouco carrancudo, Mano Brown, nunca poupou palavras, mesmo que duras de ouvir, para contar o que sempre passou no seu dia a dia nas comunidades de São Paulo.
A importância do disco para a população é que racionais conseguiu um alcance nunca antes visto, e invadiu os apartamentos da zona sul arrombando suas portas e fazendo questão com que todos ouvissem o que eles tinham para dizer. Por sua popularidade, foi possível que muitas pessoas que não se importavam para a realidade passassem a se importar, falar sobre e cantar sobre.
É importante ressaltar que porque vivemos em um país ex escravocrata, a cor da pele está diretamente ligada a classe social e criminalidade, Racionais deixa claro na introdução da faixa três “Capítulo 4, Versículo3”. Ele diz que muitos jovens negros já receberam uma investida violenta ao menos uma vez na vida, sem ao menos ter ficha criminal.
Com temas polêmicos como, drogas, tráfego, criminalidade. Passando sua mensagem através de gírias e palavrões. Os Racionais passam a atmosfera do que se passa diariamente na vida de um negro a margem da sociedade.
Ouvir o disco foi uma experiência impactante para mim, por mais que já conhecesse algumas músicas do Racionais, nunca havia ouvido o álbum inteiro. O fato de Mano Brown não poupar agressividade na sua fala, faz ter um impacto muito maior. E é muito mais impressionante saber que essa foi sua vida, e é a de milhares de brasileiros diariamente.
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Lançamento : 20 de Dezembro de 1997
Gravação : 1997
Gênero(s) : Rap, Hip hop alternativo
Formato(s) : LP, CD
Gravadora(s) : Cosa Nostra
Produção : Gertz Palma, Racionais MC's
Cronologia de Racionais MC’s
Racionais MC's
(1994)
Ao Vivo
(2001)
Singles de Sobrevivendo no Inferno:
•"Capítulo 4, Versículo 3"
Lançamento: 1997
•"Diário de um Detento"
Lançamento: 1998
•"Mágico de Oz"
Lançamento: 1998
•"Tô Ouvindo Alguém me Chamar"
Lançamento: 1998
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Crítica “Doll Test”
Quando eu era criança me lembro de ter 2 ou 3 bonecas negras, a minha vó me dava elas pois ela dizia que achava as bonecas negras mais bonitas, e toda vez que via uma comprava para me dar. Essas bonecas elaa ficavam encostadas e eu nunca brincava com elas. Depois de alguns anos eu chorei pra minha mãe, mais ou menos uns 7 anos, dizendo que eu não queria mais ser oriental, eu queria ser normal, eu não entendia o porquê de eu não poder ser loira de olhos azuis como as meninas da tv. Entende a relação entre esses fatos ? Bom se não irei lhe explicar, a representatividade nos meios de comunicação importa e ela importa de mais, quando digo representatividade não digo para colocar um negro, um amarelo e um indiano la só para cumprir a cota em um papel ridiculamente esteriotipado. A representatividade importa pois na formaçao de uma criança, ela quer se ver na tv, quer ter heróis e ela precisa disso. Agora imagine você crescer e não ver ninguém que se pareça com você, não porque ninguém tem cabelos cumpridos igual o seu, o porque ninguém tem olhos azuis como o seu, mas porque ninguém tem a mesma etinia que você, e quando tem é alguém extremamente tatrado prejoravamente.
O vídeo Doll Test, não só mostra essa realidade da representatividade, mas o que as crianças passam em suas escolas por não serem aceitas por coleguinhas, que ouvem em suas casa e que veem em suas tvs que os negros são os vilões. Sabe porque eu nunca brincava com minhas bonecas negras ? Porque não eram elas que apareciam nas propagandas, na tv, então não era elas quem eu queria.
A dura realidade do bullying que as crianças têm que passar, é duro perceber que essa realidade existe, quando no final do vídeo a menina diz que o entrevistador esta a ofendendo pois ele pergunta qual boneca é negra, e quando questionada o porquê daquilo ser ofensiovo ela responde porque as outras crianças da escola me chamam assim para me ofender. Isso é algo que me indignina profundamente, como aparece no vídeo e como dizia Einstein “ é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito “
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“Doll Test” Documento
https://youtu.be/CdoqqmNB9JE
Duração : 2:45
Publicado por : fanpage.it
Doll Teste foi um teste feito durante os anos 40 para testar o grau de marginalização em crianças negras nos EUA. O vídeo a seguir eles refizeram esse teste em vídeo a fim de mostrar as consequências do racismo.
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Crítica “ Como criar crianças doces em um país ácido “
Taís Araujo, atriz renomada da globo é conhecida por sua militância através do movimento negro. Em sua palestra no tedx ela aborda não só esse tema - contudo o central -, mas diversos outros como, o feminismo, os gêneros, as orientações sexuais. Ela deixa claro no vídeo como o Brasil é um país que mata minorias, principalmente mulheres negras. Ela conta a sua experiência em criar seus dois filhos, uma menina e um menino, e os desafios que isso traz por ser mãe de não só duas crianças negras, mas por ser mãe de uma menina negra.
Taís também aborda o tema da desigualdade social e quanto isso está diretamente ligado a militância negra. O quão problemático é a situação que o Brasil se encontra.
O vídeo é uma lição a ser vista por quem não entende, ou nunca ouviu falar sobre a militância negra e a sua importância. Por entender um pouco da militância que fala sobre o meu movimento e meu lugar de fala, a asiática, eu tento fazer um exercício de me colocar no lugar e praticar a empatia. O quanto é dificíl não só criar, mas conviver em um dos países com a população mais diversa do mundo, mas onde o “diferente” é sempre pré julgado. Quando usam da minha raça para legitimar o preconceito é vergonhoso, e longe disso o movimento asiático só tem o intuito de fazer com que todos sejam iguais.
A atriz deixa claro em seu discursso, o medo que ela tem em criar seus filhos no Brasil, o medo de uma “bala perdida” atingi-los, ou da polícia fazer uma investida mais violenta neles, ou até mesmo descrimina-los e pré julga-los apenas por sua cor. Bom é até difícil descrever em palavras o quão isso é cruel. Por mais que o Brasil seja majoritariamente composto por negros, ainda temos o problema do preconceito.
O recente caso do trabalhador que foi morto a oitenta, isso mesmo oitenta tiros pelo exército ( https://www.google.com.br/amp/s/epoca.globo.com/a-incompetencia-ganhou-uma-medida-80-tiros-23587848%3fversao=amp ). Não oitenta tiros não são um engano, oitenta tiros não são uma coincidência uma fatalidade. O motorista Evaldo Rosa dos Santos era negro, e sofreu as consequências de ser negro em um país como o Brasil. Esse fato só legitima tudo aquilo que ja foi dito anteriormente e por Taís.
A minha única crítica que poderia ter sido comentada por Taís é que ela diz não saber direito o que fazer para mudar isso, e como atriz inserida em uma das maiores emissoras desse país, eu diria que sim tem algo que nós comunicadores devemos e podemos fazer. Q representatividade, e o quanto ela importa não somente para crianças, mas para que os adultos se acostumem com a diversidade em sua televisões, para que esteriotipos não se perpetuem e se repitam, e assim através da arte podemos começar a mudança, fazendo as noças crianças acreditarem que podem ser mto mais do que um esteriotipo, mas isso fica para a discução do vídeo sobre o estudo social das crianças e das bonecas.
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“Como criar crianças doces num país ácido” Taí Araújo ( video )
https://youtu.be/H2Io3y98FV4
Duração : 10:24
Palestrante : Taís Araujo
Local da gravação : Tedx São Paulo
youtube
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Cidade de Deus Crítica
Se é de conhecimento publico a importância do filme Cidade de Deus, dirigido por Fernando Meirelles. Com ele foi possível que o cinema brasileiro fosse lançado em circuitos internacionais, por mais que aborde um tema bem local.
Contudo o que o filme traz de importância para a cultura nacional é principalmente sua realidade, quão perto da realidade o roteiro se passa. Sabe-se que o filme é uma adaptação do livro escrito por Paulo Lins, um morador do complexo Cidade de Deus situado no Rio de Janeiro. Paulo abordou um pouco da sua vivência para transcrever sua realidade em letras. Por essa razão, o filme é extremamente realista. Ele aborda temas polêmicos, como a criminalidade, o preconceito e as comunidades cariocas e sua relação com a polícia.
O filme composto quase que majoritariamente por negros, trouxe grandes impulsos para o complexo Cidade De Deus, inclusive contratando atores oriundos da comunidade como “Zé Pequeno” interpretado por Leandro Firmino. Foi de suma importância para a população de classes altas, que até então nunca tiveram contato com esse universo, passarem a entender e compreender o que se passa dentro das comunidades cariocas, o que leva o menino a se envolver com o crime, que necessidades passam as pessoas que vivem a margem da sociedade. O filme fez isso de forma exemplar abordando muito bem o tema da representatividade. Quando a população periférica assiste o filme ela assiste a sua realidade. Quando a população eletisada assiste o filme ela se choca.
Em Cidade de Deus, podemos ver a realidade dura de quem é sempre esquecido pelo audiovisual. Entendemos o quanto é difícil viver a margem da sociedade. Por ser conhecido como uma arte de elite o cinema quase nunca aborda esses temas. Podemos entender o grande embate e a verdadeira guerra civil que acontece no Rio de Janeiro entre, policiais e traficantes. Vemos os então traficantes, ilustrados pela mídia como monstros pessoas extremamentes maldosas e sem humanidade. Através do filme entendemos que eles são seres humanos como qualquer outro, e que chegam a esse ponto por extrema necessidade, de uma população completamente abandonada pelo governo. Onde quem faz a função de governo são os próprios traficantes.
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Documento Cidade de Deus
Ficha técnica
Direção : Fernando Meirelles
Codireção : Kátia Lund
Produção : Andrea Barata Ribeiro, Maurício Andrade Ramos
Coprodução : Marc Beauchamps, Daniel Filho, Hank Levine, Vincent Maraval, Juliette Renaud
Produção executiva : Donald Ranvaud, Walter Salles
Roteiro Bráulio : Mantovani
Baseado em : Cidade de Deus, de Paulo Lins
Narração : Alexandre Rodrigues
Elenco : Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora, Phellipe Haagensen, Douglas Silva, Jonathan Haagensen, Matheus Nachtergaele, Seu Jorge, Alice Braga
Gênero : Drama, Ação
Música : Antonio Pinto, Ed Cortês
Direção de arte : Tulé Peak
Direção de fotografia : César Charlone
Edição : Daniel Rezende
Companhia(s) produtora(s) : O2 Filmes, Globo Filmes
Distribuição: Brasil Lumière Brasil
Estados Unidos Miramax
Lançamento : 30 de agosto de 2002
Idioma : Português
Orçamento : R$ 8 200 000
Receita : US$ 30 641 770
Sinópse
Buscapé (Alexandre Rodrigues) é um jovem pobre, negro e muito sensível, que cresce em um universo de muita violência. Buscapé vive na Cidade de Deus, favela carioca conhecida por ser um dos locais mais violentos da cidade. Amedrontado com a possibilidade de se tornar um bandido, Buscapé acaba sendo salvo de seu destino por causa de seu talento como fotógrafo, o qual permite que siga carreira na profissão. É através de seu olhar atrás da câmera que Buscapé analisa o dia-a-dia da favela onde vive, onde a violência aparenta ser infinita.
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Roteiro
Obrigatórios :
•Recente: Quando me descobri negra, de Bianca Santana
•Museu: Afro-Brasil
•Disco: África Brasil, Jorge Ben
•Clássico: Gilberto Freyre, Sobrados e mucambos, p. 110-127
Atividades escolhidas :
•Filme: Cidade de Deus, Fernando Meirelles, Kátia Lund
•Doll Test - O efeito do racismo em crianças
•Disco: Sobrevivendo no Inferno, Racionais MCs
•TED da Taís Araújo, "Como criar crianças doces num país ácido?"
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