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lowesgracehart · 2 months
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           O leve sobressalto era inevitável, mas logo se dissolveu em um sorriso genuíno e radiante. A verdade é que a filha de Hermes ainda não se acostumara com a energia contagiante de Natalia, mas adorava estar por perto, ainda mais quando a amiga demonstrava tanto empenho em lhe ensinar algumas coisas. — Nati, querida! — Os seus olhos brilharam em resposta à animação da outra, mas logo seu cérebro travou: por onde começar? Tantas perguntas borbulhavam em sua mente que ela não sabia por onde iniciar. Um suspiro leve escapou de seus lábios. — Hm... — Começou, mas cedeu a palavra à russa, apenas rindo e balançando a cabeça antes de seguir Natalia para onde quer que ela estivesse indo. — Primeiro de tudo: como é que você está? — Recostou a cabeça no ombro da amiga por um breve instante, apertando seu braço com carinho enquanto caminhavam. Era evidente que Nati emanava positividade, mas a pergunta era sempre feita como se Marlowe pudesse desvendar a fonte de tanto otimismo. — Acho que podemos começar com o que geralmente ensinam para os novatos. Quer dizer, você está aqui há mais tempo do que eu, então sabe quais serão os assuntos principais nesse início. Se bem que... dados os últimos acontecimentos, acho que seria interessante falarmos sobre monstros... Qual era mesmo aquele Cão Infernal? Ele realmente é o guardião do submundo?
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closed starter for @lowesgracehart ༄
      ໋      "Marlowe! Loweeee!" Natalia, demonstrando entusiasmo e uma dose extra de energia, aproximou-se de Marlowe com uma alegria contagiante, evidente em seu sorriso e na maneira como ela cantarolava o nome da amiga. O treinamento intensivo de horas antes não havia diminuído sua energia; pelo contrário, parecia tê-la revitalizado. Recém-saída do banho e segurando alguns livros que abraçava contra o peito, sua presença era um misto de vigor acadêmico e disposição física. "O que acha de começarmos com suas perguntas?" propôs Natalia assim que parou ao lado de Marlowe, colocando em prática sua promessa de ajudá-la. "Sabe, posso responder com o pouquinho que eu sei… aqui e ali, e eu consigo uma resposta pra você. Assim você vai chegar nas aulas com os outros semideuses com alguma coisinha na ponta da língua." A maneira como Natalia articulava seus planos deixava claro seu compromisso em tornar a experiência de aprendizado de Marlowe o mais agradável quanto possível.       ໋      Com um gesto amigável e decidido, Natalia segurou o braço de Marlowe, guiando-a por um caminho que ela havia mentalmente traçado anteriormente. "Você vai ver, não há nada melhor do quê aprender no meio da floresta. E nem esse céu nublado e tristonho vai nos parar de fazer alguma coisa!" disse, com otimismo e uma pitada de desafio ao clima menos convidativo. "Vamos lá, minha malenkiy novichok (pequena principiante)! O conhecimento nos espera!"
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lowesgracehart · 2 months
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           O estreitar de olhos e cruzar dos braços na frente do corpo foi somente uma reação automática porque no fundo, Marlowe Hart sabia que certamente perderia, caso estivessem lutando. Não tinha como dizer o contrário, ela definitivamente não gostava de batalha e, mesmo assim, sabia que uma hora ou outra precisaria se defender. Os recentes acontecimentos lhe deram uma boa prévia do que lhe esperava, ou seja, precisava fazer alguma coisa a respeito e rápido. Internamente, agradeceu a paciência alheia em lhe ensinar ao menos o básico: tiro ao alvo de certa forma lhe deixava com certa distância da batalha em si. Lowe espelhou a reação da amiga, suspirando longa e pesadamente antes de se aproximar. — Olha, eu acho que com o treinamento adequado, eu consigo sim um argumento bom o bastante para encerrar uma luta. Você também precisa ter fé nas palavras, sabe Bee? Nem tudo se resume a força física. — Engoliu seco, endireitando os ombros com uma determinação renovada. — Ok, vamos fazer isso. Qual era mesmo a posição que eu precisava fazer com os pés? Prometo que dessa vez vou me esforçar mais.
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starter for @mindkiler
           Marlowe devia admitir que adorava a companhia de Bee, mas não gostava nem um pouco de treinar. Aquilo realmente era necessário? Bem, a filha de Hermes certamente tinha uma resposta para aquela pergunta: Não, nem um pouco! Um suspiro curto e seco escapou pelo nariz da loira enquanto seus ombros caiam derrotados. — Olha, eu acho que podemos fazer algo mais produtivo, não acha? — Sugeriu, erguendo uma das sobrancelhas em uma última tentativa esperançosa de escapar daquele fardo. — Vamos treinar oratória? Eu acho que deveria ter um grupo de debate por aqui, você não acha? Os gregos não eram famosos por seus filósofos? Não é possível que considerem só a cultura espartana nos treinamentos. Isso é tão... Ares. Com todo respeito, é claro. — Dessa vez, ela encolheu os ombros e ergueu as mãos como se tivesse sido pega em flagrante. A verdade é que estava orgulhosa com os próprios avanços teóricos e preferia muito mais estudar horas a fio do que qualquer outra coisa.
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lowesgracehart · 2 months
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           Logo no início, toda vez que algum curandeiro lhe pedia para ir até as estufas, ela achava aquela atividade bastante entediante. De certa forma, a enfermaria sempre tinha alguma movimentação enquanto a estufa era mais... silenciosa. Com o passar do tempo, toda a sua falta de habilidade na enfermaria e a movimentação da qual tanto gostava, a faziam agradecer aos deuses por poder ir até as estufas. Nesses momentos, Marlowe conseguia ter um pouco de paz enquanto colhia as ervas e plantas com poderes curativos que lhe seriam úteis nos processos de recuperação na enfermaria. Assim que chegou no lugar, surpreendeu-se por encontrar outro aprendiz. A filha de Hermes abriu a boca para cumprimentá-lo, porém, mudou de ideia assim que viu o beija-flor saudá-lo de uma forma peculiar. Um riso divertido escapou pelo nariz, enquanto se aproximava dele, esticando o pescoço para enxergar melhor o animal que agora pousava graciosamente na mão alheia. — Hm... Acho que ele tem cara de Roger, você não acha? — Sugeriu o primeiro nome que lhe veio a mente antes de se apoiar suavemente em uma das bancadas. — Sua irmã sempre faz isso? — Ergueu uma das sobrancelhas, curiosa com aquela história. Seus conhecimentos sobre mitologia ainda podiam ser limitados, mas lembrava-se bem de Perséfone, a deusa da primavera e também do submundo.
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To @lowesgracehart: ❛ você está brincando comigo! ❜
Todo o caos pareceu pouco para o filho de Deméter, não fazia muito tempo que Junho recebeu a alta da enfermaria, com uma breve intimação para demorar um pouco para voltar lá, um descanso merecido depois de todo o caos no qual ele passou. Mas ele não parecia tão animado assim, nem mesmo sabia o que fazer com aquele tempo livre, por isso que decidiu ficar um tempo na estufa coletiva, não tinha muito o que fazer, já tinha ajudado no campo de morangos e agora estava usando o seu tempo naquele ambiente. "Eu não sei nem por onde começar" Falou para si mesmo enquanto analisava o ambiente, isso até um beija-flor bicar ele com força. "Ouch, você só pode tá brincando comigo" Reclamou, estava tão distraído que não percebeu a presença do animal, suspirou, ele não tinha culpa do seu temperamento naquele momento e só então percebeu a presença de Marlowe. "Desculpa, é que as vezes eles me procuram... um presente da minha irmã, Perséfone" Falou docemente enquanto erguia a mão para que o animal pousasse na palma, tal qual uma princesa da Disney. "E o que temos hoje pequeno? Eu devia dar um nome pra ele, não é?"
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lowesgracehart · 2 months
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           Assim que ouviu o suspiro alheio, o sorriso de Marlowe se alargou, afinal de contas ela não era a única que não estava feliz com aquela situação. Poderia achar ruim o fato do campista buscar alguém mais qualificado, no entanto, ela faria o mesmo no lugar dele. Não era segredo para ninguém que Grace não tinha o dom de uma curandeira, mas pelo menos se esforçava - quando queria, é claro. Além do fato de que se ocupando em cuidar dos feridos ela provavelmente estaria mais longe do campo de batalha e isso lhe era bastante conveniente. A loira inspirou profundamente, endireitando os ombros e reuniu a coragem necessária para declarar animada: — Claro! Irei buscar alguém agora mesmo. — No mesmo instante virando as costas para entrar em uma sala destinada exclusivamente aos curandeiros e aprendizes do lugar. Acontece que dois dos curandeiros responsáveis do turno tinham saído para fazer uma hora de descanso e, como sempre haviam três deles por ali, uma delas estava à disposião e até ergueu brevemente os olhos do livro que estava lendo antes de Lowe sinalizar que estava tudo bem. Ela era capaz de lidar com aquela situação sozinha. Após alguns minutos, voltou a enfermaria com uma expressão desapontada. — Sinto muito, mas parece que eu sou sua única opção por agora. O que está sentindo? — Se aproximou enquanto os olhos vasculhavam o que poderia haver de errado. Do que poderia observar, Sasha estava com muita dor e, apesar dele ser o seu paciência mais difícil de lidar, não merecia ficar sofrendo por muito tempo.
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           Um suspiro pesado começou a brotar do âmago da filha de Hermes assim que os seus olhos capturaram a movimentação na porta da enfermaria, recusando-se a acreditar que aquilo pudesse ser minimamente possível. Grace endireitou a postura e respirou fundo ao mesmo tempo que fechava os olhos e balançava a cabeça em estado de negação. Deve ser um pesadelo, buscou convencer a si mesma. E de fato, era mesmo: receber tantos campistas assim não era lá um conto de fadas. Mas ali ela estava, diante da sua escolha de atuar como Aprendiz de Curandeiro. Sendo assim, ela deveria manter a calma e fazer o seu trabalho. Esse era o mantra diário que entoava mentalmente para enfrentar os desafios daquela atividade: manter a calma e agir. — O que foi que aconteceu dessa vez? — Os lábios rosados tremeram ao exibir um sorriso que imaginou ser cordial o bastante para o paciente em sua frente, apesar de ter falhado miseravelmente em esconder sua falta de vontade em atender outro campista.
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lowesgracehart · 2 months
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           Marlowe soltou um riso pelo nariz, sem saber exatamente o que dizer ou como agir. A brincadeira do meio-irmão a pegou completamente desprevenida, mas, avaliando friamente o cenário ela não saberia o que podia esperar dele, visto que mal se conheciam! Certamente havia muito o que conversar e descobrir coisas um do outro e ela estava disposta a dar o primeiro passo para isso. No entanto, não tinha como deixar passar aquela excelente oportunidade de ganhar tempo e pensar melhor na forma mais assertiva de iniciar a conversa. Por isso, sequer pestanejou ao se aceitar ajudá-lo. Afinal, era melhor fazer algo do que ficar parada pensando no que dizer. Prontamente, Hart pegou uma caixa com cuidado, certificando-se de que não caísse nada. — Mas é claro! É só me dizer para onde levar isso aqui... — Seu instinto poderia ser o de pregar alguma peça ou até mesmo interceptar algum item dali, mas, seu foco naquele momento era outro: queria conhecer mais sobre Max.
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starter for @maximeloi
           Mais cedo ou mais tarde ela precisaria revelar quem era! Afinal de contas, esse era o propósito inicial quando ingressou no Acampamento, certo? A única coisa que Marlowe Grace Hart não esperava era ter de adiar os planos por tanto tempo assim. Quase cinco meses... Já estava na hora de revelar a verdade. Mal não poderia fazer, certo? Ela até mesmo poderia dar um pouco de orgulho para o amigo da próxima vez que se encontrassem dizendo: ei, eu finalmente falei com ele! Pois bem, ela iniciaria a conversa normalmente se a garganta não tivesse secado, forçando a semideusa a soltar um pigarro tímido antes de oferecer um "Bom dia!" com um sorrisinho amarelo: — Quer dizer, não dá muito para saber se é dia ou não com um tempo desses... — Ergueu os olhos para o céu nublado enquanto pensava que aquela era uma péssima forma de iniciar uma conversa. Ela definitivamente não estava preparada para ter aquela conversa ainda...
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lowesgracehart · 2 months
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           Diante da confusão alheia, Marlowe semicerrou os olhos conforme analisava a linguagem não verbal da morena, buscando confirmar se ela realmente não se lembrava do dia em questão ou se estava se fazendo de desentendida para que fosse deixada em paz. — São Francisco, Mission District, na décima sétima rua. — Tombou levemente a cabeça para o lado ao esperar pelo reconhecimento. Não havia como ser mais específica do que isso a não ser que tivesse se confundido, coisa que poderia ser completamente aceitável, afinal de contas, naquela época a morena não estava usando um tapa olhos. A bem da verdade é que provavelmente a filha de Hermes deveria se recordar mais do que a outra, visto que tinham sido os planos dela que foram em vão. Grace soltou um suspiro, deixando os ombros caírem, a cena repassando na cabeça como se tivesse acabado de acontecer. — Lembrou?
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starter for @windynwild
           Marlowe fez uma nota mental para não encarar a outra campista por muito tempo para não parecer estranha. Acontece que aqueles traços lhe eram muito familiares e ela não sabia onde. Já havia vasculhado toda a cabeça em busca de onde conhecia aquele rosto e todas as suas tentativas tinham sido em vão. Bufou, deixando os ombros caírem derrotados e, para dissipar aquela frustração, se inclinou para apanhar um morango. Foi exatamente aí, quando a fruta se soltou da folhagem com um estalo que Lowe se lembrou de onde a conhecia. — É isso! — Exclamou como se tivesse descoberto o resultado de uma equação muito difícil. — Era você naquele café! — Estreitou os olhos e tombou levemente a cabeça para o lado ao se aproximar para poder falar mais baixo de modo que somente a morena pudesse lhe ouvir. — Agora eu lembrei... você estava a alguns passos na minha frente e agiu primeiro. Devo admitir, você foi cuidadosa, mas eu fiquei brava. Estava há algumas semanas naquela cidade e ninguém além de mim tinha atuado naquelas lojas. Era meio que o meu point e... eu tava contando com aquilo. — Não sabia se a outra iria se lembrar do seu rosto, mas tampouco poderia dar mais detalhes sem se comprometer demais. Como iria falar que um dos seus alvos tinha sido furtado primeiro?
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lowesgracehart · 2 months
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           Quando o assunto era contorcionismo e acrobacias, Marlowe se saía muito bem. É claro que ela também performava alguns passos de dança, mas nenhum tão clássico quanto o de quatrocentos anos atrás. Já havia assistido em produções cinematográficas algo similar, no entanto, ver e ter aulas com alguém que viveu naquela época era sensacional! Deixou a filha de Afrodite lhe conduzir, procurando seguir exatamente as cordenadas que lhe foram passadas, um sorriso largo brincando entre os lábios enquanto dançavam. Lowe ficou tão imersa na dança que sequer se deu conta quando interromperam os passos, fazendo-a aplaudir a performance. — Uau! Isso foi... incrível! — Suspirou, idealizando como deveriam ser os bailes na corte inglesa. — Eu adoraria aprender, Cali! Agora eu gostaria de saber: qual era a sua dança favorita?
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OPEN STARTER
"Se eu ainda me lembro das danças da minha época na corte inglesa?", Calista riu, deleitosa, com a pergunta da pessoa ao seu lado. "Queride, claro que sim. Tenho uma memória muito boa, há muito pouco que eu não me lembre das coisas que vivi. Veja só", parou na frente delu e fez uma reverência graciosa. "Antes de tudo, a reverência, como se estivesse cumprimentando seu parceiro. Depois, você se aproxima", fez o que disse, dando alguns passos na direção delu, oferecendo as mãos para elu, "e começa. Um, dois, três, quatro, afasta, um, dois, três, quatro, aproxima...", e mostrou alguns passos, suaves e certeiros como se ela dançasse todos os dias. Acabou por dar um riso divertido e levemente envergonhado pelo que fazia e parou por fim. "É mais ou menos isso, pelo menos uma delas... o que achou? Quer aprender?"
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lowesgracehart · 2 months
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           As engrenagens do cérebro de Marlowe estavam a todo vapor conforme as íris amendoadas examinavam a engenhoca alheia. Como aquele robô funcionava? Quais peças eram utilizadas? Ela poderia se beneficiar de algumas delas isoladamente? O que exatamente o robô poderia fazer e o quanto poderiam lucrar com ele? Todos esses questionamentos fervilhavam em mente. — Hmmm... — Tamborilou as pontas dos dedos nos lábios enquanto vasculhava na memória por algum filho ou filha de Atena que pudesse ajudar. A ideia de que aquele robô pudesse carregar coisas fez seus olhos brilharem, pois certamente seria útil para lhe ajudar na enfermaria. Mas, se Kaito realmente pudesse fazer uma versão daquilo voltado para batalha, isso seria genial! — Cara, eu acho... Incrível! Você é realmente um gênio. O que posso fazer para te ajudar?
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❛ estou começando algo novo. ━━━━━ comentou, observando o pequeno robô que andava pela grama desajeitado. ❛ a parte da programação definitivamente não é comigo, na verdade preciso de filhos de atena pra ajudar. ━━━━━ complementou, gritando magma, e observando a pequena criatura fazer o caminho de volta, até parar em seus pés, observando a ele e sua companhia com seus olhos laranjados artificiais. ❛ imaginei que seria bom termos alguns desses para espionagem, ou coisas simples como carregar algo ou tocar uma música. ━━━━━ continuou, se abaixando para acariciar a cabeça metálica, com um sorriso paternal. ❛ a ideia é que, se isso der certo, eu consiga fazer modelos maiores e mais voltados para batalha. o que você acha?
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lowesgracehart · 2 months
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           Aquela altura do campeonato, Marlowe já deveria ter se acostumado a lidar com todo tipo de situação peculiar: desde criaturas fantásticas até profecias ancestrais. Mas devia admitir que sua mente ainda não tinha processado bem aquela história. Aparentando pouco mais de vinte anos, a semideusa ostentava uma beleza etérea e um olhar penetrante que transbordava sabedoria e poder. Hart mal podia acreditar que aquela jovem diante de si tinha mais de noventa anos. — Ok, você tem um bom ponto. — Ponderou conforme se inclinava para frente e semicerrava os olhos para enxergar melhor o antigo item o qual lhe era mostrado. A bem da verdade é que aquilo poderia ter sido forjado. Se havia algo em que a própria filha de Hermes sabia bem fazer era enganar aos mais desavisados com histórias convincentes, o que vez ou outra incluía fabricar algumas provas que corroborassem com a história. Aquela dog tag poderia muito bem estar cumprindo este papel. Mas, após uma examinada detalhada na peça, Marlowe concluiu que o metal estava realmente desgastado pelo tempo e acabou aceitando a história. Sua curiosidade a respeito do poder alheio também lhe desviava o foco do fato de que Nyra era bem mais velha do que aparentava, por isso optou por ver em ação as habilidades da semideusa. — Desde que você realmente não me machuque, vai em frente! Essa eu quero ver...
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ♱
ㅤ ❝give me something to believe in❞ —@lowesgracehart (arena de treinamento)
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Desde que chegará aquele mundo de semideuses, Deyanira aos poucos aprendia como tudo funcionava. Tanto a tecnologia do mundo atual quanto os monstros, semideuses, deuses e poderes que a envolviam. Se lembrava bem de como era e, com o tempo, também se acostumou com os novatos à sua volta; a curiosidade sobre ela ter mais de noventa anos e, claro, seus poderes. Marlowe era mais um exemplo disso, de modo que Nyra apenas sorriu com a fala dela. ⸻ Ah, é sério. Você viu um cara com popo de cavalo, como não acreditar que sou mais velha que alguma vovó. ⸻ Brincou, dando uma risada baixa em seguida. ⸻ Não tenho uma certidão de nascimento aqui comigo, mas tenho isso. ⸻ Puxou a corrente que vivia em seu pescoço desde que se conhecia como gente, mostrando o registro da sua dog tag. ⸻ Viu? Eu ganhei ela quando entrei na primeira missão na guerra, quando tinha... ⸻ Piscou, um pouco perdida nas próprias lembranças, negou com a cabeça, voltando à sua própria realidade, afastando a dor que o passado lhe causava. ⸻ E o poder é fácil de mostrar, mas... Você tem certeza que quer ver? ⸻ Evigheden mordeu o inferior, um pouco insegura. Não era todo mundo que gostava da sua habilidade, muito menos a cegueira temporária era algo bom em certos momentos. ⸻ Não vou te machucar, é claro, mas... É por sua conta em risco. ⸻
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lowesgracehart · 2 months
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POV [DROP 1]: FESTIVAL DE NATAL
Desde que chegou ao Acampamento Meio-Sangue, Marlowe Grace Hart sentia falta de várias coisas: a família, os amigos, a vida normal e, principalmente, a sensação de se sentir bonita e confiante. Costumava se lembrar com nostalgia das horas que passava se maquiando para as apresentações, experimentando diferentes cores e estilos. Era como se ela se transformasse em outra pessoa, alguém mais bonita e poderosa. Poderia não ser filha de Afrodite, mas se produzia como tal, principalmente quando iria se apresentar nos palcos. Agora, em meio a tantos monstros, uma rotina exaustiva de treinamentos e turnos na enfermaria, tudo o que Marlowe conseguia fazer eram retoques finos para não parecer um fantasma. Mas ela ainda tinha esperança de que um dia ela poderia voltar a se maquiar para uma apresentação, mesmo que fosse apenas para si mesma. 
A benevolência dos deuses parecia ter pairado sobre a jovem artista. Com as festividades de fim de ano se aproximando, a oportunidade perfeita para se dedicar à sua arte se apresentava. A filha de Hermes se viu tomada por um entusiasmo contagiante ao imaginar que o chalé e todo o acampamento pudessem ser adornados com luzes coloridas. Se existisse uma equipe dedicada às festividades, ela certamente se voluntariaria. A sorte, ao que tudo indicava, estava ao seu lado. Ou pelo menos, era nisso que acreditava até ser tomada por uma sensação estranha… Uma sensação que desafiava a descrição precisa, mas que ela reconhecia como um alerta instintivo. Um presságio de que algo simplesmente não estava certo. A semideusa não pôde deixar de se lembrar da mesma sensação de formigamento nos músculos que a acometeu pouco antes de ser perseguida na biblioteca, quando ainda nem tinha conhecimento da existência do Acampamento… 
Um olhar instintivo varreu o local, e alguns minutos se passaram até que Hart conseguisse compreender o que estava acontecendo. A maioria dos campistas se encontrava entretida em suas próprias atividades, mas um deles, em particular, fixava o olhar em um canto específico, os olhos semicerrados como se tentasse desvendar um enigma. Movida pela curiosidade, Hart também girou a cabeça na direção observada pelo campista, buscando entender o que tanto despertou sua atenção. Ali, deparou-se com um senhor D admirando o céu com uma expressão indecifrável. "Definitivamente, algo estranho está acontecendo", pensou consigo mesma enquanto erguia os olhos para buscar o objeto da fascinação do deus do vinho. Nesse momento, uma gota d'água acertou sua testa em cheio, obrigando-a a levantar a mão para proteger o rosto da chuva que se aproximava rapidamente. "Quando a esmola é demais...", suspirou, enquanto seus pés a guiavam de volta para o chalé número onze em passos apressados. 
A chuva inesperada ameaçava esfriar seus planos para o fim de ano, mas Lowe, determinada a manter a positividade, respirou fundo e ergueu os ombros. Observando alguns campistas se divertindo sob a água, desejou ter aquela mesma energia, mas preferiu buscar abrigo. Para se distrair, começou a organizar suas bagagens, que costumavam se espalhar pelo chalé durante a rotina agitada. Talvez o estrondo tenha sido realmente forte demais ou talvez ela só estivesse mesmo muito imersa na organização. O fato é que seu coração disparou e a destra automaticamente repousou sobre o peito como se pudesse segurá-lo ali enquanto a respiração se tornava descompassada. — O que foi isso? — Sua mente mal raciocinava, sendo conduzida basicamente pelo próprio instinto para fora do lugar e ver o que tinha acontecido.
Toda gritaria e movimentação tornava difícil entender o que se passava, mas a intuição de Hart era clara: algo terrível e perigoso estava acontecendo. Apesar de detestar batalhas, seus músculos se contraíram em preparação para o que quer que fosse. A pulseira em seu braço, antes leve, agora parecia pesar uma tonelada. Com voz tensa, ela perguntou para ninguém em específico: — O que ‘tá acontecendo? — Relutante em abandonar a segurança do chalé, ela esperou por uma resposta que nunca veio. Fazendo parte do grupo de Aprendizes de Curandeiro, Hart sabia que seus serviços logo seriam necessários e se colocou em movimento outra vez.
Os pés leves e rápidos pareciam mal tocar o chão conforme avançava para a enfermaria. Era o único lugar onde se sentia útil, longe da batalha que se desenrolava e onde suas habilidades medianas de luta não a colocariam em perigo. Apesar de não ter grande aptidão para a medicina, ela estava disposta a ajudar no que fosse possível. — Droga! — bufou, balançando a cabeça em frustração ao perceber a necessidade de treinar mais para lidar com situações como essa. Grace se sentiu dominada por um sentimento de vulnerabilidade que detestava.
Chegando à enfermaria, seus olhos amendoados vasculharam o ambiente frenético. Semideuses corriam de um lado para o outro, preparando macas e outros materiais para receber os feridos. — Alguém sabe o que está acontecendo? — Sem obter uma resposta clara sobre aquilo, ela se juntou à equipe, ajudando a preparar as macas e se preparando mentalmente para o pior. Sabia que logo chegariam campistas com os mais diversos ferimentos e extrema exaustão, e ela precisaria estar forte para ajudá-los.
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lowesgracehart · 2 months
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starter for @windynwild
           Marlowe fez uma nota mental para não encarar a outra campista por muito tempo para não parecer estranha. Acontece que aqueles traços lhe eram muito familiares e ela não sabia onde. Já havia vasculhado toda a cabeça em busca de onde conhecia aquele rosto e todas as suas tentativas tinham sido em vão. Bufou, deixando os ombros caírem derrotados e, para dissipar aquela frustração, se inclinou para apanhar um morango. Foi exatamente aí, quando a fruta se soltou da folhagem com um estalo que Lowe se lembrou de onde a conhecia. — É isso! — Exclamou como se tivesse descoberto o resultado de uma equação muito difícil. — Era você naquele café! — Estreitou os olhos e tombou levemente a cabeça para o lado ao se aproximar para poder falar mais baixo de modo que somente a morena pudesse lhe ouvir. — Agora eu lembrei... você estava a alguns passos na minha frente e agiu primeiro. Devo admitir, você foi cuidadosa, mas eu fiquei brava. Estava há algumas semanas naquela cidade e ninguém além de mim tinha atuado naquelas lojas. Era meio que o meu point e... eu tava contando com aquilo. — Não sabia se a outra iria se lembrar do seu rosto, mas tampouco poderia dar mais detalhes sem se comprometer demais. Como iria falar que um dos seus alvos tinha sido furtado primeiro?
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lowesgracehart · 2 months
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starter for @psylcve
           Não é como se Hart estivesse se esforçando para fazer aquele movimento, mas fazia certo tempo que não o praticava e, por isso, suas costas estavam começando a protestar em poucos segundos. A loira se encontrava apoiada nos dois cotovelos, o tronco formando praticamente um "c" conforme puxava as pernas para trás para as pontas dos pés quase encostar no chão. Aquela posição era muito comum em contorcionismo e ela gostava de fazer quando estava no circo, mas agora estava um pouco enferrujada. — Espera... O QUE? — Marlowe se desequilibrou e rapidamente rolou no chão, sentando-se e cruzando as pernas, a atenção completamenta voltada para a amiga para ter certeza do que acabara de ouvir. Se tinha uma coisa que a filha de Hermes gostava, era de ouvir as histórias de Love! — Não, calma aí... Volta um pouco para ver se eu entendi direito. — Riso divertido escapou por entre os lábios enquanto os dedos esguios acomodavam alguns fios dourados atrás da orelha e os olhos faiscavam ávidos pelos detalhes daquela história.
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lowesgracehart · 2 months
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starter for @tinykl
           — Ok, agora é sério! — Grace endireitou os ombros e tomou fôlego, inspirando profundamente como se preparasse para enfrentar a grande batalha da sua vida. — Decidi que finalmente vou contar toda a verdade. —Seus olhos buscaram os do amigo, erguendo o queixo completamente decidida até... — Droga! Não sei quem estou enganando. Quer dizer, eu sei: eu mesma. Mas acho que não estou preparada ainda, Tiny. Como você acha que eu posso começar a conversa? Quer dizer, eu deixei passar muito tempo e... Tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo que... Não faz sentido nenhum vir com mais um drama, né? Vai que eu toque em uma ferida não cicatrizada? Não dá para saber, dá? E se eu estiver trazendo de volta um monstro que ele achou que tivesse desaparecido para sempre? Não, não posso fazer isso. Posso? — Lowe aproveitou para tomar fôlego enquanto esperava pela resposta alheia, torcendo para vir dali o incentivo do qual precisava para seguir em frente e revelar a toda verdade.
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lowesgracehart · 2 months
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starter for @mindkiler
           Marlowe devia admitir que adorava a companhia de Bee, mas não gostava nem um pouco de treinar. Aquilo realmente era necessário? Bem, a filha de Hermes certamente tinha uma resposta para aquela pergunta: Não, nem um pouco! Um suspiro curto e seco escapou pelo nariz da loira enquanto seus ombros caiam derrotados. — Olha, eu acho que podemos fazer algo mais produtivo, não acha? — Sugeriu, erguendo uma das sobrancelhas em uma última tentativa esperançosa de escapar daquele fardo. — Vamos treinar oratória? Eu acho que deveria ter um grupo de debate por aqui, você não acha? Os gregos não eram famosos por seus filósofos? Não é possível que considerem só a cultura espartana nos treinamentos. Isso é tão... Ares. Com todo respeito, é claro. — Dessa vez, ela encolheu os ombros e ergueu as mãos como se tivesse sido pega em flagrante. A verdade é que estava orgulhosa com os próprios avanços teóricos e preferia muito mais estudar horas a fio do que qualquer outra coisa.
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lowesgracehart · 2 months
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starter for @littlfrcak
           Um suspiro pesado começou a brotar do âmago da filha de Hermes assim que os seus olhos capturaram a movimentação na porta da enfermaria, recusando-se a acreditar que aquilo pudesse ser minimamente possível. Grace endireitou a postura e respirou fundo ao mesmo tempo que fechava os olhos e balançava a cabeça em estado de negação. Deve ser um pesadelo, buscou convencer a si mesma. E de fato, era mesmo: receber tantos campistas assim não era lá um conto de fadas. Mas ali ela estava, diante da sua escolha de atuar como Aprendiz de Curandeiro. Sendo assim, ela deveria manter a calma e fazer o seu trabalho. Esse era o mantra diário que entoava mentalmente para enfrentar os desafios daquela atividade: manter a calma e agir. — O que foi que aconteceu dessa vez? — Os lábios rosados tremeram ao exibir um sorriso que imaginou ser cordial o bastante para o paciente em sua frente, apesar de ter falhado miseravelmente em esconder sua falta de vontade em atender outro campista.
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lowesgracehart · 2 months
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starter for @maximeloi
           Mais cedo ou mais tarde ela precisaria revelar quem era! Afinal de contas, esse era o propósito inicial quando ingressou no Acampamento, certo? A única coisa que Marlowe Grace Hart não esperava era ter de adiar os planos por tanto tempo assim. Quase cinco meses... Já estava na hora de revelar a verdade. Mal não poderia fazer, certo? Ela até mesmo poderia dar um pouco de orgulho para o amigo da próxima vez que se encontrassem dizendo: ei, eu finalmente falei com ele! Pois bem, ela iniciaria a conversa normalmente se a garganta não tivesse secado, forçando a semideusa a soltar um pigarro tímido antes de oferecer um "Bom dia!" com um sorrisinho amarelo: — Quer dizer, não dá muito para saber se é dia ou não com um tempo desses... — Ergueu os olhos para o céu nublado enquanto pensava que aquela era uma péssima forma de iniciar uma conversa. Ela definitivamente não estava preparada para ter aquela conversa ainda...
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lowesgracehart · 2 months
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OLIVIA HOLT? não! é apenas MARLOWE GRACE HART, ela é filha de HERMES do chalé 11 e tem VINTE E TRÊS ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL I por estar no acampamento há QUATRO MESES E MEIO, sabia? e se lá estiver certo, LOWE é bastante PERSPICAZ mas também dizem que ela é IMPACIENTE. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
RESUMO:
Filha de uma artista circense com Hermes, herdou o talento acrobático e musical da mãe;
Por ter sido criada na "rua", sempre viajando com a trupe, desenvolveu certa malícia e talento nato para se esgueirar, persuadir e enganar as pessoas;
Sua origem divina foi camuflada pela vida itinerante até que a sra. Hart decidiu se casar com o sr. Dubois;
Desconfiada do padrasto, iniciou uma investigação por conta própria, descobrindo sobre o passado do homem e os meio-irmãos gêmeos, assim como o Acampamento;
Seu poder é a Língua de Prata Aprimorada, utilizando suas palavras com maestria para persuadir, enganar e encantar aqueles que a rodeiam;
No acampamento, está no Chalé 11 - que a lembra dos bastidores caóticos do circo e é aprendiz de Curandeiro. Foi reclamada por Hermes em seu quinto dia no lugar;
Tem agilidade e reflexos sobre-humanos como habilidades, o que desde sempre a auxiliou nas performances circenses e é extremamente importante para fugir e se esgueirar pelos lugares;
Sua arma é a "Mensageira Alada", uma adaga estilete de ferro estígio, leve e resistente, perfeita para ataques rápidos e precisos que vira uma pulseira, mas honestamente, Marlowe não gosta de usá-la, pois acredita que tudo pode ser resolvido com um bom diálogo;
FICHA COMPLETA!
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