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Mortes, sequelas e morbilidades. Conhece a gravidade de uma pneumonia?
No Dia Mundial da Pneumonia, que se assinala hoje, o MOVA – Movimento Doentes Pela Vacinação lembra que a Pneumonia pode deixar sequelas irreversíveis ou mesmo levar à morte, sobretudo entre os grupos de risco. Nunca, como no atual contexto, foi tão importante apostar em prevenção, um ato com ganhos quantitativos e qualitativos, transversais à sociedade. Para além da proteção individual que, no limite, reduz significativamente o número de mortes, optar pela vacinação é também investir em saúde pública, prevenir internamentos e assim contribuir para a diminuição do recurso aos serviços de saúde, nesta fase, sobrecarregados.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a Pneumonia mata uma média de 16 pessoas por dia, uma pessoa a cada 90 minutos. Em 2018, foi responsável 43.4% das mortes por doenças do aparelho respiratório, 5.1% do total de óbitos no nosso País. A maioria poderia ter sido evitada através de imunização.
A fundadora do MOVA, Isabel Saraiva refere que “a população sabe o que é a Pneumonia mas desconhece os riscos que corre ao contraí-la. Falar de Pneumonia é falar de mortes, de morbilidades e de sequelas graves. Podemos preveni-las, basta que nos vacinemos”, relembrando que “qualquer investimento que façamos em prevenção é preferível aos custos da cura.”
A Pneumonia pode deixar sequelas permanentes, que reduzem drasticamente a qualidade de vida de quem a contraiu. Bronquiectasias (deformação dos brônquios) e compromisso da função pulmonar são apenas dois exemplos, tal como a permanência de tosse, expetoração ou falta de ar. Podemos evitar grande parte das Pneumonias e respetivas sequelas através de vacinação.
Nunca, como hoje, se falou tanto de prevenção. Grupos de risco como pessoas a partir dos 65 anos e quem, independentemente da sua idade, sofre de doenças crónicas, devem estar particularmente protegidos. Em plena pandemia, não temos, ainda, vacina contra a Covid-19 mas, felizmente a imunização já é uma realidade na prevenção de outras doenças graves e potencialmente fatais.
No Dia Mundial da Pneumonia, o MOVA reforça que a vacinação deve ser uma prioridade em todas as fases da vida. A vacinação antipneumocócica está recomendada pela Direção Geral da Saúde a todos os adultos pertencentes aos grupos de risco – idosos, pessoas com doenças crónicas como diabetes, asma, DPOC, outras doenças respiratórias crónicas, doença cardíaca, doença hepática crónica, doentes oncológicos, portadores de VIH e doentes renais.
A vacina é gratuita para as crianças e alguns segmentos de adultos, para quem já se encontra em PNV, e é comparticipada pelo estado em 37% para a restante população. A sua eficácia está comprovada em todas as faixas etárias, incluindo na prevenção das formas mais graves da doença.
A proteção dos grupos de risco através de imunização é uma das grandes causas do Movimento Doentes pela Vacinação. Composto por especialistas e associações de doentes, o movimento de cidadania apela à acessibilidade da vacina a pessoas que se encontrem em situações de maior fragilidade.
Sobre o MOVA
A vacinação ao longo da vida é um dos objetivos do MOVA. Movimento de cidadania fundado há três anos pela Respira, com o apoio da Fundação Portuguesa do Pulmão e do GRESP, é composto por um total de 15 entidades que incluem a Liga Portuguesa Contra a Sida, a Associação Portuguesa de Asmáticos, a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais, a FPAD – Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes, a Liga Portuguesa Contra o Cancro, a AADIC – Associação de Apoio aos Doentes com Insuficiência Cardíaca, a APER – Enfermeiros de Reabilitação, a ANTDR – Associação Nacional da Tuberculose e Doenças Respiratórias, a Pulmonale, a Associação Portuguesa de Luta Contra o Cancro do Pulmão, a Europacolon Portugal – Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, a MYOS – Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica e a Associação Ares do Pinhal.
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Gripe, pneumonia e pandemia: mais do que nunca, devemos apostar na vacinação
A pandemia que atualmente vivemos veio acentuar a necessidade de protegermos os grupos de risco, como é o caso das pessoas com mais de 65 anos, e de quem, independentemente da faixa etária a que pertence, sofre de doenças crónicas. Estamos em plena época gripal, período, por si só, de maior fragilidade, este ano acompanhada de receios e incertezas.
Artigo da responsabilidade do Prof. José Alves, Médico pneumologista e presidente da Fundação Portuguesa do Pulmão
Devo usar máscara? Devo resguardar-me? Devo vacinar-me? A resposta a estas e tantas outras questões semelhantes é: sim, devemos proteger-nos. A situação epidemiológica da pandemia de COVID-19 ainda não está consolidada, nem em Portugal, nem no resto do mundo. A época de frio que se aproxima deverá trazer consigo um aumento significativo do número de casos de infeção e, por isso, é imperativo que se reforcem as medidas de prevenção, como a imunização contra a gripe e a pneumonia.
Façamos o que está ao nosso alcance para tornar o nosso sistema imunitário mais robusto. Se para a COVID-19 não temos, ainda, uma solução, devemos apostar na prevenção do que nos é possível: felizmente, a maioria das gripes e das pneumonias podem ser evitadas através de vacinação.
GRAVE COMPLICAÇÃO
Entre as múltiplas complicações trazidas pela gripe, a pneumonia é considerada uma das mais graves. Estudos revelam que o vírus da gripe aumenta dezenas de vezes o risco de a contrair. Particularmente frequente nesta época do ano, a gripe cria condições no aparelho respiratório para que a pneumonia se desenvolva. Se dúvidas houvesse, a estatística mostra-nos que a época de maior prevalência da pneumonia coincide com os picos sazonais da infeção pelo vírus Influenza.
A prevenção através da vacinação antipneumocócica e da vacinação antigripal é a melhor forma de evitar ambas as doenças, sobretudo entre os mais frágeis, para quem uma gripe se pode transformar rapidamente numa pneumonia, e também para quem qualquer uma delas pode deixar sequelas graves ou revelar-se fatal.
Entre os grupos de maior risco encontramos as crianças, os mais idosos e os doentes crónicos. Todos têm indicação para fazer a vacina antipneumocócica, sendo que, no caso dos adultos, basta uma única dose.
TODOS PODEMOS TER UM PAPEL ATIVO
Contrair uma pneumonia é, e será sempre, grave. Contrair uma pneumonia em pleno pico de gripe e durante uma pandemia é bastante pior: nesta altura, o nosso sistema imunitário está mais frágil e, por isso, com maior propensão para falhar. Paralelamente ao número habitual de casos de internamento por gripe e pneumonia, neste período do ano, juntam-se aqueles que tantas dores de cabeça nos têm dado nos últimos meses: os infetados com COVID-19.
A sobrecarga dos serviços de saúde e dos equipamentos disponíveis deve ser evitada ao máximo e todos podemos ter um papel ativo. Mais do que tratar uma pneumonia nesta altura, devemos evitá-la. Ao vacinarmo-nos, para além da nossa saúde individual, estamos a beneficiar saúde pública e a contribuir para a redução do número de internamentos e de óbitos.
PERCENTAGEM DE VACINADOS CONTINUA BAIXA
A Direção Geral da Saúde lançou uma norma que recomenda a vacinação antipneumocócica a todos os adultos pertencentes aos grupos de risco. A vacina é gratuita para as crianças e para grupos de alto risco, para quem está no Programa Nacional de Vacinação, mas a sua eficácia é bem mais abrangente e está comprovada em todas as faixas etárias. O documento oficial conta já com 5 anos de existência, no entanto, a percentagem de pessoas vacinadas continua demasiado baixa.
Para além da vacinação antipneumocócica e antigripal, as medidas preventivas para esta época do ano incluem o uso de máscara, o controlo de doenças associadas, o abandono de hábitos como o tabagismo ou o alcoolismo, e a adoção de práticas saudáveis, incluindo o exercício físico, uma alimentação equilibrada e a ingestão de líquidos, a par da fundamental higienização regular das mãos.
Leia o artigo completo na edição de novembro 2020 (nº 310)
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COVID-19: o problema dos falsos positivos e outras questões relevantes
É importante chamar a atenção para o problema dos testes falsos positivos, pois é uma realidade que pode desencadear uma série de procedimentos com uma cascata de custos económicos e pessoais incomensuráveis. E há outras questões que também não devem ser ignoradas.
Artigo da responsabilidade da Dra. Ivone Mirpuri, Médica Patologista Clínica; Especialista em Medicina Antienvelhecimento, pela World Society of Anti-Aging Medicine; Especialista em Hormonologia, pela International Hormone Society; Certificação em Medicina Antienvelhecimento, pelo Cenegenics, Nevada University, USA
Continuamos a não saber muito sobre a COVID-19, mas o conhecimento está a evoluir a “passos largos”. Assim, tudo o que eu expressar neste artigo, nada tem a ver com opiniões pessoais, mas com aquilo que diariamente investigo e estudo, baseado em bibliografia e bases de dados de publicações médicas, com algum critério de publicação, e obviamente com a racionalidade própria.
SINTOMAS MAIS FREQUENTES
Todas as pessoas, penso eu, já sabem quais os sintomas a que devem estar atentas. Ainda assim, recordo: sintomas típicos são tosse, febre ou febrícula, muitas vezes menos de 37,5º C, e dor de garganta. Sintomas menos típicos são a perda de olfato ou paladar, dores no corpo, cansaço, tonturas, diarreia, tremores e sensação geral de que algo não está bem.
O período mais contagioso, segundo a maioria dos estudos, é de cerca de 2 dias antes até 14 dias depois de surgir a sintomatologia, quando parece que a carga viral é, de facto, mais elevada (carga viral é o número de partículas virais por mL de amostra e reflete a replicação no indivíduo).
Sabemos que há doentes que permanecem sem quaisquer sintomas no decurso da “doença” – são os verdadeiros assintomáticos –, mas a grande maioria apresenta sinais atípicos e nem os valoriza. E, por isso, é necessário reconhecê-los para que se possa proteger e proteger os outros.
A verdade é que o SARS-Cov-2 é considerado altamente contagioso e ainda não conhecemos a sua dose infecciosa, ou seja a quantidade de vírus necessária para a infeção. O doente pode libertar poucas partículas e ser altamente infeccioso (dose infecciosa baixa) ou libertar muitos vírus no ambiente, sendo que a propagação da infeção está condicionada pela quantidade do inóculo de quem emite e pela imunidade de quem recebe.
Chamamos pré-sintomáticos aos que vão desenvolver a doença, mas que no momento do diagnóstico são ainda assintomáticos. Muitos destes apresentam sinais e sintomas atípicos. Chamamos sintomáticos aos que apresentam já sinais e sintomas no momento do diagnóstico.
Toda a revisão bibliográfica referiu que o facto de ser sintomático, assintomático ou pré-sintomático não tem a ver com a quantidade de carga viral no organismo. Isto significa que, apresentando a mesma carga viral, o doente pode ser assintomático, pré-sintomático ou apresentar sintomas graves.
Alguns estudos referem que é mais fácil o contágio com maior carga viral. Seria lógico, mas isto não está estabelecido, pois mais uma vez tudo depende de quem está no outro lado, a receber a nossa potencial infecciosidade. Daqui que medicina preventiva e reforço de sistema imune são deveras importantes.
INTERPRETAÇÕES ERRÓNEAS
Utentes com testes RT-PCR positivos não significa que sejam infecciosos. Isto faz-me perguntar: se os assintomáticos não contagiam tanto ou não contagiam de todo, segundo alguns trabalhos, como podem ter a mesma quantidade de carga viral que uma pessoa sintomática que é considerada altamente contagiante? A resposta obtém-se no sistema imunitário individual, que consegue “travar” mais depressa a doença e a sua evolução. E acontece porque os testes de PCR detetam partículas do vírus, e partículas do vírus não significam doença, mesmo com altas cargas virais.
Todos devemos perceber isto, para não fazermos interpretações erróneas e tomarmos decisões negativas e desnecessárias, com grande impacto social e económico.
A PCR deteta partículas do vírus, não o vírus na íntegra, o que é necessário para a penetração na célula. Um vírus é uma partícula tão, mas tão pequena, na ordem no nanómetro, que não há filtro que lhe resista. E precisa de um ser vivo para sobreviver, pois vai depender deste para a sua replicação celular, podendo então sair dessa célula e infetar muitas outras.
Leia o artigo completo na edição de novembro 2020 (nº 310)
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Alergias do outono e inverno: prevenção e controlo
No outono e inverno, os doentes com alergias ficam expostos a mais fatores de agravamento. No entanto, um alérgico prevenido e controlado pode passar este período com menos sintomas do que uma pessoa supostamente saudável.
Em Portugal, quase um terço da população sofre de doenças alérgicas, sendo mais frequentes a rinite alérgica, que afeta mais de 2 milhões de pessoas, e a asma brônquica, referida por cerca de 1 milhão, embora as queixas na pele, como o eczema atópico e a urticária, em várias formas agudas ou crónicas, sejam também muito frequentes. Alergia alimentar e medicamentosa estão também cada vez mais presentes, tal como os quadros de anafilaxia, a alergia mais grave, que podem pôr a vida em risco em todos os grupos etários.
Pelas suas características climatéricas, são os meses do outono e inverno muito propiciadores da ocorrência e agravamentos dos sintomas alérgicos, pelo que o estabelecimento de um tratamento preventivo deve, idealmente, começar antes do início dos mesmos; caso contrário, as queixas repetem-se ano após ano, por vezes, década após década.
Por outro lado, no contexto da pandemia que atravessamos, é importante evitar ao máximo as manifestações alérgicas, que em alguns casos podem ser confundidas com sintomas de COVID-19, gerando preocupações desnecessárias.
Fatores de agravamento
Nos meses mais frios, os doentes com alergias, que frequentemente se manifestam durante todo o ano, como acontece com os alérgicos aos ácaros, aos animais domésticos e a alguns fungos, ficam expostos a mais fatores de agravamento: infeções respiratórias, mudanças de temperatura, atividades efetuadas no interior dos edifícios ricos em substâncias alergénicas, como é o caso dos ácaros, contribuem para que os quadros clínicos possam piorar. A asma brônquica e a rinite alérgica são das situações que mais se podem complicar neste período, em todas as faixas etárias, desde as crianças pequenas aos adultos seniores.
A inalação de ar frio, especialmente quando a respiração se faz pela boca, é um importante fator de agressão das vias aéreas, provocando queixas nasais e brônquicas. É importante que a inspiração se faça pelo nariz, o que frequentemente não é possível se um quadro de rinite não estiver bem controlado.
Nesta época do ano, a tosse é um sintoma muito escutado. Na rua, na escola, no local de trabalho e, claro está, nos centros de saúde. É um sintoma central em algumas doenças alérgicas, de que é exemplo a asma.
“Será que esta tosse, que me afeta todos os anos, é uma situação alérgica? Otites e sinusites, que as crianças têm todos os anos e que não diminuem com o crescimento, poderão ser devidas a alergia?” Efetivamente, pode ser o caso! Informe-se e procure ajuda.
Importância do diagnóstico
No entanto, é também a tosse uma manifestação e sinal de aviso do comprometimento das vias aéreas, altas e baixas, por agentes infecciosos, ocorrendo tanto em alérgicos como na população acometida de outras doenças, entre elas, a COVID-19.
Importa salientar que a tosse corresponde a um reflexo de proteção, tentando o organismo eliminar o agressor, permitindo remover secreções, etc.. Cuidado, pois, com as tentativas de “calar” a tosse. Se a expetoração não é expelida, penetrará cada vez mais profundamente nas vias aéreas, até originar uma infeção nos pulmões.
Se a situação dura há vários dias, acompanhada de febre e dores no corpo, é fundamental ser observado pelo médico – ou, no panorama atual, contactar o serviço SNS 24 (808 24 24 24), a fim de obter orientações com vista ao estabelecimento de um diagnóstico diferencial.
O tratamento da tosse ou de qualquer manifestação de alergia passa por um diagnóstico das causas e da sua relação com os efeitos. Tentar ocultar os sintomas de um modo inespecífico pode ser muito perigoso, quer em tempo de pandemia quer fora dele.
Sintomas sob controlo
Quem é afetado pelas alergias nesta época do ano deve estar sensível à importância de controlar os sintomas, reduzindo a exposição a alergénios, ventilando, colocando capas antiácaros, prevenindo tanto quanto possível as constipações e as gripes. Dieta equilibrada, ingestão de fruta, prática regular de exercício físico, limpeza e ventilação do domicílio, para além do inevitável uso de máscara nos espaços públicos fechados, bem como nos espaços exteriores com elevada densidade de pessoas, podem ser ações importantes.
O uso de vacinas injetáveis e de medicamentos imunomoduladores anti-infecciosos tomados por via oral, em vários esquemas terapêuticos, mas que se prolongam durante os meses mais críticos, são opções disponíveis, extremamente válidas e eficazes, que os alergologistas aconselham. Reduz-se, assim, quer o número de episódios infecciosos, quer o consumo de antibióticos, melhora-se a qualidade de vida e, ao mesmo tempo, reduzem-se os custos.
Em muitos casos, é necessário seguir algumas das indicações prescritas pelo médico assistente, iniciando ou mantendo um tratamento de controlo, desencadeando a toma de medicação de crise, que é diferente no doente asmático, com rinoconjuntivite ou com queixas da pele.
Existem tratamentos tópicos, sistémicos, antialérgicos, anti-inflamatórios, vacinas antialérgicas; isto é, existem as ferramentas necessárias e suficientes para alcançar um excelente controlo das doenças alérgicas também nestas estações.
Leia o artigo completo na edição de novembro 2020 (nº 310)
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Problemas nas costas e no pescoço? Pilates pode ajudar
Pelo Prof. António Craveiro
O método PILATES ganhou credibilidade e reconhecimento com a reabilitação de pessoas que possuíam problemas de costas e de pescoço.
Os alicerces desta relação são fortes, na medida em que o método solicita a musculatura mais profunda que ajuda a sustentar a coluna vertebral.
Um centro forte proporciona uma base forte para um corpo forte e livre de lesões. Um bom profissional de PILATES, através de adaptações (daí a necessidade de possuir conhecimento da razão dos fundamentos em PILATES, também designados por pré-pilates), conseguirá adequar os exercícios às necessidades individuais dos seus alunos.
Mas tudo isto não invalida a consulta de um médico especialista ou outro profissional que esteja envolvido no tratamento dos problemas de costas ou pescoço – fisioterapeuta, quiropata ou osteopata.
E assim que os mesmos lhe derem “sinal verde” para voltar a exercitar-se deverá procurar também profissionais habilitados na área de PILATES, de forma a proporcionar-lhe melhorias e mais qualidade de vida, até porque nem tudo é PILATES e nem todos estão habilitados para o exercer.
Mais informações em: https://ift.tt/34Yu1ck
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Como manter a saúde visual em teletrabalho
O uso contínuo de dispositivos eletrónicos, tem tido um acréscimo devido ao teletrabalho, sendo comummente manifestados sintomas de desconforto ocular. (Vision Impact Institute, 2016) A solução ideal passaria por uma redução do seu tempo de utilização (máximo de utilização diária: 2 horas), todavia com o estilo de vida atual esta solução pode não ser exequível, como tal existem diversos conselhos a nível ocular e ergonómico que podem melhorar a qualidade de vida no período de pandemia. (Eye Promise, 2019)
Por Joana Isabel Figueiredo da Silva, aluna finalista da Licenciatura em Ortóptica e Ciências da Visão, Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa
O conjunto de sintomas associados ao uso prolongado de ecrãs digitais, denomina-se Síndrome da Visão do Computador ou Tensão Ocular Digital, segundo a Associação Optométrica Americana, a sintomatologia envolve fadiga ocular, secura ocular, dores de cabeça, visão desfocada, dores nos ombros e pescoço. As causas destes sintomas são diversas, má iluminação, brilho do ecrã, distâncias de visualização inadequadas, má postura, problemas de visão não corrigidos (erros refrativos e/ou alterações oculomotoras), podendo ser verificadas em simultâneo. (American Optometric Association, 2017) De forma a reduzir a sintomatologia, tenha em consideração os seguintes conselhos:
Pestaneje: Por norma, os humanos pestanejam cerca de 15 vezes num minuto. Ao utilizar equipamentos digitais a frequência de pestanejo diminui para cerca de 5 a 7 vezes num minuto. Ao pestanejar distribui filme lacrimal na superfície do seu olho, mantendo a sua humidade e reduzindo a secura ocular. (American Academy of Ophthalmology, 2020)
Regra 20-20-20: Por cada 20 minutos, faça uma pausa de 20 segundos a olhar para 20 pés (6 metros), desta forma irá relaxar a musculatura dos seus olhos, promover o pestanejo e consequentemente a lubrificação ocular. (American Academy of Ophthalmology, 2020)
Luminosidade constante: De forma a reduzir a fadiga ocular, as condições de iluminação do seu ambiente de trabalho devem ser constantes, evitando fontes luminosas de elevada intensidade e reflexos no ecrã. (Silva & Vaz, 2008)
Posicionamento do ecrã: Deve estar a uma distância de 35-40 cm dos olhos do observador, a parte superior do ecrã deve estar ao nível dos olhos. Terá um maior conforto visual e evitará a adoção de posturas desconfortáveis. (Silva & Vaz, 2008)
Brilho e contraste: Atualmente, todos os dispositivos eletrónicos permitem a alteração do brilho e contraste, reduza o brilho e aumente o contraste para obter uma melhor qualidade visual. (American Academy of Ophthalmology, 2020)
Ambiente: Ambientes secos, com presença de ar condicionado, fumo ou pó contribuem para a secura ocular. Uma boa estratégia a adotar é o uso de humidificadores. (Silva & Vaz, 2008)
Consulta de rotina: Realize consultas de rotina, de forma a detetar problemas visuais, obtendo um aconselhamento profissional de um ortoptista ou oftalmologista. (Ministério da Saúde, 2016)
Referências:
American Academy of Ophthalmology. (2020). Computers, Digital Devices and Eye Strain. Obtido de American Academy of Ophthalmology: https://ift.tt/2lpNnQE
American Optometric Association. (2017). Computer vision syndrome. Obtido de American Optometric Association: https://ift.tt/3k9WyA9
Eye Promise. (2019). Screen Time Guidelines by Age. Obtido de Eye Promise: https://ift.tt/3k8jSOI
Ministério da Saúde. (2016). Diretiva Ministério da Saúde- Profissionais de Saúde. Obtido de Ministério da Saúde: https://ift.tt/2IbOMZe
Silva, D. S., & Vaz, F. T. (2008). Perguntas e Respostas em Ergoftalmologia. Obtido de Grupo Português de Ergoftalmologia: https://ift.tt/365b4nH
Vision Impact Institute. (2016). 2016 Digital Eye Strain Report. Obtido de Vision Impact Institute: https://ift.tt/2r4m8w6
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Como prevenir a privação de sono?
Eis a questão que incomoda, preocupa e nos deixa em alerta. “Respostas! Queremos respostas!” – Dizem as mães desejosas de as obter enquanto percorrem as páginas e grupos de mães nas redes sociais.
Pela Dr.ª Carolina Vale Quaresma, Terapeuta Familiar
Algumas ouvem “temos de nos conformar, a privação de sono, faz parte”, outras “pode ser que tenhas sorte e o teu seja daqueles que dorme a noite toda”, outras notícias dizem-nos que “cada bebé é diferente e, por isso, é uma questão de sorte e que a ´man´ has to do what a ´man´ has to do, trocando por miúdos, se o bebé pede colo, deve dar colo, se o bebé pede para mamar, deve dar, se o bebé pede… tem de dar! Só tem de dar! Esse é o seu papel de mãe, de mãe perfeita.
Eu acredito em algo bem diferente. Acredito que os nossos filhos vieram para nos acrescentar, não para nos retirar a paz interior, o descanso, a nossa luz e brilho no olho. E por isto, não coloco nas mãos da sorte (nem permito que o façam!) que um bebé durma ou não bem.
Coloco sim nas nossas mãos de pais essa responsabilidade. Assustador? Não é! Porque repare, aquilo que lhe quero dizer é que depende de si, de nós, dormir ou não. É ou não é bom saber que afinal de contas, podemos controlar esta situação, que tantas pessoas pensam que é uma condenação? É maravilhoso.
Ao longo de todos estes anos a trabalhar com centenas de famílias, a cada dia fica mais forte a convicção e a certeza de que os bebés precisam da sua autonomia para dormir descansados. Assim como defende também a Sociedade de Pediatria do Neurodesenvolvimento “É fundamental que a criança adquira desde cedo a autonomia para adormecer, isto é, que seja capaz de adormecer sem a presença ou interferência de um adulto”.
Quando os ajudamos a ter esta autonomia (e quanto mais cedo melhor, começa a partir do seu nascimento) bebés e crianças assumem uma relação com o sono e com a sua cama de perfeita harmonia: noites longas de sono, adormeceres sem dramas, sestas boas e longas, dias regulados, bebés bem dispostos. Os pais, nem queiram saber como ficam felizes quando isto acontece.
Ensiná-los a adormecer sem a nossa ajuda é promover o bom sono da família inteira.
Esta é a resposta que procurava saber. A privação de sono não tem de acontecer (salvo quando o bebé precisa de mamar durante a noite, claro – o que acontece apenas nos primeiros 3 meses), a privação de sono é opcional. Há solução e a solução está aqui: na autonomia no adormecer. Comece cedo com este princípio e verá a “sorte” que é ter um filho que dorme divinalmente bem.
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A revista SAÚDE E BEM-ESTAR continua a disponibilizar a edição mensal também em formato digital, completa e gratuita.
Aqui fica a edição de Outubro – nº 309, que também poderá adquirir, como habitualmente, em papelarias e super/hipermercados.
DESCARREGUE a edição para ler OFFLINE
SAUDE E BEM-ESTAR 309 Out20 – 13Mb
ou leia ONLINE aqui
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Scalp Micro Portugal – Especialistas em Dermopigmentação Capilar
A SCALP MICRO PORTUGAL ASSUMEM-SE COMO A MELHOR CLÍNICA DE MICROPIGMENTAÇÃO CAPILAR EM PORTUGAL , OFERECENDO OS MELHORES SERVIÇOS, JUNTAMENTE COM UMA FORMAÇÃO DE EXCELÊNCIA, RECONHECIDA MUNDIALMENTE.
Pioneira na área da Micropigmentação Capilar, com a sua Academia certificada pela DGERT – Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, a Scalp Micro Portugal é especialistas em Micropigmentacão Capilar, ajudando todos aqueles que sofrem de alopecia, através de um servico personalizado, adaptado às suas necessidades individuais, com as melhores soluções para a alopecia androgénica, calvície fraca e perda de cabelo.
O QUE É A MICROPIGMENTAÇÃO CAPILAR?
A Micropigmentação Capilar é um tratamento cosmético de restauração, inovador e não invasivo. Com o uso de microagulhas e pigmentos naturais, que são injetados sob a camada externa da pele, cria-se um efeito natural, que se assemelha a uma série de minúsculos folículos capilares. Uma vez consolidados e cicatrizados, os implantes pigmentares permanecerão entre 3 a 5 anos , necessitando apenas de recorrer a um pequeno retoque.
Com milhões de homens e mulheresem todo o mundo a sofrer dos efeitos desmoralizantes da perda de cabelo, a Micropigmentação Capilar é a única maneira de restaurar, de forma natural, a linha frontal e devolver a autoestima.
A Micropigmentação Capilar oferece resultados 100% garantidos, quando efetuada por um especialista com experiência comprovada, principalmente em pacientes que sofrem de apolecia areata , alopecia frontal cicatricial ou outro tipo de diagnóstico onde o tratamento é de maior complexidade.
Tratamentos que pode efetuar na Scalp Micro Portugal
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A técnica e perícia do Master Miguel Ângelo Silva chamou a atenção, quer a nível nacional quer além fronteiras, levando a que a sua qualidade profissional seja solicitada por pacientes de diversas partes do mundo, que viajam até Portugal para efetuarem Micropigmentacão Capilar com este especialista.
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Alopecia: causas e soluções
A prevenção da calvície é difícil, dado que não se pode saber, com toda a certeza, se uma pessoa vai sofrer de queda do cabelo; no entanto, pode impedir-se ou atrasar-se o seu desenvolvimento, através de um tratamento eficaz. Além disso, os progressos na cirurgia possibilitaram que a calvície seja um problema cada vez mais fácil de solucionar.
A alopecia – ou calvície, como se designa popularmente – é uma denominação que deriva da palavra grega “alopex”, que significa “raposo”. O seu uso na linguagem médica tem origem na comparação com uma dermatose que provoca a perda do pelo daquele animal. A partir daqui, definiu-se a alopecia como a perda parcial ou total de pelo ou cabelo, nas zonas que habitualmente são pilosas.
Queda do cabelo
A queda do cabelo pode ser resultado de distintos fatores e as diferentes formas em que se desenvolve classificam-se em função da possibilidade ou não de recuperar o cabelo: não-cicatricial e cicatricial, respetivamente.
No caso da alopecia cicatricial, não existe nenhuma possibilidade de recuperação do cabelo, porque houve uma destruição irreversível do folículo piloso. As causas mais frequentes são as queimaduras, as radiações e infeções agudas, entre outras. O tratamento cirúrgico, quando a elasticidade do couro cabeludo assim o permite, é a única solução para este tipo de alopecia.
Contudo, a alopecia não-cicatricial é a que mais consultas origina. Esta perturbação é transitória, porque o folículo não foi destruído e, portanto, é possível o crescimento espontâneo ou por tratamento médico. Entre as diferentes causas da alopecia não-cicatricial estão a falta de ferro, frequente nas mulheres – associada à menstruação ou por uma má alimentação –, ingestão de determinados medicamentos ou regimes hipocalóricos. Nestes casos, o cabelo nasce de novo, quando se repõem as reservas de ferro, se substitui o medicamento ou se restabelece uma dieta equilibrada.
A mais conhecida é a alopecia androgénica ou calvície comum, porque afeta 60% dos homens e cerca de 25% das mulheres, embora estudos recentes apontem mesmo para uma percentagem de mulheres afetadas próxima dos 50 por cento.
Questão genética
Para que se produza uma alopecia androgénica, tem de existir uma predisposição genética e um fator hormonal. Mas é possível que não se manifeste, se não ocorrerem outros fatores desencadeantes, como a própria constituição e psiquismo da pessoa ou situações de stress ansioso-depressivas.
O caráter hormonal explica a maior percentagem de homens calvos, relativamente à percentagem de mulheres. Os androgénios – hormonas masculinas –, concretamente a testosterona, são os responsáveis por uma série de secreções no folículo piloso, as quais impedem o desenvolvimento normal do pelo. Mas este fenómeno biológico não é suficiente para que se inicie o processo alopécico, se não existir uma predisposição genética. No caso da mulher, a queda de cabelo é indício de um desequilíbrio hormonal, a favor dos determinantes masculinos.
A evolução da calvície comum no homem começa, normalmente, com o desaparecimento da linha de implantação do cabelo na zona fronto-temporal – pequenas entradas –, que evolui, progressivamente, perdendo-se cabelo na parte superior da cabeça, até formar uma área totalmente desprovida, desde a testa até quase à nuca, já no estádio adiantado da alopecia.
Na mulher, pelo contrário, a calvície começa a desenvolver-se na parte superior do couro cabeludo, de forma difusa, conservando-se sempre a linha de implantação anterior. Por isso, uma boa ação de cabeleireiro consegue melhores resultados estéticos do que no homem, onde as entradas tornam evidente a perda de cabelo.
A idade média para o início da alopecia situa-se entre os 20 e os 30 anos. Quanto mais precoce for, pior prognóstico tem, se não se modificar a tendência, com o tratamento adequado.
Alopecia areata
Embora só afete 1% da população, a alopecia areata, além de ser a mais evidente esteticamente, é a mais traumática do ponto de vista psicológico, uma vez que a queda do cabelo se desenvolve de um modo brusco e numa área mais ou menos extensa: pode afetar uma pequena zona do couro cabeludo, uma sobrancelha, a barba, etc. – alopecia em placas –, ou todo o couro cabeludo e todo o corpo – alopecia universal.
Inicialmente, pensava-se que esta queda tão exagerada de cabelo tinha a sua origem em perturbações de tipo infeccioso, localizadas na garganta, no nariz, nos ouvidos e na boca. Posteriormente, especulou-se que a respetiva causa era um problema de tipo psicológico, consequência de traumas psíquicos, stress, ansiedade ou depressão. Hoje, as investigações demonstraram que a sua causa é uma alteração do sistema imunológico, na qual o organismo não reconhece como seus os folículos pilosos e desenvolve anticorpos, expulsando-os e fazendo com que o cabelo caia. Mas uma vez regulado o sistema imunológico, de forma espontânea ou por tratamento médico, o folículo pode criar pelo novo.
Atualmente, utilizam-se imunomoduladores – substâncias que regulam o sistema imunológico. Não obstante, deve frisar-se que o repovoamento na alopecia areata pode ser espontâneo, embora muitas pessoas atribuam o êxito da aparição do cabelo a cremes sem nenhuma base científica, quando a verdadeira razão foi a reversão do transtorno imunitário. Além disso, a alopecia areata não se desenvolve devido a um problema psicológico, embora este possa ser um fator desencadeante.
Cuidados alimentares
Um fator muito especial é a alimentação. Existe uma série de substâncias, como os oligoelementos e as vitaminas do grupo B, que são necessárias para o desenvolvimento biológico e, especialmente, para a formação e crescimento do cabelo.
O escasso consumo de alimentos imprescindíveis, não só para o desenvolvimento do cabelo, como para a saúde em geral, tais como a aveia, a cevada ou o trigo integral, favorecem a queda. Tal como o que ocorre com o stress, o tabaco e o álcool são desencadeantes de uma perda de oligoelementos que, se não são substituídos com a alimentação, produzem enfraquecimento do cabelo.
Muita gente desconhece que algo tão simples como uma higiene capilar correta é fundamental para retardar a calvície ou, pelo menos, para fazer com que a sua evolução seja mais lenta. É, pois, suficiente a lavagem diária com um champô adequado, suave e de uso frequente, combinado com tratamento, duas ou três vezes por semana, já que a calvície é, normalmente, acompanhada por um excesso de seborreia ou de caspa.
É um erro pensar que a lavagem diária do cabelo acelera a sua queda. Afinal, o cabelo que cai em quantidade, durante a lavagem e a escovagem, já está desprovido de vida e a respetiva manipulação apenas faz com que ele se desprenda mais cedo. Por outro lado, a lavagem diária tem uma eficácia terapêutica, quando é seguida de tratamento local, ao ajudar a retirar totalmente os restos do produto, para que não dificulte a absorção da aplicação seguinte.
Medicamentos úteis
O tratamento medicamentoso é outra das alternativas que ajudam a deter o problema da alopecia. No caso da calvície comum feminina, existe a possibilidade de administrar, por via oral, fármacos antiandrogénicos, desde que não sejam contraindicados.
Como tratamento complementar, podem utilizar-se complexos de aminoácidos, de oligoelementos indispensáveis para a formação da queratina do pelo – substância que lhe dá força.
Frequentemente, o tratamento específico da calvície é acompanhado por um tratamento psicológico, pois produz ansiedade e, como já foi dito, esta pode provocar a queda do cabelo.
Tratamentos cirúrgicos
Se a calvície não responde ao tratamento médico ou está muito avançada, recorre-se a transplantes cirúrgicos, que se podem efetuar de diferentes formas.
O autoenxerto cilíndrico – ou “punch” – realiza-se com um instrumento metálico cilíndrico, do mesmo nome, de três ou quatro milímetros de diâmetro, que recolhe uma unidade de transplante de 10 a 16 pelos, os quais são transladados da zona da nuca para a zona calva. Esta técnica utiliza-se pouco, pois o efeito estético é desagradável, uma vez que os pelos abrem-se na superfície e unem-se na base, obtendo-se um efeito de “cabelo de boneca”.
Uma variante é o denominado minienxerto, muito utilizado, mas que seleciona um diâmetro inferior – milímetro e meio; esteticamente, é tanto mais evidente quanto mais grosso e negro é o cabelo.
Outra variante é o microenxerto, a qual, conservando a mesma técnica, apenas transplanta uma unidade de 0,35 milímetros – um ou dois pelos – e produz um crescimento que é totalmente natural. O inconveniente é que, tratando-se de unidades de transplante muito pequenas, o tratamento requer um maior número de sessões.
Em qualquer dos três casos, o transplante é feito com anestesia local e permite um regresso imediato à atividade laboral.
Leia o artigo completo na edição de outubro 2020 (nº 309)
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Osteoporose: consequência da menopausa
Em outubro, assinalam-se o Dia Mundial da Menopausa (a 18) e da Osteoporose (a 20). A proximidade das efemérides faz todo o sentido, uma vez que a segunda é, frequentemente, consequência da primeira.
Apesar de osteoporose também afetar os homens, o risco maior incide nas mulheres menopáusicas. Assim, toda mulher na menopausa e pós-menopausa necessita de avaliação do risco de osteoporose. Para tal, é necessária a combinação de dados da história clínica, exame físico e também a realização do exame da densitometria óssea.
As mulheres de raça caucasiana, as mais magras, as que fumam ou ingerem quantidades excessivas de álcool, tomam corticoesteroides, ingerem cálcio em pequenas quantidades ou têm uma vida sedentária, correm maior risco de sofrer desta doença.
PERDA DE MASSA ÓSSEA
Durante os primeiros cinco anos posteriores à menopausa, perde-se entre 3 e 5% de massa óssea por ano e, nos anos seguintes, entre 1 e 2% ao ano.
As fraturas do punho são mais frequentes por volta dos 55 anos. Os esmagamentos vertebrais ocorrem principalmente entre os 60 e os 70 anos e traduzem-se por dores nas costas (crónicas ou agudas), diminuição da altura e aumento da curvatura da coluna. As fraturas do colo do fémur verificam-se, sobretudo, após os 75 anos. Outros pontos frequentes de fraturas são as clavículas, a bacia e a coxa.
Importante destacar que micro fraturas ocultas são comuns em mulheres na pós-menopausa e indicam um aumento no risco de três a cinco vezes de fraturas osteoporóticas. A presença de uma fratura vertebral significa um risco de 20% a mais para ocorrência de nova fratura.
PREVENÇÃO É O MELHOR REMÉDIO
Não se deve esperar pela primeira fratura para iniciar um tratamento. Uma das principais formas de prevenir fraturas osteoporóticas é através da ingestão de cálcio. Mas para haver uma correta absorção de cálcio é necessário vitamina D, que se adquire através da exposição solar ou da toma de suplementos.
Já existe tratamento farmacológico, que ajuda a reverter a perda da massa óssea, prevenindo, assim, as fraturas. Contudo, o melhor remédio é sempre a prevenção. Esta deve ser feita através da prática de atividade física e boa ingestão de cálcio e vitamina D, evitando simultaneamente o tabagismo e o álcool.
Destaque
Como reconhecer a osteoporose?
Ataca principalmente mulheres depois da menopausa;
É assintomática, ou seja, não provoca sintomas, por isso, quando ocorre uma fratura, é porque a osteoporose já está em estágio avançado;
Exige a máxima atenção por parte do médico, seja ele endocrinologista, reumatologista, ortopedista ou ginecologista.
Destaque
Formas de prevenção
Evitar o tabaco;
Evitar as bebidas alcoólicas em excesso;
Evitar o consumo excessivo de cafeína, chocolate e espinafres;
Realizar atividades físicas regularmente, em particular exercícios de carga, que reforcem os músculos;
Alimentar-se adequadamente com uma dieta à base de leite e derivados (gema de ovo e óleo de peixe também contêm vitamina D, essencial para absorver o cálcio);
Medir a densidade óssea, com a periodicidade que o médico indicar.
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Impactos das práticas de desinfeção na saúde pública
É indiscutível que a desinfeção ambiental é necessária em áreas de risco e em situações de surto ou pandemia e amplamente reconhecido que o uso adequado de desinfetantes contribui para o controlo de situações graves.
Artigo da responsabilidade de João Souto, partner da Zoono Ibéria
Podemos fazer recuar a importância da higiene e desinfeção das mãos no controlo de infeções à época dos pioneiros dos procedimentos antisséticos, cujas investigações ganharam visibilidade e impacto a partir de 1820. As conclusões e práticas resultantes desses primeiros trabalhos científicos ainda hoje se aplicam e previnem a propagação de um conjunto amplo de agentes nocivos para a saúde. Em contraste com a higiene das mãos, a relevância da desinfeção de superfícies (ou desinfeção ambiental) tem permanecido, em certa medida, algo controversa.
DESMISTIFICAR DÚVIDAS
Embora incluída em várias políticas e recomendações nacionais e internacionais no controlo de infeções, a desinfeção de superfícies tem sido tomada como “conveniente” em locais que, pela natureza das atividades que neles decorrem, estão mais predispostos à proliferação de microrganismos – é o caso dos hospitais com as infeções nosocomiais. Mas as evidências de que o aumento global da propagação de microrganismos multirresistentes está diretamente relacionado com a transferência entre superfícies e pessoas, em todo o tipo de locais (transportes, restaurantes, espaços de lazer, habitações) já não podem ser ignoradas e, face à pandemia que o mundo atualmente combate, as dúvidas que ainda persistem sobre o tema devem ser desmistificadas.
Preocupações como a toxicidade dos biocidas para os humanos e/ou o meio ambiente têm hoje respostas concretas em tecnologias com fórmulas à base de água, que demonstram em testes laboratoriais níveis de toxicidade semelhantes aos da vitamina C. Os riscos associados à utilização de biocidas depende, principalmente, do ingrediente ativo usado, sendo que, a par das soluções, também os métodos de cultura e as avaliações de perigo toxicológico evoluíram bastante nas últimas décadas.
Múltiplas espécies bacterianas (como o MRSA e o VRE) sobrevivem durante 4-5 meses, e até mais, em superfícies secas, sendo consistentes as provas de que pacientes admitidos em espaços anteriormente ocupados por outros casos de infeção demonstram riscos acrescidos de doença. Assumir que a transferência de microrganismos das superfícies para os humanos não está totalmente demonstrada é como duvidar da própria existência dos vírus simplesmente porque não são visíveis.
ABORDAGEM MULTIBARREIRA
Também a eficácia do desinfetante depende de uma série de fatores: os inerentes ao produto (concentração, formulação, solubilidade em água, pH), os inerentes à aplicação (o tipo de superfície, a temperatura e o tempo de contacto, o grau de humidade e o modo de aplicação – com ou sem ação mecânica) e os inerentes ao microrganismo.
Tanto o grau de interação como as vias de transmissão representam variáveis adicionais no cenário complexo que é a mitigação de riscos de transmissão de agentes patogénicos. Mas a necessidade de enquadrar políticas e procedimentos adequados à descontaminação de superfícies está à vista com a COVID-19 e a abordagem multibarreira tem-se destacado como um caminho de sucesso.
Dentro de uma abordagem multibarreira, as políticas de desinfeção ambiental são sustentadas por avaliações de risco para diferentes superfícies e por diretrizes específicas para diferentes medidas de limpeza, não descurando as próprias propriedades dos materiais e superfícies. A educação e a formação em procedimentos rotineiros de higienização também têm provado o seu valor estratégico, nomeadamente junto das camadas da população mais propensas a “resistir” à incorporação de novos hábitos – os jovens e os idosos.
OS AGENTES “CONTRA-ATACAM”?
Uma vez integrada no dia a dia, à semelhança do que aconteceu com a lavagem das mãos, a desinfeção de superfícies pode sugerir novas questões ligadas à eventual relação entre a resistência antimicrobiana e o uso dos biocidas: os microrganismos podem tornar-se resistentes aos desinfetantes? Qual a relação entre o uso de biocidas e a resistência das pessoas a certos medicamentos, como os antibióticos? Que outros fatores poderão contribuir para a redução da suscetibilidade dos microrganismos aos desinfetantes?
A compreensão atual sugere a possibilidade de ligação entre o uso de certos biocidas e as resistências citadas. Não é, contudo, possível fazer-se uma declaração final sobre os riscos de resistência, uma vez que o número de variações em estudo epidemiológico é considerável.
Seguro é dizer que o estabelecimento de protocolos-padrão, aceites para explicar o uso adequado do desinfetante e avaliar a exposição repetida ao mesmo, permitirão tirar mais conclusões. Nestes protocolos, a tendência é harmonizar os princípios básicos, padrões e técnicas para limpeza e desinfeção de superfícies, olhando à avaliação do risco de contaminação associado às superfícies.
A eficácia do produto, a dosagem, a validade, a forma de aplicação, a toxicidade e o potencial de resistência fazem parte dos standards previstos por estes protocolos, que carecem depois de avaliação de conformidade, para que possam ser integrados nos protocolos gerais de limpeza e desinfeção.
Quando os serviços de limpeza e desinfeção são terceirizados, os critérios de conformidade devem fazer parte de um acordo de nível de serviço, que prevê não só a formação dos colaboradores que vão implementar o processo, como medições, testes e auditorias que validem os resultados obtidos com a estratégia em curso.
CONSCIENCIALIZAR O PÚBLICO EM GERAL
Além dos diretores de hospitais, dos profissionais de saúde e dos políticos, é importante consciencializar o público em geral para a necessidade de procedimentos de desinfeção ambiental adequados a cada contexto – não se desinfeta uma parede de casa com a mesma regularidade que o volante da nossa viatura – e para as consequências adversas das falhas de conformidade, quando verificadas.
Uma melhor compreensão do papel das práticas de desinfeção, nomeadamente a que incide sobre as superfícies, incentivará também o aumento dos apoios aos custos de implementação de programas com garantias de qualidade e segurança.
Existem hoje boas evidências de que superfícies contaminadas contribuem para a disseminação de agentes nocivos. É indiscutível que a desinfeção ambiental é necessária em áreas de risco e em situações de surto ou pandemia e amplamente reconhecido que o uso adequado de desinfetantes contribui para o controlo de situações graves. Próximo passo: fazer da desinfeção uma rotina tão natural como lavar as mãos.
Leia o artigo completo na edição de outubro 2020 (nº 309)
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Tosse: defesa do organismo
A tosse é um mecanismo que serve para manter livres as vias respiratórias. Embora não seja nada de grave, é muito incómoda. Eis como aliviá-la.
A tosse é um ato reflexo, uma resposta fisiológica à irritação das vias aéreas, que funciona como um importante mecanismo de defesa do sistema respiratório, permitindo a expulsão de elementos nocivos, como poeiras, vírus e bactérias, entre outras substâncias.
A tosse é um sintoma frequentemente associado à constipação, podendo, no entanto, ter outras causas, nomeadamente:
doenças infecciosas;
doenças crónicas (DPOC, asma, refluxo gastroesofágico, insuficiência cardíaca congestiva, etc.);
inalação de fumo;
presença de corpos estranhos na garganta;
alguns medicamentos podem provocar tosse seca e irritativa;
Diagnosticar corretamente o que provoca a tosse é essencial para um tratamento adequado.
TIPOS DE TOSSE
A tosse é caracterizada de acordo com a sua duração (aguda ou crónica) e com a sua natureza (produtiva ou seca).
A TOSSE AGUDA surge de forma repentina e apresenta uma duração limitada no tempo (dias ou semanas), estando normalmente associada a infeções respiratórias agudas, como gripes ou constipações. Por norma, é passível de tratamento com aconselhamento farmacêutico.
A TOSSE CRÓNICA prolonga-se no tempo e pode ter origens múltiplas, sendo recomendada a consulta médica.
SECA OU PRODUTIVA?
A TOSSE SECA/IRRITATIVA/NÃO PRODUTIVA é caracterizada pela ausência de secreções. Esta tosse é desencadeada pela irritação e inflamação das vias respiratórias superiores, devido a vírus, bactérias ou substâncias irritantes (pó, fumo, etc.).
A TOSSE PRODUTIVA/COM EXPETORAÇÃO ocorre quando existe produção de muco.
É consequência de doenças infeciosas das vias respiratórias inferiores (traqueia, brônquios e pulmões), ou surgir ainda, como uma evolução da tosse seca.
EXPETORANTE OU ANTITÚSSICO?
Na maioria dos casos, a tosse é protetora e facilita a remoção de partículas estranhas e do excesso de secreções – tosse produtiva.
As substâncias expetorantes, como o cloridrato de ambroxol, podem facilitar este processo.
A tosse produtiva não deve ser suprimida com antitússicos, por conduzir à acumulação de secreções que podem atrasar a recuperação de uma infeção pulmonar.
A tosse seca não tem qualquer efeito protetor. Deve ser suprimida com antitússicos, nomeadamente o bromidrato de dextrometorfano, desde que não se suspeite de alguma situação mais grave.
Tratamento não farmacológico da tosse
Beber muitos líquidos;
Evitar o álcool, a cafeína e o tabaco;
Humidificar o ambiente (temperatura entre 18 e 20ºC e humidade entre 60 e 80%);
Dormir com a cabeceira da cama ligeiramente elevada (para aliviar a tosse seca durante a noite);
Evitar esforçar a voz;
Descansar bastante.
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Chantagem sexual: não siga esse caminho
Sexo é entrega, comunicação, partilha. Nunca castigo, prémio ou refúgio. Quando utilizado como moeda de troca, transforma-se num perigoso e cruel instrumento ao serviço das frustrações. A chantagem sexual é sempre um erro, por mais tentadora que seja. No final, só há uma vítima: a sua autoestima.
A frase é frequentemente feminina e, na maioria das vezes, proferida em tom de brincadeira: “mais logo, em casa, conversamos…”. Aqui fala-se de tudo, menos de conversa. O verdadeiro significado é intuitivo: “mais logo, não há sexo para ninguém!”.
O problema não é brincar, é concretizar a ameaça. Quando assim é, o sexo deixa de ser um fim, para se transformar num meio, que pouco tem a ver com amor ou prazer. No lugar dos afetos, instala-se o medo, a raiva, o orgulho e a vingança, sentimentos que desvirtuam a relação sexual e a instrumentalizam.
Mas porquê? Que motivos nos levam a abdicar da satisfação sexual em nome dos desígnios do ego?
DEMONSTRAÇÃO DE IMATURIDADE
Desde os primórdios da humanidade que os seres humanos recorrem ao sexo como moeda de troca, como uma forma de obter o que se deseja à custa do que se tem para oferecer. O problema é que utilizar o sexo como um meio para se atingir um fim é mais do que maquiavélico, é imaturo. E transforma o possível lucro em sério prejuízo emocional.
Recorrer ao sexo como um instrumento de manipulação denuncia falta de segurança, de autoestima e, frequentemente, medo do diálogo. Quando alguém subestima o seu valor, físico e intelectual, tende a compensar a falta de segurança com um maior investimento na performance sexual, de modo a sentir-se mais valorizado(a).
Para serem saudáveis, porém, as relações sexuais devem respeitar o que verdadeiramente queremos, pautar-se pelo desejo e estar sempre de acordo com os nossos valores. Porque quem vive o sexo de uma forma madura não recorre à chantagem. Entende-o como o culminar da cumplicidade e da intimidade, como um ato de partilha e um caminho de crescimento pessoal.
A única forma de não corromper o sexo passa, assim, por mantê-lo imune a sentimentos negativos que desvirtuem o seu verdadeiro significado.
“OLHO POR OLHO…”
Longe vão os tempos em que as mulheres tinham que se subjugar sexualmente para atingir ou justificar objetivos materiais. Este modelo de comportamento deixou de fazer sentido a partir do momento em que a emancipação financeira feminina se tornou uma realidade e, com o apetite sexual liberto, a mulher encontrou-se também livre para desfrutar do prazer sexual sem constrangimentos nem obrigações.
Ambos os géneros passaram, desta forma, a interagir sexualmente em função do desejo e dos sentimentos que os unem. Atualmente, sempre que homens e mulheres equacionam não respeitar estas duas “condições” sexuais, fazem-no em nome do bem-estar da relação ou, pelo contrário, com o objetivo de punir o companheiro por alguma atitude menos bem recebida.
Porém, quando se toma a decisão de ignorar os próprios sentimentos com o objetivo de utilizar o sexo para um determinado fim – seja enganar a solidão, terminar uma discussão ou compensar a outra pessoa – reduz-se o papel das relações sexuais ao de atos desprovidos de sentido.
Sempre que uma relação está despojada de uma boa interação emocional, os sentimentos mútuos manifestam-se dentro do sexo e em torno deste. Tanto os positivos, como os negativos. Deste modo, se, por exemplo, estiver com raiva do seu companheiro por algum motivo, o mais certo é que recorra ao sexo – ou à ausência dele – como forma de o castigar pelos seus atos.
SEXUALIDADE AUTÊNTICA
Quando fazemos do sexo uma arma, estamos a limitar qualquer forma de sexualidade autêntica. A entrega não existe, apenas intenções que bloqueiam qualquer possibilidade de se obter prazer físico e mental. Assim, deixar de instrumentalizar o sexo implica, em primeiro lugar, atuar com coerência sexual, ou seja, agir de acordo com o que os impulsos e as vontades ditam, não à mercê de um qualquer sentimento mesquinho.
Isto não acontece quando a autoestima está danificada e o amor-próprio arrasado. Se estivermos seguros de quem somos, conseguiremos impor a nossa vontade de forma natural e assertiva, sem a necessidade de recorrer a moedas de troca.
DIÁLOGO SINCERO
Para saber se está, mesmo que inconscientemente, a servir-se do sexo, faça o seguinte exercício: pergunte-se se está satisfeita com as suas relações sexuais. Caso a resposta seja negativa, tente perceber a que se deve essa sensação: se a sexualidade está a defraudá-la ou se não corresponde aos seus sentimentos; se está a ter relações por si ou pela outra pessoa.
Por último, para ultrapassar esta situação, importa estabelecer um diálogo sincero com o seu companheiro. Através dele conseguirá expressar sentimentos negativos, sem a intenção de magoar a outra pessoa, encontrar alívio para a tristeza, força para combater os medos e conforto para partilhar as alegrias.
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Amamentação: vivências, vantagens e regresso ao trabalho
Amamentar é uma técnica, aprende-se a amamentar, ensina-se a criança a mamar. Nos primeiros meses, algumas mães podem confrontar-se com momentos verdadeiramente desafiantes. Estarem informadas é meio caminho para se tornaem verdadeiras peritas.
Artigo da responsabilidade da Enfª. Bárbara Sousa, Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia
O período de amamentação é carinhosamente apelidado de “4º trimestre da gravidez”, não só pela proximidade que se mantém entre mãe-filho/a, mas principalmente porque o recém-nascido permanece, tal como o feto, totalmente dependente da mãe em termos nutricionais.
A natureza dotou a mulher da capacidade de nutrir os filhos, pelo que o seu corpo está preparado e é capaz de produzir leite para as necessidades da criança em todas as fases da amamentação.
As primeiras semanas são vitais para estabelecer uma boa produção de leite materno a longo prazo, pelo que sugerimos que, por um lado, se amamente em regime livre, isto é, sempre que o bebé solicitar; por outro lado, que haja uma atenção e cuidado frequente com as mamas e mamilos, aplicando no final de cada mamada colostro/leite materno e lanolina nos mamilos, favorecendo a hidratação e regeneração da pele.
ALIMENTO VIVO
O leite materno é um alimento vivo que contém células estaminais, glóbulos brancos e bactérias benéficas, bem como outros componentes bioativos, como anticorpos, enzimas e hormonas.
De entre muitas vantagens para a criança amamentada, destacamos, nesta fase, o papel importante na prevenção de doenças e combate a infeções, contribuindo não só para um início de vida saudável, como para um desenvolvimento adequado.
O leite materno é um leite único e completamente adaptado a cada criança, havendo consenso mundial de que a sua ingestão exclusiva é a melhor forma de alimentar os bebés até aos 6 meses de vida, mantendo-se posteriormente com a alimentação diversificada pelo período de tempo que a mãe entender.
COMO EXTRAIR O LEITE
Embora se refira a dependência da mãe em termos nutricionais, não significa presença física ad aeternum. A mulher que amamenta pode ter espaços seus, quer seja por motivos sociais, quer profissionais, podendo o bebé ficar ao cuidado de um familiar.
Neste sentido, quando a mãe necessita de se ausentar durante algum período que coincida com as mamadas, pode extrair e conservar o leite para ser oferecido à criança. É, assim, premente conhecer técnicas de extração e conservação de leite, para que possa planear esses momentos.
Por exemplo, no regresso ao trabalho, é importante pensar como vai manter a produção de leite, conhecer e escolher a técnica de extração que mais se adequa à sua situação (manual ou mecânica), se há possibilidade de efetuar extração no local de trabalho, como vai armazená-lo, conservá-lo e transportá-lo em segurança.
Por outro lado, é necessário refletir como será o leite oferecido à criança e quem o fará, para que essa pessoa possa ser também elucidada sobre os cuidados a ter com o leite (como aquecer, que quantidades oferecer, entre outros).
O leite materno extraído pode ser utilizado para alimentar o bebé durante um período de tempo variável, sendo possível criar uma espécie de banco de leite para recorrer nas situações que a mãe está ausente.
VERDADEIRAS PERITAS
Amamentar é uma técnica, aprende-se a amamentar, ensina-se a criança a mamar (trazem reflexos, mas muitas vezes têm de ser orientados). Nos primeiros meses, algumas mães podem confrontar-se com momentos verdadeiramente desafiantes. Estarem informadas é meio caminho para se protegerem de todas e mais algumas opiniões (carinhosas, mas muitas descontextualizadas), triarem o importante e se tornarem verdadeiras peritas nos seus filhos.
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Alimentação intuitiva: como a vai ajudar a viver sem dietas
Alimentação intuitiva é o contrário daquilo que se espera da palavra dieta: não coloca regras, não diz o que e quando comer. Em vez disso, ensina-a a comer de forma natural e a tornar-se especialista em ouvir a sua fome biológica.
Artigo da responsabilidade da Profª Joanne Amaral, Coach de Saúde e Alimentação Intuitiva e Personal Trainer para mulheres. Fundadora do projecto FitJoanne
A busca para sermos mais magras é cada vez mais comum. O ato de comer, especialmente se forem comidas com o rótulo de “asneira”, é punido pela sentença de culpa. A comida passa a ser boa ou má, como se tivesse valor moral. Quase que nos sentimos na obrigação de dizer “vou começar uma dieta em breve”. Por todo o lado, todos nos dizem o que comer, quando e em que quantidades. A isto chama-se “viver em mentalidade de dieta”.
Alimentação intuitiva é o contrário daquilo que se espera da palavra dieta: não lhe coloca regras, não diz o que e quando comer. Em vez disso, ensina-a a respeitar e honrar o seu apetite, dando noções do que é realmente a fome biológica, e a comer até se sentir saciada e fisicamente confortável. Ensina-a a ser a versão mais saudável de si mesma, à sua maneira.
O que é comer intuitivamente?
Comer intuitivamente (ou Intuitive Eating) é um método que a ensina a comer de forma natural e a torna especialista em ouvir a sua fome biológica. Ensina-a a desfrutar da comida que adora sem culpa e a aperceber-se quando já está satisfeita, sem precisar de comer demais ou comer a menos.
Parece utopia, mas não é. Regras e restrições servem para serem quebradas e isso faz com que os resultados sejam perdidos. Histórias de pessoas que fazem dieta e depois recuperam o peso perdido são muito comuns. Ou então os resultados são mantidos, mas a pessoa sente-se privada e stressada quando não consegue controlar a sua alimentação, vivendo secretamente em dieta.
Se já tentou de tudo ou está farta de tentar (e de passar fome), se procura liberdade e saúde, comer intuitivamente é para si.
O básico
Comer intuitivamente promove uma relação saudável com o seu corpo e com a sua comida, através do autoconhecimento e consciência. “Estou realmente com fome? Porque continuo a comer mesmo depois de já estar satisfeita? Porque não me controlo?”. Estas são algumas das muitas aprendizagens feitas com o processo de comer intuitivamente.
Comer quando tem fome e parar de comer quando está satisfeita deveria ser um processo intuitivo. Contudo, o caso não se verifica com muitas pessoas.
Seguir um plano alimentar impede-a de comer pela intuição e de se reconetares com o seu corpo e a sua fome. Cada dieta tentada e falhada afasta-a cada vez mais da sua fome biológica e da sensação de verdadeira saciedade.
Para comer de forma intuitiva, tem de reaprender a conetar-se com o seu corpo e a confiar nele, em vez de olhar para o plano alimentar ou quantas calorias lhe sobram nesse dia para decidir o que comer.
Há muitas aprendizagens que devem ser feitas para isto, mas uma das mais importantes são: rejeitar a mentalidade de dieta, dar-se permissão para comer e distinguir a fome física (necessidade de energia e de nutrientes) da fome emocional (comer para não ter de lidar com o stress, tristeza, solidão, etc).
De onde veio este conceito?
Embora só agora se comece a falar sobre isto em Portugal, este conceito já existe desde os anos 70 e, em 1995, Evelyn Tribole e Elyse Resch escreveram um livro – com o título “Intuitive Eating” –, dando as bases para esta metodologia, que nos ensina a lidar com a comida e o corpo, em que perder peso é uma consequência de uma vida mais equilibrada e não o foco de toda a nossa existência! O livro não está traduzido para Português.
Quais os 10 princípios?
Existem 10 princípios que devem ser seguidos durante a (re)aprendizagem para comer de forma intuitiva. São eles:
Rejeitar a mentalidade de dieta – Ignore tudo o que lhe ofereça esperanças falsas de perder peso de forma rápida, fácil e de forma permanente.
Honre o seu apetite – Mantenha o seu corpo nutrido com quantidades de energia adequadas de todas as fontes alimentares.
Faça as pazes com a comida – Dê-se permissão para comer. Se disser “não posso” ou “não devo” pode estar a fomentar sentimentos de privação intensos que levam, na maioria das vezes, a compulsão.
Desafia a sua “polícia da comida” – Todas as vozes negativas e destrutivas que vivem bem fundo no seu subconsciente têm de ser combatidas. Esta “polícia” tem de ser eliminada.
Sinta a tua saciedade – Aprenda a ouvir os seus sinais biológicos de saciedade, a compreender quando já não tem fome e quando a comida já nem lhe está a saber tão bem como deveria. Mais vale parar e voltar a comer quando a fome realmente voltar a aparecer!
Descubra o fator da satisfação – Redescubra o prazer e a satisfação que podem ser encontrados no ato de comer. Quando se permitir sentir-se assim de forma sistemática, vai compreender que, na realidade, precisa de menos comida do que pensava para se saciar. Descontrolos alimentares serão coisa do passado!
Lide com as suas emoções sem recurso à comida – Descubra maneiras de se confortar, distrair e curar questões do foro emocional sem usar a comida.
Respeite o seu corpo – Aprenda a respeitar o seu corpo, tal como ele é, para viver mais confortável.
Mova-se e sinta a diferença – Em vez de ver o exercício como uma maneira de queimar calorias, sinta o exercício e as vantagens que é ter um corpo mais capaz de viver.
Honre a sua saúde com leves conhecimentos de nutrição – Aprenda que não tem de ter uma alimentação perfeita para ser verdadeiramente saudável.
Ao seguir os 10 princípios de comer intuitivamente, vai regularizar a sua relação com a comida e passar a ter uma alimentação intuitiva. Cada caso é um caso e os princípios, embora enumerados, não têm de ser seguidos por ordem.
Todos nascemos com esta intuição perante a nossa fome, é algo biológico e uma necessidade básica, mas desde cedo começamos a deturpar todos os sinais e recetores da fome e saciedade.
Comer intuitivamente é o início de uma revolução pessoal que vai acabar com os dramas da alimentação e da imagem corporal!
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Colesterol: factos e mitos
O OBJETIVO DESTE ARTIGO É ANALISAR ALGUMAS DAS IDEIAS LIGADAS AO COLESTEROL E REFORÇÁ-LAS OU REBATÊ-LAS, EM FUNÇÃO DA EVIDÊNCIA EXISTENTE.
Artigo da responsabilidade do Prof. Pedro Monteiro, Médico no Serviço de Cardiologia A do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
O colesterol elevado, que a comunidade médica designa por hipercolesterolemia, é uma situação muito comum na população portuguesa, sendo que alguns estudos apontam para que 1 em cada 3 portugueses adultos tenham colesterol elevado.
Nos últimos anos, assistimos a importantes avanços relativos a esta doença, com particular relevância para a sua estratificação de risco, com a definição de limites de normalidade progressivamente inferiores, e para o seu tratamento farmacológico, orientado para a redução dos valores de colesterol, sobretudo o dito “mau” colesterol ou colesterol LDL, tendo como objetivo último a prevenção da sua principal complicação, a doença coronária (e dentro desta, sobretudo, o enfarte agudo do miocárdio).
Apesar de todos estes avanços e do muito que se tem investido na melhoria do conhecimento relacionado com a hipercolesterolemia e do seu diagnóstico e tratamento, persistem ainda numerosos e importantes desafios.
O objetivo deste artigo é analisar algumas das ideias ligadas ao colesterol, particularmente entre os portugueses, e reforçá-las ou rebatê-las, em função da evidência existente.
O QUE É ISSO DO BOM E MAU COLESTEROL?
O colesterol é todo igual, mas o seu caráter benigno ou maligno depende do tipo de lipoproteínas a que está ligado. Se estiver ligado a lipoproteínas de baixa densidade (LDL), é considerado mau colesterol, pois é este colesterol que se deposita na parede das artérias; se estiver ligado a lipoproteínas de alta densidade (HDL), é considerado bom colesterol, pois é este colesterol que é transportado das artérias para o fígado, a fim de ser reconvertido.
O COLESTEROL VEM DA DIETA?
Sim e não. Se é verdade que as gorduras de origem animal contêm colesterol, a maioria do colesterol que possuímos não provém da alimentação, mas é produzido no fígado. Isto explica que possa haver pessoas magras com colesterol elevado e pessoas obesas com colesterol relativamente baixo, e também porque é que mesmo uma dieta rigorosa tem habitualmente pouca influência no valor do nosso colesterol, ao contrário do impacto significativo que a dieta pode ter na nossa glicemia, peso e triglicéridos, pois todos estes parâmetros são maioritariamente influenciados pela nossa alimentação e atividade física.
OS MEDICAMENTOS PARA BAIXAR O COLESTEROL SÃO PERIGOSOS?
Não, os medicamentos disponíveis em Portugal são alvo de um rigoroso controlo de qualidade e só são aprovados mediante ensaios clínicos exigentes. Pelo contrário, os produtos “naturais” e “biológicos” não são alvo de qualquer controlo de qualidade ou vigilância, são habitualmente caros e, como a sua composição completa não é conhecida nem testada, podem levar a graves problemas de saúde.
OS MEDICAMENTOS PODEM TER EFEITOS SECUNDÁRIOS?
Sim, podem, mas é importante clarificar várias questões a este respeito, a começar por aquilo que se pode considerar um efeito secundário. É sabido que as estatinas podem dar dores musculares; quer isto dizer que, se eu estiver a tomar uma estatina e tiver uma dor muscular, isso é um efeito secundário das estatinas? A resposta é NÃO! Para uma dor muscular ser um efeito secundário das estatinas tem que ter as seguintes características: acontecer poucos dias após o início da estatina ou de uma nova dose de estatina, acontecer em quase todos os músculos do corpo, desaparecer quase de imediato com a suspensão da estatina e reaparecer quase de imediato com o reinício da estatina.
Pelo que acaba de ser descrito, facilmente se percebe que uma dor muscular num sítio específico do corpo não é culpa das estatinas e não deve levar à sua redução ou suspensão. Por outro lado, dores articulares ou ósseas não são efeito secundário das estatinas, pelo que não devem, de igual forma, levar à sua redução ou suspensão.
E O QUE DEVO FAZER SE TIVER UM VERDADEIRO EFEITO SECUNDÁRIO DAS ESTATINAS?
Deve falar com o seu médico, pois esse efeito secundário pode não acontecer com outra estatina e, mesmo que aconteça, pode-lhe ser receitado outro medicamento, como o ezetimibe.
E os produtos “naturais” e “biológicos” não dão dores musculares? Habitualmente não, pois são muito pouco potentes (por exemplo, levedura do arroz vermelho) ou totalmente ineficazes (os placebos não costumam dar efeitos secundários…). No entanto, como em muitos casos a sua composição não é conhecida nem regulada, podem conter substâncias perigosas e até mortais…
DURANTE QUANTO TEMPO TENHO DE FAZER A MEDICAÇÃO?
Uma vez que o colesterol é maioritariamente produzido no fígado e que o fígado está continuamente a produzir colesterol, a medicação tem de ser tomada de forma crónica, ou seja, para o resto da vida. Se num determinado momento reduzirmos a dose da medicação ou a interrompermos, o colesterol sobe de imediato, revertendo todos os benefícios da medicação tomada no passado.
Leia o artigo completo na edição de outubro 2020 (nº 309)
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