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lorcamnder · 5 years
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Meu amor. As palavras suaves tinham um efeito calmante sobre si, combinando isso com a poção que havia tomado, Lorcan não conseguia discordar do namorado, escolhendo apenas continuar com a feição emburrada. Se fosse arrastado mesmo para a enfermaria no dia seguinte, Esmond não iria escapar; faria questão de sentar-se no colo do mais velho para impedi-lo de ir para qualquer canto que fosse enquanto estivessem cuidando de sua mão. E, na realidade, seria uma forma de lhe tranquilizar também, afinal, com o calor e perfume do bruxo lhe cercando, não iria dar atenção para quem quer que fosse mexer com seu ferimento. ' ——— 'Tá bom.' concordou baixinho, sorrindo levemente para o beijo ganho na bochecha. O carinho era explícito nas ações e palavras que o outro Lufano usava para falar consigo, como não tinha percebido que seus sentimentos eram recíprocos? Escusado seria dizer que para perceber algo assim, teria que ser jogado em sua face. Mas a mudança ocorreu novamente em seu rosto. O loiro franziu o cenho para esboçar a confusão que tinha ficado, não entendia o que aquilo queria dizer. Escondia algo dele? Bom, não escondia, mas também não tocava em um assunto que, segundo sua mãe, já deveria ter surgido na conversa desde o princípio. E, sinceramente, Lorcan não entendia o porquê. Era parte de si, mas Esmond lhe aceitou com todas as suas peculiaridades à mostra, não fingia ser outra pessoa quando perto dele. Sentia-se confortável o suficiente para ser verdadeiro sobre tudo. ' ——— Não entendi o que você quer dizer.' verbalizou. Não via problemas em admitir quando o sentido das palavras eram perdidos por si; mas, dessa vez, talvez pelo menos desconfiasse. E como não era justo falar sobre sinceridade e mentir na cara dura, ele continuou: ' ——— Eu nunca menti pra você. Sempre fui sincero.' resmungou, os dígitos finos buscando se enfiar nos cachinhos bagunçados que estavam à sua disposição. ' ——— As pessoas não falam sobre mim, Esm... a não ser pra especular sobre... meu comportamento em geral.' continuou a resmungar. Não era estúpido. Tinha ouvido o suficiente de todos ao redor para saber que outras pessoas apontando coisas sobre si significava que lhe chamaram de louco ou algo semelhante. ' ——— Síndrome de Asperger.' abaixou a voz ainda mais, engolindo em seco. ' ——— Faz parte do espectro autista. É disso que queria que eu falasse?' não direcionava o olhar para o namorado, fitava os cachos escuros com os quais mexia e nada mais.
━━ ⟢ esmond, por um momento, sentiu que seu peito explodiria em felicidade ao escutar as palavras de amor que o outro lhe respondeu. sabia que o que viviam era amor, mas estar tão límpido daquela forma era tudo que ele queria. a mão de lorcan estava realmente mal e certamente uma marca ficaria ali. talvez ficasse mais sútil com o passar o tempo, mas só de ver ela sabia que teria que ter mais conversas similares com aquela com o namorado. “eu sei que você não gosta, meu amor, mas você precisa para que a sua mão fique bem.” ele ficava extremamente triste de submeter o namorado à uma situação claramente desconfortável, mas ele não tinha o que fazer. sabia que se ele não tentasse, o namorado ignoraria o machucado até que ele se tornasse algo ainda maior. “eu vou com você e vou ficar o tempo inteiro do seu lado, tá bom?” beijou o rosto dele novamente, tentando convencer o namorado de qualquer maneira. seu cérebro naquele momento rodava com informações. pensou que já que estava sendo sincero e contando tudo que seu coração guardava, deveria ir até o fim. “lorcan, eu… eu quero que você seja sincero comigo, também.” péssimo começo. péssimo. “eu não gosto que outras pessoas apontem coisas que você deveria me dizer, por mais óbvias que sejam.” por mais que seu tom fosse doce e calmo, suas palavras não estavam sendo do jeito que ele imaginava. “só… seja sincero comigo, tem algo que você não me disse e que eu deveria saber?” esmond já sabia. depois de ouvir de seu pai que ele estava namorando com um doente mental e que já havia citado várias vezes que o filho de luna não batia muito bem, que esmond só fazia aquilo para irritar ele. que ele já não bastava ser um desperdício, que ele tinha que trazer mais desperdícios para perto de si. ele ficou furioso na hora, foi uma briga horrível e ele só não partiu para medidas irracionais por causa de suas irmãs. não aceitava que ninguém falasse daquela forma de seu namorado, nem mesmo seu pai. ainda mais seu pai, que pouco valor lhe dava. apesar disso, depois dos ânimos calmos, ele conseguiu escutar sua mãe dizendo que o filho de luna era só diferente e que percy não deveria falar assim de outra pessoa. ao escutar isso esmond teve confirmação de algo que já tinha escutado, mas que tinha subtraído de suas informações. seu namorado era, de fato, diferente. não entendia muito bem sobre o assunto, mas dormiu com raiva de seu pai por ser uma pessoa tão ruim. 
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lorcamnder · 5 years
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E Lorcan realmente abriu a boca mas fechou-a rapidamente ao receber a ordem de que ficasse quieto. Não era bem um crime... ou pelo menos não via como tal. Querer manter perto de si o seu tema de estudo não deveria ser nenhum crime, ora essa! Mas não iria pagar para ver se alguém rotulava assim, portanto, assentiu em concordância com a ruivinha, parando perto da escada para só então responder-lhe. ' ——— Eu nunca usei o passado pra definir o que Lys sentia. E eu também não deixaria você morrer, acho que entendeu errado. Como eu disse, as chances de algo dar errado eram negativas.' declarou. Como podia estar levando bronca sobre algo que hipoteticamente podia acontecer? Ou melhor, algo que nem sequer tinha chances de virar realidade? Não entendia como Lily funcionava e também não queria entrar nesse assunto, ele próprio funcionava com regras diferentes, afinal.
Segui-la até ali não mostrava uma de suas melhores escolhas, ainda mais quando foi praticamente empurrado para se sentar. O mais velho lançou-lhe um olhar emburrado ao tropeçar e cair sentado, passando a mão no cabelo para tirar as madeixas claras e bagunçadas da frente dos olhos. ' ——— Para alguém abaixo da média de altura esperada pra garotas, você tem muita força.' reclamou. E enquanto a menor se afastava, Lorcan continuou resmungando: ' ——— E por que diabos eu iria querer mexer numa gaveta de calcinhas? Deve estar tudo bagunçado como esse quarto! Meia hora aqui e eu iria organizar tudo direitinho.' cruzou os braços contra o peito, bufando baixinho. ' ——— Gaveta de calcinhas.' grunhiu, deixando os olhos vasculharam o ambiente e mentalmente organizar tudo. Não se mexeu, porém, se queria a ajuda alheia, precisava minimizar os danos ali e já tinha alfinetado demais mais jovem. ' ——— Bem, você pode mentir por mim quando eu precisar cobrar esse seu... favor? Já que eu te dei uma informação que não deveria, é o mínimo que pode fazer.' e dessa vez Lorcan sorriu, inclinando-se na direção dela. ' ——— E pra achar isso precisava quebrar a casa? Vai me colocar algum feitiço pra acabar o efeito?'
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lorcamnder · 5 years
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Em meio às lágrimas foi difícil encarar o garoto mais velho. Lorcan piscou algumas vezes para espantar a umidade e focar no namorado enquanto tentava respirar fundo para cessar os soluços. O beijo suave em sua boca servia para aumentar as chances de se concentrar no Weasley pois tão próximos assim, não havia como o loiro se distrair com algo ao redor deles. Havia apenas Esmond para encarar. ' ——— N-não quero. Não gosto... não gosto que me toquem. É ruim, é desconfortável.' murmurou a confissão. Para quem observasse de perto, a aversão de Lorcan aos toques era fácil de perceber. Mas além de não realmente falar sobre isso, havia também o fato de ser carinhoso com o namorado. Como podia proferir tais palavras mas ao mesmo tempo estar esticando a mão para tentar segurá-lo perto de si? Só que mais uma vez, o namorado se afastava. Uma causa aceitável já que ele estava lhe mostrando todas as marquinhas que bem, Lorcan já tinha observado. Mas tão minúsculas assim, não podiam ser comparadas com o desastre que ficaria em seu joelho e na mão, não é? Se ficasse tão feio, não faria sentido Esmond o querer mais. Mesmo com a linha que seus pensamentos tomavam, foi impossível não soltar uma risada baixa e abafada, subindo a mão limpa para se livrar das lágrimas na face. ' ——— Tem cara de ter sido ela sim.' concordou. Crescera com a ruivinha e a conhecia bem, não duvidava do outro Lufano. Mas o momento de riso se foi com a menção da hipótese de ganhar cicatrizes. A ideia do outro gostar ainda de si mesmo estando danificado lhe parecia estúpida. Isto é, até ouvir as palavras seguintes do mesmo... e perceber a veracidade por trás destas. Um suspiro inaudível escapou de seus lábios e mesmo que Esmond tivesse mudado a atenção para cuidar de seu corte, Lorcan continuou o encarando. Lidar com sentimentos nunca foi seu forte, precisava de ajuda nessa área mas os pais e o irmão sempre estiveram presentes quando tinha alguma dúvida. Lysander foi o primeiro a usar amor para definir a feição idiota que ele ficava quando falava no namorado; em seguida foi o pai, quando percebeu que o filho encarava os olhos bonitos de Esmond sem nem se dar conta. Mas o mais marcante foi sua mãe, que acabou chorando quando ele próprio perguntou porquê não conseguia mais imaginar um futuro sem ter aquele sorriso em sua vida. A mente tinha ficado vazia por um momento e serviu para lhe distrair das dores. A mão limpa se esticou para tocar os cachinhos escuros de Esmond, adorava aquelas madeixas; mas desceu o carinho para a orelha e em seguida a mandíbula tentando não atrapalhá-lo enquanto ele mexia com sua outra mão. Inclinando-se na direção alheia, deixou o rosto ser enterrado no meio dos cachos bagunçados. Palavras tão pequenas não deveriam ter o poder de desligar sua mente daquela forma; mas a felicidade foi tão grande que lhe entorpecia. ' ——— Eu amo você também.' respondeu arrastado, um tanto mais tranquilo do que antes, as lágrimas não tendo influência sobre sua voz pois elas não caíam mais. Sentia uma segurança que se expandia e lhe acalmava, o ar voltando a ser puxado para os pulmões sem tantas dificuldades.
━━ ⟢ esmond terminou rapidamente o curativo do joelho de lorcan, logo se sentando ao lado deste. havia entrado em desespero ao ver o outro chorar tão copiosamente, mas conseguiu terminar o serviço. “hey, olha pra mim.” puxou o rosto do namorado para que este estivesse de frente para si. “foca em mim.” pediu baixinho, selando os próprios lábios aos do loiro. “escute: você precisa ir na enfermaria. eu sei que você não gosta, mas eu não sou especialista nisso. eu vou estar lá do seu lado, te segurando. eu prometo.” outro selar veio, dessa vez na testa de lorcan. “e eu não sei se vai ficar cicatriz ou não. talvez fique algo por um tempo na sua mão, mas olha, não se preocupa.” garantiu, levantando uma de suas pernas no ar, mostrando o joelho todo cheio de cicatrizes. “olha, eu tenho um monte de cicatrizes.” sorriu, tentando tranquilizar o outro. “tenho mais umas nas mãos” mostrou estas que carregavam marcas de quem já as muito machucou quando pequeno. “tenho uma nas costas também.” levantou a blusa, mostrando uma cicatriz que era pequena e quase invisível, mas que ainda estava ali. “você acredita que quem fez isso foi a lily? até hoje ela diz que não foi culpa dela, mas eu sei que foi ela que me empurrou daquele morro.” falou baixinho, como se contasse um segredo. a realidade é que as vezes esmond tentava ao máximo ser didático com lorcan pois sentia que estava falando com uma pessoa que no fundo ainda era uma criança. “se ficar uma cicatriz pode ter certeza que vai ser só mais um detalhezinho em você que eu vou amar.” esmond viu ali uma ótima oportunidade. queria dizer tal coisa há muito tempo, estava o sufocando. queria gritar. “porque eu amo você.” falou baixinho, ainda com os olhos focados nos de lorcan. ainda daquela maneira, procurou pela mão machucada dele, seguindo a cuidá-lo.
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lorcamnder · 5 years
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Embora quisesse calar a boca, o loirinho não conseguia. Tinha uma careta na face pois sabia que o que despejava era indelicado. Se até ele mesmo percebeu isso, só podia ser bem ruim. ' ——— Se você morresse, eu não ia dizer pra ninguém que eu estava perto, oras.' soltou um barulho de lamento mas ainda assim continuou: ' ——— E se a sua família descobrisse, eu iria ter que dizer a verdade. Que pra ter dado algo errado, só podia ser sua culpa, Lily. Porque eu sou muito bom nisso. Oh, Merlin, me cale.' clamou no fim com a voz arrastada, abaixando a cabeça para o chão. ' ——— Só conheço nossa Londres, a dos trouxas não, geralmente aparato pra onde quero ir.'
Lorcan não demorou muito com a cabeça abaixada, logo seu olhar curioso e hesitante já vasculhava ao redor de ambos na rua familiar da casa da ruiva, mas tinha certeza que Lysander conhecia aquela área bem melhor que ele. ' ——— Olha, eu nem estou entendendo como você quer que eu me aproveite disso. É pra você mentir mais? Ou me contar verdades sobre mentiras antigas? Eu não entendo coisas subjetivas.' admitiu com facilidade por causa da poção; sem esse fator, Lorcan não tocava nesse assunto. As pessoas o julgavam apenas como ingênuo ou infantil quando não entendia algo, mas só levava tudo no literal e quando via algo com sentido dúbio, o loiro não sabia para onde seguir. ' ——— Como essa chance poderia ser boa pra mim?' questionou-a, indo na frente da menor para entrar no ambiente. Tinham chegado e tão preocupado com a situação, mal percebera o caminho traçado.
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lorcamnder · 5 years
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O único barulho na mente agora era a pergunta do porquê Esmond não estava lhe abraçando como tinha pedido? Em resposta a essa negação do namorado, Lorcan acabou com o lábio inferior projetado em um biquinho que só poderia ser descrito como infantil e manhoso. Mas estava com dor! Só queria um abraço. Do ponto de vista lógico, não culpava o namorado por querer primeiro fazer seus cortes pararem de sangrar, mas do emocional? Que havia lidado com um intenso ataque de pânico e agora a dor? Não precisava de nada, só do conforto dos braços alheios. Deitar na cama com todo aquele sangue não seria bom, porém. E foi por isso que obedeceu os comandos alheios, vestindo o short com cuidado para não deixar o tecido fino raspar em seus machucados. Os olhos úmidos que ainda transbordavam as lágrimas voltaram para o rapaz mais velho enquanto soluçava baixinho. A poção foi pega e nem olhou para ver o que era, a mão trêmula levou para os lábios e tomou o conteúdo por completo. Uma careta ele fez mas foi rapidamente espantada com a perspectiva do dia seguinte. ' ——— N-não quero ir pra, pra enfermaria.' resmungou. Lá iriam tocar em si e isso, o bruxo evitava. ' ——— Você cuida.' apesar de soar mais como uma declaração, havia um certo pedido em seu tom e na expressão em seu rosto. Não queria as mãos de ninguém em si, só Esmond iria obter sucesso ali de cuidar dos ferimentos sem que provocasse outro descontrole emocional. A camisa foi segurada e a cabeça balançou para os lados. ' ——— Sem chutes.' garantiu em voz baixa mas desviou o olhar. Não queria ver o sangue mais. Só sentiu a dor e fechou fortemente os olhos, as lágrimas caindo com mais intensidade; imóvel permaneceu, apesar do choro ter voltado com mais força agora, seus soluços saindo parcialmente abafados já que não queria fazer barulho. ' ——— Como dá pra conversar se eu não consigo me concentrar? Vai ficar uma cicatriz, não vai?' perguntou com a voz baixa, hesitante. Tudo o que não precisava era uma cicatriz feia em seu corpo. Já não tinha muitas qualidades físicas, adicionar marcas ruins assim? Como Esmond lhe suportava, Lorcan não sabia. A dor começou a recuar lentamente, não toda, mas o suficiente para que abrisse os olhos e voltasse a encarar o namorado. A poção começava a fazer efeito e tirava uma boa carga daquela agonia de dentro de si, deixando-lhe sentir o cansaço de toda a agitação que tinha enfrentado.
━━ ⟢ o moreno era um coração derretido por seu namoro e isso não era surpresa pra ninguém. quando escutou o pedido de lorcan, quis soltar tudo e só ficar abraçado nele, garantindo que nada o ferisse. porém sabia que precisava cuidar dele o mais rápido possível. levantou-se do chão onde se encontrava e buscou em seu malão um short limpo para que o namorado pudesse vestir. “ponha, vai se sentir melhor.” tinha noção da inocência que o namorado ainda carregava e sabia que seria melhor para ele não estar tão exposto assim. “e beba isso também.” esmond era ótimo em poções, por mais que não gostasse de estudar. sempre tirava notas boas pois, de alguma forma, era bom. “vai te deixar um pouco grogue, mas a dor vai passar.” deixou a poção ao lado do corpo do namorado. pegou a calça que antes ele usava e botou sobre a mão de lorcan. “segure com força, sim? eu vou olhar seu joelho primeiro.” se ajoelhou de novo na frente deste, com os curativos em mão. “você precisa ir na enfermaria amanhã, pode piorar. eu te levo.” garantiu, antes mesmo que lorcan respondesse. analisou a ferida que ele tinha no joelho, fazendo por impulso uma cara feia, logo se arrependendo. “você não pode me chutar, ok?” sorriu, tentando aplicar seu bom humor para ajudar a situação. “senão quem vai precisar de curativo vai ser eu.” se prontificou a derramar água oxigenada sob o machucado, vendo a solução borbulhar. podia imaginar a dor que o outro sentia, pois havia se machucado dias antes no quadribol e quem havia lhe socorrido fora seu colega de quarto. felizmente ainda guardava o kit que este havia trazido, não poderia nem imaginar a dor de cabeça que seria aparecer com o loiro na enfermaria no meio da noite e naquele estado. “quer conversar?” perguntou, finalmente tocando no assunto, mesmo que de forma indireta. “dizem que se distrair ajuda a passar a dor.” limpou o machucado, tirando qualquer rastro de sangue. o corte era um pouco profundo, mas parecia melhor do que o da mão. 
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lorcamnder · 5 years
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Em Hogwarts havia Lysander. Ainda que fossem de casas diferentes, antes de começar a namorar Esmond, quando alguma crise como aquela lhe atacava, o loiro sempre conseguia atravessar tudo em busca do irmão. Isto é, quando precisava de companhia. Na maioria das vezes preferia ficar sozinho pois os toques e a presença de outra pessoas só tornava tudo pior. Por tal, não entendia muito como após conhecer o jovem bruxo, isso havia mudado. Qualquer mudança de humor, a presença do Weasley era requisitada pois lhe ancorava à realidade, lhe ficava no chão e lhe tranquilizava. Até mesmo os toques dele não apenas se tornaram toleráveis, mas também desejados. O amor que sentia por aquele garoto era imenso. Os soluços lhe escapavam já que não encontravam resistência pois Lorcan chorava agora abraçado ao namorado. O corpo quente contra o seu ajudava um pouco a começar a fazer o ar se tornar menos denso; as narinas lutavam para buscar o oxigênio mas ainda era difícil. Mas bastou que os olhos claros se fixassem nos do mais velho para que tudo ao redor parasse de importar. Assentiu fraquinho ao tropeçar para a cama, sentando-se no colchão macio. Tentou enxugar o rosto com a mão limpa mas as lágrimas se renovavam em seguida. Seu peito doía com o esforço e sentia-se levemente tonto já com a falta de ar. A demora alheia de retornar para perto de si pareceu uma eternidade e quando ele se aproximou novamente, Lorcan esticou a mão sadia para segurar-lhe o antebraço. Queria mantê-lo perto, quanto mais perto melhor. Nem precisava remendar seus machucados agora, só precisava tê-lo perto. E os lábios suaves encostando nos seus serviram como uma forma de descongelar seu corpo. Infelizmente, em consequência disto, as dores vieram. Tornou-se ciente da dor na mão e no joelho, tornou-se ciente do trajeto complicado que fez até ali e a situação que se encontrava. ' ——— Está... está doendo.' murmurou entre os soluços, se esforçando para tirar a calça meia folgada que vestia e chutá-la para o chão antes de voltar a esticar a mão para o namorado, buscando manter o contato como se para se assegurar de que não iria perdê-lo de vista. ' ——— Esm... mais per-perto.' pediu. Já não tinha mais todo o desespero de quando pisou ali, mas não tinha se acalmado por completo.
━━ ⟢ esmond, com sua pouca idade, já levava a pior vida que poderia. havia transformado toda a pressão familiar em um modo de justificar seus erros e seus maus comportamentos. num geral, ele era uma pessoa ruim para os outros na maior parte do tempo e não tinha a menor ideia disso. apesar dos pesares, ele sempre fora uma pessoa muito dedicada para aqueles que amava. amava sua família, ou pelo menos grande parte dela. e amava lorcan. era doloroso e revigorante amar lorcan. a paixão foi algo tão avassalador, algo que nunca havia sentido antes. queria poder cuidar dele, queria ser bom para ele. mesmo que sentisse que não conseguia realizar isso, ele continuava tentando. entender os ataques do namorado, ajudá-lo. esmond não sabia muito sobre o que o namorado sofria, mas sempre procurava pesquisar e depois que ouviu certo comentário de seu pai, suas dúvidas aumentaram mais ainda. o máximo que ele sabia sobre não estar em seu estado perfeito era quando ele tinha uma bad trip, por que de resto o garoto não demonstrava sintomas de nada. quando lorcan adentrou seu quarto daquele forma, esmond se encontrava só de cueca em cima da cama lendo um gibi. havia fumado o dia inteiro com seu colega de quarto e seu quarto estava uma zona completa, mas quando viu que seu namorado tinha sangue nas mãos e no joelho ele entrou em pânico, ignorando tudo a sua volta e indo rapidamente para próximo dele. “hey, hey, eu estou aqui.” abraçou o loiro, sentindo seu peito doer. engoliu a vontade de chorar junto dele, sentindo o bolo da angústia em sua garganta enquanto tentava falar. “olha pra mim.” segurou o rosto dele, tentando passar segurança. queria perguntar logo o que tinha acontecido, mas se segurou, sabendo que isso poderia piorar a situação. “senta na minha cama, ok?” esmond beijou a testa do namorado antes de guiá-lo pela mão até a cama de solteiro que ele tinha. deixou ele lá, pegando a varinhas e indo procurar o kit de primeiros socorros. “você vai precisar tomar uma poção, ok?” disse ao se abancar na frente deste, de joelhos pela falta de bancos disponíveis no quarto. o único que tinha na frente da escrivaninha, que estava lotada de roupas sujas. não é como se ele e seus colegas de quarto usassem ela. “ela vai diminuir significantemente os seus machucados, eles não podem ficar piores, tá bom?” beijou levemente os lábios do namorado, que estava com o rosto encharcado de tanto chorar. o peito de esmond seguia doendo ao vê-lo assim. queria poder tirar toda a dor que afligia lorcan, infelizmente era incapaz de fazer tal coisa. pôs-se a cuidar do machucado. “tira essa calça, não vai conseguir ficar com ela com tanto sangue assim. eu te empreso uma minha” se afastou do namorado, para dá-lo o espaço necessário.  
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lorcamnder · 5 years
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-- Yeah... a menos que eu estrunche ou perca um braço no processo e aí você vai ser obrigado a explicar, sob o efeito de viratasserum, do porque estar aparatando comigo. -- Lily ergueu as sobrancelha em desafio. Por mais ousada que fosse, sabia muito bem quais regras valiam a pena serem quebradas ou não e seria burrice se colocar em perigo quando podia perfeitamente caminhar por quinze minutos numa agradável manhã de verão.
Mais uma vez a jovem riu com gosto tanto pela resposta dele quanto pela expressão. -- Oh, é cruel comigo, você quis dizer! Eu passei anos sem conseguir diferenciar você do seu irmão e ninguém entendia porque eu era a única que confundia vocês dois. Agora pelo menos eu sei que era porque vocês viviam me enganando! -- O mínimo que podia fazer era devolver um pouco da sinceridade que Lorcan não podia controlar. Lembrar da infância assim era tão divertido quanto era inocente, mas Lily entendia o desespero do amigo e sabia que só podia zombar dele até certo ponto. -- Não se preocupe, Lorc, eu não vou te obrigar a dizer nada comprometedor. Inclusive eu prometo que enquanto você estiver assim eu vou falar somente a verdade e nada além da verdade.
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' ——— Eu sou muito bom com feitiços. Posso ser merda com poções, mas feitiços eu sou bom.' respondeu em troca. Se orgulhava disso pois pelo menos em uma coisa tinha que ir bem, certo? Tinha dois sobrenomes de peso para honrar, afinal. Não podia ser um completo inútil. ' ——— E se algo acontecesse, o que seria improvável, eu não iria deixar você ir pra algum lugar. Não até o efeito disso passar.' confessou. E droga, como isso era ruim! Sentia como se estivesse revelando seus pensamentos antes de ousar avaliá-los.
O loiro não conteve um suspiro pesado. Lá estava o assunto que deveriam evitar mas que Lily continuava a tocar. Sem ter como lutar contra o efeito da poção, o loiro falou: ' ——— Lysander ainda lamenta que agora somos bem diferentes e não dá pra ele trocar de lugar comigo mais pra isso.' nem era sua verdade para contar e mesmo assim não conseguia parar. Cuspia as palavras com um olhar de puro pânico no rosto, mas com a voz soando resignada. Tinha apenas que aceitar o destino de expor o pobre gêmeo. ' ——— Isso não ajuda muito, Lily. A não ser que isso signifique que eu posso descontar as perguntas constrangedoras que você me fizer.' mas oh, bem, havia um pequeno problema: sua visão de constrangedor sempre foi diferente da visão das demais pessoas; o que julgava, normalmente os outros não faziam, ou o contrário.
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lorcamnder · 5 years
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O peito arfava com a respiração ofegante. A visão turva o impedia de seguir mais rápido pelo caminho que tão bem conhecia. Quantas vezes já havia trilhado aquele percurso? Podia fazer de olhos fechados, sim, mas tão desorientado como estava, os passos incertos não tinham a confiança rotineira. Sair de seu dormitório em meio a uma crise tão forte não foi a melhor ideia, percebeu isso quando escorregou na escada e caiu de joelhos no chão antes de atingir o primeiro degrau. A dor nem sequer foi sentida, mas se olhasse para baixo, veria que a calça do pijama foi rasgada por uma madeira velha e que seu joelho estava agora manchado de sangue. Não percebeu isso. Lorcan que também não notava mais a dor em sua mão, motivo do qual desencadeou todo aquele ataque de pânico. Seu único pensamento consciente era: Preciso encontrar Esmond. As lágrimas caíam de seus olhos, manchavam suas bochechas que ao invés da palidez tão comum à sua pele, agora estavam rosadas do choro. O loirinho soluçou baixo ao finalmente atingir o último degrau, tinha subido todos e não deu-se conta. Porta 1, 2, ah! Finalmente! Na terceira porta, o bruxo bateu. Bateu com força e sem ritmo. Esta foi aberta mas, infelizmente, não era seu namorado. Contemplava o olhar arregalado de algum bruxo desavisado que dividia o quarto com o outro Lufano. Para sua sorte, porém, o garoto abriu espaço e gritou o nome de Esmond antes de sair correndo do ambiente. E Lorcan, deixando seus olhos passearem ligeiro no quarto, finalmente pousou seus olhos no mais velho. Os soluços soaram mais altos e a boca se abriu para tentar falar, mas não conseguiu. O dia tinha ido de mal a pior e aquela era a consequência. Podia mais er a primeira vez que procurava-o em meio a um ataque de pânico, mas certamente era a primeira que aparecia tão machucado e afetado por isso. Normalmente não chorava, só perdia o controle. Só que dessa vez tudo era alto demais, bagunçado demais ao seu redor, sentia a pele queimar e precisava da tranquilidade que o namorado trazia para si.
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lorcamnder · 5 years
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' ——— Em combensação dão consigo respirar direito.' reclamou. Quando era com outras pessoas, também achava a voz nasal por causa da gripe ou de alergias deveras engraçada; consigo, só era irritante. ' ——— Manchinhas azuis?' rapidamente o loiro afastou a gola da camisa para espiar por dentro desta. Seu torso continuava pálido como sempre, talvez precisasse de umas saídas para o sol, mas não via nada azul. Lorcan subiu as mangas do moletom para observar os braços e suspirou fraco — e barulhento por causa do nariz entupido — quando viu que estava livre disso. ' ——— Bom, todas as outras coisas benos as manchas.'
                      -Você fica engraçado falando assim… Disse, sorrindo de lado. -Quer me falar exatamente os seus sintomas? Eu sei algumas poções bacanas, mas preciso saber o que você tem. Febre? Dor de cabeça? Garganta? Manchinas azuis? Ele perguntou, os olhos passando pelo corpo de Lorcan, mas não vislumbrando quase nada, sendo que a superfície da sua pele estava quase completamente coberta por roupas. -Frio?
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lorcamnder · 5 years
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Por alguns segundos, Lily permaneceu atônita enquanto sua mente trabalhava para entender o que Lorcan havia dito. Não que ela não fosse capaz de compreender as palavras dele, mas a situação toda era absurda demais e num primeiro momento a jovem até mesmo duvidou ter escutado certo. Todavia Lorc não parecia estar mentido, de fato, ele não seria capaz de mentir. Sem poder se conter, Lily explodiu em gargalhadas. Ria tanto até as bochechas doerem e os olhos lacrimejarem. Alguns minutos se passaram até que tivesse condições de responder -- Eu sempre achei que a Luna era uma mãe tão tranquila. -- as palavras saiam por seus lábios entrecortadas enquanto a ruiva lutava para recuperar o fôlego. -- Minha avó estava certíssima quando dizia que cada um tem a mãe que merece... Ah, não me olhe assim, é engraçado pra caramba! -- E mesmo divertindo-se imensamente sabia que o Scamander estava certo. Lily poderia até caçoar dele ali, mas Lorcan jamais viria aquele episódio voltar à tona para prejudicá-lo no futuro. -- Vamos para a minha casa, não vai ter ninguém lá e você vai estar seguro enquanto nós não descobrimos um jeito de fazer isso parar. -- Sem esperar pela resposta do amigo, pôs se a andar na direção oposta -- Vamos! Se quisesse aparatar por aí não deveria ter chamado por uma bruxa menor de idade. -- depois de alguns segundos em silêncio, Lily perguntou inesperadamente, completamente ciente de que o outro não poderia fugir da pergunta. -- Então é verdade que você tinha uma quedinha por mim quando eramos crianças? -- Seus olhos cintilavam em divertimento, não se aproveitar de Lorcan não significava que não se divertiria com a situação, tinha certeza de que a respostar era negativa, mas não podia resistir a provocar alguém.
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A gargalhada de Lily soou alta. Lorcan a encarava com um incredulidade agora. Como se já não bastasse a situação em que havia se enfiado, aguentá-la rindo daquela forma de si, não ajudava em nada. Um suspiro frustrado foi dado pelo rapaz e os braços deste cruzados contra o peito. Queria soluções, precisava de soluções, não de risadas assim. A menina levava o nome de sua mãe mas sempre demonstrara-se ser o completo oposto da mais velha; mesmo quando eram menores, não entendia como os pais da ruivinha puderam olhar para a criança recém nascida e declarar que ela deveria carregar o nome de alguém tão excêntrica como sua mãe era. Lhe divertia, afinal, enquanto Luna era doce, Lily tinha um jeito de durona. ' ——— Hm, sim. Até que ela perceba que estamos escondendo algo dela. Pelo menos isso vocês têm em comum.' bufou baixinho um riso. E ali estava uma frase que não teria dito caso não estivesse sob o efeito da poção. Como se para deixar isso claro, gemeu com irritação, batendo o pé no chão. ' ——— Rir não vai me ajudar em nada!' reclamou.
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A ideia de ir para a casa alheia até poderia ser boa, mas andar até lá? Nem tanto. E se encontrassem alguém que fizesse uma pergunta ruim que ele soubesse a resposta? E se acabasse soltando algo que não deveria? Inferno! E se falasse sobre o Departamento? O receio não foi o suficiente para lhe impedir de ir seguindo a mais nova, mas trouxe para seu rosto uma expressão emburrada. ' ——— Ninguém precisaria saber o que teríamos feito.' dissera, olhando desconfiado para os lados. O que não sabia é que o perigo não eram as pessoas ao redor, mas sim a própria Lily. E Lorcan tentou ficar calado. Tentou morder a língua para conter a verdade... mas disparou em questão de segundos. ' ——— Não, quem tinha era Lysander. Algumas vezes ele fingiu ser eu para ir brincar com você então entendo de onde pode vir a confusão.' e ambas as mãos subiram para tampar a boca, os olhos arregalados em alarde. ' ——— Isso é cruel!'
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lorcamnder · 5 years
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- Três Weasleys? É pouco, sabe disso. - Gostava de dizer que sua família era grande demais, só pelo número de primos poderia dizer que teriam tempo demais para conhecer todos eles, dia de festa de família era super movimentado e cheio, muito cheio, as únicas pessoas que deixava que invadissem o seu espaço pessoal. A pergunta dele lhe causou aquele rubor leve nas maçãs de seu rosto com as sardas que denunciavam bem em qual família fazia parte enfim. - Claro, sempre que quiser. Como quiser. - Deu ênfase naquela frase porque, naquele momento, conseguiu se imaginar seminu e o outro lhe desenhando com a mesma dedicação que estava no momento em que viu a joaninha no focinho do cachorro. Agora estavam no assunto da aparatação, já tinha feito antes e quando ganhou a permissão para tal, bem, lembra-se dos gêmeos no sétimo ano deles? Exatamente como era Louis, para qualquer lugar que fosse, uma nova aparatação acontecia. Mas Louis lembrou-se do problema que o rapaz tinha com toques, sempre soube que jamais faria parte de sua lista com aquele detalhe tão íntimo e por isso continuava alimentando as chances de tudo não passar de paixões platônicas, no qual você só observa e fica feliz por vê-lo feliz. Mas quando Lorcan lhe estendeu a mão, o rapaz ficou alguns breves segundos olhando para a mesma antes de, hesitante e inseguro, deixou que seus dedos tocassem os dele, buscando permissão de forma silenciosa para toca-lo. - Já, muito até. Meu pai adorou, mas minha mãe ficou bastante incomodada. - Brincou, lembrando de quando conseguiu entrar em uma boate gay, aparatando apenas e saiu de lá com um imenso chupão no pescoço, detalhes que sua mãe ainda guardava consigo e era sempre pega olhando o pescoço alvo de Louis como se procurasse sinais de outra "fuga" dele. - Vamos?
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' ——— Se os resultados vierem seguidos já de primeira, não é tão pouco assim. Ainda mais tendo em mente a reputação que já existe.' comentava com diversão já que as histórias que a mãe lhe contara sobre aquela família sempre arrancava de si enormes risadas. Mas o sorriso mostrou-se apenas com a concordância vindo. Tirando as criaturas mágicas, seu gêmeo e Esmond, as pessoas não tinham paciência para posar e esperar que Lorcan os esboçasse. O jovem Scamander ficara contente então de ver Louis lhe concedendo essa chance. Fazia muito tempo desde que desenhara alguém de propósito e com a permissão desta. Seu último desenho assim permanecia muito bem guardado em um de seus portifólios. ' ——— Isso é ótimo! Agora só preciso pensar em algum lugar que seja confortável e tenha uma boa iluminação!' respondeu com alegria. Tão distraído com isso, assim que a mão alheia encostou na sua, não deu-lhe um segundo pensamento; entrelaçou os dedos nos dele e apertou-os, continuando: ' ——— Ah! O novo instituto tem um belo jardim!' considerou. E só foi com o Weasley respondendo positivamente para o fato de precisarem aparatar que o loirinho percebeu as mãos atadas, o olhar caindo para elas. Oh, bem. Foi mais fácil do que imaginava. Voltando a fitá-lo, assentiu. A varinha foi tirada da bota esquerda e os olhos fechados. O beco perto do pequeno e aconchegante café foi visualizado em sua mente, era o mais perto que poderiam desaparatar sem chamar atenção de algum trouxa. Logo já estava virando o corpo e trazendo o amigo consigo, agradecendo mentalmente por não ser um dos bruxos que ficaram para trás para ouvir o barulho esquisito que o feitiço fazia. Em questão de poucos segundos, seu corpo experimentou o rápido desconforto do vazio; mas os pés logo tocaram o chão e o rapaz quase tropeçou, se estabilizando com facilidade. ' ——— Urgh, inteiro?' indagou divertido, virando o olhar para o mais jovem. Seus olhos passearam na figura menor, ficando satisfeito de ver que pelo menos aparentemente, o menino estava completo. Não que duvidasse disso, poções podiam não ser sua área, mas feitiços eram. ' ——— Por que sua mãe ficou brava de você aparatar? Eu deveria esperar ela descobrir sobre hoje e ir contar pra minha mãe?' Luna já não encontrava-se muito feliz consigo por causa da tatuagem e do piercing, adicionar algo sobre fazer alguém desobedecer a família? Certamente não lhe ajudaria.
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lorcamnder · 5 years
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- Você está tendo experiência com o Weasley errado. - Foi convicto no que estava dizendo, sua família carregava famas diversas, entre elas, era o da bagunça, das brincadeiras, do jeito arteiro de ser e Louis, por mais que as vezes deixasse o cansaço dominar, não se encaixava bem, podia provar com suas tentativas de fazer as coisas erradas, fugir da escola ou tentar pregar alguma peça, desastre em tudo aquilo. - Mas você desenha bem, pode não fazer profissionalmente, mas é bom ter um hobbie também. -Sabia bem do que estava falando já que, quando não estava jogando, estava tocando piano ou cozinhando, duas coisas que amava fazer. Bem, agora falavam sobre uma coisa que fazia suas bochechas queimarem, aquilo era algum tipo de elogio? Podia perguntar não era? Preferiu não dizer nada, sorriu e olhou a sua volta. - É, ao menos teríamos outros lugares para ir do que as poucas opções que tem por aqui. - Franziu os lábios, era uma coisa que o incomodava, Louis era gay e maioria das coisas ali exalavam todo o ambiente heteronormativo tóxico que podia imaginar, claro, eram séculos de atraso que gostavam de manter ali, não tinha como julgar. - Quer tentar?
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' ——— Eu estou, é? Três Weasleys, achei que já era teste o suficiente. Quatro para dar sorte então.' brincou. Até então, todos pareciam não apenas chama para confusão ou bagunça, se Louis contrariasse esse resultado, teria que buscar mais daquela família para checar se ele foi uma exceção ou se havia mais. E não podia negar, gostava dessas pesquisas aleatórias que montava para si mesmo. ' ——— Isso quer dizer que você vai me deixar te desenhar?' perguntou com um misto de surpresa e animação. Pois ainda que gostasse de capturar expressões descontraídas, ter alguém disposto a ser seu motivo de atenção por alguns minutos enquanto esboçava, era magnífico. ' ——— Ah, quer aparatar então? Eu conheço um lugar muito legal.' no momento em que indagou, desanimou internamente porque o rapaz não tinha permissão para aparatar sozinho; além do mais, ele nem sabia onde ficava. O que queria dizer que teria que manter algum tipo de contato com o mesmo. E caramba, por mais que estivesse tentando integrá-lo na minúscula lista de pessoas das quais tocava sem hesitar, ainda encontrava-se no início dessa fase. Nem tinha começado! Mas era uma boa forma de iniciar, não? Engolindo a hesitação, passou o caderno de desenho para o braço esquerdo e estendeu-lhe a mão direita. ' ——— Já aparatou antes?'
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lorcamnder · 5 years
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Suas férias tinham sempre dois extremos: A agitação de estar na casa dos avós e a tranquilidade de quando estava na própria casa. Em especial depois que James e Albus atingiram a maior e idade e sempre estavam ocupados demais aparatando por aí para estar em casa. Lily não podia evitar se ressentir em ser deixada para trás e ficar sozinha. Era o que ela mais detestava no mundo todo. Contudo, procurava sempre tentar tirar proveito de um tempo de qualidade com a mãe. Aquela manhã começara anunciando mais um dia tranquilo, mesmo que, naquele dia em particular, estivesse completamente sozinha em casa. O que por sua vez, era completamente desgostoso para ela. Entretanto mudou completamente seu curso com um telefonema inesperado. Por si só a utilização do telefone já era algo raro e nas poucas vezes em que o aparelho trouxa tocara não fora para anunciar boas novas. O pedido do Scamander pareceu à Lily demasiado estranho e intrigante demais para ser negado.
A Potter então seguiu ao Caldeirão Furado o mais rápido que uma bruxa menor de idade, logo, com recursos mágicos limitados, poderia. Sorte a dela de ter entusiastas trouxas na família ou nunca teria aprendido a navegar pela Londres trouxa com destreza.
-- Mas que diabos, Lorc!?-- assim como o bruxo fizera, Lily considerava que aquele encontro dispensava saudações polidas. -- Que merda aconteceu para eu ser a sua melhor opção? -- Não que tivesse ido encontrar o amigo a contra-gosto. Na verdade, o chamado dele foi até mesmo bem-vindo. Mas Lily era comumente tida como a pessoa causadora de problemas e não o contrário.
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Tão nervoso como estava, ver Lily foi como colocar bálsamo em um ferimento. O jovem Scamander soltou até um suspiro baixo de alívio enquanto as íris claras seguiam a garota se aproximando. A explosão da ruivinha já era esperada, mas a pergunta... droga, perguntas! Antes mesmo de registrar corretamente a indagação, já estava a lhe responder: ' ——— Minha mãe colocou veritaserum na minha cerveja amanteigada de novo! 'e sabe-se lá porque acrescentou aquela última parte; a primeira vez que isso aconteceu, Lorcan não pediu ajuda para ninguém só esperou o efeito se desgastar depois de várias horas. Mas isso foi porque sequer sentia o desejo de sair de casa, tinha ido passar o final de semana com os pais e após contar o que lhe atormentava, não tinha mais nada a esconder.
O loiro fez um barulho baixo de desgosto por ter já cuspido a verdade na primeira chance que abriu a boca, a expressão irritada ficando a mostra em sua face. ' ——— Outras pessoas iriam se aproveitar disso ou brigar comigo, você não vai.' ou pelo menos era o que tão fielmente acreditava. Lily tinha um bom coração, apesar de ser encrenqueira, a menina lhe passava uma confiança imensa. ' ——— Preciso fazer isso parar, mas eu não entendo de poções! Não posso só esperar passar.'
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lorcamnder · 5 years
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Embora ter colocado o piercing no septo tenho sido visto por Lorcan como uma boa mudança, sua mãe não gostou. E o jovem Scamander sabia que isso não acabaria bem. Tinha evitado a mulher desde o dia em que colocou-o no nariz — que também foi o dia em que fez a primeira tatuagem no pulso, as bolinhas coloridas minúsculas mas que tinha adorado — e como sua mãe parecia sentir a mentira de longe, foi uma surpresa quando um par de horas atrás a loira apareceu no Caldeirão Furado. Para sua sorte, ou assim pensava, na parte da manhã havia tirado a argola pois machucara-se enquanto dormia e também usava um moletom que escondia a tatuagem. Nos primeiros minutos até cogitou a hipótese de conseguir esconder tudo e sair ileso. Mas não foi o caso. Só precisou de vinte minutos para começar a despejar pequenos detalhes verdadeiros demais para tudo o que a mãe indagava. Infelizmente não fora a primeira vez que a loira de voz tão gentil e atitudes doces usava aquela artimanha contra si, anos antes quando entristecido por causa do término com Esmond, fora vítima da esperteza da bruxa. Vitasserum. A poção da verdade. Algo que Luna e Rolf mantinham em segredo apenas um pequeno frasco guardado para ser usado em ocasiões especiais, afinal, em tempos de crise, nunca se sabe a que métodos de terá que recorrer. Duas míseras gotas em sua cerveja amanteigada e Lorcan despejou sobre o piercing e a tatuagem. A dosagem tão pouca só seria eficaz por algumas horas mas não podia se dar ao luxo de ser pego em um estado assim, não com o que tinha guardado no quarto.
Em uma atitude desesperada, assim que a mãe saiu — irritada e alegando deixá-lo ainda sob o efeito da poção como uma espécie de castigo — ele ligou para Lily. A voz apressada e agitada apenas dizia para a ruivinha ir até o Caldeirão Furado de algum jeito pois o caso era de vida ou morte. Um puro exagero mas que aos seus olhos, era como parecia. ' ——— Lily, por Merlin! Você precisa me ajudar ou eu vou estar muito encrencado!' disparou assim que viu a figura pequenina da jovem Potter. A esperava do lado de fora do bar, até então tinha ignorado firmemente todas as pessoas que lhe saudavam com um singelo olá. Foi uma sorte que ninguém tinha lhe perguntado nada até então. @delilycious
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lorcamnder · 5 years
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Ainda envergonhava-se com o fato de que demorava um pouco para entender quando as palavras das pessoas não queriam dizer o que elas realmente falava. O sarcasmo complicou sua vida desde a infância mas pelo menos naquela época, os adultos costumavam achar engraçado o que chamavam de ingenuidade. Conforme crescia e isso não sumia, Lorcan já não era visto como adorável mas sim como um idiota e o bullying foi uma das partes difíceis de lidar em Hogwarts. Para sua sorte, a paciência de Esmond foi enorme desde o princípio. O Weasley pareceu entender antes mesmo de que confessasse ser Aspie que para não haver mal entendidos, o mais indicado seria não usar figuras de linguagem que deixasse o entendimento dúbio. Tirando seus pais e Lysander, Esmond foi o primeiro a se preocupar com esses pequenos detalhes. E, na realidade, até então fora o único de fora também. Sorrindo sem jeito, Lorcan revirou os olhos. Dessa vez ele estava sendo direto pois sim, recordava-se bem da agonia que sentia quando ia no quarto alheio. Se conseguisse avisar sobre a visita, ainda tinha a chance de achar o chão sem dificuldades. Mas se fosse uma espécie de surpresa por ter algum pesadelo, ataque de pânico ou apenas não conseguir dormir e decidir ir atrás do namorado para apreciar sua companhia, a bagunça que lhe recebia era imensa. ' ——— Você ainda arrumava de vez em quando, Esm. O Fred não arruma. Ele tem lanches meio mordidos debaixo da cama dele!' respondeu, fazendo uma careta. O apelido com o qual se familiarizou em chamá-lo quando namoravam escapou sem que Lorcan percebesse, o loiro não retirou ou deu indicações de ter percebido o deslize, mas internamente, seu coração acelerou. Há quanto tempo não o chamava assim? Aquecia-o de dentro para fora e o leve sorriso agora parecia não querer mais sair de seus lábios. ' ——— Eu ainda achava você ou sua cama no meio da bagunça quando aparecia do nada. Se eu for tentar entrar no quarto do Fred, vou ser barrado pelos entulhos e roupas espalhadas.'
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━━ ⟢ foram incontáveis as vezes que teve que explicar sarcasmo para lorcan. piadas, raivas disfarçadas e segundas intenções não eram o forte do loiro. depois de um tempo ele acabou por aprender que o melhor era ser direto, que quebrar a cara seria o preço em certos momentos se escolhesse investir em seus sentimentos por lorcan. e ele quebrou a cara algumas vezes, vezes em que não sabia como agir. o loiro fora o primeiro namorado, ou melhor, o primeiro amor de esmond. até hoje ele se pergunta como conseguiu conquistar alguém com os dotes para o flerte que tinha quando mais novo. era tão óbvio que estava apaixonado, até sua avó percebeu durante o primeiro verão namorando, que algo tinha. tinha medo de isso acontecer novamente. se apaixonar perdidamente. “sim, sarcasmo.” reafirmou, ainda sorrindo. era bom pelo menos não ter que odiar lorcan, pois não saberia se seria capaz de tal coisa. “ele é pior que eu? minha parte do quarto nos dormitórios sempre era a pior.” hoje em dia ele é mais organizado, mas quando estava no seu pior lembra que era uma zona total. esmond não deixava roupas sujas, não deixava restos de comida como a maioria, mas seu malão estava sempre desorganizado e tinham pergaminhos no chão sempre que as provas chegavam e a cama nunca estava feita. lembra que entrava em desespero sempre que implorava para lorcan ir lhe dar um beijo de boa noite e jogava tudo pra baixo da cama para disfarçar. como os dois eram da mesma casa era fácil eles escaparem para ficarem juntos e isso normalmente vinha de esmond já que ele nunca ligou muito pra nada. só pra lorcan. 
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lorcamnder · 5 years
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Miles Heizer for Nylon Magazine
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lorcamnder · 5 years
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- Bem, eu não sou esse tipo de aluno de Hogwarts. - Apesar da recusa, se lembrou bem da sua última visita a Hogsmeade e não foi exatamente como estava sendo naquele momento, tinha fugido da escola e acabou sendo pego, na verdade, se fosse analisar bem, conseguia negar bem a sua posição como aquele aluno correto e perfeito por não sabem, nem mesmo, fazer alguma coisa errada. Quando Lorcan aceitou o convite de irem para algum lugar diferente, bem, podiam ir a qualquer lugar daquele vilarejo, então escolheu ficar sozinho com ele. - Vamos só caminhar e ver aonde vamos parar. - Havia a chance de ir a algum lugar no qual não haveria ninguém e nem mesmo soube a razão de querer tanta privacidade. Louis ficava extremamente confuso do lado do jovem Scamander, então com o sorriso dele, Louis sorriu também, enfiando as mãos suadas e trêmulas no bolso frontal da calça e desviando o olhar para não ficar babando demais no rapaz. - Você desenha bem, devia investir nisso... - Chegou a engasgar levemente ao fim da frase quando o outro sugeriu desenha-lo, sentindo o rosto em chamas e desviou o olhar sem jeito, que droga Louis, não precisa dar tanto na cara. - E o que você iria querer desenhar aqui? - E lá estava ele mais uma vez, com a sua auto estima baixa e totalmente inseguro sobre sua própria beleza, o que acreditava fielmente que não existia. O jovem Delacour sempre soube, a única razão de alguém se sentir atraído por ele era simplesmente, pelo seu dom e nada além disso, por isso sempre ficava achando que qualquer elogio era só um jeitinho de ser gentil com ele. - Vamos, eu tenho problemas sérios com lugares cheios e já tá ficando assim.
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Um bufar baixinho escapou dos lábios rosados de Lorcan. O loiro teve que revirar os olhos para aquela desculpa. ' ——— E eu deveria acreditar em você? Seu sobrenome é pesado quanto a isso, Lou. E por experiências com Weasleys, esse peso é real.' brincou, sorrindo de forma divertida. Tudo bem, Louis era de longe um dos mais quietos e calmos daquela família, mas ainda era um deles. Assentiu em concordância, porém, e se pôs a andar. A mochila foi arrumada no ombro e o desenho dobrado ao meio com cuidado antes de ser guardado em um dos bolsos da bolsa. ' ——— Eu prefiro minhas pesquisas. Os desenhos são um passatempo, só isso mesmo.' enrugou brevemente o nariz antes de sorrir, um tanto confuso. ' ——— Ué, desenhar você! Gosto de desenhar pessoas que conheço, sempre parece mais legal. E você tem traços bonitos para desenhar.' explicou, embora não achasse que fosse algo necessário. Desenhá-lo inconsciente de que estava sendo visto é uma coisa, tinha até alguns desses nas pastas; mas com ele sabendo, definitivamente seria diferente. A alça da bolsa foi segurada com mais força ao notar que sim, o amigo tinha razão, enchia rapidamente a parte do vilarejo. ' ——— Que tal a Londres dos trouxas? Essa hora costuma não ser tão movimentada.'
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