"The Circles will break—if it be one year, a decade, a century, or beyond. Tyrants always fall, and the downtrodden always strive for freedom"
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Pode perceber Lyanna relaxando aos poucos enquanto conversavam, e estava satisfeito com isso, apesar de se sentir um tanto grato que ela houvesse confiado nele para se deixar mostrar o rancor que sentia. A expressão dela mudou quando mencionou sua casa, e Aldenon teve apenas um segundo para perceber que tal detalhe não iria escapar alguém como ela, tudo havia parecido tão casual que havia se esquecido que Lyanna não sabia tudo sobre ele.
Era estranho como sua “casa” continuava a segui-lo mesmo agora, quando tudo que queria era deixar aquele mundo para trás.
”É algum príncipe foragido? Se sim, deveríamos arranjar nosso casamento; claro, sem segundas intenções…”
Sabia que a brincadeira escondia uma dúvida real, mesmo assim não conseguiu conter uma risada. — Não, nada tão importante. Sinto muito. — Respondeu, no mesmo tom de brincadeira, ganhando algum tempo para responder a verdadeira pergunta.
Não sabia ao certo por que ainda não havia mencionado de onde era, Lyanna sabia coisas bem mais importantes, no entanto era uma parte de si que havia se acostumado a esconder. A opinião que tinham de Orlais em Ferelden não era das melhores, e tinham razões para isso, também não era bom que saísse por aí agindo como se fosse um nobre importante quando tudo que queria era evitar grandes cidades e não chamar atenção. Ademais, nem mesmo sabia se conseguiria agir como um nobre depois de todos aqueles anos no Círculo.
Nobreza era algo importante em Orlais, até mesmo nos Círculos o sobrenome e a atitude certa garantiam privilégios; Aldenon não tinha certeza se teria a liberdade que tivera para estudar magia se fosse filho de um comerciante, ou um elfo, mesmo com o apoio do Primeiro Encantador. É claro, haviam pessoas bem mais influentes que ele no Círculo, mas ele nunca havia se interessado muito no jogo político para mudar isso, todo seu tempo era gasto na biblioteca... com Alexis.
Ferelden no entanto não era Orlais, e Lyanna não parecia se impressionar muito com nobres. Não sabia se isso devia o deixar mais seguro ou preocupado em revelar aquela parte de si.
— Creio que conheça Orlais? Ou ao menos sua fama. — Perguntou sem jeito, evitando encontrar seus olhos. Encarou as chamas enquanto memórias invadiam sua mente: as festas e jantares que seus pais o levaram, a grande catedral em Val Royeaux, os chateaux, o Grande Jogo e a obsessão que todos tinham por ele. Até mesmo alguns magos do Círculo. Tentou não pensar nisso. — As coisas que acontecem lá... pelo que me diz, Loghain não é muito diferente dos nobres Orlesianos.
Aldenon suspirou antes de continuar. — Temo que eu seria um deles, se não fosse um mago. Ao menos uma coisa boa em ser mandado para o Círculo e perder todos os seus títulos. — Terminou com um sorriso, e se perguntou quanto mais revelaria até que sua jornada terminasse.
— Mas e você, tem muito disso de onde você vem? — Perguntou, se sentindo um tanto exposto depois de falar sobre Orlais.
Protection ⊕ Aldenon & Lyanna
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Não era uma pergunta que esperava ouvir, não estava acostumado a ser tão aberto sobre seu passado, principalmente com alguém que acabara de conhecer. A sensação de poder falar sobre aquilo era reconfortante, no entanto ainda haviam coisas que precisava esconder. Teve que pensar por um momento antes de responder.
— Acho que 14, talvez 15 anos. Você disse que entende...? — Perguntou, tentando não soar muito curioso.
Curiosity road || Aldenon & Malrin
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O riso debochado, a forma com que ela havia reagido ao falar sobre Loghain, era uma fúria que não havia visto nela durante o pouco tempo em que se conheciam. Era claro que seu envolvimento naquilo era pessoal, e ela parecia longe de superá-lo.
Podia compreender isso, também guardava raiva das traições que sofrera. No entanto, não podia deixar de se preocupar, tanto com a forma como aquilo a afetava quanto com o que poderia significar para eles. Se ela nutria tanto ódio pelo conde, poderia ele nutrir o mesmo por ela? É claro, isso não importava muito, não era como se pudessem tornar sua viagem mais perigosa, e ele dificilmente poderia julgá-la quando ela aceitou não só o fato de que ele era um mago, mas também sua magia de sangue.
“Não soe tão surpreso. Pessoas da laia dele mentem o tempo todo.” Quase não conteve um riso ao ouvir aquilo, sabia bem o que “pessoas da laia dele” eram capazes de fazer. Ainda conseguia se lembrar da forma como seus pais haviam o olhado quando descobriram sua magia; da forma como se livraram dele, visando apenas em manter a reputação dos Montbelliard, sem se preocupar com o que aconteceria com ele no círculo. Sem mencionar todos os nobres de Orlais, ocupados demais com seu grande Jogo para se importar com qualquer outra coisa.
— Eu sei bem disso, — Respondeu. — Eu agradeço por me contar. Sinto muito que tenha se envolvido com alguém... assim. — Tentou demonstrar sua sinceridade com o olhar.
— Sabe, toda essa conversa sobre nobres e traição me faz lembrar de casa. — Adicionou com um sorriso, tentando aliviar o clima de tensão que havia caído sobre eles. Não se surpreendia que Lyanna não desejasse lutar as batalhas de outras pessoas, sabia que teria uma reação similar em seu lugar. O que não era exatamente difícil de imaginar; magos eram úteis em batalhas, e os Orlesianos ficavam contentes em usá-los quando necessário, e ignorá-los no resto do tempo.
O fato de que haviam compartilhado informações tão pessoais não passou despercebido. Talvez fosse pela armadilha em que caíram, a luta, e a fuga que se seguiu, mas sentando ali em frente a uma fogueira produzida por sua própria magia ao lado de Lyanna— era quase como se fossem amigos, além de aliados. Nem mesmo conseguia se lembrar da última vez em que se sentira assim.
Estava acostumado a perder aqueles de quem se aproximava, só podia esperar que o fim de seu caminho com Lyanna fosse diferente.
Protection ⊕ Aldenon & Lyanna
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Aldenon assentiu com a cabeça, as únicas vezes que havia comentado sobre aquilo havia sido com outros magos ainda no círculo, mas nunca havia sido tão... abertamente. Os outros magos nunca haviam se sentido muito seguros conversando com ele sobre tais coisas, não que ele pudesse culpá-los. Contar a Lyanna sobre aquilo não havia sido como imaginou que seria, havia sido estranho a princípio, mas também havia sido libertador finalmente falar abertamente sobre o que achava do Círculo. Também estava contente de o ter feito.
Observou Lyanna enquanto ela falava, havia ouvido sobre ela antes de a contratar, é claro que sabia que ela havia feito outros trabalhos—e bem—mas aquele parecia ser um caso especial. Se perguntou se era algo que ela realmente queria compartilhar, ou se preferia deixar para trás. Não queria se intrometer, mas as palavras dela, o modo como ela falou dos guardiões, e então do causador dos rumores...
Aldenon era curioso, não estaria onde estava agora caso não o fosse, e a comparação com os Templários atiçou ainda mais sua curiosidade. Lhe parecia que Lyanna não se referia aos bêbados ou camponeses que repetiam os rumores, não, ela parecia ter um alvo bem mais especifico, e mesmo que não pudesse ter certeza, a forma com que ela lhe encarava era tudo que precisava para se convencer de que ela falava do atual regente de Ferelden; Loghain.
Seu conhecimento da história e da nobreza de Ferelden não eram tão extensos quanto gostaria, no entanto, aquela não era a forma que havia visto as pessoas se referirem a Loghain, que, ele se lembrava bem, ajudou a acabar com a ocupação Orlesiana.
— Você quer dizer que... Loghain está mentindo? — Perguntou, querendo ao mesmo tempo questionar como havia se envolvido naquilo, como sabia que era mentira, por que parecia se importar tanto.
Não pela primeira vez, se perguntou quem Lyanna realmente era.
Protection ⊕ Aldenon & Lyanna
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“Aldenon. Não há necessidade de se desculpar, eu deveria estar agradecendo. Se não tivesse intervindo eu provavelmente estaria morto agora. Então, obrigado.”
@lesage
“Ei, desculpe por toda a confusão lá atrás. Acabei nem perguntando seu nome antes de conscrever você aos Guardiões. Eu me chamo Lilian Bennett, mas pode me chamar apenas de Lily.”
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Aldenon encarou o sangue escorrendo dos corpos no chão, não era uma imagem que ele gostaria de manter em sua mente, mas duvidava que fosse esquecê-la facilmente. Era estranho que estivessem dispostos a atacá-los, somente com um mago para protegê-los. O que também levantava outras perguntas, a vila parecia ficar mais estranha a cada passo que davam e ele se perguntou se era má sorte ou se simplesmente era parte do trabalho dos Guardiões.
Enquanto os outros rondavam a Chantria, Aldenon caminhou até o corpo do mago. Se perguntou como ele havia aprendido a usar sua magia, se haviam mais magos na vila, e que segredos queria proteger a ponto de morrer por eles. Retirou o cajado que ele usava de seus dedos, testando-o em suas mãos. Fazia algum tempo desde que havia usado um, não era fácil esconder um cajado afinal, mas se houvessem mais surpresas no caminho — e estava certo de que haveriam — o cajado seria bastante útil.
Voltou a olhar para a Chantria, ela parecia ao mesmo tempo como todas as outras que havia visto e diferente. Os corpos certamente não ajudavam muito. Andraste... não havia tido outra escolha, sabia, mas terem matado aquelas pessoas ali parecia errado, mesmo que odiasse quase tudo que o lugar representava.
Não via a hora de sair daquela vila.
Se voltou para o grupo de Guardiães quando a elfa, Malrin, os chamou. Ela parecia ter encontrado um cômodo secreto, e antes mesmo que pudesse terminar de falar correu para dentro do aposento. A seguiu rapidamente, e ao entrar a viu do lado de um homem que parecia ferido.
“Quem é você?” Ele perguntou para Malrin. “Eles mandaram vocês?” Continuou ao ver Aldenon.
Ajoelhou-se ao lado do homem, se perguntando sobre a gravidade de seus ferimentos. “Estamos aqui para ajudar. Você está ferido?” Perguntou. E então olhando para os outros adicionou. “Você é o irmão Genitivi?”
Ele assentiu com a cabeça, antes de apontar para a perna. Aldenon não tinha certeza de que podia fazer muito para ajuda-lo, não sem a ajuda de magia de sangue, o que não era uma opção tanto por seus, agora, companheiros e por ele ser um irmão da Chantria. De qualquer modo, tentou suavizar a dor com magia de espirito, mas ele precisaria de mais que isso logo.
“A Urna. Você sabe onde ela está?” Alistair perguntou.
Genitivi assentiu novamente, se sentando enquanto explicava a eles sobre a montanha perto dali, e a chave que abriria a porta para o templo. Aldenon franziu quando ele pediu que o levassem com eles.
Ele havia feito o que podia, mas não achava que o irmão deveria sair andando por aí, mesmo que ele dissesse que não era longe.
“Não acho que você esteja em condição de nos acompanhar.” Falou. “Não sabemos o que vamos encontrar.”
“Pela Urna qualquer vale a pena suportar qualquer dor.” O Irmão respondeu. Olhou para os outros buscando ajuda, não queria ser o único a dizer que ele não podia ir.
Temple of Andraste [Urn of Sacred Ashes - PT. 2]
@lesage; @ofgwaren; @wrdenalistair
Ofegante, Malrin limpou o sangue das lâmina em suas vestes e as colocou nas bainhas. O arco também voltou para seus ombros. Olhou em volta, apenas para ver todos no mesmo estado. Se o Criador realmente existisse, aquela era com certeza uma das piores formas de se comportar em uma Chantria. Os corpos dos fiéis estavam distribuídos pelo chão, poças de sangue manchando a tapeçaria.
O que havia ali de tão importante que aquelas pessoas haviam dado suas vidas para esconder?
Orou para Falon’Din num sussurro. Apesar de serem humanos, ainda mereciam alguma misericórdia e aquela cena não a agradava. O tal “Padre Eirik” jazia no chão, inerte. Se lembrava da forma seca com que ele dissera que estranhos “Não eram bem vindos ali”. Uma pena.
Agora que aquele problema estava resolvido, da forma mais custosa que fosse, a elfa começou a examinar o local. Era uma Chantria como qualquer outra. Bem decorada. Passou as mãos pelas paredes, sentindo a pedra fria, e��
Apertou os olhos, um pequeno sorriso cruzando sua face respingada de rubro. Aquela parede não era uma parede. Com um empurrão bruto, ela cedeu e confirmou suas expectativas.
“Ei!” Chamou a atenção dos outros, colocando uma cabeça para dentro do aposento antes oculto. “Aqui tem algum-” Parou no meio da frase ao notar um homem prostrado no chão, ainda vivo. Correu ao encontro dele, indo socorrê-lo.
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(College AU)
Aldenon sentiu seu celular vibrar em seu bolso, o som alto o bastante para que Alistair mandasse um olhar irritado em sua direção. Podia entender o olhar, eles haviam ido até a biblioteca por uma razão.
Tentou ignorar seu celular e voltar ao resumo que estava digitando mas seu celular vibrou novamente. Ignorou Alistair enquanto lia as mensagens que havia recebido.
Sentiu seu rosto queimar enquanto lia mesmo enquanto um sorriso brotava em seus lábios.
“O que foi?” Alistair perguntou, franzindo o cenho.
Aldenon escondeu a tela do celular, como se Alistair pudesse ler as mensagens pela mesa e tentou controlar sua expressão. “Nada... hum, eu já volto.” Disse, praticamente saltando de sua cadeira e caminhando para longe e ignorando o olhar confuso de Alistair em suas costas.
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a hoarse whisper “kiss me”
O ar fugiu de seus pulmões com um suspiro e Aldenon puxou Lya para si, deixando seus lábios se tocarem brevemente. Tentou não pensar em nada naquele momento, já havia arruinado uma quantidade suficiente de bons momentos com eles.
Com uma mão em seu rosto finalmente a beijou. O beijo o deixou sem fôlego, e teve que termina-lo antes do desejado, suas mãos ainda seguravam Lyanna, como se ela fosse tentar escapar.
Tinha certeza de que ela não faria no entanto, e essa certeza o fez sorrir contra seus lábios antes de beijá-la novamente.
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"Could you ever be happy with me?"
A pergunta pareceu um tanto aleatória, Aldenon sabia que Lya devia estar com ela rondando sua mente há algum tempo no entanto.
“Acredito que sim.” Disse sem hesitar, olhando-a nos olhos antes de voltar ao seu livro.
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"Let me buy you a drink?"
Aldenon sorriu, não era nem um pouco contra a ideia mas ela o divertia levemente. Sabia bem que aquilo não era um inusitado para Zevran, mesmo não o conhecendo muito bem.
“E por quê não?” Respondeu, ainda sorrindo.
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"What... WAS that?"
Aldenon se assustou com a voz de Lily, olhou para trás rapidamente como se algo fosse mudar. Viu a expressão de espanto no rosto dela, o corte em se braço continuava sangrando, mesmo com os corpos de seus inimigos sem vido a seus pés.
”E-eu…” Começou a falar, sua voz tão tremula quanto suas mãos. O que poderia dizer? Era bastante obvio que aquilo era magia de sangue, e tentar mentir somente complicaria sua situação. Aldenon olhou para o corte em seu braço, tentando curá-lo com sua magia, o corte era mais profundo do que gostaria de ter feito, mas Crias das Trevas eram mais resistentes do que qualquer outro oponente que havia enfrentado.
“Era… magia de sangue.” Admitiu, assistindo enquanto a ferida lentamente começava a se curar. Sabia que ainda não era um Guardião, não de verdade, e que podia ser “expulso” a qualquer momento, não deveria parecer tão ruim, considerando que suas opções havia sido o Círculo ou a morte, mas a ideia de deixar os Guardiões, de deixar Lily, Malrin, e Alistair parecia quase tão ruim quanto ambas.
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O grupo de Guardiães era um tanto incomum, mas pelo que havia ouvido eles eram conhecido por aceitar a todos. Ou quase isso. Não sabia bem como se encaixava no grupo, e caminhou em silêncio atrás deles até que a elfa se virou para ele deixando os outros caminharem em sua frente.
Aldenon sorriu. — Nunca tive muitas chances de caminhar antes, creio que não irei me importar.
Curiosity road || Aldenon & Malrin
@lesage
A caminhada até o tão falado Templo de Andraste era longa, e Malrin não conseguiu conter sua curiosidade em relação ao mago ao seu lado. Ele tinha algo triste no fundo de seus olhos, e um pesar nos ombros que a fazia acreditar que ele se encaixaria bem em meio ao grupo. Virou-se para ele, agora um pouco mais afastada dos outros.
— Eu realmente espero que goste de caminhadas. — Ela riu. — É uma das maiores partes de ser um Guardião Cinzento.
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Seu sorriso aumentou ao ouvir a resposta de Lyanna, por um segundo admirou a estranha sensação que aquilo trazia, ser tão aberto com alguém sobre sua mágica era um tanto inusitado... mesmo que estivesse a pagando para o defender. Ele não parecia poder parar de se surpreender com ela. — Eu... — Não sabia como terminar a frase, deveria agradecê-la, ou seria mais sábio que simplesmente aceitasse a compreensão dela em silêncio? Olhou para ela, se perguntando por um segundo onde aquilo terminaria, poderia a estranha compreensão dela trazer consequências se não a ela, a ambos mais tarde?
O plano era não usar magia, se esconder dela e evitar confrontos para que não fossem colocados em tal situação. O plano havia falhado, claramente, e ele não podia se culpar completamente, mas seria um engano achar que não havia complicado a vida de Lyanna, mesmo que como uma mercenária ela já fosse complicada. Percebeu que era tarde demais para continuar a falar, mesmo que quisesse.
A incredulidade na voz dela era bem-vinda, Aldenon não sabia bem o quanto pessoas comuns sabiam sobre Templários, mas podia dizer que eram bem vistos pela maioria das pessoas. O pensamento de alguns os viam como salvadores, protetores—“campeões dos justos” como dizia o Cântico, o deixava enojado. — Sim, eles dizem.
Assistiu as reações dela ao que falava, o modo como ela parecia não saber o que dizer e parecia refletir sobre o que ouvia. Não presumia a conhecer o bastante para poder dizer o que sentia, mas tinha a impressão de que o que ouviu não a agradou nem um pouco, principalmente quando mencionou os Tranquilos.
“Sinto muito.” Mesmo que estivesse a analisando minuciosamente Aldenon não iria ter esperado por aquilo. Era... era o tipo de coisa que simplesmente não se esperava ouvir de alguém que não tivesse experimentado a vida no Círculo, no entanto era reconfortante escutar aquilo. — Obrigado. — Dessa vez disse, certo de que deveria fazê-lo, não simplesmente pelo que ela havia dito, mas por tudo que fizera desde que descobrira a verdade.
Fazia sentido que não soubesse tanto, Aldenon também não revelaria tais coisas a uma criança. Isso também explicava a curiosidade dela, tais perguntas deviam ter rondado sua mente por anos.
Aldenon riu, sem saber se ela estava sendo sincera ou simplesmente tentando o fazer rir novamente, olhou para a madeira queimando frente a eles, esperando que o calor vindo do fogo explicasse o rubor surgindo em seu rosto. — Seria ruim se eu não confiasse, sim.
Arqueou as sobrancelhas com a resposta, não havia esperado tanta raiva, mas caso houvesse realmente perdido companheiros por culpa de tal homem então podia entender. Ela não ofereceu maiores explicações por alguns momentos, e podia ver a raiva em sua face enquanto ela continuava em silêncio.
A pergunta parecia um tanto inusitada, mas Lyanna não parecia estar mudando de assunto. — Não sou. — Respondeu. — Mas... sei de alguns rumores sobre Redcliffe, os Guardiões... —Murmurou, achando que não houvesse que explicar o que havia ouvido. — Não muito mais, temo.
Protection ⊕ Aldenon & Lyanna
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Se virou para Lyanna ao ouvir suas palavras, ela não soava ou parecia estar realmente chateada. Ofereceu um sorriso a ela. — Desculpe, eu só... é bom não ter que me esconder. —Disse com um suspiro. — Mas você está certa, é melhor não me acostumar. — Mesmo que fosse inofensivo fazer magia ali, era melhor não arriscar, qualquer um podia encontra-los por acaso e eles não precisavam de mais nenhum imprevisto.
Aldenon fechou os olhos com a pergunta, “como realmente eram?”. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, no entanto, Lyanna voltou a falar. Viu sua curiosidade crescer enquanto ela falava; ela era certamente muito diferente do que havia esperado, e começava a parecer um tanto misteriosa também. Continuou a olhar para ela quando ela pausou, e quando ela continuou ficou feliz de não a ter interrompido. Era raro o bastante encontrar alguém que não nutrisse certa raiva ou medo de magos; encontrar alguém que não achasse o Círculo uma coisa boa era algo que ele nem mesmo havia considerado antes de encontrá-la. Tudo isso, porém, não fazia mais fácil falar do Círculo, certamente não iria o fazer por vontade própria, mas não queria afastar Lyanna simplesmente para seu conforto. Não tinha o luxo de fazer isso quando ela estava arriscando sua vida por ele, e por seu dinheiro, é claro, mas não era bom depender de alguém em que não confiava.
— É uma prisão, — Começou, tentando achar a melhor forma de dizer aquilo. — Mesmo que tentem não deixar isso transparecer, é uma prisão. E então quando você está lá eles tentam te convencer que é o melhor, que você precisa estar lá, que eles só estão tentando te proteger.
— Alguns... alguns Templários realmente acreditam nisso, que estão somente protegendo as pessoas, e acho que isso ajuda... quando eles veem um Templário ou outro machucando um mago. Eles ainda estão protegendo pessoas. — Ficou em silencio por um momento, tentando afastar suas lembranças antes de continuar. — Você pode se dar bem no Círculo, conseguir amigos, influência, mais liberdade, e talvez isso seja o bastante para alguns. Eles acham o bastante, mas grilhões frouxos não é o mesmo que liberdade.
— Você é vigiado o tempo todo, sempre sendo lembrado que você é um perigo, que eles têm o direito e o poder de acabar com sua vida—com a vida de todos no círculo—quando acharem melhor.
— Eles tiram crianças de suas mães, e te fazem enfrentar um demônio. “Para sua proteção, e a nossa.” Eles dizem. Se você falhar você é possuído e morre. — A raiva estava clara em sua voz agora, Aldenon não conseguiu se importar. — Mas caso você prefira não fazer isso, pode escolher virar um Tranquilo, deixar que eles tirem suas emoções, seus sonhos, tudo que ofereça o mínimo de perigo a eles, deixar tudo que te fazia você para trás e fazer todas as vontades deles.
— Tudo que eu sei sobre os piores Círculos são rumores, mas... levando em conta o que eu via acontecer... — Não terminou a frase, não queria repetir os rumores, não queria se lembrar do seu aprendiz e dos amigos que havia feito no Círculo, nas histórias que haviam o contado. — Você disse que conheceu um apóstata? — Perguntou, a voz mais leve, esperando que ela tivesse ouvido o bastante.
Aldenon não sabia se a reação dela era modéstia, ou se ela realmente acreditava não merecer tal reputação, e os elogios dele. De novo, não era o comportamento que se esperava de uma mercenária. — Foi o bastante. — Respondeu. — Eu não preciso ver você derrubar meia dúzia de inimigos para saber que conseguiria, dada a oportunidade. — E era verdade, havia observado a habilidade dela com o arco, haviam sido pegos de surpresa, mas ele não tinha dúvidas que caso tivessem tido tempo para se prepararem a batalha teria terminado de uma maneira bem diferente.
A resposta parecia implicar em uma história, e Aldenon não conseguiu conter sua curiosidade. — Por que diz isso?
Protection ⊕ Aldenon & Lyanna
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Havia tido suas suspeitas, mas ouvir a elfa dizer “Tevinter” ainda veio como um choque, e pelo modo como ela parecia desconfortável não era difícil dizer qual havia sido o passado dela no Império. Aldenon não sabia tanto quanto gostaria sobre Tevinter, e talvez, levando em conta a elfa em sua frente e tudo que ele já sabia sobre o lugar fosse melhor, no entanto, ao mesmo tempo que sentia por ela e o modo como certamente havia vivido lá, mesmo sendo uma maga, não podia deixar de se questionar como as coisas teriam sido diferentes se ele houvesse nascido lá.
Quase a questionou sobre seu passado, sobre o lugar que ela parecia tão desconfortável somente em pronunciar o nome. Mas pensou melhor, ela claramente não queria falar daquilo, e caso achasse necessário o faria sem que ele se intrometesse, sabia bem como era querer deixar seu passado para trás.
“Você não gosta da cidade?”. Aldenon franziu, se perguntou se a elfa havia chegado ali há pouco tempo, se ainda não havia descoberto o quão diferente Tevinter era do resto de Thedas. Era difícil de imaginar, mas o modo como ela parecia ignorante de suas razões, do Círculo... aquilo começava a seriamente o preocupar.
— Elyne, — Repetiu o nome, feliz por finalmente sabê-lo. — Eu entendo, não se preocupe. Mas escute, Denerim não é segura para magos, tanto quanto aqui não é segura para praticar magia. Magos aqui não são tratados como em Tevinter.
Não sabia a melhor maneira de dizer isso a ela, e sentia certa pena dela, claramente havia fugido de Tevinter, mas se pensava que seria tratada melhor ali, sendo uma elfa e uma maga, ela estava enganada. Ter que ser a pessoa a revelar aquilo não o agradava nem um pouco. Se perguntou se não havia mais ninguém na vida da elfa, se ela havia vindo sozinha, e se não tinha ninguém para protegê-la na cidade. Sua preocupação somente aumentou com isso.
On the Loose Ω Aldenon & Elyne
Talvez tivesse feito por onde receber aquela pergunta. Nunca fora muito cuidadosa em manter para si os detalhes que poderiam levar àquele tipo de situação. Não que tivesse qualquer obrigação de dar-lhe aquela informação, mas encontrava-se dividida. Era apenas uma simples pergunta, afinal; o mago não lhe perguntava sobre como havia vivido, pelo o que tinha passado, mas simplesmente de onde vinha. Elyne fez seu máximo para não fazer daquela mera pergunta algo grande demais… Tentou apenas encará-la como era: uma questão descomplicada, uma que não requeria uma resposta extensa, tampouco uma explicação.
O olhar que lhe ofereceu era quase tímido, quase como se ele pudesse lhe desvendar inteiramente sem que ela precisasse dizer uma palavra sequer. A elfa menou a cabeça levemente, confirmando as suspeitas alheias. Junto àquele breve balançar de cabeça, veio sua resposta.
—— Tevinter. — A elfa lhe disse, a palavra soando estranha em sua língua. Desde que havia deixado o Império, havia tocado naquele nome poucas vezes, evitando o angustiante incômodo que lhe causava apenas pronunciar aquela palavra. E sabia bem que aquilo refletia em sua linguagem corporal.
A explicação que deveria vir a seguir estava presa em sua garganta, guardada, impedida de lhe escapar. No lugar disso, preencheria aquele silêncio entre eles com algo diferente para desviar daquele assunto. Resolveu então entregar-se à curiosidade.
—— Você não gosta da cidade? — Ela quis saber, curiosamente. Podia entender muito bem se ele quisesse manter sua distância puramente por não apreciar os ares da cidade. Afinal, ela mesma estaria em outro lugar se assim pudesse. Rapidamente se pronunciando outra vez antes que ele pudesse lhe responder, a elfa lhe sorriu brevemente. — E eu sou Elyne, à propósito. Desculpe ter sido tão vaga antes. Eu só… precisava ter certeza que podia confiar.
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Suspirou de alivio quando Lyanna concordou em montar o acampamento ali, o silêncio que se seguiu enquanto preparavam o terreno e o começavam a montar o acampamento também foi bem-vindo. E por alguns segundos, Aldenon acreditou que ela estava satisfeita com o que tinha descoberto.
O alivio que sentia morreu ao ouvi-la falar novamente, mas as palavras dela foram surpreendentes, ao menos em parte. Não sabia o quanto as pessoas ouviam sobre o Círculo, ou o que acontecia lá dentro, no entanto não se surpreenderia ao descobrir que a maioria achava que tudo estava muito bem, ou que nem mesmo se importasse com o que ocorria com os magos. De fato, não era difícil imaginar que muitos nem sequer questionavam, desde que magos estivessem longe o bastante deles. Talvez a maioria das pessoas fosse somente ignorante, não era como se fosse fácil revelar o que acontecia lá dentro quando se estava preso; essa certamente era uma opção melhor do que acreditar que as pessoas sabiam e simplesmente não se importavam.
— Todos os Círculos são prisões. — Respondeu sem parar o que estava fazendo. Durante algum tempo havia conseguido ignorar isso, mas depois do que havia acontecido... — Alguns são melhores do que outros, mas nenhum deles é bom.
Não falou mais nada por um tempo, se ocupou em reunir gravetos e tudo o que podia ser queimado que encontrou na clareira. Não daria uma boa fogueira, mas seria o bastante para os manter aquecidos por um tempo, só esperava que não esfriasse mais. Acendeu a fogueira com um movimento de mãos, quase que por instinto, e ao olhar para Lyanna percebeu que talvez não o devesse ter feito. Nunca havia feito magia perto de alguém que não era acostumado com ela antes e não havia considerado sua reação, algo com o que ele se lembraria de tomar cuidado de agora em diante.
— Alguns magos, acho, consideram uma prisão melhor do que as alternativas. — Continuou, finalmente. — Eu... tinha problemas no Círculo, mas nada comparado a alguns de meus companheiros. Ao menos até... — Pausou e sacudiu a cabeça, como se o gesto fosse afastar as memorias. — Até eu perceber como as coisas realmente eram, não fiquei por lá por muito mais tempo.
A curiosidade de Lyanna não o incomodava, exatamente, mas não queria continuar falando sobre aquilo a noite toda, no entanto a ideia de simplesmente conversar não soava tão mal. —Quando procurei por alguém para o trabalho me falaram muito bem de você. — Comentou, tentando não deixar claro que estava mudando o assunto. — E tendo a vido lutar, eu entendo o porquê, mas, se me permite perguntar, por que decidiu ser uma mercenária? — Certamente ela teria encontrado lugar no exército de algum lorde, e, caso gostasse mais de trabalhar às escondidas Aldenon podia a ver em Orlais, com tantos outros bardos.
Esperando pela resposta se sentou ao lado da fogueira que havia feito e suspirou, deixando com que o fogo lhe aquecesse. Fechou os olhos com o conforto que as chamas ofereciam, se lembrando de fazer o mesmo tanto tempo atrás, quando aprendeu o feitiço pela primeira vez.
Protection ⊕ Aldenon & Lyanna
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Como havia sugerido, deixaram o local quando ainda estava escuro. Teria sido mais fácil encontrar o caminho se houvessem usado magia, mas Lyanna recusou e não podia negar que seria um risco desnecessário quando estavam tentando não chamar atenção. No entanto, mesmo sem magia se moveram rapidamente e continuaram a caminhar por dias; tentou não pensar no seu destino final, e quão mais distante ele ficava com o passar dos dias.
Não sabia muito sobre a doença do Conde, e as notícias de Redcliffe haviam sido escassas desde então, não sabia quanto tempo ainda tinha, mas era tarde demais para desistir. Porém, mesmo que se segurasse a esperança de que o Conde ainda estivesse vivo, seria tolo se não pensasse em uma alternativa, e foi isso que fez durante as longas horas de caminhada— agora um tanto mais silenciosas do que no começo, se por sua culpa ou por agora terem a certeza de que estavam sendo procurados não tinha certeza. Talvez ambos, pensou.
Durante seu tempo em Ferelden, havia estudado mapas o bastante para que notasse a aproximação que faziam de Denerim; antes, quando ainda era apenas um aprendiz preso na torre, a ideia de visitar a cidade teria causado nele até mesmo euforia. A cidade mesmo que longe de ser Val Royeaux parecia ser tão interessante quanto, se não tão bela. Agora, somente o pensamento da cidade com sua imponente Chantria e os Templários que certamente a rondavam o deixava aflito.
Não revelou tais pensamentos a mercenária, dificilmente faria diferença uma vez que não tinham intenção nenhuma de visitar a cidade, e mesmo que tivessem que porventura se arriscar indo até lá, Aldenon tinha alguma experiência em se esconder de Templários, e Lyanna... bem, se ela não soubesse como passar despercebida estava na profissão errada, e ele não achava que esse fosse o caso. Mas mesmo que dissesse isso a si mesmo, os pensamentos faziam pouco para acalmar seus receios.
O sol estava para se pôr quando Lyanna sugeriu que montassem acampamento, depois de caminharem durante o dia todo a ideia era mais que bem-vinda. Achava que estava se acostumando as extensas caminhadas, mas seu corpo ainda reclamava no final do dia, claramente desacostumado a tanto exercício. Juntos eles caminharam procurando pelo melhor lugar para descansarem.
O silêncio era tanto que, quando ela o interrompeu, se surpreendeu. Antes que pudesse questionar o que exatamente ela estava perguntando, ela pareceu se dar conta de que não havia feito sentido, e se explicou. Os olhos dela buscaram os seus, e Aldenon teve que se impedir de desviá-los, a pergunta, por mais invasiva que pudesse parecer, não era sem sentido. De fato, se surpreendeu mais pela forma como foi perguntada — sem julgamentos, ou presunções, mas com o que aparentava ser sincera curiosidade — do que com a pergunta em si.
Ficou em silêncio por alguns momentos, ela não havia lhe negado ajuda, mesmo sabendo o que ele era, de certo modo ele lhe devia uma resposta, mesmo que somente como alguém que estava a pagando por seus serviços. Não era um assunto que teria escolhido revelar, não agora, talvez nunca, mas não via outra escolha. Com um suspiro derrotado começou a falar.
— Não. — Disse. — Eu não fugi por isso, na verdade somente usei magia de sangue quando já estava fora do Círculo. — Tentou não deixar transparecer em sua voz as emoções que as memórias de sua fuga traziam. — Quanto a razão, — continuou, julgando que devia ao menos explicar isso. — Templários haviam me encontrado, eu não... eu não podia voltar para o Círculo, e a única maneira de fazer com que não me levassem de volta foi essa. A magia de sangue me deixou escapar, e me deu o tempo que eu precisava para fugir.
Essa não era a história toda, não queria nem iria revelar tais coisas. Entretanto agora que havia perturbado as memorias que havia tanto tentado enterrar levaria algum tempo até que conseguisse as deixar de lado de novo.
Ainda se lembrava do olhar de Alexis quando usou magia de sangue pela primeira vez. Talvez não o único modo de fugir, mas o único modo de não poder voltar atrás.
— Acho que aqui é bom o bastante. — Disse apontando para uma clareira alguns metros de onde estavam. Caminhou até lá sem esperar por uma resposta, esperava que isso encerasse o assunto, não tinha intenção de dar mais detalhes sobre sua história.
Protection ⊕ Aldenon & Lyanna
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