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Design de moda: estilismo e criação
Gabriela Bueno Petrucci De acordo com Linke, Furlan, Martins e Santos (2018), a moda teve várias fases, a pré-história foi o princípio de tudo. Os homens daquele tempo procuravam encontrar um meio mais prático de enrolar e costurar no corpo as peças que compunham suas vestimentas. Estas eram usadas para se protegerem do frio e caça. Para tanto, os homens pré-históricos mastigavam as peles de animais, de forma a deixá-las maleáveis para o uso.
Da claridade renascentista repleta de adornos e maquiagem, seguiu-se o barroco mais conservador, época em que as mulheres não usavam decotes profundos, a não ser à noite, em grandes bailes. Já a era do rococó foi marcada por cores claras, perucas, ampulheta em formato de “s”, espartilhos e maquiagens.
O design moderno veio com a Belle Époque. Charles Frederick Worth é considerado o pai da costura e esta época é conhecida por promover grandes festas, ser um período de luxo e riquezas. Gabrielle Bonheur Channel focou seu trabalho em uma mulher dinâmica e trabalhadora, que já não podia reconhecer-se nas roupas construtivas da Belle Époque. Ela começou a usar calças, ternos, gravatas, simplificou os chapéus e visava dar voz às mulheres que sofriam preconceito.
Em meados do séc. XIX, com a revolução industrial, aumentou-se a produção de peças de roupas e criou-se a modelagem padronizada, o que às vezes, pode explicar a dificuldade atual em se enquadrar em uma numeração. Marcela Bianqui, funcionária de um restaurante, afirma que foi em uma loja comprar um vestido para a formatura e a moça olhou para ela e disse que não servia, o que para ela, representou uma humilhação. A costureira Bernadete Bastos, concorda com Marcela, “acontece muito do cliente chegar na loja e o vendedor olhar para a pessoa e falar que não tem roupa para o indivíduo.” e ainda complementa “não adianta você querer um modelo que esteja na moda que não se adapte ao seu corpo, não é porque está na moda que você tem que vestir.”
Com relação à produção de moda, há a diferença entre as coleções conceituais e as industriais. O estilista Alcízio Barros explica que “as conceituais são exclusivas para a passarela, excessivo com informação”. “A industrial seria o que vai para a loja.” Alcízio explica que para se criar uma coleção, “primeiro você define a estação, depois o tecido, depois o custo e o público.”
O estilista é o profissional que está por trás de cada coleção e de cada peça, estuda as tendências de cada estação do ano, cria e inova. Lida com o mercado e com a marca atribuída às peças confeccionadas, tendo a liberdade de criar peças únicas.
Já o designer de moda fornece materiais para a composição de desfiles. Tem habilidades em criações gráficas para as confecções de desenhos de modelos de roupas, acessórios, calçados, etc. Assim, tanto no trabalho de um estilista quanto no de um designer, são necessários o conhecimento de modelagem e desenho.
O design e a comunicação andam juntas. A fotografia, o cinema, a tv e computadores são tecnologias que ajudam o homem a desenvolver as coleções. Desta forma, para se criar algo deve-se compreender as mensagens visuais, torná-las acessíveis aos indivíduos, desde à roupa até às expressões artísticas na passarela.
Os desfiles de passarela é a maior representação de um tema específico escolhido pelo estilista, ele consegue criar uma coleção inteira baseada por exemplo em uma praia, exposição artística, em uma viagem, em algum ato histórico ocorrido que tenha chocado o mundo. Depois de criada, ela é colocada em prática contando com a ajuda das costureiras e modelistas. E aí sim começa o show, a grande apresentação das peças.
A moda pode ser transformada e evoluir mediante crises de um país e se adaptar aos momentos pelos quais uma família ou a sociedade como um todo passam.
Gabriela Bueno Petrucci
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O uso da cocaína e seus impactos
De acordo com dados de 2015, da Organização das Nações Unidas (ONU), o consumo de cocaína no Brasil é quatro vezes maior do que a média mundial. A substância é capaz de afetar a saúde física, mental, psíquica e social. A Organização Mundial da Saúde define a dependência química como uma doença crônica e progressiva, que pode desencadear outras doenças e levar à morte.
W.V.P, 34 anos, trabalha como servente de pedreiro e é dependente químico há 12 anos. Ele afirma que o primeiro contato com a cocaína ocorreu aos 22 anos, durante uma festa, quando estava acompanhado de amigos. De acordo com a psicóloga Raquel Monti Tolentino, a fase da adolescência é repleta de conflitos e mudanças, por isso “podem querer experimentar as drogas movido à curiosidade, pressão do grupo de amigos do qual participa, insegurança ou timidez (pois usando se sente mais potente e destemível), perdas ou problemas familiares”. Segundo ela, “essas questões tornam o jovem ou o adolescente mais suscetível a procurar refúgio nas drogas ao invés de enfrentar os problemas diários dessa fase”.
W. diz que a curiosidade o levou a consumir a cocaína. Ele também relata que, por ser usuário, sofreu preconceito por parte da família e dos amigos. A psicóloga cita que “o usuário pode sentir-se excluído ou discriminado” dentro de grupos sociais. W. reconhece que o uso da droga afetou sua situação mental, física, espiritual e o convívio com a sociedade. Ele afirma que, em decorrência do vício, se tornou uma pessoa “sem identidade, trajado como um nóia”.
As clínicas de reabilitação oferecem tratamento com profissionais que acolhem os dependentes químicos. W. já buscou ajuda em clínicas particulares e públicas, nas quais passou por momentos de abstinência, por “processos de pureza” até “ficar limpo”. Ele conta que se sente bem quando está internado, mas que já sofreu maus tratos em uma das clínicas. Raquel afirma que “o tratamento demanda muito tempo e dedicação por parte da pessoa, da família e dos profissionais envolvidos” e que “a participação familiar é primordial no tratamento”.
W. participa de reuniões dos Narcóticos Anônimos, “lá eu me sinto bem acolhido, lá é onde a gente fala, cada um conta sua experiência, o que faz manter limpo e o dia-a-dia”, relata. Para permanecer longe das drogas, W. diz que “pra alguns serve igreja, pra outros um N.A., cada um tem uma ferramenta onde se sente melhor”. Para evitar entrar no mundo das drogas, W. acredita que “só depende dos jovens, porque orientação tem… da família, da escola...”. Para as pessoas que têm vontade de experimentar, aconselha: “não experimente, porque é usar uma vez e não parar mais”.
Raquel esclarece que “é uma doença e não falta de vergonha na cara, como alguns dizem. Realmente a meu ver é um caminho, uma escolha sem volta. Poucos se recuperam do vício. E quando conseguem, a maior parte das oportunidades da vida da pessoa já foi perdida. É uma experiência triste e talvez dolorosa para quem usa e convive com quem faz o uso”.
Assim como outros usuários, por trás do vício existem sonhos, W. diz que ainda deseja se realizar: “fazer uma faculdade, constituir uma família, ter um emprego bom e ser aceito na sociedade (...), ser um espelho para uma criança ou um jovem que está entrando nessa vida”. Para tanto, é necessário saber dizer “não”.
Melissa Tempesta Garbato
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