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Demi Lovato performing at Little Caesars Arena, Detroit, MI (March 13th +)

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O meu corpo é um mapa de feridas expostas que sangram misturado com feridas que não são visíveis a olho nu, mas que sangram tanto ou mais que as expostas. Algumas dessas feridas convivem comigo a vida inteira se integrando e fazendo parte de mim. Tem outras que demoram, mas cicatrizam. Outras permanecem abertas esperando o momento certo para serem ouvidas. A gente para. Respira. Acolhe. E olha para essas marcas. Olha com carinho e paciência, pois leva-se tempo para transformar tudo. Transformar todas as dores em força, em aprendizado ou em apenas lembranças menos dolorosas. Transformar toda a culpa por ter se machucado ou deixado outras pessoas terem te machucado. Talvez essa seja a parte mais fundamental de todo o processo, pois com a ausência de culpa se torna mais fácil conviver com as marcas. Porém é preciso ter consciência que somos mais do que nossas marcas, somos muito mais do que aquilo que fizeram de nós. Mas, sem dúvidas, é a partir dessas cicatrizes que nós nos transformamos, nos modificamos e renascemos. Pois a vida é um eterno ciclo de morrer e renascer. Da morte de velhos costumes, pensamentos, ideias, sentimentos. Da morte de um velho eu. Para o nascimento de um novo Eu. Com novos costumes, pensamentos, ideias e sentimentos.

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