ilicitomag
ilicitomag
ilícito ⌘ Somos curadores vindos do futuro
270 posts
Somos curadores vindos do futuro ⌘ Edição paralela de ilicito.net
Don't wanna be here? Send us removal request.
ilicitomag · 12 years ago
Video
vimeo
Orelha Negra - The film is about the each band member while we hear and see them perform themes from their first album such as: "memória" , "a cura" and "saudade".
(by Joana Areal)
1 note · View note
ilicitomag · 12 years ago
Text
Live Footage - Um sofá nos noventas
Tumblr media
Isto foi uma por ano do sétimo ao nono.
No meio de isto tudo sentia-me como se estivesse a pagar todos os meses um empréstimo à Planeta Agostini. 
Onde é que está Live Footage nisto tudo? Provavelmente estavam ainda a aprender a jogar a bola no clube da terra mas assim que ouvi "Going Nowhere" do seu novo álbum "Doyers" fui parar exatamente às recordações de puto.
Ouvir o resto do álbum significa esfregar-me sofregamente nesse mesmo sofá ansiando pelo Mini Milk, passando para o Solero, Cornetto, Magnum de Amêndoas, molhar o bico no champanhe da passagem de ano de 91/92, mais tarde no Bols e no Bailey's, a primeira cerveja, a segunda, a décima, a vodka sem mistura e a primeira noite sem dormir até deslizar para fora dele e aterrar no chão deste presente onde me encontro. 
Sacudo o pó do chão já em "Foresight" que soa a post-rock mas não magoa ninguém, constrói-se por cima da mesma batida que leva uns retoques de requinte que chegam para não ficar enjoativa. Tem umas puxadas a Sigur Rós tão descaradas como qualquer outra puxada étnica de electricidade ao poste público. Tem de se poupar porque o "BM" bebe muito.
"Just Moving Parts" passa-me ao lado como um acidente de viação quando a adrenalina entra na corrente sanguínea. O último que vi passou mesmo ao meu lado quando aquele carro cruzou a minha faixa e se aconchegou numa vala. E é apenas nestas alturas em que se usa a palavra "literalmente" e não em todas as frases ditas na vida. Também dou o desconto para o meu pequeno spin-off: "Ele fez toda a costa portuguesa a pé, litoralmente".
  "Secret Cricket Meeting" descreve-me a minha viagem para casa depois de uma noite qualquer onde a única coisa que há na rua são beatas, frio e nenhuma alternativa senão ficar inconsciente nas horas que se seguem. 
É uma sina, ter uma única vida e passar um terço dela da mesma forma como se passa o "pré" e o "pós". Dramático. Passa a batata quente para "Purgatory" ao ritmo do passo dos elefantes, por cima deles nunca por baixo. A segurança da repetição daquela sample mágica e a tranquilidade das vasourinhas na bateria chegam para acalmar a ansiedade de saber quão rápido se gasta um segundo.  
Tratam de ser lentos e cerebrais em "Lucien" tema para experimentar nos seguintes cabos: o cabo Espichel, o cabo da Roca, o cabo dos trabalhos. Traz à memória a banda sonora das virgens suicidas, essas que, curiosamente como as fetichistas com patentes do exército, gostam de cabos.
Live Footage são dois gajos, Topu Lyo e Mike Thies, é chato para tomar decisões. Mas acho que no que diz respeito a quando tocar o que com que efeito acho que se devem entender. Queriam muitos casais. Bateria, violoncelo, teclado e efeitos é a receita para a relação eficaz. São cinema mas também são canção incrivelmente. Mas não é por isso que podiam concorrer em festival com nomes tão elevados do mundo da música ligeira como Tó Cruz, Dina, Anabela e o meu preferido: Rui Bandeira. Uma espécie de Bill Bailey sem as piadas, os braços, as pernas, o tronco e o piano em forma de X-Wing do Star Wars.   
2 notes · View notes
ilicitomag · 12 years ago
Text
Entrevista aos Unknown Mortal Orchestra puxadinha a ferros
Tumblr media
70 euros de aluguer de camera, microfone e tripé, 3 litros de suor para carregar toda a tralha, 4 horas a menos de sono para levantar o material a horas, uns bons 10/12 mails até conseguir encontrar uma hora e finalmente a 2 horas da hora marcada: entrevista cancelada.
Ah e um par de murros numa porta sem ninguém a ver.
Foi a história do «quase» como qualquer bom clube de futebol tem. O Ilícito quase entrevistou Unknown Mortal Orchestra no dia do seu concerto em Roterdão. O Ilícito quase produziu video. O Ilícito quase comprou tomates para atirar à banda no concerto. O problema é que o concerto foi altamente e os tomates ficaram na bolonhesa que comi ao jantar.
Do meu lado e depois de várias sessões de terapia para recuperar do choque resolvi fazer uma daquelas t-shirts: «I went to London and all I got was this lousy shirt» mas desta feita com o texto: «I went out to interview Unknown Mortal Orchestra and all I got was this lousy email reply».
Aqui fica o mail.
Ilicito: Ruban, how was growing up in the NZ?
Ruban: It was good in a lot of ways. My parents moved there from LA before I was born because my Dad was from there and they thought it would be a better environment to raise a child. My parents were pretty wild so I'm glad I didn't grow up in LA. New Zealand is basically one big coastline. It's still one of the most beautiful places I've seen.
I: You write alone don't you? What gear do you use to write your songs, specially in the beggining of the process?
R: In the beginning I just sit around with my guitar. I record little parts into my phone if I'm on tour and onto a cassette recorder if I'm at home. I'll write lyrics in a notebook every now and then. I steal a lot of lyrics from things that people say at parties and sometimes I get lyrics from dreams.
I: Besides touring has a lot changed for you guys?
R: I came to the states with a few hundred dollars with my wife and my son and had to really hustle in the beginning. Now I have a house and a couple of vehicles and a little studio and workshop in my basement. Jake has a new girlfriend and lives in Brooklyn now. Things have changed quite a bit really.
I: You guys toured with Liars, didn’t you? How the hell did it happen? were you opening for them? What about Liars fans reaction to your music?
R: They just asked us. We opened for them, yeah. They're one of my favorite modern bands. Liars fans were so cool to us. They were really open minded and into it. I feel like that makes sense because I am a Liars fan and yet I make music that's different from theirs. I wasn't surprised to discover they have cool fans. Many of them have come to see us again since then as well. 
I: Where does this psycadelic thing come from? What bands from 60s/70s did you listen to?
R: All of them hahaha. My favorites are The Mothers of Invention, Captain Beefheart, The Pink Floyd, Love, the Zombies and of course the Beatles. Everyone in the band is obsessed with Bowie. We talk about his 70's work all of the time and whenever Riley walks into a bar there always seems to be Bowie playing. He was in a Bowie cover band called Queen Bitch in his earlier days.
I: What effects do you use to achieve this feeling. Or is it a secret?
R: I'm not sure if it's a secret or not. I use an increasing amount of analog equipment and I've started trying to invent my own analog gear. Nothing that hard to get your hands on. There's a lot that goes into it I guess, really. There's no exact formula.
I: Usually, specially for the 60s and 70s I tend to think gee, those were the days. I wish I lived back then. Do you feel the same? Do you feel it is cyclic and our kids will think the same of our generation?
R: I think we're heading toward a strange authoritarian age. Art and music have been castrated and people are happy to be more conformist and boring. It's just a great time for pop music and a time when issues like women's liberation and civil rights were exploding. Commercial music was becoming more artistic and subversive. We need more of that in our time. People just want this easy boring crap. I wish it would start to change.
I: Pond, Tame Impala, Connan Mockasin do you relate to any of these guys from down under? Do you like their music?
R: I relate to them quite a bit I think. Love their music.
I: How was Rotterdam? It was a big upset not to have you guys on camera when you came by. What were you guys doing? Did you enjoy your stay in Rotterdam and in the Netherlands all around? Any story you want to share?
R: The Netherlands were awesome. Our show in Rotterdam sold out. We couldn't believe it. There was a big line up the block. We stayed in Amsterdam for four days when our tour ended and we had a great time. I wandered around the city and got lost. I accidentally ran into a really amazing jam session that these old jazz guys were having. I went to the Van Gogh museum. When I was a teenager Van Gogh was a big hero of mine and I studied painting at University. Seeing his paintings in the flesh was like a religious experience to me. 
I: You'll be in festival Paredes de Coura in Portugal this Summer. Have you ever been there? Any good impressions?
R: I've never been. Friends have told me it's beautiful and the weather is great and that people are very good looking there and that the food is amazing, so that sounds awesome.
Unknown Mortal Orchestra tem um álbum novo que é do pouco pop que não te insulta e vai estar em Paredes de Coura no dia 14 de Agosto.
Se lá forem e tiverem um tomate à mão… deixem estar, façam uma bolonhesa.
2 notes · View notes
ilicitomag · 12 years ago
Text
Bot'Ox, desfaz-se nos pratos e não na mão
Tumblr media
Cosmo Vitelli, o dono do bordel do "Killing of a Chinese Bookie" do Cassavetes, não 'pera, Cosmo Vitelli um dos gajos de Bot'Ox é um dos fundadores da editora "I'm a Cliché" e um DJ porreirinho que não responde ao e-mail. 
Sans Dormir, o santo padoeiro de Aix-en-Provence em Franca, não 'pera, Sans Dormir, o álbum novo de Bot'Ox que está a sair aos pedaços através de um EP a cada 2 meses com um tema novo e várias versões.
 2.4.1. o indicativo do Gabão, não 'pera o segundo single de Sans Dormir, não é "Rue de L'Arsenal" mas continua a ser um bombomzinho do BPM ao nível das malhas lentas do Lindstrom.
Na verdade eu queria era ser lutador de sumo mas era muita fruta e então virei-me para os computadores porque os Rio Grande diziam que era um emprego com saída. Maneiras que me engano bastante e confundo indicativos, santos padroeiros e personagens de filmes. Faz-se o que se pode com aquilo que se tem. E quem dá o que tem, a mais não é? Obrigado.
Bot'Ox parece que não quer editar um disco mas sim pagar uma casa a prestações. Cada prestação traz umas remisturas de amigos, talvez conhecidos e juros. Eu nunca gostei de bancos, por isso, sempre que posso evito-os e sento-me no chão.
"2.4.1." tem o aquele groove Bot'Ox: BPM baixa, batida eletrónica seca, bem vincada mas mais funky e rápida que outras passagens noutros álbums.
Menos enigmáticos e mais orelhudos mas fundindo sempre muito bem as melodias para um objetivo final bem divertido. A faixa de voz conta uma história com aquele tom bem LA:"Like where's my Machiatto???"
"Basement Love" foi o primeiro single e explora outros caminhos. É mais cinema e mais synth. Um Jan Hammer com uma voz R&B a cavalo. É importante manter estas expressões terra a terra. Sim porque um ovo a cavalo é uma das visões mais psicadélicas da gastronomia portuguesa.
"Face of Another". "Mais um single? - Passa a três, Alberto!" 
Aqui os Bot'Ox forçaram a mesma fórmula na bochecha da senhora, fizeram mais do mesmo e escreveram a balada à la Hercules and the Love Affair que para mim só vai lá com molho de alho. Mas, todavia, porém, no entanto, ainda assim, não obstante, esticaram-lhe uma bridge bem épica que marchou bem com o resto da tropa. O problema é que ainda estou a arrotar a alho.
Ah! e quem reconhece os bells de "Rue de L'Arsenal" que atire a primeira pedra. Coitada da Madalena vai sair de maca.
Entretanto este texto ficou na pausa e como bom pagador de prestações, Bot'Ox pagou mais uma. Uma sequinha como o polvo assado, um surf rock que racha boas disposições e uma "pianada" como guarnição, regado com um sentimento estranho e repetitivo. Chama-se "Grands Boulevards" e é das mais originais que já ouvi destes moços.
Todos estes temas pedem o remix. Não por serem já dançáveis que muitos não são. Mais pelo meio onde Cosmo Vitelli e o outro gajo estão inseridos e o passado de dance music. E assim surgem bastantes remisturas, algumas do próprio Cosmo.
Bot'Ox fizeram um álbum variado! E eu não o ouvi todo. Sobretudo porque ele ainda não saiu e uma pessoa fica sem paciência. Eu às vezes nem ato os sapatos quanto mais esperar até Outubro.
Continua a ser das minhas bandas preferidas, continua a fazer música de dança que também é para ouvir ( já dizia a Caixa de Ritmos da Antena3), continua chamando-me assim. Bébé um copo que isso passa.
0 notes
ilicitomag · 12 years ago
Video
youtube
Estes miúdos fazem-se. Franz Ferdinand no Hotel de Crillon, em Paris, com «Love Illumination» para La Blogotheque.
0 notes
ilicitomag · 12 years ago
Text
As melhores imagens do Festival MED 2013
No último fim de semana de Junho o ilícito marcou presença na 10ª edição do Festival MED. Seguem-se algumas imagens dos dois dias do evento, cortesia do fotógrafo ilícito, Mário Cunha.
1ª dia - 28 de Junho
2º dia - 29 de Junho
0 notes
ilicitomag · 12 years ago
Text
Ilícito[mag] no Festival MED 2013
Tumblr media
Sabe-nos bem voltar às estreitas ruas da velha Loulé. É um sentimento diferente, aquele que nós dá um festival também ele diferente. Ano após ano calcorreamos as desniveladas ruelas de calçada, num recinto que parece pequeno, mas que não o é na realidade.
Acantonadas entre o icónico mercado, a Igreja Matriz e as resistentes pedras que em tempos davam forma a um castelo, milhares de pessoas fazem do Festival MED uma experiência.
Mais de uma mão cheia de palcos, um ambiente acolhedor e música para todos os gostos num cartaz repleto de diversidade. Tem sido este o plano de jogo da organização do MED ao longo dos dez últimos anos e, como diz o ditado, em equipa que ganha, não se mexe. Este ano não foi diferente.
A primeira década de músicas do mundo em Loulé teve algumas oscilações, alterações de detalhes e as obrigatórias afinações da máquina, mas o balanço só pode ser positivo, mais não seja pela criação de uma marca distinta no que toca a eventos culturais por terras algarvias.
A organização do evento faz com que no espaço de nove horas seja possível a qualquer um – com algum jogo de cintura e frescura física à mistura – ouvir os mais distintos estilos musicais. Da música clássica ou jazz que por norma abrem as hostes quando o sol ainda não desceu da linha do horizonte, ao rock e blues que recebem a noite de braços abertos. O final da festa fica, por norma, a cargo da mãe África e da sua diáspora, com ritmos e batidas indefensavelmente infecciosos, numa alegria de viver que algumas vezes só a música nos parece dar.
Com um cartaz composto por nomes menos sonantes do que em edições anteriores e um dia a menos para se fazer a festa, o MED mantém ainda assim a sua força em toda a orgânica envolvente do festival.
Para os visitantes, um dilema se levanta deste logo: ver um pouco de todos os concertos, ou ver alguns concertos do principio ao fim? A resposta define desde logo a experiência de cada um. Na parte que toca ao ilícito, este foi um ano diferente. Depois de muitas edições em que a primeira opção nos pareceu sempre a mais correcta – afinal reportar os concertos é prioridade – desta feita optámos por viver um pouco mais o ambiente do MED.
A comida, a bebida, o convívio. Três elementos importantes e que são não raras vezes esquecidos em detrimento da música, quando para muitos se torna mais relevante percorrer as vielas entre os muitos palcos disponíveis para fazer valer o preço do bilhete.
Esta escolha fez desde logo com que perdêssemos alguns concertos nas duas noites, pelo que desde logo fica aqui a nota. Eles que nos perdoem, mas – com muita pena nossa –  não estávamos lá para Samuel Úria, não vimos Tulipa Ruiz, ouvimos de longe Sílvia Perez Cruz e nem vislumbrámos Cuca Roseta.
Na primeira noite, sexta-feira dia 28, saímos de lá com a doçura da música da angolana Aline Frazão. Sons que aquecem o coração, e que tornaram ainda mais agradável uma noite que se mostrava quente. Num festival com as características do MED, pode tornar-se difícil para o público abrandar o ritmo e sentir um pouco mais a música, ficando muitas vezes esta tarefa a cargo dos próprios sons. Aqui, o artista tem um papel fundamental, impondo a sua sonoridade e ritmo a todos os que estejam presentes na plateia. Foi exactamente isso que fez Aline Frazão.
Tumblr media
A caminho de Dead Combo passámos pelo palco da Matriz, numa altura em que Miguel Araújo já fazia valer a força dos seus singles para o muito público que de propósito foi ouvir “a dos aviões” e “os maridos das outras”, como se dizia por entre os presentes.
No palco Castelo, já perto da meia-noite, Tó Trips e Pedro Gonçalves fizeram aqui que melhor sabem, tocaram rock n’ roll. Não são convencionais, nem são para toda a gente, mas o enclave do Castelo mostrou-se pequeno para tanta gente, como de resto viria a acontecer na noite seguinte com os Kumpania Algazarra.
Alternando entre sons mais pesados e baladas como «Ana Adamastor», o duo lisboeta não falhou na sua missão, numa noite em que Tó Trips esteve particularmente inspirado, tocando como quem dança abraçado à sua guitarra, distorcendo, riffando e quase destruindo a sua fiel companheira. Por entre os clássicos «Lusitânia Playboys», «Mr. Eastwood» e «Cuba 1970» houve ainda espaço para uma versão de Tom Waits, naquela que seria potencialmente uma colaboração abençoada pelos deuses.
Tumblr media
Do Mali, Loulé ficou a conhecer Oumou Sangaré. Mescla de sons algures entre o tipicamente africano e melodias bem ocidentais como a soul ou o funk, Oumou parece não ter limites, dando a conhecer a sua música a um público que, arriscamos dizer, a desconhecia por completo. Longe de ser apenas mais um nome do contingente africano que anualmente vem tocar a terras de Loulé, desta senhora ficámos com a ideia de que podemos esperar coisas bonitas nos dias que aí vêm.
Por África ficámos ainda madrugada dentro, cortesia de Hugo Mendez “Sofrito”. DJ set com o berço da civilização no coração, não tão electrónico como seria de esperar, mas bem mais orgânico, samplando as batidas instrumentais para lhes dar nova vida. A alegria musical de África misturada com zeros e uns fechou a primeira noite do MED 2013.
Tumblr media
Na segunda e última noite do festival, o lusco fusco foi passado ao som de Bad Luck & Trouble, trio algarvio de voz e guitarras, quando antes deles já The Burnt Old Man tinham tocado pela segunda noite consecutiva e a Orquestra do Algarve tinha trazido à vida as «4 Estações de Vivaldi» no interior da Igreja Matriz.
Com o recinto a encher a bom ritmo, os Dona Gi davam azo ao seu fado gingão para um público receptivo a um fado mais descontraído, longe das amarras que muitas vezes impedem o género de chegar a uma audiência mais alargado e porventura mais jovem.
Poucos minutos depois, do outro lado do recinto, Sílvia Perez Cruz encantava o público sentado – uma das poucas vezes que o vimos assim na história recente do MED – com a força da sua voz. Num tom tão depressa dominante como afável, a voz desta catalã é uma arma poderosa, ecoando nas paredes que envolvem a Cerca como a de uma sereia que nos chama para o fundo do mar. Não estivemos muito tempo a ouvi-la, mas nem por isso ficámos menos encantados.
Tumblr media
Em relação aos Hedningarna, criatividade parece ser a palavra de ordem para este trio de suecos. Privados da sua gaita de foles, perdida algures nos porões de bagagens do Aeroporto de Frankfurt, para “os pagães” – significado do seu nome -, isso não parece ser problema. Munidos de uma série de instrumentos tradicionais, inclusive algo que mais parece a faca do Master Chief no épico Halo, mas que afinal se trata de uma jaw harp ou, berimbau de boca, em português. Esta variedade instrumental permite-lhes alargar os horizontes, fugindo ao redutor género de folk rock. Afinal, para eles o rock psicadélico não parece andar muito longe a dada altura do concerto.
Viragem à esquerda a seguir à Matriz e fomos cair no meio d’A Festa. Não é coisa oficial, mas eles que ponham a papelada em dia, porque os concertos de Kumpania Algazarra nunca são apenas concertos. São festas. Para eles, em palco, e para o público à sua frente. Em Loulé não foi diferente, e para esta rapaziada que parece ter saído de uma desconhecida aldeia dos Balcãs, mas que afinal é bem portuguesa, apenas isso parece interessar. A festa, a alegria, os saltos, as danças, a boa disposição. O palco foi demasiado pequeno para eles, e o recinto foi demasiado pequeno para tanta gente que quis fazer a festa com eles.
Tumblr media
Tão grande foi a festa, que não estávamos na Cerca para ver Cuca Roseta apresentar «Raiz», o disco que acabou de lançar este ano e que tanta atenção lhe tem garantido. Ainda assim, e de acordo com as nossas fontes, muitos outros marcaram presença no concerto da fadista lisboeta.
Tumblr media
Substituto mais ou menos de última hora para o muito antecipado Anthony B, Omar Perry tem a história do seu lado, ainda que não seja propriamente a sua história. Filho do mítico Lee «Scratch» Perry, uma das figuras maiores do reggae, Omar veio até Loulé sem grandes pretensões e com o intuito de puxar pela multidão adepta dos ideais do rastafarianismo, tudo isto com a força da sua música. Tendo por base o reggae roots, Omar aposta ainda assim forte no dancehall como linha directa para pôr o público aos saltos, como de resto acaba por ser o caminho seguido por muitas das vozes mais destacadas que o reggae tem para oferecer por estes dias.
Com o concerto do músico natural de Kingston a chegar ao fim, estava também cada vez mais próximo o final de mais uma edição do MED. Havia, no entanto, um último ponto de passagem antes da despedida.
Tumblr media
Haverá, perguntamos nós retoricamente, algum projecto musical com um nome tão apropriado como aquele que foi criado por Pedro Coquenão?
Batida. Tão simples, mas ao mesmo tempo tão apropriado. O homem sozinho em palco, com a sua caixa de ritmos improvisada daquilo que parece ser uma antiga lata de óleo, com uma série de bidons à sua frente cuja cor se coordena com a batida da música. A força vem da batida, de uma África digital que o homem da Fazuma faz por dar a conhecer por esse mundo fora. «Bazuka» pode ter sido o seu pé a manter a porta bem aberta para o que aí vem, mas pelo que se viu na madrugada de sábado passado, a Batida ainda tem muito para dar a ouvir, e tem, acima de tudo, um público que quer dançar ao seu som.
No seu décimo ano, aquilo que começou como Festival de Músicas do Mediterrâneo é, naturalmente, muito mais que isso. É uma marca, é um evento da região, é uma festa popular com muito boa música. É um espaço de diferença, que anualmente é abraçado e apreciado pelo povo. Até para o ano.
0 notes
ilicitomag · 12 years ago
Text
Tomorrow’s Harvest puxou-me o tapete e caí de costas no passado
Tumblr media
A chuva na Escócia deve ser dez vezes mais gelada que cá no sul, para pôr as pessoas neste estado mental. Mas estes dois gajos estabeleceram-se em torno da nostalgia, emoção e desconforto e fizeram-se conhecidos por isso. Acho que qualquer gajo que faz música electrónica a menos de 120BPM tem-nos como referência.
Encontraram um estilo específico e agarraram-se-lhe com os dentes. Desafinaram os teclados e não os tornaram a afinar. Pegaram nas samples e deram-lhes aquele twist suficiente para ficarem menos explícitas, mais escondidas e completamente diferentes do original. Usaram as mesmas beats de Kruder and Dorfmeister mas vestiram-nas de uma forma que não deixava o som ser chillout. Porque no momento em que sentes o chill a chegar já não te consegues safar do frio do Ártico que aí vem.  Mantiveram-se na mesma onda editando vários álbuns ao longo do tempo onde Headcamp Phase Fire foi o mais consistente. 
Conheci-os devido a uma remistura num álbum de CLOUDDEAD e acho realmente que as ideias deles se colam às das pessoas da Anticon. Casamento perfeito. Apesar dos Boards nunca terem editado pela Anticon. O meu psicólogo já me disse para eu parar com estas merdas.
Óbvio que quando era miúdo pensava que os Boards of Canada eram do Canadá, assim como os ( pensava eu) auto-explicativos: Architecture in Helsinki (Australia), I’m From Barcelona (Suécia), Telefon Tel Aviv (EUA). Ah! E o Tallest Man On Earth é mais baixo que o Kobe. Uma pessoa tem com cada dissabor na vida. 
Não há álbum novo que saia, sobretudo quando estamos há muito tempo à espera dele, que não faça os fãs pegar nos álbuns passados assim como quem pega no álbum de família quando há visitas.
Twoism foi um álbum bem rápido, mais simples ou primitivo se tivermos em conta o que eles viriam a fazer no futuro. 
Music Has The Right To Children é um álbum hipnótico e repetitivo onde os Boards of Canada começaram a destilar o seu estilo. Mais trabalhado que Twoism, nele surgem com mais força os conceitos que os escoceses gostam, entre eles a infância. Ao contrário do seu anterior, a ambiência e o espaço são melhor construídos. Eu próprio destilei o meu estilo quando começei a usar t-shirts ao contrário. Melhorei a ambiência do meu quarto com pauzinhos de cheiro e aumentei o seu espaço vendo-me livre das infindáveis revistas que a falta de Internet dos meus 12 anos me obrigava a comprar. E ainda assim a minha vida não soa a Music Has The Right To Children.   
Geogaddi foi o álbum mágico. Foi nele que começaram a ficar mesmo bons. Os synths mais trabalhados, mais efeitos, batidas mais variadas e os samples a ficarem mais importantes e dar mais força ao feeling nostálgico dos Boards of Canada. ”Dawn Chorus”, tem um synth a tocar uma única nota, intermitente que eu juro, ainda hoje, que me parece o mar a subir e a descer uma praia inclinada, deserta, fria. Foi o álbum que me fez fã e foi mesmo o primeiro que conheci, um ano e tal depois de ter saído, infelizmente. Traumas que demoram a sarar.
E depois veio The Campfire Headphase ou Headcamp Phase Fire ou até mesmo Fire Phase Head Camp como cheguei a procurar por ele na Internet por engano. Este foi para mim a consagração. Com “Dayvan Cowboy” a chegar em primeiro lugar na corrida, “Chroma Key” logo de seguida e “Hey Saturday Sun” a fechar o pódio. “Dayvan Cowboy“ mereceu umas quantas remisturas entre as quais Odd Nosdam que esticou o tema até aos 9 minutos. Eu tenho tempo para isso.
Ora, é importante apostar na continuidade, quer dos treinadores de futebol, quer das coisas bem trabalhadas. E este novo álbum é mais Ferguson que Jesualdo. Mas não é por isso que perde valor. A seguir a tendência das coisas em geral que estão mesmo caras. Ouvi Tomorrow’s Harvest debaixo de um céu tapado e voltei ao mesmo sentimento dos álbuns anteriores. 
Felizmente ninguém me interrompeu na “New Seeds” porque acho que ia estragar-me completamente como quando puxas a pen usb e ainda estás a escrever-lhe qualquer coisa. Que build-up. 
Tomorrow’s Harvest não serve para casamentos nem divórcios muito menos para estadias em repartições de finanças com duração superior a duas horas. Tomorrow’s Harvest serve para olhares para ti próprio e lembrares-te de quem realmente és. No casamento não és tu que estás lá, és uma projeção do que a sociedade quer de ti. No divórcio és apenas quem falhou em ser o que a sociedade queria. E numa repartição de finanças és apenas contribuinte. Naquele momento em que estás sozinho em frente a uma grua num porto, circulando entre estações num metro ou a sentir as primeiras pingas de uma chuvada, é aí mesmo que Tomorrow’s Harvest te pergunta e responde à pior delas todas. Quem raio és tu? (porque “Who the fuck are you ?” ia parecer muito rebuscado, “Quem raio és tu” é apenas estranho).
E agora que já não tenho tempo para me procurar. Agora que perdi o tempo para estar micro deprimido. Boards of Canada é o que me resta. E este álbum é o cheirinho de ontem, hoje. É mais do mesmo mas se o mesmo é bom demais então mais do mesmo é bom demais, mesmo!
1 note · View note
ilicitomag · 12 years ago
Audio
O homem que matou os WU LYF já se faz ouvir de novo. Ellery James Roberts publicou no seu Tumblr o som «Kerou's Lament». Faixa forte.
1 note · View note
ilicitomag · 12 years ago
Video
youtube
O próximo álbum dos Arctic Monkeys vai chama-se «AM». Get it? Parece também que «R U Mine» fará parte do disco, e não se perderá nos confins da história como simples 7". O povo agradece.
1 note · View note
ilicitomag · 12 years ago
Video
youtube
Arctic Monkeys - «Do I Wanna Know?» O rock n' roll do deserto continua forte nesta rapaziada. Este é o primeiro avanço do próximo álbum, ainda sem data para sair.
0 notes
ilicitomag · 12 years ago
Video
youtube
Novo clip para "Solteiro" retirado da 2ª Mixtape de Orelha Negra e que junta Sam the Kid, Regula, Heber & Roulet Rmx
0 notes
ilicitomag · 12 years ago
Video
Do noo álbum de Talib Kweli,"Prisoner Of Conscious", com lançamento agendado para este ano surge este "Favela Love" com a participação de Seu Jorge. Hip-hop para os swinggeiros.
0 notes
ilicitomag · 12 years ago
Text
Entrevista com Marvin
Tumblr media
A Emilie Rougier dos Marvin falou connosco sobre a banda, o novo disco, Barry, a estadia em Portugal e os promotores loucos e sobre a cena rock em Montpellier. 
E fizeram uma malandrice ao nosso logo também! Obrigado!
Ilícito: How did you guys meet?
  Emilie, Marvin: Greg (Drums) and Fred (Guitar) are old friends from primary school. They were living in the same village around Montpellier, they were skateboarding together and learning classic guitar together and were bored about these lessons together so they started a band, Greg was playing drums on pillows while Fred was playing guitar and they recorded 80 songs like that on a tape recorder. Then they met new friends in their village and started a real band, skatecore influenced, in the mid-90s. I was a fan of this band, we were in the same high school and I was also playing skateboard in the same skatepark as them so that's how we met. And Marvin started in 2003 when Greg came back from his studies in Paris, he saw many bands there, Oxes, Trans Am etc (it was the post-rock math rock period !) and he asked Fred to start a band again, instrumental, powerful and using this MS20 that Fred was had from his father. As I was Greg's girlfriend at that time I was around when they were looking for the friend who's gonna drive this keyboard and I tried one time and It worked well, so I stayed and Marvin was born.
I:What was on your walkman when you were a kid?
  E:I was crazy about A-HA, I saw them live in 1989, it was like a honeymoon. Then when I went to college, I discovered Metallica, U2 and Queen and of course Nirvana. But I was living 4 months a year in a camping next to the sea in Palavas les Flots, and every friday and saturday night there was a big dance with a local band or a DJ, and a lot of dance music was played and i was loving that a lot too.
  I: What are your favourite French bands?
E: There's many bands we are playing with in France that are really good and I don't think I'm listening or knowing many others. Electric Electric, Gablé, Zëro, Papier Tigre, Pneu, Shub, The Agamenmonz, X-OR, Fordamage, Cheveu..
And in the 90’s there was a band named Les Thugs, that is maybe the best indie french band ever.
  I: Do you know any Portuguese bands?
  E: We played with a band in Porto named Equations but except for them I don´t know any portuguese band, unfortunately, I would love to, if you have some advice.
  I: What do you think of Justice, Air or M83?
  E: Justice is really something. Sometimes you think about which bands or which type of music we all remember while thinking about a special decade of music and Justice is the band I think about for the 2000s. They invented a new popular music that was fitting with their time. Their album CROSS became a classic immediately.
Air is ok, their « Virgin Suicide » soundtrack is really good!
And about M83... I really don't like that kind of music, I don't want to be mean, but for me it's just one more bad band for summer festivals.
I: Who the fuck is Marvin(sorry I couldn’t help myself..)?
  E:Hahahah, we'll never know it!
I: Have you ever fallen off stage? Is there any way of doing it in style?
  E: One time I fell with my huge mixing board in my hands as I was putting my stuff on stage, but I never felt during a show. To have style when it happens, maybe you have to keep on playing on the floor after the fall, even if your ankle is twisted.
I: How is the music scene in Montpellier? Are there many bands that you relate to?
  E: Montpellier is special! In Lyon, for example, there’s a Noise Rock scene, with many bands, promoters, labels, etc... In Nantes there's some bands you can put in the same family like Papier Tigre, Papaye, Fordamage,  ... and in Montpellier it's special! There's just bands, all different, there's not a real rock scene with people that have the same way of living their music. But this is good! Cause every band is special and doesn't sound like the other and doesn't live the same things, nobody else does some Marvin, as well as there's only one band like Verdun (powerdoomrock) or Dure Mère (Flamenco Noise). Of course there's a garage rock scene, a metal scene, etc, but not really a solid alternative one. But we have the chance to have good places like the Black Sheep, where all the bands play and the Subsonic also, where everybody rehearse, to meet each other and share things and have fun.
Also, and I only speak about the rock/indie/alternative music scene, our generation didn't have a local band that showed us the way, a band that was important and that influenced us all in Montpellier.
And it's not really a rock city here, we have too much sunshine maybe! It's very touristic and full of students, there's many nightclubs, electronic music, reggae, ska, etc.. And our most famous festivals are about electronic music and xtreme sports!
I:Your high school friends have bands?
  E: No! And many are teachers!
I: Do you like touring or you get back pain quickly?
  E: We love touring, the best is to tour with another band and in another country, it's the most fun and the best way to make new friends and to travel! The pain arrives quickly of course, but there's a moment when tiredness is your new way of feeling and it's ok, everybody's fucked up and happy.
I: Who had the idea to cover Brian Eno on Hangover The Top?
  E: We needed a last song and we didn´t have the time to rehearse. We wanted to do something that sounds happy and peaceful to end an album full of ... "tensions" ?  and we were listening to Brian Eno a lot at that time and Greg suggested to cover this one. We tried it in studio, after having drinking some good Calvados and we had a lot of fun.
I: Korg is your weapon of choice? Have you played anything else?
  E: I didn't choose this crazy Korg, I just tried one time to play on it with Greg and Fred for fun and now that's 10 years I'm using it. I was not playing music before Marvin and I really don't know how to play other instruments, I tried guitar once and I quit, the same with drumming!
I: Do you guys have other personal projects aside from music?
  E: Fred always had other projects, the last ones were Super Beatnik, a good speedstonerband that splitted unfortunately and Payday, some highspeedmathnoise that is named Paydead now ‘cause the singer has moved.
We three also play in a Weezer cover band, just for fun. And I made some music with friends and computers for a documentary.
I: Tell us about the trip to Portugal. I remember the basement was empty. But you put a hell of a show!
  E: It was a super fun two weeks tour in Spain and Portugal with our friends from Fordamage. We had only 3 gigs in Portugal. We played in Bragança, there's a guy there named Nuno, who's moving his ass as hell to put on some shows in his little town and that night was fun!
The 2 other gigs were really special and organized by the same guy. The first one was in Porto. Nobody came, not even the promoter’s friends, the place was really cool, the meal fabulous as always in Portugal but you're on tour for playing and the show was empty! Fortunately a band of french architecture students arrived by chance at the end and danced and yelled and asked for some more and it turned into a better night! Then we took some strange drugs that it's possible to buy legally in Portugal, some kind of LSD and went to the apartment of the promoters for sleeping. There, there was only one sofa to lay down and we were 9 people. The promoters said good night and went in their bedroom. We laughed a lot about the situation! We made pillows with the kitchen paper roll, we tried to sleep standing up or on a chair, with the effect of the drugs it was funny but our psychologic mattress didn’t do his job well and we woke up with our back a bit broken! And the best is that we haven’t been paid for this gig and we'll never be!
The second show was in Lisboa, same story, beautiful town, crazy food, super wine, super gentle soundman, super place and not so many people at the show but compared to Porto it was really good ! We had a lot of fun playing, both bands! But again it was weird with the promoter. This night it was a friend of the guy in Porto that was dealing with us. We just saw him 5 minutes, he gave us some little money and disappeared at the end of the show, we had to phone him to know where we were going to sleep. At 4 in the morning we finaly had the information and found the place, he said it was an hotel but in fact it was a flat were a guy was living with his family and he was renting a room for bands on tour. In the room there were 4 dirty mattresses. We were still 9 people. Bored, we said goodbye to the guy and moved around the city, looking for a not so expensive hotel.
Hope we'll have a better experience next time cause we loved the cities and the people we met! And anyway we laughed a lot about it during the tour! Those experiences are precious!
I: Is that a bass I hear in “As Noisy As you possible”? Who plays it? Would you like to have a bass player on the band?
  E: Yes, Fred plays bass on that song, playing bass is Fred's fantasm! He was so happy to record it ! But live he plays this riff with his guitar and an octaver.
Marvin is a family affair so I don't think anybody's gonna join the band now but yeah, for having done it sometimes, it's really good to have a bass player in your band, everything turns so easy then.
I: Do you plan to take “Barry” overseas?
  E: In the US? Barry is released on Sickroom Records there, so i think it's gonna be a little bit easier to tour there, Ryan from the label is gonna help us. And our friends from Papier Tigre just came back from a cool tour on the East Coast and we hope we'll do the same thing next Spring. We are like any band, we dream about touring in the USA, to see this mythic country, to drive an old GMC on straight roads during hours listening the local rock radio stations.
I: How long did it take to record “Barry”?
  E: We have 9 days for the takes and same thing for the mix but we had the chance to change things on the mix at distance after having listened to it a lot and also after the first version of the master, so the result is really what we wanted.
I: What were your main ideas for the record?
  E: We don't plan anything for the creation of the songs, we just take what it comes, it's not easy for us to make new things and it takes us a lot of time, it starts with a guitar riff, a keyboard sound, a drum pattern but nobody arrives with a special idea of a song. They are built step by step.
But we have special ideas for the sound we wanted to have on this album, powerful, efficient, fat and beautiful!
1 note · View note
ilicitomag · 12 years ago
Text
Marvin – Barry (2013)
Tumblr media
Caga no Roquefort, vamos para a porrada
Marvin é o nome. Barry também. Marvin é o nome da banda. Barry é o nome do álbum que a promotora Africantape generosamente ofereceu ao ilicito. João é o meu nome. João é a pessoa que escreve este texto. João diz obrigado à editora francesa Africantape: ”Obrigado Africantape”.
Os moços de Montpellier tem nove novos temas (dizer rápido), estão mais coesos e fizeram um álbum de estourar os ouvidos tal como os anteriores.
Quero conhecer o doutor dos ouvidos que aprova este álbum. Eu aprovo mas não sou doutor nenhum. Praticamente instrumental, Barry é Marvin um pouco melhor produzido, mais loud mas menos estridente face ao Selftitled, muito provavelmente devido a uma melhor mistura.  Os temas são mais próximos uns dos outros não deixando de explorar ideias diferentes.
“Tempo Fight” abre o álbum a abrir(passo a coisa redonda) e é só curtição : o riff bem aberto, a malha bem rock and roll, o meu pai a dar-me toques para o telemóvel para baixar o volume. E no meio disto tudo, dançável!
« As Noisy As Possible » : entra com o baixo à la intro do Beetlejuice, a criar medinho nas criancinhas e acaba com um riff que mete mais medo ainda com uma linha de sintetizador a por mais medo na equação. O nome do tema em português é : ”Medo“.
Se algum dia estiveres perdido, se não fizeres ideia do local onde estás, põe a “Jey Ferson” de Marvin. Se o teu corpo não esboçar a mínima reação. Nem mesmo o dedão do pé mexer para cima e para baixo, parabéns estás na morgue. Mete os papéis, põe-me no teu testamento e vai à tua morte. Não é preciso morrer para estar morto.
“Automan” é a balada. Mas que só funciona com miúdas muito específicas. Ou as que gostam de Marvin ou as que não conseguem ouvir as frequências mais baixas. Estas últimas são as mais difíceis de encontrar. Eu chamo-lhes “high-pass filter type of girls”.
O tema que dá título ao álbum, “Barry”  é duro de roer, é da estrada, é porrada pura. O arpeggio após o primeiro minuto e meio dá conta de mim e transporta-me diretamente para o cinema. Mostra que conseguem misturar aquele feeling industrial do sintetizador para criar aquela progressão mais lenta e depois, porrada outra vez.
Greg, Emilie e Fred são um trio de força, têm ideias com fartura e destrõem celeiros, estábulos e plantações de milho à sua passagem. O Alentejo era bem verdinho antes de eles colocarem cá os pés. E pelos vistos até Bragança foi esteve em alerta vermelho (ver entrevista com Marvin).
Marvin, apesar da distorção, nervosismo e euforia total, não perde concentração e não é completamente caótico ao contrário do que parece, não é completamente noise rock apesar de ele boiar-lhes no plasma.
0 notes
ilicitomag · 12 years ago
Video
youtube
Mac Miller está diferente. Aqui em antecipação ao lançamento de «Watching Movies With The Sound Off», o miúdo joga-se live on tape a «Objects in the Mirror», que fará parte desse novo disco, com lançamento previsto para 18 de Junho. Suave.
0 notes
ilicitomag · 12 years ago
Text
Bibio - Silver Wilkinson (2013)
Tumblr media
Hey Ho Silver Wilkinson. Pára a carroça que eu vou fazer a barba.
Bibio lançou um disco no dia 14 de Maio e o Ilícito deu-lhe um tiro dia 16. Porque o Ilícito gosta do tiro aos  pratos sobretudo na cristaleira da minha mãe.
Bibio foi para mim, a par do Daedalus, Dabrye, o símbolo do gajo branco a usar a MPC, a fazer batidas mas a "samplar" música indie, fazendo uns temas nostálgicos que puxavam as lâminas aos pulsos. Uma cerejinha para o Inverno.
Silver Wilkinson é o que este "manolas" andou a tramar para 2013 e "Tout à L'Heure" é o single. E é mesmo single pop. Aquele "À Tout à L'heure" quase em coro é text book Bibio e fica na cabeça como os singles devem ficar. Não há mal nenhum nisso. O mal está no dinheiro, nas gorduras saturadas e nas meninas sozinhas na rua.
Continua na mesma corrente com este Silver Wilkinson mas soa menos sujo como era costume. Já no anterior álbum Mind Bokeh se sentia isso. E o Bibio limpou debaixo das cómodas e dos louçeiros da casa da avó mas manteve os pratos com paisagens do século XVIII e as roupinhas cheias de traça e fez uma peça de música mais lenta e nostálgica e eu temo pela sua saúde e pela sua alergia ao pó, coitadinho.
O tema You é a prova disso. O uso daquelas samples de voz mais pequenas (está mais que batido) e melodias mais certinhas e polidas retira um pouco daquela magia do Bibio de "Ambivalence Avenue" e "All The Flowers" (que tem uma remistura do Lone que é de comer, repetir, repetir a sobremesa e explodir por mais).
Uma das melhores audições de Bibio que tive na vida foi a do álbum "The Apple and The Tooth" enquanto cortava um poster do Jim Morrison aos quadradinhos, voltava a colá-los na parede e punha-lhe os olhos da  Marilyn Monroe de outro poster que encontrei no lixo de uma loja dos chineses. Depois disto é difícil que outro álbum de Bibio supere este. Mas dá para ir a banhos com Silver Wilkinson na mesma.
Tentei fazer o mesmo a um pneu que encontrei na rua, ao som do Mind Bokeh mas o dono não gostou e eu aprendi que a maior parte dos pneus fazem parte de um objeto maior chamado carro que normalmente tem um dono que corre bastante e vem sempre atrás de ti em busca de satisfações. É verdade, conheço muita gente que tira conclusões destas na vida. Estas pessoas normalmente estão endividadas num banco da especialidade. E sem futuro à vista.
As beats (ou os beats?; bem as beats são como os anjos, não têm sexo, porque ninguém fode no céu, claro, porque não há suporte físico para essa atividade ter lugar) estão mais electrónicas e menos orgânicas, a mistura está mais viva em certos temas mas o sentimento distante e aquele efeito desafinado que aparece aos meus ouvidos na mesma forma que o tremor da cassette VHS entre filmagens aparece aos meus olhos. Esse continua lá.
É a banda sonora de qualquer coisa triste ou a banda sonora de qualquer viagem de comboio debaixo de um céu enevoado ou de um qualquer passeio junto ao rio depois de perdermos um familiar.
0 notes