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areyouenvy:

Eu também não sei, apenas sei das coisas. Estranho isso, não? Ah, mas você tem potencial para isso. Principalmente se for um homem. Ou você é diferente de suas companheiras?

Muito estranho. Eu não sou diferente de ninguém, mas já pensou que a extinção dos homens seria também a extinção das minhas pegadinhas? Não iria funcionar.

FB

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saintjaime:

Eu era. Eu sou na verdade. Mas se parar para pensar um pouquinho, vai ver que eu não dá para ser legal 100% das vezes com uma garota que quer me ferrar e que tem amigas que querem me matar. Eu não sou um santo. E agora eu não fui grosseiro, eu só disse que eu não ligo. Porque apesar de eu ter precisado de algumas garrafas de cerveja, eu me sinto feliz, e você pode até fazer um esforço, mas não vai estragar esse meu estado de espírito.

Sabe que eu ouvi apenas blábláblá, não sabe? Ninguém quer te matar, talvez apenas fazer da sua vida um inferno, mas quem quer isso é seu pai. Eu quero me divertir a suas custas, mas não se sinta especial por isso acabo fazendo com todos. Foi grosseiro. Eu ainda posso te afogar. Sabe está de noite, estamos no mar é totalmente a minha área.

FB

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saintjaime:

Pode contar, eu realmente não dou a mínima.

Nossa, quanta grosseria. Eu tinha ouvido dizer que você era bem mais simpático.

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saintjaime:

Obrigado. Guarde isso na sua memória.

Até parece. Não gravei, mas vou contar para todo mundo.

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saintjaime:

Eu virei um bêbado, não um trouxa, Bianca, eu sei muito bem o que vocês vão fazer com esse vídeo. Abaixa essa câmera e me deixar ser feliz por dois segundos.

Ok, não filmo.

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areyouenvy

Não minta para um deus, eu vi o que você fez, caçadora de Ártemis.

Deveria ter feito ele tropeçar para fora do navio, teria sido mais interessante.

Droga, por que vocês tem que saber de tudo?

Não poderia, esses navios tem turbinas que te puxam se cair na água, ele iria virar carne moída. Não sou tão cruel.

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O que? Eu juro que não foi culpa minha. Eu tava aqui de boa bebendo algo completamente não alcóolico, ele que tropeçou e caiu na água.

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saintjaime:

Não, espera aí, filmar não, aí já é muita sacanagem.

Mas Lady Ártemis ia adorar saber de seus outros talentos, quem sabe aparecendo assim simpático e dançando tão bem em um vídeo as outras caçadoras não começam a gostar de você?

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saintjaime:

Como assim eu não sei dançar hula-hula?

Oh. Meus. Deuses.

Espera aí, não para de jeito nenhum. Eu tenho que buscar minha câmera.

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CAÇADORA DE ÁRTEMIS. Bianca Grayfly Smith, 14 anos, descendente de Poseidon, originalmente do Acampamento Meio-Sangue. Dizem que é parecida com Dove Cameron.

◘ Who am I?

Bianca não é do tipo que admite um erro depois que já tomou uma decisão, mas a verdade é que raramente toma decisões. É difícil conhecer alguém que foge tanto de responsabilidades quanto a loira, apenas é fiel a caça, o resto é secundário. Costuma ser bem sociável, mas isso não quer dizer que goste de quem não é da caçada. Seu tempo no acampamento ela passa treinando com o arco ou pregando peças em garotos ou filhas de Afrodite. A decisão de entrar na caçada não veio por uma desilusão amorosa e sim por conta do desejo de lutar, mas com o tempo mesmo que não odeie homens eles se tornaram uma espécie de piada aos olhos dela.

Livros e praia as vezes a acalmam por mais hiperativa que a garota seja. Na verdade livros não a acalmam exatamente, todos os seus são rabiscados, ela diz que os consertou. Destrói os romances, maximiza as lutas e no fim tem a história perfeita aos olhos dela.  Não se preocupa com a aparência, mas isso não quer dizer que não costuma andar bem arrumada, detesta jóias, mas sempre usa um colar com a pedra da lua que foi o último presente que ganhou da sua mãe.

◘ Are you afraid of me?

Bianca atira com o arco e flecha desde muito nova, costuma dizer que aprendeu a mirar antes mesmo de saber como andar. Assim que entrou para a caçada ganhou um arco de Ártemis, não é uma arma mágica. Diferente de muitas caçadoras, ela mesma enche a própria aljava com flechas do tipo que ela mesma escolhe, mas nunca quis trocar a arma que usa por uma mágica.

Apesar de o arco ter sido escolhido como o seu favorito não anda com ele o tempo todo, a arma que nunca deixa para trás é uma faca de caça. A arma de bronze celestial está sempre escondida em sua manga, de modo que se estiver sob ameaça consegue estar pronta para luta em questão de segundos.  Por fim, não usa escudos e não luta na defensiva. Bia prefere o ataque e tem uma espada que é raramente usada por ela, por não ser prática como a faca ou funcionar a longo alcance como o seu arco. Além de ter o poder de controle de água. 

◘ Where did I come from?

Bianca nasceu em Menorca, uma ilha na Espanha, sua família era simples e sua mãe mentia para o marido sobre quem era o pai da criança, de modo que ela cresceu em uma família absurdamente comum. A cidade era turística e ela vivia perto do mar, nenhum lugar era tão bom quanto aquele para a filha de Poseidon, mesmo que ela não soubesse de onde aquela ligação com o mar vinha. Quando era pequena costumava passar o tempo todo com Rose, ela a ensinava coisas como cavalgar, dançar e foi ela também que deu o seu primeiro arco, que a naquela época não era de verdade, apenas um brinquedo que Bia levava bem a sério. No fim de tarde ficava sentada perto do mar com a mãe que contava histórias sobre os lugares que tinha além dali e prometia que ainda iria levar a filha para conhecê-los. Desde pequena o sonho da garota era entrar em um barco e conhecer todos os lugares maravilhosos sobre os quais Rose falava, tinha um mapa pendurado na parede do quarto para o qual ela sempre olhava pensando qual seria o primeiro lugar que conheceria.

Quando ela tinha oito anos seu sonho foi realizado, apenas não foi ela quem realizou. Rose conheceu um homem rico e ele ofereceu tudo aquilo que tanto ela quanto a filha mais queriam e ela sabia que não poderiam levar Bia, então fugiu no meio da noite sem deixar muitas explicações.  A partir desse dia Eduardo começou a cuidar sozinho da filha e ela não podia reclamar do padrasto, pois ele apesar de não compartilhar qualquer tipo de laço sanguíneo ele amava a garota como aquela que a teve não amou. No ano seguinte Bia estava depressiva, não conversava, pouco comia e quase nada a animava. Apenas nas tardes em que ia até a praia ficava feliz. O seu pai não estava muito mais feliz, o turismo é uma área complicada, o dinheiro só existia no verão e quando chegava o inverno ninguém se interessava pela ilha. Foi pela filha que Eduardo aceitou o emprego que jamais imaginou que aceitaria, seria garçom em um cruzeiro, o dinheiro não era alto, mas era a única forma de realizar o sonho da sua filha.

No tempo que se passou Bia viveu no mar. Viveu ouvindo histórias de pessoas de todos os lugares, em seu pequeno quarto no andar dos empregados do cruzeiro onde seu pai trabalhava cabia o mundo inteiro. Até o dia 13 de julho quando ocorreu a tempestade, não parecia ser grande coisa, não para os que se fecharam em suas cabines, mas com certeza uma ameaça para a garota de doze anos que correu para o convés para ver o mar. Não foi culpa da garota, as cabines de funcionários não tinham janelas e a filha de Poseidon que tanto amava o mar, queria vê-lo no se estado mais violentos. Bia via as ondas se erguerem quase tão altas quanto o barco, segurava-se na varanda enquanto o barco balançava. Os braços da loira estavam cansados, mas esta era a última coisa para a qual ela dava atenção, estava toda molhada também e ainda assim ela mantinha os olhos vidrados no mar, até que uma onda mais forte a atirou na água.

Foi a primeira vez em que Poseidon apareceu para filha. Não da maneira correta, ela não o viu, mas foi levada em segurança até a praia da Califórnia. Não conheceu o Deus e mesmo hoje em dia não fica nervosa pelo que aconteceu, porque ela não foi puxada pelas turbinas, nem encontrada por qualquer ameaça marinha, não se afogou, apenas dormiu e acordou na praia cercada por pessoas curiosas que perguntavam de onde ela veio. Bia não falava muitas línguas, não conhecia mais que algumas palavras em inglês apensar de seu pai ser fluente naquela língua. Os americanos faziam perguntas e ela retrucava em espanhol, dizendo que não entendia e que não sabia o que aconteceu, arriscou algumas palavras em inglês, nenhuma muito útil. Com o tempo alguém que entendia sua língua apareceu, ajudou ela e em algumas semanas estava em um orfanato, pois ninguém conseguia encontrar seus pais.

No mesmo ano do acidente conheceu as caçadoras, estavam por ali atrás de um Drakon de Lídia solto pela floresta. O monstro tinha sido avistado por Bianca que foi atrás dele por pura curiosidade, quando a sua presença foi notada e o animal atacou as caçadoras interferiram, mas não foram rápidas o suficiente para matá-lo. O Drakon fugiu e a caçada continuaria, o que Bia viu foi o suficiente para desejar seguir as caçadoras. Ártemis foi extremamente gentil com ela, ofereceu armas e a chamou para participar daquela missão, foi a primeira vez que Bia lutou de verdade e ela adorou aquilo. No fim da semana que a caçada levou a deusa da lua lhe ofereceu um lugar ao seu lado, a vida eterna, caçadas e nunca mais precisar se preocupar com o amor, que foi o que acabou com sua família em primeiro lugar. A oferta era tentadora, mas mesmo assim a garota recusou, era jovem demais para tomar aquela decisão e sabia que poderia se arrepender depois. A deusa da lua encontrou um sátiro que a levou até a colina meio sangue, onde ela passou os próximos dois anos.

O acampamento era apenas entediante aos olhos da loira, as pessoas eram apenas comuns, cada dia que seguia era igual ao outro. Não podia voltar para casa, não podia voltar para o pai que acreditava que ela morreu ou para algum abrigo, era muito mais simples por ali. A rotina de Bia foi quebrada quando teve a sua primeira missão onde deveria recuperar um objeto roubado que pertencia a seu pai. A viagem deveria ser feita de barco para não correr o risco de irritar Zeus, o problema era que o que lhe foi oferecido era um dos piores e ela detestava usar remos, as correntes marítimas não gostavam de ser controladas e o barco foi desviado de sua rota. A missão a incluía e mais duas pessoas, uma filha de Afrodite e outro de Hermes, a primeira morreu no meio de uma tempestade e o outro resistiu até que chegassem em terra firme. O barco foi ancorado em algum lugar do México, um pouco longe do local correto, mas perto o suficiente para que andassem de ônibus. No meio da estrada foram surpreendidos por um leão, o leão de Neméia que fez com que o automóvel batesse e seu último companheiro se foi antes mesmo da batalha começar, apesar da batalha não ter realmente acontecido. Mais uma vez as caçadoras tomaram a frente, era apenas um pequeno grupo e sem a deusa da lua, mas estavam procurando o animal há dias, com a ajuda de Bia logo o leão estava de volta ao tártaro e foi acompanhada até o final da missão.

Depois de terminar a missão deveria voltar para o acampamento, mas não foi o que fez. Bia já estava dois anos mais velha, o que para uma adolescente é quase uma vida e já tinha tomado uma decisão da qual não se arrependeria. As caçadoras levaram a garota até Ártemis e naquela noite ela fez o juramento e já segue a deusa há dez anos.  A deusa da lua mandou que ficasse no acampamento por um tempo após o torneio e de má vontade a garota obedeceu, mas costuma escapar quando recebe uma mensagem de Íris falando sobre o que irão caçar.

◘ Do you want to meet my family?

Rose Grayfly, mãe

Eduardo Smith, padrasto

Elvis, urso pardo que a segue nas caçadas

◘ My place in the camp:

1ª conselheiro chefe chalé 8.

◘ Status: Close.

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“Beatrice?” Fez com que mais um jato de água jorrasse nele, um fino apenas por diversão. “Esse foi por errar meu nome, é Bianca.” Revirou os olhos como se estivesse ofendida, na verdade não fazia questão que ele lembrasse seu nome. Era óbvio que ele estava perturbado o suficiente com a ideia de caçar, ela não ligava, detestava ter homens no acampamento, era como se a regra de ouro fosse quebrada. “Você não invadiu nada, é um escravo, não faz parte da caçada, não de verdade. Pode servir para limpar arcos talvez, Ártemis devia tê-lo matado quando demorou para voltar com o cervo ou antes disso. Não estou por aqui para espioná-lo, tenho mais o que fazer. Apolo acabou de transformar todo mundo no sexo oposto, acha mesmo que ela não quer ficar de olho na bagunça que ele está fazendo?”

“Oh, ótimo” falou frustrado, revirando os olhos. Até ali? Jaime não teria paz nunca. O que Ártemis queria? Pressioná-lo até que explodisse? Ela não deveria saber nada sobre como administrar empregados. Jay se achava prestes a perder a cabeça a cada segundo. Quase esmurrava alguém que o incomodasse de modo mínimo. Mas é claro que tinha que ter uma caçadora pelo acampamento para atormentá-lo também. Estava cercado por mulheres querendo o matar, não importava para onde olhasse, para onde fugisse. “Quem é você? Beatrice?” afinal ela confessara que tinha uma caçadora o vigiando. “Escute, eu sinto muito ter invadido o seu clube, mas caso não tenho notado ainda, isso não foi uma decisão minha. Se eu pudesse eu sairia dele com todo o prazer. Mas já que isso não é uma opção, vamos fazer um favor a nós dois e não nos ver mais do que necessário. Não socializar. Se quer me vigiar, ótimo, vigie, não me importo de ter os meus passos rastreados. Mas me deixe em paz.”

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Um dia acabaram quebrando o julgamento, é fato. Por isso Ártemis não procura muitas garotas acima de dezesseis, a mente delas já está cheia de garotos.

Você está certa, mas acho que elas não fariam isso

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Apenas misturei tinta na água para poder controlar e sujar todo mundo que passar por ali, agora.

Você fez o que, exatamente?

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A cena era para ela apenas divertida demais para que deixasse ele para lá, gostaria de gravar aquilo para mostrar para as outras caçadoras. Tudo era sério demais quando a deusa da lua estava supervisionando, mas isso não queria dizer que não poderia se divertir, infelizmente não tinha ninguém ali além dela para ver. - Não, mas Lady Ártemis disse que não tenho autorização para matar. 

Tirava o excesso de tinta ao menos de seus olhos, quando sentiu o jato de água jorrando forte em seu corpo, fato que o fez dar passos para trás. Obviamente, aquela não poderia ser nada mais do que uma filha de Poseidon muito travessa, daquelas que gostavam de jogar pessoas na água por pura diversão. Apenas balançou a cabeça, limpando o rosto com as mãos e então olhando para ela. – Já acabou? Não quero me limpar ou secar se for para me sujar de novo.

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Então deviam largar a caçada.

Tem caçadoras que não se acostumam. Aproveite

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Não, mas ela interviria se necessário. Acabei de chegar, nem deu tempo de ser pega.

Se Lady Ártemis precisa intervir, significa que você é pega, certo?

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Foi só uma introdução. E a Casa Grande é onde eu testo as minhas peças, mas tenho que tomar cuidado por lá, Lady Ártemis não pode intervir sempre que o Sr. Barrigudo ficar bravo.

Pense em algo grande. E se fosse para pregar peças, eu não pensaria em meros campistas.