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AS RUÍNAS LIXOSAS DA HUMANIDADE
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desdobramentos do consumo desenfreado. Por: André Luiz
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lixohuman · 1 year ago
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lixohuman · 2 years ago
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“Bug mug” Matscot April Fools day mug (1996)
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lixohuman · 2 years ago
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CONSUMO IRRACIONAL
A maioria dos produtos produzidos pela humanidade podem ser categorizados em três estilos distintos baseados em três períodos culturais: Pré-Moderno, Moderno e Pós-Moderno. Artes visuais, literatura, arquitetura, design de produtos e os modos de produção podem ser classificados a partir dessas etapas do desenvolvimento da história cultural da humanidade. O ponto central que orienta essa teoria é a ideia de “moderno”. O estilo Moderno atende ao esforço de compreender a forma e essência pura da funcionalidade dos objetos. Em contraste, objetos Pré-Modernos tendem a obedecer ideais tradicionalistas sobre beleza e técnica que comungam, geralmente, com ideais religiosos. Em oposição a racionalidade preponderante na filosofia da produção cultural e material da era Moderna, o período Pós-Mo noderno é caracterizado pela rejeição das expectativas possíveis sobre a forma e essência dos objetos, atenuando uma lógica por vezes demasiadamente estética, sarcástica e até mesmo hostil diante as expectações do consumidor perante determinado produto cultural. Conclui-se, assim, que a humanidade parou de produzir a partir da lógica da racionalidade e necessidade e, hoje, produz para atender ao desejo por consumo imposto pelo modo de produção capitalista contemporâneo. 
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FAST FASHION: A ERA DAS ROUPAS DESCARTÁVEIS.
A velocidade de produção e descarte de roupas nos últimos anos é um exemplo da transição cultural e modos de consumo da atualidade: o imprescindível deu lugar ao descartável.  
“vivemos numa economia capitalista, baseada no acúmulo de riquezas e extração de recursos naturais de forma predatória e esta economia moldou e transformou a relação homem-natureza, rompendo com a harmonia que outrora existia nesta relação” (Professora Cristina Sant’Anna em entrevista a CNN)
O resultado da produção, consumo e descarte acelerado de roupas trazem prejuízos ao meio ambiente em uma escala alarmante. A indústria da moda é uma das que mais impactam o meio ambiente, consumindo água em larga escala e emitindo gás carbônico na atmosfera, sendo responsável por 8% dos gases do efeito estufa e por 20% do desperdício de água no mundo. Cerca de 7.500 litros de água são gastos para a produção de uma peça jeans. Outro fator preocupante é o descarte irresponsável das roupas produzidas em larga escala. 
Peças de roupas inexplicavelmente abandonas se acumulam aos montes no deserto do Atacama, próximo a comunidades com altos índices de pobreza e vulnerabilidade. Todos os anos cerca de 59 mil toneladas de roupas usadas chegam ao Chile, descartadas pelos Estados Unidos, Europa e Ásia. Pelo menos 40 mil toneladas desse montante não é vendido e acabam em lixões, causando instabilidades ambientais. Apesar de ser proíbido o descarte têxtil no Chile até mesmo em depósitos legais, ainda assim os importadores contratam caminhões coletores que descartam os resídos da moda no meio do deserto. Grande parte das roupas produzidas contém poliéster, resina plástica derivada do petróleo que demora 200 anos para se desintegrar. O desgaste dessas roupas liberam microplásticos que acabam na atmosfera, afetando a fauna marítima e terrestre. Os incêndios que ocorrem com frequência nos lixões clandestinos no Atacama afetam a saúde dos moradores das áreas próximas, em sua maioria imigrantes ilegais que escavam as montanhas de roupa em busca de peças para vestir ou revender. A falta de fiscalização e a vulnerabiidade econômica da região dificultam a solução do problema e os mais pobres são os que mais sofrem as consequências de um modelo de negócio predatório.       
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REFLEXO ARTÍSTICO 
Hans Haacke
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Hans Haacke - Monument to Beach Pollution, 1970.
Escultura ambiental produzida com resíduos coletados em Carboneras, na Espanha, em 1970 pelo artísta alemão Hans Haacke, pioneiro da arte conceitual e considerado um líder expoente da crítica institucional. Seus trabalhos exploram interferências políticas e corporativas nas instituições de arte e as intersecções do capitalismo global, o nacionalismo, e as crises humanitárias ao redor do mundo
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Gift Horse (2014) - escultura em bronze de um esqueleto de um cavalo adornado com uma fita LED que transmite os preços das ações em tempo real, possível crítica a subserviência enraizada ao sistema capitalista.   
Pam Longobardi
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Pam Longobardi - Defective Flow Chart, 2007
Instalação constituída por detritos plásticos achados em praias, realizada pela artista e ativista americana Pam Longobardi, que registra e coleta lixos presentes em praias para a produção de artes.  
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Pam Longobardi -Sleeping Giant, from Drifters, 2008-2009.
Suas obras reunem pláticos coletados de praias ao redor do mundo, numa tentativa de entender como o consumo está transformando os oceanos.
 REFERÊNCIAS
- 'Lixo do mundo': o gigantesco cemitério de roupa usada no deserto do Atacama. G1. 28 de janeiro de 2022. disponível em: https://g1.globo.com/pop-arte/moda-e-beleza/noticia/2022/01/28/lixo-do-mundo-o-gigantesco-cemiterio-de-roupa-usada-no-deserto-do-atacama.ghtml
- J.J. McCullough. The Three Phases of Culture. Youtube, 5 de março de 2023   
- NEW ARTICLE PUBLISHED ON THE CONVERSATION + EARTHSKY !!. Pam Longobardi. 17 de fevereiro de 2023. disponível em: https://driftersproject.net/new-article-published-on-the-conversation/
-  Convergence Zone: The Aesthetics and Politics of the Ocean in Contemporary Art and Photography. Abigail Susik. disponível em: http://drainmag.com/convergence-zone-the-aesthetics-and-politics-of-the-ocean-in-contemporary-art-and-photography/   
-   Hans Haacke: All Connected. Julia.  22 de outubro de 2019. disponível em: https://www.artequeacontece.com.br/hans-haacke-all-connected/ 
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