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final de 2013

Eu cansei da desilusão e de toda a confusão Descemos a rua do colégio Fomos parar no zerao Eu te beijei pra mandar uma mensagem de foda se Era pra ser algo só nosso Mas todo mundo tava vigiando Eu nunca entendi a mania deles de quererem saber cada passo meu Por que era notícia eu gostar de alguém? Por que esse alguém me provocava e saia por aí dizendo que eu o queria mas ele não Porque beijar outra pessoa e todo mundo falar sobre isso te fez se afastar dos seus amigos por 2 dias e sumir? Eu nunca disse nada E ele fez todo o teatro necessário E cá estava eu querendo abstrair e nem isso pude fazer sem virar notícia É que todo mundo se importava demais com o fato de eu não ficar com ninguém A menina da cara fechada Que não bebia, nem fumava Que não usava droga nenhuma Nenhum estado de espírito era inviolado Os intervalos eram regados de bobeiras que a gente comprava Quando pulava o muro atrás do ginásio Ele ficava lá Medindo cada atitude minha Como se o mundo girasse em torno dele Roubava meu fone e elogiava estar ouvindo guns and roses Invadia meu mundo sem permissão e depois agia como se eu o quisesse nele e ele não quisesse estar Você tinha medo Me saturou por um ano inteiro Testou o estado ao qual eu me incumbia Me provocou e eu descontei Me permitindo viver

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final de 2014

O primeiro ano da faculdade tem sido foda Várias descobertas Mundo novo Gente nova Trampo novo Quase final do ano Simpósio de comunicação comunitária Oficinas Palestras Eu não tenho ninguém em mente Mas me peguei te desenhando no final do livro de resumos Você e mais especificamente o olhar que me marcou Só essa expressão Que me subconsciente me trouxe a tona A oficina acabou Enfiei o caderno na bolsa E fui pra aula.

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final de 2013

Estamos numa festa em Maringá Passamos o dia na piscina Eu estou no meu estado intocado de sempre Totalmente sóbria A gente entra na caminhonete E o guia nem sabe aonde está O som ta estourando E a gente tá curtindo Ele sobe na calçada Dá uma arrancada e desvia da placa A gente troca de carro e de guia Os outros amigos nos esperavam A catedral vira nosso palco enquanto a gente ouve de um amigo do terceiro a treta que teve com a namorada Somos 4 e não há limites Vocês na rede Nós no sofá E eu tisoro o que não tenho vontade de fazer Em plenas 5h da manhã Me leva embora, por favor.

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final de 2013

O F foi embora Kinoarte Batalha dos 50 Tubaina Costa Gold Tô me olhando no espelho Um cara com um tom ácido me fala: tá linda assim Ele não quis me elogiar Ele quis que eu ficasse lisonjeada com o elogio Só depois eu entendi, quando o vi no palco Mas eu nem sabia quem você era Eu passo e o bocudo faz questão de se referir a mim Vocês não percebem que quando assediam verbalmente uma mulher no meio de pessoas ela não se sente lisonjeada? Ela se sente envergonhada Entreguei a letra que fiz pro vini Dá uma olhada Queria ouvir o plano tá formado Mas já tava alta demais essa hora A música entrava na minha mente O babaca do colégio tá aqui Me dá um cigarro pra eu queimar E me esvair Conforme a fumaça Tô com minha calça rosa estampada Com um joelho no banco Jogo a fumaça pro ar E olho pra tras Um olhar muito sério e profundo me espreitava Foi como uma viagem em segundos Eu vi um reflexo de várias coisas que tinha, em mim Foi autoconhecimento E só por isso pude perceber Eu desviei e pensei O que? Mas logo voltei pra devaneio que me abraçava Esqueci Saturada Eu só queria ir embora E nem mais lembrei do olhar que me tragava

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final de 2013

Eu e minha prima Estávamos indo ou voltando Do skate park ou do big oh Paramos na MT3 comprar nosso ingresso pro rap festival Escuta Somos de menor De boa entrar? Ah, não sei Fala com o Thales lá Ah OK beleza, valeu Quem é Thales? Não sei.. Foda se Qualquer coisa a gente pula Esperando o busao na BR Indo pro rolê de rap A gente entra e cruza com um cara Não me é estranho Só foi Pouca luz Muita fumaça Bocão Pessoas que não conheço Insônia Link Nocivo Quem é esse cara estranho que dança bem? Não sei se foi nesse Ou em outro Sentados perto dá piscina Lenda, F e eu F é um menino de Lages Eu sinto a revolta e a frustração dele Eu tô nos braços dele Tá frio A gente se beija A gente curte o momento Mas ele é só uma distração A gente vai embora Junto Lembrei do dia que vi ele na rua da vila Prestei atenção na tatuagem de leão na panturrilha Trombei ele no colégio dias depois Com os olhos verde mar Não lembro como nos aproximamos Mas sei que de repente a gente tava ali 7h da manhã Chegando em casa Descemos no mesmo ponto e fomos por caminhos diferentes

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navega por entre os mares mas não perde a essência, conhece todos os caminhos e sabe qual é o teu, mente aberta o choque traz a expansão, nada é mágico, é tudo enérgico, somos deusas e  deuses, conheçam-se, curem-se, floresçam. tornem-se senhores de suas vidas cujo conhecimento os guia pela mão para a humildade e redenção. desprenda-se, recuse o que te venderam e incutiram, e permita-se a participação. conecte-se com a mãe terra e tenha sempre o lar para onde voltar, raízes e asas.

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das revoltas que eu brilho 

das revoltas que eu ardo 

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                                                                                                            as vezes urbana cafeínada subvertida revoltada as veiz cigana sem querer saber de nada prédios e ruas pixados quedas de água minha cabeça saturada saúde mental em cheque por causa da produção demasiada ã a lua me ama minha amante na madrugada quando a insônia bate sufocada minha rotina embraza acelerada e calma eu fujo mas não e de ngm só preciso de um tempo organizar minha cabeça e ficar bem

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grita alto quantas vez já caiu mas tá na mema lição há 10 milianos game num é de quem cai mais é de quem aprende mais

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através dos meus sonhos me conheço

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Eu acho que todo amor é verdadeiro em suas particularidades e que nenhum encontro nesse plano de vida acontece por acaso, então, como disse o poeta, que não seja imortal posto que é chama, mas que seja eterno enquanto dure, e que durante nossas várias eternidades vividas nessa jornada, a gente faça a diferença na vida do outro e que os bons momentos fiquem, que os guardemos na memória, na alma e no coração. E mesmo depois de um possível fim, que a gente possa ser uma lembrança boa.

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Seus olhos tinham sede. Como descrever a busca do intangível? Fugia pra fazer poesia. Se perguntava, Por que as pessoas tinham medo. Escondia um pote, num lugar Que fora obrigada. E por sagacidade, Escolhera também, o esquecer. Espalhava bilhetes Pra lembrar-se de ser gentil consigo. Deleitava-se E rabiscava As paredes da sua individualidade. Voava livre e se perguntava Se perguntava... Contestava o que não fluía Recobrava harmonia Observava Descrevia Afogava-se num mar de frustrações Brigava com seus demônios e No fim do dia Queria dançar Desenhar no chão Com os pés A liberdade que Esbravejava por dentro Do seu coração Rebelada Indomada

Ameaçada pelas minhocas na sua cabeça

e pela confusão e medo instaurado a sua volta 

que se revelava nos atos de seus próximos

Sob pressão então

Encarcerava-se 

Cerrava seus olhos 

Apertava até o último o nó na garganta 

Pra não titubear e então 

Ouvia

“Ei criança, tudo bem sentir” 

Apesar do aprendizado em observação

Mesmo aventurando-se ao desprendimento

Nadando de acordo com o fluxo 

Sufocava

Sufocava por seus desejos contrariados

e descompromissados, sabotados 

pela pressão a que cedia 

da realidade distorcida

Viver o hoje sem medo e com gratidão 

Pregava 

e aborrecia-se: o ego inflamado pelo medo

das pessoas

era quem ditava os meios 

Confusão sem fim causada pelas mediocridades 

confusas e ilusórias do entorno

Brigava então 

Cabeça e coração 

por que a primeira

tão livre e metódica 

sabia as algemas desatar

enquanto o segundo 

não podia deixar de lamentar

pela realidade tão discrepante 

do leve 

Pessoas

somos só 

pessoas 

Um equilíbrio 

pra não perder o aquecimento 

paciência, consigo 

entrega 

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sentir-se livre

o  desarraigamento

tem um que

dá  um frio na barriga

e ao mesmo tempo

nada é tão satisfatório

quanto a sensação

de deixar pra trás pesos

em suma, nada tem poder direto sobre nós

ao contrário

me parece sempre

que vamos recuando

recuando

se espremendo

se esquivando

até que o que oprime ganhe espaço

mas se o faz

é apenas com nossa ajuda e permissão

o poder criador

o mergulho interno

o equilíbrio dos polos

pra fortalecer, purificar

descobrir, contemplar

e então, florescer

florescer

alçar voo

atento aos sinais do universo

agarrado a suas verdades

de mãos dadas consigo

em paz com todas suas minhocas

e não deixando de fazer o trabalho alquímico

nem sequer por um dia

nem sequer por um dia

deixando de esquecer

o que te fez ir

observar

absorver

aceitação

se jogar de peito aberto

na onda

o que cabe a si

cabe

o que não

o universo se encarrega

sintonização e harmonização

se chover

dançar na chuva

mas ser livre

de tudo que prende e aperta

voando livre

olhando tudo

agradecendo

moldando aspectos rudimentares

fragando ilusões

se escondendo pra fazer poesia

aproveitando o agora e o hoje

fora dos calabouços

dos fracassos que nos impuseram

eu preciso ir

eu preciso

sair

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Tem uma casa de madeira Branca Abandonada ali Na rua de cima Vamo fugi pra lá Só essa noite Faz de conta Que tem um opala na garage Esperando a gente pra fugir E a gente estende o tapete Acende o chão E se ascende no chão Como se tivesse todo tempo do mundo Nesse momento interestelar Parado no planeta onde O tempo voa

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im feeling poetic, and it makes me feel alive, and it makes me see the balance between de ups and downs - rain and sun - the pain overvalue the joy - acceptance and observation of all -  há tempo para tudo. tempo de caos e quietude. tempo de plantar 

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Preferências Se for pra pensar em você e ficar triste Eu prefiro nem pensar Se for pra te ver interpretando seu papel E me esquecer do nosso mundo à sós Eu prefiro não ver Se for pra viver de metades Te ligar de madrugada e não poder nem dizer, boa noite Eu prefiro me abster Eu prefiro não pensar Em prefiro não ligar Se for pra me morder com vontade Das coisas que eu não posso fazer Eu prefiro esquecer Se eu não mando no desejo Eu prefiro me esquecer Se for pra te mandar poesia Rir da música que me fez lembrar de você E compartilhar pra da nossa brasa Migalha você fazer Eu prefiro passar reto os olhos Se for pra te esperar e você não vir Eu prefiro sair por aí pensando que sorte Vai ser não te ver E se por um acaso Na rua eu te trombar E o nosso caminho se cruzar Eu vou agradecer por me entregar E se você for transparente ou não Eu prefiro Não me preocupar.

Se for pra olhar pra tudo isso e ficar confusa eu prefiro não olhar Eu prefiro preservar O que se faz sentir Em meio toda obscuridade dos sentidos

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Conexões atemporais E entre os cafés pela manhã Eu tomei doses tímidas de poesia Entre os choques do fim de semana Conexões atemporais Redefinições Internalização atenua lições Das ausências e dos agoras Não fingirás afeto Não perderá sensataz na antecipação das palavras Perderá as horas e os minutos E prenderá-se no agora. Não esconderas o a confusão E não abafarás o riso Testará os limites Até aprender Qual respeitar   E qual deixar Não cederá aos pensamentos obsessivos Oblíquos e falaciosos. Por

viver, continuar, não ser imóvel escolha individual, incompatível com egos que giram o mundo entorno de seus umbigos. liberdade, sem tamanho. coerência de discurso com práticas.   Paciência. o convite, a harmonia, depende da perspectiva a paciência pra cada tempo, e a entrega do agora