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❛ has no one ever given you a compliment before? ❜
Rowan revirou os olhos no mesmo instante em que escutou a pergunta de Nerezza. A indagação era ridícula, para falar o mínimo. “Isso não é da sua conta, senhorita Caomhánach. E elogios não vão te ajudar com as aulas de voo II”.
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𝔱𝔥𝔢 𝔯𝔬𝔞𝔡 𝔦𝔰 𝔱𝔥𝔢𝔯𝔢 𝔞𝔫𝔡 𝔰𝔬 𝔦 𝔡𝔞𝔯𝔢 𝔱𝔬 𝔯𝔦𝔰𝔨 𝔱𝔥𝔦𝔰 𝔥𝔢𝔞𝔯𝔱 𝔬𝔣 𝔪𝔦𝔫𝔢 — task 02
Rowan já tinha lido e pesquisado a respeito da ceifa e tecnicamente ele sabia como funcionava e o que ele deveria esperar. Contudo, uma coisa era a teoria e algo bem diferente era a prática. Diferente de alguns ali que tinham passado anos se dedicando para tornarem-se cavaleiros, boa parte da vida de Rowan ele tinha sido instruído para se tornar um escriba. Assim como seu pai. Assim como seu avô. E uma geração que tinha vindo antes dele. Aquele era o ofício pelo qual os Maresh tinham se tornado conhecido, era o que ele estava destinado fazer.
Porém, tudo mudou quando ele escolheu um dragão ao invés das escrituras.
Ele não era um dos mais fortes de sua turma, suas técnicas de luta estavam longe de ser algumas das melhores. Para resumir: Rowan estava longe de ser um dos prodígios de sua turma, e o fato de ainda estar vivo podia ser considerado um milagre por alguns. No momento em que começou o treinamento para se tornar um cavaleiro, um montador de dragão, o que não faltavam eram comentários sobre o fato de ter sido banido de sua família — boa parte dos changelings eram órfãos e embora ele tivesse tido a sorte de nascer numa família, de nada tinha bastado — ou sobre o tempo que ele iria sobreviver ali. E tais comentários apenas se intensificaram com a proximidade da ceifa.
“Eu aposto que o Maresh não vai retornar ao amanhecer”.
“Você aposta? Eu tenho certeza, ele é um fracassado”.
“É um milagre que ele ainda esteja vivo, mas acho que isso acaba com a ceifa”.
Aqueles eram apenas alguns dos comentários que escutava de seus colegas. Ao invés de revidar, partir para cima e arrumar uma briga, Rowan escutava tudo calado. Já tinha muitos problemas para se preocupar e a última coisa que precisava era de mais confusão em sua vida. Além do mais, estava tão focado em sobreviver, em passar pela ceifa e voltar, que Rowan simplesmente ignorava os burburinhos alheios. Tinha se tornado especialista em abstrair comentários alheios, era o que fazia quando estava com sua família — sempre que seu pai comentava o grande escriba que ele iria se tornar, seguindo a tradição dos Maresh, Rowan engolia em seco, abria um sorriso e apenas ignorava todo falatório de como seria seu futuro ou sobre a fama de sua família.
Ele tinha passado a madrugada anterior à ceifa estudando e se preparando para o que viria a seguir, compreendendo quais consequências poderia ter caso não tivesse sucesso em sua missão. Mas apesar de todo preparo, nem todas as leituras do mundo poderiam retratar com exata fidelidade como era beber direto do Cálice dos Sonhos ou como era o Sonhãr. Um sono profundo o envolveu e quando se deu conta não estava mais com seus colegas cadetes, e sim naquele ambiente místico do Sonhãr. O Reino do Sonho Profundo era completamente diferente do que tinha imaginado e por breves minutos apenas ficou admirando, com certa dose de encanto em seu olhar, o ambiente mágico onde estava.
Não havia um manual de instruções sobre o que fazer, de forma que Rowan optou por seguir sua intuição. Se ela estava certa ou errada era algo que ele iria descobrir somente mais tarde. Os pés do changeling o guiavam com naturalidade, como se soubessem por onde ir ou o que fazer e por mais que soasse como bobagem a impressão que Rowan tinha era que seu destino estar ali, como se toda sua vida tivesse sido preparada para ele viver aquela experiência. Enquanto caminhava em direção aos picos rochosos, tomando cuidado com cada passo que dava. Não sabia ao certo para onde estava indo, ou o motivo de cada ação que estava tomando, apenas estava seguindo o chamado latente em seu coração.
Após um tempo de caminhada, não sabia afirmar com exatidão quanto tempo tinha levado, Rowan finalmente chegou ao topo do pico rochoso e a vista era algo de tirar o fôlego. Mas o que deixou o jovem aspirante à cavaleiro boquiaberto foi avistar um dragão voando entre os picos e montanhas rochosas que se encontravam ali perto. O corpo do animal era esguio e suas escamas eram uma mescla de um tom prateado e azul-claro, e o dragão dava piruetas pelo céu como uma força imbatível da natureza. Era uma vista completamente hipnotizante. Era algo belo, completamente mágico e fascinante. Rowan poderia passar horas apenas avistando o majestoso animal, mas foi surpreendido quando o dragão resolveu se aproximar de onde ele estava.
Planando no ar, o dragão encarou Rowan por breves segundos, mas o changeling teve a impressão que tinha se passado uma verdadeira eternidade. Os olhos azuis celestes do animal encaravam o caçula dos Maresh como se estivesse enxergando a alma dele, até mesmo os segredos que guardava para si, e seguindo seu instinto Rowan se ajoelhou fazendo uma espécie de reverência ao animal. Perto do grande dragão, Rowan era praticamente insignificante. Era preciso admitir para si mesmo que estava diante de uma criatura mágica, poderosa e que deveria ser tratada com enorme respeito.
O jovem se surpreendeu que em resposta o animal fez um sinal para que ele montasse em seu dorso. Mesmo relutante e sem saber ao certo o que fazer, Rowan seguiu a ordem do dragão sem pestanejar ou questionar o que estava fazendo, apenas parecia estar certo. E voando nas costas de Pengpeng, Rowan teve a certeza absoluta que aquele era seu destino.
Ele era um cavaleiro e tinha se conectado com seu dragão.
Era seu propósito de vida, embora tivesse levado alguns anos até chegar a tal conclusão.
@aldanrae
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RICHARD MADDEN as Ikaris ETERNALS (2021) dir. Chloé Zhao
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Nome: Rowan Orion Maresh.
Apelido: Ron, Rory, Rowy.
Idade: 38 anos.
Orientação sexual: Heterossexual.
Altura: 1,77.
Ocupação: Professor de Voo II.
Família: Athalar Maresh (avô), Sebastian Maresh (pai), Aoibheann Maresh (mãe), Alastarir Maresh (irmão mais velho) e Oak Maresh (irmão do meio).
Característica positivas: Disciplinado, leal e protetor.
Características negativas: Rabugento, extremamente reservado e tímido.
Inspo: Zuko (ATLA), Dr. Paul Rhoades (Shrinking), Thorn (Os Noivos do Inverno), Mr. Darcy (Orgulho e Preconceito) e Rowan Whitethorn (TOG).
Face-claim: Richard Madden.
Tradição. Uma palavra. Oito letras. Embora pareça algo simples, é o que determina a família Maresh. Desde os primórdios de sua infância, Rowan escutava histórias sobre sua família, como o talento para se tornar um escriba estava vivo no sangue dos Maresh ou de como seu avô, posteriormente seguido por seu pai, tinha feito um trabalho importante para remanejar e melhorar os arquivos militares. Orgulho ecoava na voz de quem contava tais relatos para Rowan, que escutava tudo sem questionar nenhum ponto. Se tornar escriba era seu futuro, sua vocação, assim como tinha acontecido com seus antepassados.
Contudo, um sentimento inquietante crescia no peito do caçula da família. Toda vez que pensava em seu futuro, em seguir os passos de seus parentes, Rowan era tomado por um sentimento de infelicidade. Qual era o defeito dele? Por que não seguir o passo de sua família? Aqueles eram questionamentos constantes que se passavam pela mente do jovem. Quando chegou no seu momento de escolher, a atitude de Rowan surpreendeu a todos. Ao invés de se tornar um escriba assim como seus irmãos mais velhos, seu pai, seu avô e gerações mais antigas do que ele, Rowan decidiu seguir o treinamento para se tornar um cavaleiro. Ao invés dos registros e papeladas, ele escolheu um dragão.
Não foi uma escolha fácil de tomar e que deixou Rowan acordado por noites em claro. Inicialmente, questionava a si mesmo qual decisão tomar, qual caminho escolher: seguir a tradição de sua família ou trilhar seu próprio caminho. Após a decisão tomada, Rowan também questionou se tinha feito a escolha correta. Porém, não havia mais tempo para arrependimento. Quando decidiu se tornar um cavaleiro, junto veio o banimento da família. Rowan se tornou uma figura non grata entre os Maresh — as más línguas dizem que não é permitido citar o nome de Rowan perante o patriarca da família, de forma que o restante dos Maresh agem como se ele não existisse. Uma lembrança esquecida com um tempo.
Com a convivência os cavaleiros passaram a se tornar a família de Rowan, a família que ele mesmo escolheu.
Pengpeng é uma majestosa dragão fêmea da raça Amphiptere. Possui um corpo serpenteado e esguio, podendo causar uma sensação hipnotizante ao voar pelos céus; suas escamas prateadas e com um leve toque azulado nas extremidades de seu corpo refletem a luz como se fossem polidas pelo próprio vento. Dona de uma personalidade curiosa e aventureira, Pengpeng nem sempre recebe ordens com tanta facilidade, o que dá um pouco de dor de cabeça para Rowan. Apesar da leve rebeldia, Pengpeng é dócil e amigável.
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