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leviaghost:

o filho de poseidon não era lá de falar muito. gostava de ficar no seu canto, isolado — sem observar os outros, mas simplesmente vivendo no seu próprio mundo. fantasma esfregava a própria cabeça nas pernas do rapaz, que estava sentado no chão. ‘’o que?’’, falou, levantando o olhar. gostava de lovise desde muito tempo — os dois cresceram juntos em psyllos, mas nunca realmente tivera coragem de falar algo. era tímido e se julgava fraco demais. quando ela jogou a coroa, levi apenas sentiu-a roçando em si - nem mesmo aguentou ficar um pouco com a mesma. doía. ‘’eu não estou emburrado.’’, disse, sorrindo. ‘’não gosto muito de festas. tem muita gente.’’

Um suspiro longo escapou pelos lábios, sempre tão róseos. As mãos de Lovise escorregaram pelos cabelos pálidos afim de alcançar a própria coroa de louros. As pernas cruzaram-se de maneira graciosa, fazendo as vestes dançarem ao seu redor conforme o corpo apoiou-se ao solo, ao lado do amigo. Existiam inúmeras pessoas em Psyllos cuja companhia lhe agradava, inúmeras pessoas com quem se esforçava para não utilizar seus poderes por questões éticas, embora achasse o medo alheio acerca de seu poder uma tolice. A verdade é que todos estão tão acostumados com as mentiras e em fingir, que quando alguém pode as ler de verdade, isso incomoda. Crescera ao lado de Leviathan, e mesmo não carregando o mesmo tipo de anomalia que ele, entendia a sensação de ser diferente. Lovise jamais desejou invadir o espaço pessoal do garoto, mas não se restringia quando decidia ler suas emoções, era o único jeito de realmente entendê-lo de verdade. — Eu sei, é meio assustador, né? — Ainda sorria, quando sua mão tocou a do rapaz. Tudo que Lovise desejava fazer era transmitir a ele um pouco de calma, um pouco do seu próprio calor auspicioso; em contrapartida, podia quase sentir o espírito fantasmagórico do pégaso que o acompanhava. — Mas não é legal? Ver tanta gente feliz? Até seu pai está aqui hoje, Poseidon continua encantador, devo dizer. — Finalmente, a coroa de louros que usava foi depositada nos cabelos escuros do amigo, uma segunda tentativa de fazê-lo um tanto mais festivo.

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imortalrik:

— Oi? — Provavelmente, tinha pego o assunto no meio do caminho e perdido alguma coisa importante para seu total entendimento, porém, vindo de Lovise, não esperava que fosse algo normal, por assim dizer, afinal, desde o primeiro momento em que esteve com ela, quando a conheceu, as coisas nunca foram bem regulares, se é que podia se referir de tal forma. — Lov… — como esperada, uma bendita coroa de louros fora jogada em sua cabeça, realmente, só poderia ser algo provindo da jovem. — Eu não estava emburrado, mas espera… — frazniu o cenho, parando para pensar por alguns segundos. — Se você chegou a essa conclusão, estava tentando ler a minha mente ou algo do tipo. Quantas vezes eu já disse pra não tentar fazer isso, é claro que você sempre vai achar que eu estou irritado ou coisa do tipo, eu sou parte demônio.

— Oh, as trevas, a escuridão, o submundo! Oh, seres endemoniados que somos! — Imitava a imagem da Musa da comédia, com as costas da mão dramaticamente apoiada à testa, enquanto os olhos se fecharam por alguns segundos. Apenas tornou a abrir um deles para visualizar o imortal novamente, de esguelha, torcendo para que seu humor fosse melhor do que o de outros imortais. Seu sorriso infantil se tornou aos poucos um dos seus sutis pedidos de desculpa; muitas vezes esquecia-se de ignorar ou não ouvir as auras a sua volta, mas com tantas pessoas, Love acabava por ler as emoções de duas ou três. Ou quatro.  — E não foi de propósito, tem muita gente no mesmo lugar hoje. É difícil. Ao menos ninguém desmaia quando toco nelas mais... Eu acho. Talvez em humanos. UH! Vamos tentar! 

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xnightbringer:

O homem sentiu a coroa se aproximando de sua cabeça e não fez nada para impedir o contato. Segundos depois, porém, já havia arrancado o objeto dos cabelos castanhos e o atirado para o solo. Não estava de bom humor. Não gostava daquele festa e muito menos do deus homenageado por ela.- Você pode até estar festejando. - Sussurrou calmamente, antes de se virar para ela. - Eu não. - Disse de modo profundo, seus olhos cor de ônix encarando-a profundamente. “Quem invoca as trevas será invocado por elas”, pensou. O sol era seu inimigo natural.

- Não tem mais ninguém para importunar, loirinha?

Se existia algo que não incomodava Lovise — além do respeito imposto pelos imortais, claramente — são aqueles que seguem o Deus dos Mortos. Hades possui um poder e força inigualáveis assim como tantos outros Deuses, uma missão difícil de se cumprir, solitária, árdua; Love sempre nutriu um respeito pelo Deus em questão, mas os filhos deste e seus patronados... Para que andar diariamente como se carregassem uma nuvem negra sobre suas cabeças? — Quanto respeito. — A jovem comentou entre sarcasmo e uma rispidez debochada, olhando para os pobres e lindos louros dourados no chão, para então se voltar à figura imponente do homem. — Quando você se torna um imortal e os Deuses decidem quem irá ser seu patrono, Hades por acaso pergunta se você sabe amedrontar garotinhas? Você pode tê-lo como patrono, meu senhor, mas nós que nascemos aqui aprendemos a valorizar e respeitar todos os Deuses. Devia se esforçar mais.

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Algumas pessoas costumavam considerar Lovise como uma semideusa estranha, por motivos compreensíveis, claro, sabia muito bem disso. Mas se existisse um troféu em Psyllos, a garota de cabelos vibrantes a sua frente de certo venceria, com seus dois dedos a menos e tudo. — Os cultos a Ártemis são fechados apenas para mulheres, algo extremamente triste ao meu ver. De toda forma... Pelo menos você não foi uma das humanas que perdeu os dedos nas bocas das Harpias tentando fugir.

- Ah, Apolo até pode ser legal. Mas gosto muito mais da irmã dele. - A moça tinha uma admiração especial por Ártemis, sendo a deusa sua grande inspiração. Desejava ser como ela um dia ou, ao menos, tê-la como patrono. - Não fiz isso aqui para nada. - Ergueu a mão para a pessoa com quem falava. Seu dedo anular simplesmente não estava ali, deixando a moça com quatros dedos na mão. A situação em sua outra mão era idêntica. - Quatro sempre foi meu número, de qualquer maneira. 

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Aqui, tenho uma para você também. — Lovise jamais teve o menor senso sobre o que é certo ou errado. Quer dizer, ela sabia muito bem o que era certo e errado, se orgulhava disso justamente por ter a opção de seguir tudo que era considerado certo... Ou não. Invadir o espaço pessoal das pessoas era errado, ler suas emoções sem permissão também, mas depois de um tempo as pessoas já estavam acostumadas com a menina fazendo isso. Dessa forma, não houve hesitação antes de se aproximar delx. Pode sentir de longe a energia negativa emanando da pessoa, sem entender o porquê, de modo que apenas jogou-lhe uma coroa de louros nos cabelos e se virou com um sorriso, balançando os cabelos louros com tranças delicadas e suas saias confortáveis, tão mais leves que as roupas de treino habituais. Estava controlando seu ímpeto em simplesmente ler suas emoções, tudo em prol do culto a Apolo. — Estamos festejando hoje, não deveria estar emburradx.

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Being brave doesn’t mean you aren’t scared. Being brave means you are scared, really scared, badly scared, and you do the right thing anyway.

Neil Gaiman (via onlinecounsellingcollege)