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O Mundo Em 2053
Se esperava que uma troca nuclear significativa fosse aniquilar a humanidade.
Para a nossa sorte, não foi assim.
Informações precisas são difíceis de obter, mas o que parece ter ocorrido foi que, quando EUA e China iniciaram a troca, eles utilizaram um plano de ataque mais reduzido e priorizaram um ao outro. Muitos aliados nem se preocuparam em lançar.
Em termos brutos, EUA e China foram aniquilados, seguidos dos beligerantes próximos ao mar da China. América Latina e África saíram ilesos da troca inicial.
A questão da Europa foi mais complicada. Embora pelo menos o Reino Unido, Alemanha e França tenham sido alvos, a baixa concentração de mísseis parece ter permitido uma defesa possível. Uma única detonação ocorreu, marcando a visão de mundo européia.
Com isso, a União Européia acordou praticamente ilesa em um mundo fragmentado. Mas com o mundo em colapso, o relógio corria.
Uma reunião emergencial do Conselho Europeu deu diretrizes para a criação da Força Emergencial de Defesa Européia(FEDE). Com alguns meses de existência, ela se lançou sobre a Ucrânia.
A situação Ucraniana tinha se estabilizado desde o Armistício, mas com apoio direto europeu e a desestabilização da Rússia, que havia sido alvo de várias ogivas, os aliados conseguiram uma vitória relativamente fácil. Tendo sua base agricultural assegurada, partiram então para a Guerra Radioativa: um plano de invasão da Rússia para assegurar os estoques de gás e petróleo remanescentes.
Os russos lutaram bravamente, mas sucumbiram frente ao front duplo. Assim, a Europa tinha assegurado seu flanco.
Nos anos seguintes, houve impulsos de maior federalização e entrada de mais países, incluindo o retorno do Reino Unido. A FEDE se tornou as Forças Armadas da União Européia. Os olhos também se voltaram para o continente africano, agora uma das únicas fontes de recursos.
Finalmente, muitas das forças e equipamentos americanos que sobreviveram se colocaram ao serviço da UE, aumentando seu poder bélico.
A África passou por diversos colapsos nacionais e guerras, mas a situação começou a se acalmar agora. Embora existam estados nacionais fortes, ainda não nasceu um capaz de fazer frente ao Brasil ou UE.
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O Brasil Como Potência Militar, Parte 3: Inventário
No ano de 2053, as Forças Armadas do Brasil são divididas em três: o Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira.
O Exército, anos atrás, se via com faltas crônicas de capacidade devido a enormidade de sua missão. Porém, quando essa missão se tornou mais crítica, a força se ergueu a altura, senão com trancos e barrancos.
Muito do equipamento inicial, antes da produção local alavancar, fora obtido dos EUA durante as missões de segurança. Assim, parte do equipamento ainda não foi substituído por alternativas locais.
Entre os meios blindados e mecanizados, temos o M1A2B(Brasil) como main battle tank, com número de 425 unidades. O M2A2 ODS Bradley infantry fighting vehicle divide as funções com o VBTP-MR Guarani armored personnel carrier.
A questão da artilharia também era delicada. Um grande número de peças tiveram de ser aposentadas. No lugar, temos artilharia com munição guiada, sistemas Astros e mísseis de cruzeiro.
Finalmente, o exército opera 274 helicópteros de transporte e 137 helicópteros de ataque AH-64D Apache Longbow.
Não menos importante, o fuzil principal do exército é o IMBEL A2C, uma versão modificada que sana muitos dos problemas do original.
A Marinha passou por, talvez, a maior expansão entre as forças.
Conta-se, entre os meios de combate, com 10 submarinos, 4 convencionais e 6 nucleares, 6 fragatas classe Tamandaré, 7 contratorpedeiros e 1 porta-aviões.
O Rio de Janeiro é a capitania da esquadra, sendo um porta-aviões de propulsão nuclear baseado no Charles de Gaulle francês. Seu grupamento aéreo de caça é de 48 Sea Gripen.
Seguindo a doutrina de sempre ter um porta-aviões ativo, construção prossegue no Bahia e mais três contratorpedeiros, além dos Sea Gripen e helicópteros necessários.
Porém, talvez ainda mais importante, seja o Projeto Netuno: a produção de um submarino nuclear de mísseis balísticos.
A Força Aérea tem como seu meio mais avançado o F-39E/F Gripen NG, mantido atualizado pela indústria local. O estoque atual é de 113 aeronaves, com mais sendo produzidas. Avanços também foram obtidos nas áreas de transporte e UAVs. A gama de armamentos expandiu muito, incluindo armas anti-aéreas, o MANSUP, mísseis anti-radiação e bombas guiadas.
A Força Aérea executa, junto das empresas locais, desenvolvimento de vários projetos de alta tecnologia. Principal entre eles é o FX-Super, projeto de desenvolvimento de uma aeronave de caça de quinta geração nativa.
Dentre os projetos que englobam as três forças, os mais importantes são os de monitoramento do território nacional e defesa aérea de médio alcance. O projeto tem avançado, mas não sem sofrer diversos contratempos.
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O Brasil Como Potência Militar, Parte 2: Dias De Crise
25 de outubro de 2042. Em menos de 24 horas, EUA, China, pedaços da União Européia e seletos países foram destruídos ou mutilados.
Embora a América Latina tivesse escapado das armas nucleares, ela não saiu ilesa. A destruição de boa parte do mercado e da rede de logística mundial colapsou boa parte das economias restantes.
Antes da metade da década, uma série de países, incluindo a Argentina, tinham colapsado em guerra civil.
O Brasil passou por um duro período de transformação que, talvez obviamente, deu mais poder às Forças Armadas. O país foi mantido unido na ponta de um rifle.
Mas do fim do mundo nasceu uma potência.
Com a decadência mundial, mão de obra se tornou um problema. O Brasil o resolveu dando abrigo condicionado aos seus vizinhos e caçando resquícios entre os destroços das nações.
Com a sua base agrícola e industrial assegurada, os brasileiros foram a ONU "oferecer seus serviços".
As consequências são muitas, mas, no campo militar, permitiram uma nova fase de rearmamento e modernização.
Com a chegada de 2050, poucas nações podiam fazer frente ao Brasil. Mas isso iria mudar.
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O Brasil Como Potência Militar, Parte 1: Começos
A "arrancada" do Brasil no campo militar pode ser melhor entendida considerando-se antes e depois de 2032.
Antes desse ano, havia investimento e vontade para realizar mudanças, mas após, a necessidade se tornou enorme e os gastos também.
Em março de 2032, a Venezuela estava à beira do colapso, e o governo, depois de uma rápida modernização militar, se viu obrigado a distrair a população. Fizeram isso através da Invasão da Guiana.
O Brasil conseguiu se colocar ao lado dos Estados Unidos na Força-Tarefa que parou os venezuelanos. Mas isso expôs os limites de uma força que, apesar de competente, estava sendo levada ao limite.
Com a invasão repelida, a Venezuela caiu em guerra civil e crimes contra a humanidade, necessitando de mais uma intervenção. O Brasil foi o país latino a enviar mais tropas e equipamentos, apesar de grande parte do esforço ainda ser americano.
Porém, nos anos seguintes os EUA se viram atraídos cada vez mais para um conflito com a China e diminuíram seu envolvimento na "questão sul-americana". Vendo a crise se tornar uma possibilidade, os brasileiros requisitaram e compraram grandes quantidades de equipamento, além de investir em desenvolvimento próprio.
Na virada dos anos 40 então, as Forças Armadas do Brasil eram uma força em ascensão. E logo, com o início da Guerra do Mar da China, soberanas sobre a América do Sul.
E aí a Flash War ocorreu.
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