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anneblnc
Shopping em Cannes
Sexta-feira
Jeanne & @gngstarters
A viagem para Paris não foi bem do jeito que Jeanne havia imaginado. É claro que eles foram pela escola, afim de darem uma olhada na faculdade e considerarem como uma opção mas todos só pensavam em como aproveitariam o tempo na cidade da luz. Pelo visto não foi uma situação boa para todo mundo já que, desde que voltaram, o apartamento aonde morava parecia não viver ninguém de tão silencioso. Como se uma palavra dita fora do lugar trouxesse más consequências. Para tentar se distrair, Jeanne foi até o shopping para fazer sua teria de compras. Já havia saído de duas lojas até que parou na vitrine de uma e ali ficou. Ele exibia o vestido que seria mais do que perfeito para seu baile de formatura. Isso se tivesse dinheiro para pagar, é claro. Estava tão focado em seu reflexo no vidro que parecia vestir a peça com perfeição, que não percebeu a aproximação, apenas quando tocaram em seu braço. “Carajo!” Xingou, levando a mão ao peito antes de virar. “Desculpa, eu me assustei. Você tem um passo bem leve, sabia?”
chorar copiosamente em seu quarto quando pensava demais em sua situação atual, especialmente quanto ao que dizia respeito à conversa gravada por chloé na festa que tinha tudo pra ser perfeita e, na verdade, representava metaforicamente alguém simplesmente os atraindo pro abate. se limitava a cumprir com as tarefas mínimas da sua rotina e nada mais que isso, naquela sexta-feira, entretanto, decidiu fazer compras para se abstrair um pouco da tensão. os óculos de lentes escuras, talvez grandes demais para o rosto fino, serviam para cobrir os olhos cansados e reduzir a incidência de luz sobre as pupilas que estavam fotossensíveis. talvez pelos altos níveis de estresse, não havia um dia daquela semana que holly não tenha sido acometida por uma terrível dor de cabeça. demorou a reconhecer jeanne, mas quando a reconheceu resolveu se aproximar. a companhia seria bem-vinda por significar uma distração a mais. tocou o braço alheio delicadamente, mas recuou quando da reação da morena. levando a mão ao peito também. — ❝ é bom saber disso. se tudo der errado, pelo menos, posso tentar a vida de batedora de carteiras. como os garotos do fagin em oliver twist. ❞ — brincou, com um sorriso divertido. quando dispersa, holly se esquecia de que ela deveria parecer burra e sem cultura que, definitivamente, não leria charles dickens. — ❝ o vestido é lindo, achei a sua cara. por que não entra pra provar? ❞ — perguntou ao que erguia uma sobrancelha.
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vagabundio • flashback
❝ — Tenho certeza que você vai conseguir pensar em um jeito criativo de recompensar esse pobre perdido.❞ — brincou. Quando se tratava de flerte, Marcellus era qualquer coisa menos ��bvio ou apressado. Ele e Holly já conheciam um ao outro e mesmo que não fossem capazes de prever em totalidade o que seria feito por ambos, ele tinha certeza que a loira conhecia seu estilo. Assistiu-a enquanto pegava as duas taças e colocava a garrafa trazida na geladeira. O garoto pegou a garrafa nas mãos, admirando-a. Mars aprendeu cedo a apreciar a bebida, especialmente o vinho. ❝ — Lafite Rothschild. Tabaco e chocolate amargo, frutas vermelhas e cassis, pimenta-preta. Ótima escolha.❞ — elogiou. Com o passar dos tempos, o Girard-Dampierre se tornou expert no assunto, quase um sommelier. Poderia ser considerado extravagante e promíscuo, mas ninguém poderia dizer que lhe faltava classe. Fez questão de manipular o conteúdo com muito cuidado, quase como se fosse inestimável. ❝ — Saca rolhas?❞ — questionou, porque não achou nenhum à vista. Em seguida, as sobrancelhas foram arqueadas diante do comentário da Cotillard, que fizeram os cantos dos lábios de Mars erguerem-se. ❝ — Dá pra fazer muita coisa em quarenta minutos, sabe, principalmente com seus trajes especiais.❞ — observou, olhando para o robe de seda com um sorriso divertido. ❝ — Mas você é a anfitriã e eu seu mero convidado, então hoje eu faço as suas vontades, danço a sua dança. Meus pais me deram educação. Mais ou menos.❞
diante das palavras de marcellus, uma risada espontânea e melodiosa ecoou pelo cômodo. quando tornou ao se aproximar dele com a nova garrafa em mãos, ergueu o queixo, os olhos azuis encontraram os castanhos do mais alto ao que a risada dava lugar a um sorriso sugestivo. — ❝ ah... então quer dizer que agora vai confiar na minha criatividade. ❞ — não era uma reclamação velada, apenas uma brincadeira. longe dela querer discutir o outro tipo de relação que tinham naquele momento. — ❝ que bom que tenho a noite inteira então para pensar em um jeito de te recompensar, então... ❞ — fez uma breve pausa, estava atrás dele enquanto o observava manusear a garrafa com cuidado. o sorriso se fez por aumentar enquanto o ouvia falar sobre o vinho. a bebida refinada era um dos interesses que compartilhava com o rapaz, inclusive possuía uma adega no apartamento. inclinou-se de modo a aproximar do ouvido alheio, para que pudesse anunciar em um sussurro: — ❝ a menos que você queira que eu faça isso agora, porque um gostoso que entende de vinhos merece muito mais que uma avaliação máxima. ❞ — brincou ao que deslizava as mãos sobre os ombros dele e então se afastou quando escutou o pedido do saca rolhas. em uma das várias gavetas da cozinha, as quais holly já tinha decorado qual abrigava o quê, pegou o saca rolhas requisitado e um dosador, colocando ambos sobre a bancada. uma risada baixa e suave se fez presente porque tinha que dar créditos ao quanto o girard-dampierre conseguia ser um cretino. e não era como se ela não gostasse. — ❝ tem certeza? ❞ — perguntou ao encarar o rosto masculino novamente com confusão e inocência exageradas, quando estava próxima o suficiente para acariciar o braço dele, deslizando os dígitos até que alcançasse a mão livre do garoto. já que a outra segurava a garrafa de vinho. — ❝ minhas boas maneiras sempre me levaram a acreditar que deveria ser o inverso. você é meu convidado e tenho a obrigação de te deixar confortável e satisfeito, por exemplo, pergunto se posso te oferecer alguma coisa e você responde sim ou não. ❞ — disse em um tom quase despretensioso enquanto direcionava a mão de mars para a fita delicada que fechava seu robe de seda. em, em nenhum momento, deixar de sustentar seu olhar. com um sorriso sacana: — ❝ e então, posso te oferecer alguma coisa? ❞
#♛ › ❛ don’t get too attached this is a brief affair : 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒐#with. marcellus#amiga n sei o que rolou aqui não kkkkkkkkkkk
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kngcvsticl • flashback
( 📲 mensagem para 🦋 holls ) : bom dia, minha flor do dia! dormiu bem?
( 📲 mensagem para 🦋 holls ) : ouch… eu poderia ter começado o dia sem essa…
( 📲 mensagem para 🦋 holls ) : mas, para te dar algum crédito, eu realmente não convidei
( 📲 mensagem para 🦋 holls ) : pode me colocar como bobo da corte, nada mais justo
( 🎤 mensagem de áudio para 🦋 holls ) : não convidei, mas não foi por falta de vontade, entende? é porque acho que, sei lá, se ela terminou comigo, então eu não deveria estar fazendo bem pra ela ou algo do tipo e… por mais que a gente tenha se reaproximado recentemente, e eu queira mais do que tudo ela comigo de novo… e você sabe disso! … i don’t know¹, se ela terminou comigo, então é porque não me queria por perto, ao menos não dessa maneira, certo? quero que o baile seja especial para ela, então não quero tirar a chance dela ir com alguém que ela realmente queira ir para ter uma noite maravilhosa… é por isso que mesmo querendo mais do que tudo, eu não a convidei.
( 📲 mensagem para castiel windsor 💂♂️ ): não, na verdade não, tive uma péssima noite de sono já que você perguntou, longa história. mas não pense que estou descontando em você por isso, o assunto é MUITO sério 🙄
( 🎤 mensagem de áudio para castiel windsor 💂♂️ ): ora, castiel, não vou dizer que que seus receios e precauções são descabidos... sim, estou dramatizando porque falo com um membro da realeza. enfim, sua paranoia tem fundamento e isso é muito nobre, mas acompanha a linha de raciocínio da sua amiga mais bonita E perspicaz. sim ela terminou com você por motivos que eu não saberia dizer e mesmo se eu soubesse não diria por razões muito óbvias. mas se ela permitiu essa reaproximação é porque gosta de ter você por perto e gosta da sua companhia. você não deixa pessoas que não são especiais se reaproximarem você... só corta elas da sua vida. enfim, acho que ela teria uma noite maravilhosa com você sim e apreciaria o gesto, seja em nome dos velhos tempos ou seja em nome do que vocês estão construindo agora. até porque, um pedido pro baile não precisa exatamente ter uma conotação romântica né, a menos que você queira. enfim... dê um salto de fé, se arrisque, se arrependa por ter tentado ao invés de se arrepender por ter ficado aí choramingando de braços cruzados que nem um panacão!
( 📲 mensagem para castiel windsor 💂♂️ ): e se ela recusar, pode colocar na minha conta, vossa alteza 😬
( 📲 mensagem para castiel windsor 💂♂️ ): se precisar de ajudar, você sabe onde me encontrar
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***clique no read more para acompanhar a linha do tempo de holly cotillard no jogo.
segunda-feira, seis de janeiro de dois mil e vinte: o início do conflito
camaleônica, holly sempre foi muito boa em se adaptar a novas situações. em que pese a insegurança de como é vista pelos outros esteja sempre presente — porque sim, para ela aparência e status são dois fatores muito importantes —, é uma verdadeira borboleta social. por isso, não foi difícil se adaptar à truffaut, fazer novos amigos e também novos inimigos. passou a transitar pelos mesmos grupos dos quais fazia parte em notre dame e, sem perceber, acabou irritando afrodite como se alguma vez tivesse almejado ocupar o lugar dela na hierarquia do ensino médio. honestamente, não precisava disso. tinha dezesseis milhões de seguidores para além dos muros da escola. não era a carreira bem-sucedida que ela almejava quando mais nova, mas era alguma coisa. todavia, fora incitada a alimentar a rivalidade por sua mãe e reivindicar tudo aquilo que poderia ser seu. e, por isso, holly acabava por implicar com a queen bee vez ou outra, apenas pela diversão de ser inconveniente, mas nada muito extremo.
sábado, quatro de julho de dois mil e vinte: la fête de passage
ficou super, hiper, mega ofendida por não ter sido convidada pra festa de passagem e seu primeiro instinto foi pensar que não foi convidada por causa de afrodite. por isso foi pra festa de passagem cheia de ódio, com a intenção de falar poucas e boas pra ela. por isso, quando subiu o penhasco com seus amigos já tinha seu alvo marcado. o que acabou lhe colocando uma viseira que a impediu de prestar atenção em todo o resto. antes que holly pudesse a localizar por conta própria, afrodite iniciou uma briga verbal aparentemente por causa de uma lista estúpida, ares e todo o resto. holly não se lembra, exatamente, o que disse à rival e se lembrasse provavelmente teria se arrependido de uma coisa ou outra, mas os eventos que seguiram passaram a importar mais que a discussão acalorada entre as duas, que foi um divisor de águas na maneira como cotillard encarava aquela rivalidade. deméter até tentou apaziguar os ânimos, mas holly percebeu que afrodite estava com raiva da garota também, notou a maldade com a qual a rival a tratou e percebeu ter uma tensão estranha entre as duas. quando deméter caiu, holly não teve muito tempo pra processar tudo enquanto descia do penhasco às pressas acompanhada de outras pessoas que não conseguia se lembrar.
domingo, cinco de julho de dois mil e vinte: salve-se quem puder
foi embora do local da festa antes que a polícia chegasse e, por isso, não prestou depoimento à polícia naquela madrugada. passou a noite na casa de praia que seu avô, andreas cotillard, possui na ilha. encontrou com quincy que apareceu no fim da manhã seguinte, depois de ver a notícia sobre deméter no noticiário e saber que a sobrinha estava na ilha. a ficha sequer havia caído ainda enquanto ele fazia inúmeras perguntas, porque tudo o que tinha eram flashes de memória da confusão no penhasco. sendo que a imagem predominante era a forma como afrodite havia olhado para deméter pouco antes dela cair (ou ser empurrada, talvez) do penhasco. deméter estava morta. retornou para cannes apenas no início da tarde de domingo. e naquele dia se prestou a ser uma boa pessoa, prestando suas condolências a pallas,dionisio e poseidon tentando ao máximo não desrespeitar o espaço deles.
quarta-feira, cinco de agosto de dois mil e vinte: desfecho?
o inquérito policial da morte de deméter foi arquivado por falta de provas. havia cometido suicídio. apesar de nunca terem sido próximas, já que o contato que tinham era restrito ao jornal, e holly até desconfiar da aura benevolente dela, desacreditava de que ela teria razões para se matar. apesar de que ela andava meio dispersa nos últimos tempos, mas nada alarmante. no dia posterior à notícia de que o caso havia sido encerrado, publicou uma homenagem à colega de classe no jornal da escola. e passava a rascunhar a ideia de um memorial junto com climene.
sábado e domingo, doze e treze de setembro de dois mil e vinte: o que aconteceu naquela noite?
certamente, a última coisa que holly esperava receber naquele sábado — depois de passar o fim da manhã/início da tarde tomando mimosas no spa do barrière hotel — era uma carta de intimação da polícia de cannes. dinheiro (ainda que não fosse seu) jogado no lixo, diga-se de passagem. porque à medida que a hora do depoimento se tornava mais próxima na contagem regressiva, toda a tensão em seu pescoço e ombros retornavam como se nunca tivesse sido aliviada. incialmente, pensou que poderia se tratar do seu segredo, mas descobrir que seus amigos também tinham sido intimados a deixou menos tensa. era tão ruim quanto, mas, naquele cenário, pelo menos sabia que não era culpada. suspeitando de que iriam perguntar sobre a morte de deméter, holly dera um jeito de comunicar, furtivamente, à afrodite que contaria sobre a briga das duas, mas que omitiria o contexto do penhasco e tampouco mencionaria a tensão percebida entre a rival e a suposta vítima. encontrar hera na delegacia, antes do seu depoimento, apenas confirmou a suspeita de que se tratava do caso de deméter e não de qualquer outra coisa. clique aqui para ler o pov do depoimento.
quinta-feira, primeiro de outubro de dois mil e vinte: o desaparecimento dos diários de deméter
a ideia de deméter ter diários e saber que eles foram roubados, conforme divulgado pelo jornal local, deixava holly bastante apreensiva. não se lembra de, alguma vez ser cruel com ela, mas tinha medo de já ter projetado o ranço que sentia de afrodite na garota. bem como de já ter deixado a entender que desconfiava dela, simplesmente por aparentar ser boazinha demais, assim como sua amiga hestia. fato era que tinha pouquíssimas coisas, quase nada, contra ela em vida. então, na era do exposed, holly esperava que os excertos dos diários de deméter fossem divulgados em algum twitter/instagram investigativo, no reddit ou em alguma camada obscura da deep web. ao invés disso, recebeu uma mensagem anônima em tom de ameaça, alguém alegava saber o que ela fez no verão passado. e, bom, ela tinha feito muitas outras coisas que sequer envolviam a festa de passagem e não queria que ninguém descobrisse.
“ 𝗘𝘂 𝘀𝗲𝗶 𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝘃𝗼𝗰𝗲̂ 𝗳𝗲𝘇 𝘃𝗲𝗿𝗮̃𝗼 𝗽𝗮𝘀𝘀𝗮𝗱𝗼. 𝗘𝘂 𝘀𝗲𝗶 𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝘃𝗼𝗰𝗲̂ 𝘁𝗲𝗺 𝗺𝗲𝗱𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗼𝘀 𝗼𝘂𝘁𝗿𝗼𝘀 𝗱𝗲𝘀𝗰𝘂𝗯𝗿𝗮𝗺. 𝗣𝗶𝗼𝗿 𝗮𝗶𝗻𝗱𝗮, 𝗲𝘂 𝘁𝗲𝗻𝗵𝗼 𝗽𝗿𝗼𝘃𝗮𝘀. 𝗦𝗲 𝗻𝗮̃𝗼 𝗾𝘂𝗶𝘀𝗲𝗿 𝗮𝗰𝗮𝗯𝗮𝗿 𝘃𝗲𝗻𝗱𝗼 𝗼 𝘀𝗼𝗹 𝗻𝗮𝘀𝗰𝗲𝗿 𝗾𝘂𝗮𝗱𝗿𝗮𝗱𝗼, 𝗲́ 𝗺𝗲𝗹𝗵𝗼𝗿 𝗼𝗯𝗲𝗱𝗲𝗰𝗲𝗿. 𝗚𝗮𝗺𝗲 𝗼𝗻. - 𝗘”
concomitante à mensagem arquivada em seu celular, um novo estudante chegava em truffaut. coincidência ou não, holly tende a desconfiar das boas intenções de qualquer pessoa. e não seria diferente com alastor. decidiu que, à sua distância, ficaria de olho nele. apavorada com a ideia de ser exposta por todos os seus esqueletos no armário, porque sempre teve muito a perder, resolve retomar suas gravações sobre o caso de deméter, narrando todas as suas percepções em áudios armazenados em um pen drive que guarda a sete chaves.
segunda-feira a sexta-feira, doze a dezesseis de outubro de dois mil e vinte: eleições do grêmio estudantil
compor uma chapa do grêmio estudantil estava fora de cogitação para holly, ela já tinha muitos grupos extracurriculares para administrar fora a sua vida para além dos muros da escola que envolviam uma rotina rígida de produção de conteúdo pras suas redes sociais. mas, como não gosta de ficar de fora de nada, assumiu a posição de diretora de imprensa porque sabia que não tinha a menor chance deles ganharem, já que aqueles que ainda incitavam rivalidade contra os antigos alunos de notre-dame ainda eram maioria. ainda assim, junto com seus amigos, investiu sua energia em uma campanha ativa para a chapa que tinha themis como presidente. para a surpresa e desespero de holly, por agora ter mais uma atribuição somada às outras várias, acabaram vencedores.
terça-feira, vinte de outubro de dois mil e vinte: movie night
todo trabalho de holly como diretora de imprensa antecedeu o evento, já que com o título vinha a responsabilidade de fazer uma campanha de divulgação para o evento organizado com o intuito de arrecadar dinheiro para a festa de halloween na próxima semana. ela não estava no auditório quando tudo aconteceu, estava há poucos metros dali, na verdade, no espaço reservado pra ser a redação do jornal. cabendo a ela assistir o pandemônio em um vídeo de baixa qualidade capturado por alguém que estava lá no exato momento em que as imagens da festa e de deméter apareceram no telão. na semana seguinte, holly fez uma lista com o nome de todos os alunos do clube de audiovisual por suspeitar de um deles. não sabia se a pessoa estava na festa de passagem ou se tinha hackeado alguém que estava lá, mas estava determinada a descobrir de um jeito ou de outro.
sábado, vinte e quatro de outubro de dois mil e vinte: running against time
depois de receber uma nova mensagem do anônimo com coordenadas que poderiam dar respostas sobre o que aconteceu com deméter, holly chega ao apartamento da falecida e encontra com febe e ceos. os três invadem o antigo apartamento da garota (do qual holly furtou alguns papéis aleatórios) e encontram seu notebook, que devem levar até truffaut e deixar no armário de deméter. febe sugere que entreguem o eletrônico à polícia, mas ela é voto vencido e eles seguem com os enigmas do anônimo. ao arrombar o armário de deméter, encontram uma lista de nomes aleatórios (todos de mulheres) e um teste de gravidez. depois de concluída a “tarefa”, holly tenta achar informações sobre a clínica em que deméter realizou o teste, bem sobre como os nomes da lista. nunca encontrou nada consistente. a partir de então, passa a teorizar sobre ela estar de fato grávida, sobre a possibilidade de ter abortado e até mesmo sobre a paternidade da criança que ela esperava antes de morrer. por essas questões, opta por esconder a informação do melhor amigo, pallas, que era namorado dela e suposto responsável por aquele teste de gravidez positivo.
sábado, trinta e um de outubro de dois mil e vinte: festa de halloween
holly foi para a festa com uma fantasia simples, britney spears no clipe de oops… i did it again. não pretendida ficar muito tempo, então apostou em um visual minimalista. por causa de um certo convite de um membro do trono monegesco — a.k.a. um dos candidatos a seu suposto pai — , holly chegou à festa de halloween decidida a se manter o mais sóbria possível. na primeira parte da festa, inclusive, usou seus próprios entorpecentes e estava consciente do seu próprio limite. não sabe dizer quando, exatamente, perdeu a noção do tempo e do espaço… mas depois do seu segundo ou terceiro copo de ponche tudo na sua memória são flashes desconexos e vários lapsos sem se recordar de absolutamente nada. talvez do uniforme feio de um atendente do burger king, caixas de pizza e, definitivamente, de acordar seminua na cama de dionisio. com certeza eles transaram, foi o primeiro pensamento de holly quando deixou o apartamento alheio furtivamente naquela manhã. na realidade eles saíram da festa em um uber, pararam em pelo menos três drive-thrus e pediram lanches para viagem, passaram boa parte da madrugada assistindo clássicos da disney como a bela e a fera e enrolados e dormiram de conchinha. só isso! mas, sem saber o que aconteceu, holly fez questão de evitar o garoto nos dias que seguiram.
domingo, primeiro de novembro de dois mil e vinte: la toussaint
apesar de acometida por uma ressaca homérica, holly tinha um compromisso inadiável na manhã do dia primeiro de novembro de dois mil e vinte. há pouco mais de uma semana, tinha recebido uma carta endereçada a ela e selada com o brasão dos grimaldi em cera quente. precisou de dois dias inteiros para processar que era real e, depois de abrir a carta, mais dois dias para se convencer de que não era mais um recado do -e. a carta se tratava de um convite pessoal do duque de valentinois para que holly o acompanhasse em uma viagem no feriado de todos os santos. mesmo correndo o risco de ser uma pegadinha, holly apareceu no aeroporto de nice um pouquinho depois do horário combinado por ter se extrapolado na noite anterior, e lá estava ele: françois grimaldi, um antigo caso de audrey, apontado pela mídia como um dos seus supostos pais. os dois visitaram o museu de christian dior e, enquanto visitavam a exposição das peças usadas pela princesa grace kelly, conversaram sobre a falecida mãe do duque. clique aqui para ler o pov do la toussaint.
terça-feira, vinte e quatro de novembro de dois mil e vinte: -e ataca novamente!
na manhã do dia vinte e quatro, holly recebeu uma imagem de uma garota que ela nunca tinha visto na vida, impressa no layout de um poster de “DESAPARECIDA”. na mesma imagem, descobriu que o nome dela era camille martin, que ela possuía dezoito anos e desapareceu no dia quatro de julho de dois mil e vinte, por volta das dezenove horas. a primeira coisa que chamou a atenção de holly foi a similaridade da garota com deméter e posteriormente, seu sobrenome. martin era um sobrenome muito comum na frança, mas pra sua cabeça conspiradora não havia motivo algum para ter recebido aquela imagem se o anônimo não estivesse querendo lhe dizer alguma coisa. em uma rápida pesquisa na internet, descobriu o facebook da garota e, lá, encontrou uma foto dela ao lado de alastor. no dia seguinte, holly foi até à sede do nice-martin na companhia de hermes para conversar com um correspondente de aaron cotillard para saber quais informações ele tinha sobre a garota desaparecida.
sexta-feira, vinte e sete de novembro de dois mil e vinte: dia do armistício
holly não participava do evento em um estande como todos os outros, ao invés disso, cobria o evento para o jornal da escola. feliz ou infelizmente, não conseguiu ir embora antes que ficassem presos na escola por causa da forte chuva que caía naquela noite. quando as luzes se apagaram por um suposto problema no gerador e o áudio da festa de passagem foi tocado, holly se antecipou tentando encontrar a fonte de mais uma prova que os colocavam na cena do crime, a cada dia estava mais convicta de que foi um crime. encontrou o celular de asteria, antes de devolver o celular para a amiga, holly fez uma cópia do vídeo para analisar os detalhes de frame por frame com muita calma e se reuniu com climene para rever as filmagens e compartilhar teorias sobre o que aconteceu naquela noite. clique aqui para ler o pov do dia do armistício.
no domingo do final de semana, depois de ter se refugiado no apartamento de febe, holly chegou em casa e foi confrontada por pallas a respeito dela ter informações de que deméter estaria grávida quando morreu. não tendo a coragem de mentir para ele, confirmou o questionamento e os dois brigaram feio porque holly era orgulhosa demais para simplesmente pedir desculpas, de modo que disse à pallas que não contou que a garota estava grávida porque não achava que ela estava grávida de verdade (por não ter encontrado nenhuma informação sobre a clínica em que o exame foi feito), ou que provavelmente teria abortado. os dois ficaram uma semana inteira sem se falar.
no mesmo dia, climene contou para holly que estava na posse do notebook de deméter, o mesmo que ela havia furtado de seu apartamento e deixado no armário. e as duas combinaram de ir entrevistar os girard-dampierre em nice, sob o pretexto de ainda estarem trabalhando no memorial em homenagem a ela, para descobrir a senha do notebook e ter acesso a todos os dados. a mensagem que dizia respeito à ficha de admissão de uma garota com as mesmas características de deméter ou camille martin também não passou despercebida por elas, de modo que foram até ao hospital se passando por parentes da vítima, juntamente com febe, e deixaram o número de um celular descartável como contato, caso tivessem qualquer informação sobre para onde ela havia sido encaminhada.
segunda-feira trinta de novembro a sexta-feira quatro de dezembro de dois mil e vinte: feira de profissões
desde muito pequena, holly sabia que queria ser atriz. seu sonho ou o sonho de audrey cotillard? não importava. também acreditava que levava jeito para roteirizar e dirigir. uma vontade sua ou projeção da carreira do famoso andreas cotillard? também não importava. o que ela sabia era que pra qualquer uma dessas duas coisas, não tinha a pretensão de frequentar uma universidade por acreditar ser limitador ao seu processo criativo passar os próximos quatro ou cinco anos presa a um curso. tinha o plano de se mudar para los angeles assim que se formasse na aift. a princípio, se viraria com o canal no youtube e em dois ou três meses seria escalada para um filme ou série na netflix e, a partir daí, sua carreira se consolidaria. um plano cheio de pontas soltas e com muitas chances de dar errado, mas ainda assim um plano. ou pelo menos achava que era, até receber uma ligação do seu avô e ele fazer ela questionar suas convicções. clique aqui para ler o pov da feira de profissões.
segunda-feira, sete de dezembro de dois mil e vinte: o erro da polícia
a notícia das incongruências no resultado da autópsia foi divulgada pelo nice-matin e holly não podia acreditar que, por seis meses, eles viviam a mercê de um erro grotesco, cometido por uma equipe, em tese, bem qualificada para exercer seu trabalho. as teorias pipocaram no grupo da sala e holly precisou silenciar o grupo, porque várias das suas conspirações acabavam de cair por terra. se aquele corpo não era de deméter, se deméter não estava morta… onde ela estava e quem havia caído do penhasco? para deixar tudo mais estranho, os girard-dampierre apareceram na escola, coincidências demais para uma manhã só.
quarta-feira, nove de dezembro de dois mil e vinte: ela voltou!
holly achava muito suspeito e oportuno deméter aparecer na escola dois dias depois da notícia sobre a confusão dos corpos. um milagre! estava cem por cento desconfiada da história e, principalmente, da sonsa que havia retornado dos mortos, aparentemente, sem memória. o que também era muito conveniente. ela estava mentindo, tinha convicção, mas não tinha provas. por isso holly nunca a deu o benefício da dúvida à deméter, que guardava tantos segredos e foi o pivô da pior briga que tivera com seu melhor amigo. talvez para distrair sua mente dos dramas familiares, talvez pelo instinto protetivo que tem para com pallas, holly decidiu se aproximar de deméter — por outro meio que não fosse tirar vantagem da sua proximidade com dionisio, porque não era tão canalha assim — com o objetivo de desmascará-la e descobrir a verdade de uma vez por todas.
segunda, terça e quarta-feira, vinte e um, vinte e dois e vinte e três de dezembro de dois mil e vinte: presente de natal do anônimo
honestamente, holly não poderia se importar menos com o exposed do anônimo na semana do natal. estava focada em descobrir qual era a de deméter e prestar atenção nos danos colaterais que seu desaparecimento causou, apenas serviria para desvirtuar seus interesses. e talvez essa fosse mesmo a intenção do anônimo. de todo modo, prestou apoio para themis, que provavelmente seria demovida da presidência do grêmio… bem como a chapa inteira.
quarta-feira, dia vinte e três de dezembro de dois mil e vinte a domingo, dez de janeiro de dois mil e vinte e um: férias de inverno
preparava suas malas para passar os próximos dias em mônaco, onde passaria o natal com os grimaldi, a convite de françois. e depois seguiria para aspen, posteriormente para algum país dos trópicos. antes de viajar, holly presenteou sua amiga secreta, hera. também comprou presente para seus amigos e colegas de apartamento climene e pallas, além de ter dado um presente para o agregado poseidon; para suas melhores amigas febe, reia e atena. também presenteou seus amigos prometeu, cronos e themis. inesperadamente, enviou três presentes para a casa dos girard-dampierre: um para dionisio, um para deméter e um para os pais da garota, um pedido de desculpas velado pela vigarice que ela e climene fizeram com eles. clique aqui para ver os hcs dos presentes distribuídos por holly.
segunda-feira, dia onze de janeiro de dois mil e vinte e um: volta às aulas
holly voltou das férias radiante, um pouco mais positiva e determinada a resolver sua situação familiar e se reinventar para o ano que começava. ela só não esperava ser surpreendida pela presença de tártaro, um alpinista social nato e muito bem articulado em quem ela confiava desconfiando. e ser instigada pela presença de medusa que, aparentemente, tinha um ranço em comum com ela. do primeiro, ela queria distância, da segunda ela queria se aproximar e estudar suas intenções. a notícia na newsweek sobre corrupção em notre-dame não foi surpresa para holly, na verdade, desacreditava que existisse um rico sequer que não tivesse o rabo preso. mais um dia comum em cannes.
quarta-feira, dia vinte de janeiro de dois mil e vinte e um: cápsula do tempo
em junho de dois mil e vinte, no fim do segundo ano, holly gravou um vídeo para ser enterrado no jardim da aift. inspirada por dez coisas que odeio em você, holly fez sua versão de cinco coisas que odeio sobre mim, porque dez era muita coisa para se pensar. em sua maioria, momentos e fatos embaraçosos que guardava única e exclusivamente pra ela e, somente ela. em dois mil e setenta, nada daquilo faria diferença para a atriz renomada, premiada com várias estatuetas do oscar e globo de ouro. bem, em vinte de janeiro de dois mil e vinte um a cápsula do tempo foi desenterrada e violada e, depois de ter seu vídeo exposto no instagram do anônimo, alguns alunos do segundo ano viralizaram algumas das confissões de holly no twitter. ela ficou puta, mas conseguiu contornar a situação convidando alguns dos envolvidos para participarem de um vídeo em seu canal. clique aqui para ler o pov da cápsula do tempo (em breve).
sexta-feira, dia doze de fevereiro de dois mil e vinte e um: dia dos namorados
na concepção de holly o ser humano não poderia ter inventado uma data mais brega que o dia dos namorados, estava irritada por ter que escrever uma matéria para o jornal da escola sobre a comemoração da data em truffaut. entrevistou climene e poseidon, e mais alguns casais aleatórios e também os solteiros durante a semana. mas, curiosamente acordou de bom humor depois de ter recebido flores e um presente de um admirador secreto. no fundo, gostava do romantismo e gostava de ser mimada. especialmente quando ela não conseguia dar um nome à pessoa e não precisava se preocupar em ser evasiva. pasmem, o grinch do dia dos namorados até assou cupcakes de brownie em formato de coração e decorados em pasta americana rosa, branca e vermelha para distribuir pros amigos. não sabe como ou porquê, mas terminou a noite de sexta-feira no apartamento de dionisio.
no sábado participou da festa odeio o dia dos namorados que fazia mais o seu estilo de evento e, depois de uma noite virando shots e tomando drinks, mais uma vez acordou em uma cama ao lado de dionisio, dessa vez em um quarto de um hotel cinco estrelas, sorte a dela que duas vezes seguidas não é um padrão.
terça-feira, dia vinte e três de fevereiro de dois mil e vinte e um: corpo identificado
o jornal local comunicou que o corpo de deméter é, na verdade, o corpo de camille martin. holly que havia se permitido esquecer daquela história por um tempo voltou a formar teorias sobre o que teria acontecido naquela noite do dia quatro de julho de dois mil e vinte. camille martin estava na festa, agora era um fato incontestável.
dias vinte e cinco de fevereiro a dois de março de dois mil e vinte e um: interrogatório parte ii
uma nova intimação para comparecer à delegacia de cannes, não estava apreensiva quanto da primeira vez mas estava exausta daquele caso que parecia não ter fim. um suposto presente do anônimo e todos os depoimentos tinham desaparecido do sistema da polícia. holly optou por considerar aquele presente como um cavalo de troia, porque da mesma forma que ele podia fazer eles acreditarem que estava os ajudando… ele podia mudar de ideia e decidir ferrar com todo mundo. com esse pensamento, manteve sua primeira versão inalterada. clique aqui para ler o pov do interrogatório parte ii (em breve).
dias oito a quatorze de março de dois mil e vinte e um: spring break
por estar em paris com atena em um bate-volta na noite anterior, holly chegou ao hotel em que os alunos do terceiro ano se hospedariam um pouco mais tarde que o restante do grupo. deu sorte de dividir quarto com asteria, enquanto outras combinações não foram tão agradáveis. depois de quase uma semana inteira de paz, o -e expôs alguns de seus amigos e sua “arqui-inimiga” no churrasco da turma. sendo péssima em toda essa história de consolação, holly limitou-se a voltar sua atenção e canalizar suas energias para fazer com que sua amiga reia se sentisse melhor. clique aqui para ver o instagram de holly durante o spring break.
dia dezessete de março de dois mil e vinte e um: st. patrick’s day
holly adorava a caça ao pote de ouro única e exclusivamente pela competição, não estava interessada na entrevista ou no estágio porque não iria para uma universidade, no fim das contas. mas recebeu uma mensagem anônima que era uma motivação a mais perseguir o prêmio final. durante seu percurso, conseguiu eliminar pallas, que na verdade cedeu sua pulseira para ela. e persuadiu tártaro a desistir do jogo, bem como a compartilhar os enigmas que ele roubou. mas, ao perceber que seus motivos para querer ganhar aquela brincadeira não eram lá tão nobres, mas sim egoístas e fúteis… cedeu todas as suas pulseiras para atena.
dias três e quatro de abril de dois mil e vinte e um: caça ao tesouro de páscoa
deméter desapareceu. de novo. e holly simplesmente não conseguia acreditar como ela podia ser tão insensível a ponto de não deixar um bilhete sequer. sua língua coçou para perguntar a dionisio se ele sabia onde ela estava, mas achou inadequado e se limitou a mandar uma mensagem falando que se ele quisesse conversar ela estava ali, e todas essas coisas piegas. no sábado antes da páscoa, holly — assim como seus amigos — recebeu uma mensagem de deméter anunciando sua partida, de vez. isso fez com que holly, juntamente com climene, pallas e poseidon fossem atrás de supostas pistas. depois de climene mencionar que o carro dela ainda estava na garagem do semiramis, eles decidiram arrombar o veículo e desativar as câmeras de segurança enquanto o faziam. encontraram um laudo médico de camille martin, que continha informações sobre um quadro de hemofilia.
não contentes com as informações ali contidas, climene e holly foram procurar o médico responsável pelo exame um mês depois… com um plano elaborado que envolvia adulteração de placa, disfarces e documentos falsos.
dia dezesseis de abril de dois mil e vinte e um: notícia sobre o caso de notre-dame ii
um crime de cada vez, o caso de notre-dame era uma preocupação secundária pra holly. mas quando os pais de reia foram presos, assumiu seu papel de amiga e tentou fazer com que ela se distraísse daquela história, ainda que por algumas horas, experimentando vestidos para o baile.
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𝒂𝒕𝒐 𝒊𝒊𝒊. 𝒄𝒆𝒏𝒂 𝒊𝒊.
3. & you want to find peace with yourself, to move foward, to blaze in the way that only angels or comets can.
4. & i want to hope so fiercily it will be the one thing this tender earth remembers of me after a thousand years.
— KEATON ST. JAMES
como alguém que está acostumada a escrever histórias a serem contadas, posteriormente, através da lente de uma câmera, holly deveria saber que quando uma história é narrada em primeira pessoa, ela é total e completamente parcial. os fatos são expostos de acordo com unilateralidade e percepção do narrador — que apesar de, no auge de sua prepotência, pensar que sim, não é onipresente. não sabe de tudo. não é o mais esperto. está mesmo sempre um passo à frente? ou esse ideal é apenas fruto de um narcisismo exacerbado? enfim... fato é que o narrador em primeira pessoa possui uma interpretação dos fatos viciada por suas vivências pessoais. e então, o leitor não percebe as coisas como elas são. mas como o protagonista acha que são. como pôde ser tão burra? perguntava-se na primeira hora da manhã do dia nove de maio, enquanto caminhava de um lado para o outro, impaciente, pela sala de andreas cotillard. teria chegado mais cedo, afinal, não conseguiu dormir por um segundo sequer. como poderia? as palavras do áudio reproduzido por chloé ecoavam em seus pensamentos, sem parar, em um looping irritante que mais parecia um sinal de alerta.
estavam a vigiando. e, talvez, o narrador dessa história — na qual holly não fazia ideia de que papel interpretava — fosse, de fato, onipresente. a sensação de ter o controle que pensava que tinha lhe escapando por entre os dedos havia sido um choque de realidade. pela primeira vez, desde que aquela história começava, estava mesmo com medo. e em uma daquelas epifanias que se vê em filme, tinha decidido ir até ali por conta própria. porque o tempo que passou acordada, refletindo sobre sua vida — que poderia acabar como a de eloise, bom... ela está viva, mas a que custo — fez com que chegasse a conclusão de que ela não podia controlar a história de outras pessoas como tantos outros coadjuvantes de sua história, e protagonista de suas próprias, tentaram ditar como o prólogo, atos e cenas da sua vida deveriam ser. pois bem, era hora de criar o clímax para que pudesse antecipar o epílogo antes que o -e ou qualquer outra ameaça maior o fizesse.
❝ a que devo sua ilustre presença, ma cherie? ❞ — andreas apareceu na suntuosa sala de estar, usando um suéter azul que realçava os olhos que eram idênticos aos de holly. a mais nova ponderou por uns dez segundos, se estava mesmo convicta do que estava prestes a fazer. — ❝ quero que ela volte pra casa. ❞ — foi direto ao assunto. o cotillard mais velho passou a mão pelos cabelos longos e grisalhos, a expressão confusa tão rara ao cineasta se fazia presente. e então o homem riu, descrente, provavelmente achando que era algum tipo de piada e, de fato, era... uma piada de péssimo gosto. porque não estava nos planos de holly que sua mãe deixasse a clínica antes que estivesse em los angeles, cuidando da sua própria vida. inclusive, tinha se assegurado de que o último laudo assinado pelo psiquiatra atestasse a inaptidão de audrey para voltar a conviver em sociedde. mas circunstâncias a levavam a pedir aquilo. o mais velho estreitou os olhos. — ❝ você foi visitar ela? ela te mandou aqui? olha, holls... você pode pensar que não, mas é facilmente manipulável. pensei que você já tivesse aprendido não dar ouvidos ao que audrey diz, ela é uma dissimulada do caralho e... ❞ — holly balançou a cabeça de um lado para o outro, em negativa, com a intenção de interromper o avô. — ❝ não converso com ela desde... ❞ — fez uma pausa, ele não podia saber o que aconteceu da última vez que estiveram no mesmo ambiente. porque a interação apenas endossaria a representação dele contra a filha no tribunal. invadir o sistema e apagar as gravações do dia quinze de março. fez a anotação mental.
❝ enfim, faz muito tempo. ❞ — suspirou, andreas ainda estava desconfiado e longe de se dobrar ao pedido da garota. mas ela o convenceria a fazer exatamente o que queria, era o que fazia de melhor. porque ela tinha uma vantagem sobre o avô que audrey nunca tivera: o benefício da dúvida, porque ele não sabia que ela também era uma uma dissimulada do caralho [sic]. — ❝ eu não entendo. a promotora disse que vem tentando entrar em contato com você, sem sucesso. e você não é uma pessoa particularmente não localizável. esquece, não vai rolar. por mim, você já sabe... ❞ — o mais velho deu de ombros e deixou escapar uma risada de escárnio que provocou o revirar de olhos da neta. — ❝ tem certeza? você sabe que eu não viria até aqui se eu não tivesse uma proposta, andreas. ❞ — delimitou um sorriso mínimo, sentindo o mesmo embrulho no estômago que sentira quando foi entrevistar os girard-dampierre. aquilo não era certo, negociar a liberdade de audrey depois de mexer tantos pauzinhos para que ela passasse o maior tempo possível em seu “retiro espiritual”. felizmente, existia remorso. e essa era a única coisa que a diferenciava da mais velha. aprendia, aos poucos a duras penas, que nem sempre os fins justificam os meios.
...
os olhos azuis e vazios de audrey se revezavam entre os papéis a sua frente, holly, andreas, a assessora de imprensa e os três advogados (duas mulheres e um homem) que ocupavam a sala do diretor da clínica em que a mãe de holly estava internada. o cômodo fora cedido à pequena reunião organizada às pressas. de fato, não havia nada que o dinheiro não pudesse comprar. inclusive as horas de folga de três juristas e a privacidade em um lugar que praticamente inexistia o direito. assim como andreas estivera à princípio, a filha do cineasta se mostrava relutante e desconfiada enquanto passeava pelas folhas do contrato demasiadamente extenso. quando, enfim, ela se pronunciou: — ❝ entendo o que você ganha com isso... ❞ — olhou para a filha, ao que se referia às cláusulas constando a transferência definitiva da titularidade de todas as contas e créditos de monetização. bem como a cessão dos direitos do conteúdo do canal no youtube e a rescisão do contrato que destituiria audrey da posição de empresária. não parecia particularmente feliz com aquelas configurações, e sabia que holly não abriria mão disso. — ❝ e entendo o que eu ganho com isso... ❞ — continuou, ao olhar para andreas. e era ali que estava o ponto de interrogação, não conseguia entender porquê, depois de anos alimentando a mesma contenda, o pai parecia disposto a ceder direitos de imagem e autorizar a produção do documentário sobre margo silvers que audrey tentou emplacar pouco tempo depois da morte da renomada atriz. o homem encolheu os ombros, com ambas as palmas das mãos viradas para cima. não era tão fácil explicar.
❝ holly me abriu os olhos. sua mãe não gostaria de nos ver brigando pela história e memória dela. ❞ — passou a mão pelos cabelos grisalhos e balançou a cabeça pesaroso, rodeando o assunto o máximo que podia. — ❝ na época fez sentido porque você não respeitou nosso luto, audrey. da minha perspectiva você passou por cima de mim, de antoine, quincy e june por cinco minutos de fama. você queria ser o centro das atenções em um momento que não cabia. você fazia isso sempre... por que não? ❞ — arqueou as sobrancelhas, ele não estava disposto a perdoar ela ainda. não de verdade, então holly decidiu intervir. — ❝ o que o vovô quer dizer é que... ele entende que, talvez, essa tenha sido sua forma de processar o luto. ❞ — o encorajou a continuar. — ❝ é, isso que ela disse. vou retratar minha representação contra você amanhã, caso aceite a proposta. você sai daqui em um ou dois dias, com um contrato assinado com a netflix para produzir o documentário que você tanto queria. eu vou dirigir, é claro. ❞ — constatou o que já estava escrito em uma das cláusulas.
❝ e eu quero produzir um filme-documentário sobre a sua história. ❞ — curvou-se sobre a mesa, para olhar nos olhos de audrey. holly encarava a mãe em expectativa, esperando que ela rubricasse sua assinatura nas páginas expostas à sua frente. — ❝ continuo sem entender o que você ganha. ❞ — admitiu, visivelmente incomodada. — ❝ o meu quinto oscar, talvez. ❞ — deu de ombros. — ❝ me deixe apostar em você, audrey. quero que você seja uma boa filha e, principalmente, uma boa mãe. só isso! ❞ — concluiu. alguns minutos se passaram, os três se encararam e audrey suspirou. o advogado, então, tirou uma caneta montblanc do bolso do paletó do terno impecável e estendeu à atriz. tão logo, a caligrafia caprichada preenchia um pequeno espaço nas folhas dos respectivos contratos. enquanto isso, holly relaxava os ombros ao soltar o ar que sequer sabia que estava prendendo desde sua última fala. mais um passo para o fim.
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o natal é, sem sombra de dúvidas, o feriado preferido de holly. seja por suas melhores lembranças estarem associadas à data, seja por simplesmente gostar de fazer compras. por considerar a data muito especial e ser o único momento do ano em que se permitia ser verdadeiramente sentimental, sempre dedica seu tempo e carinho para pensar e escolher cada presente.
geneviève, sua amiga secreta, recebeu de holly uma edição limitada em capa dura de um exemplar do livro sex and the city, com uma dedicatória exclusiva da própria carrie bradshaw — na verdade, da atriz sarah jessica parker. entre a capa e a primeira página com o nome do livro, havia um envelope e, dentro dele, passagens de avião e um roteiro de viagem escrito e desenhado a próprio punho, com os traços delicados e a caligrafia impecável de cotillard. bem como um cartão de natal:
poderia, facilmente, descrever minha amiga secreta como a pessoa mais incrível da sala, depois de mim é claro! ;) brincadeiras a parte, não fazia ideia do que comprar pra você, a nöelle disse que você gostava de livros, mas não quais tipos de livros e, convenhamos... me pareceu um presente muito básico, e eu odeio o básico. imagino que você goste de leituras mais densas e cheias de palavras difíceis, mas, se você ainda não deu uma chance a candace bushnell, deveria! proponho então, uma experiência... além do livro, estou te dando passagens para nova york e um roteiro de viagem feito por mim, como alguém que já leu o livro pelo menos umas cinco vezes tenho local de fala, para que você possa viver a vida como carrie, samantha, charlotte e miranda da hospedagem no the plaza hotel* a um jantar no buddakan com suas três melhores amigas. feliz natal, geneviève! <3
*infelizmente essa vai ter que ficar por sua conta...
p.s.: usei parte das minhas milhas pra comprar as passagens então fique atenta ao prazo de um ano pra fazer a viagem!
p.p.s.: assim que você for e voltar, vamos marcar de tomar um cosmopolitan. você me conta como foi a viagem e eu... como consegui a dedicatória da sarah jessica parker, é uma história engraçada, mas muito longa pra escrever no cartão.
@evreuxdharcourt
amelia, uma de suas melhores amigas, recebeu uma caixinha de música em ouro rosa. uma vez aberta, o objeto reproduz a clássica peça de tchaikovsky, o lago dos cisnes, e uma bailarina em miniatura lapidada em diamante rodopia até que a caixinha seja fechada novamente.
a cada ano que passa, fica cada vez mais difícil escolher um presente decente pra você porque... sério, você já tem tudo e eu estou ficando sem ideias! hahaha. dessa vez, resolvi apelar para diamantes — que definitivamente são os melhores amigos de uma garota — e nossas memórias afetivas relacionadas ao balé. tenho ótimas memórias (e algumas ruins também) de todas as nossas aulas e apresentações e espero que, quando você abrir esse presente, essas memórias venham à tona e você se sinta em casa todas as vezes que escutar lago dos cisnes tocar. bom, depois de um tempo pode ficar beeeeeem irritante, então recomendo que você abra essa caixinha em doses homeopáticas, nos momentos em que você precisar sentir que eu estou sempre com você! te amo, ames, e feliz natal! <3
p.s.: estou indo para aspen amanhã, mas por favorzinho vamos fazer alguma coisa quando eu voltar e antes das aulas começarem. talvez uma viagem para os trópicos?
@ameliasauveterre
clem, também sua melhor amiga, recebeu de holly um set de joias com a coleção da swarovsky inspirada no baralho de tarot.
pensei em comprar outra lhama, mas sei que você diria que a joana é insubstituível. pensei em adiantar seu presente de aniversário e te entregar ele no natal e depois pensar em um outro presente de aniversário, mas eu estava passeando pela swarovsky na busca de presentes para outras pessoas e acabei encontrando essa coleção que é a sua cara. não entendo nada de tarot e não sei quais são suas preferências desse mundo místico e mágico em que você vive, então simplesmente resolvi comprar todos de uma vez? achei os brincos a sua cara, só achei estranho os pingentes dos pares serem diferentes, enfim... espero muito que você goste! e já estou morreeendo de saudades. feliz natal, te amo demais! <3
@clemantim
wolfgang, seu melhor amigo, holly comprou um relógio sofisticado da cartier, em ouro rosa e couro safira.
eu queria te dar um piano da bösendorfer, mas fiquei com medo de ser muito extra até para mim. então apostei na segurança do clássico pra você usar em todos os tapetes vermelhos depois que ficar famoso como ator... ou em todos os eventos chiques de gala com lutadores famosos que eu não faço ideia do nome caso você decida seguir esse caminho. enfim, o tempo ainda é a coisa mais valiosa que temos e eu quero que você aproveite o seu da melhor forma possível, por isso estou sendo breve nesse bilhete, pra você não perder um segundo sequer da sua viagem. feliz natal, wolfie!
p.s.: de todos os presentes de natal que ganhei esse ano, o melhor de todos é ver você vivendo a sua vida de novo! <3 fica bem, ok? aproveite a viagem, mande fotos e notícias.
@lobodobem
chloé, essencialmente holly ganhou de presente um vestido exclusivo assinado por donatella versace.
fiz questão de implorar por algo que não fosse cafona e acho que suas medidas estão corretas, peguei os números dos uniformes da torcida como base. enfim, espero que a versace tenha entregado o prometido, porque não cheguei a ver o vestido pessoalmente. espero que você goste, mas se não for o caso você me fala que a gente dá um jeito! que você possa desfrutar de momentos glamurosos nesse vestido, seja dentro de uma limousine ou posando para fotos em um tapete vermelho. say what, talvez esse momento esteja mais perto que a gente imagina! infelizmente, o calendário da temporada de premiações de hollywood não colaborou com o timing, mas na primeira semana do ano começam as votações para as indicações e, ouvi rumores de que o filme da june está muito visado pelos críticos e provavelmente será indicado para o globo de ouro. se isso acontecer, você pode usar o vestido na ocasião, como minha acompanhante! feliz natal, koko! <3
@ambitchiiious
castiel, recebeu de presente um quadro com a imagem dele, pintado por marco battaglini. artista plástico famoso por fazer releituras de pinturas renascentistas no movimento pop art.
acho que todo mundo da realeza tem um quadro, certo? não sei se já mandaram pintar o seu para colocar na sala do trono ou como essas coisas funcionam. mas resolvi inovar e encomendar uma pintura moderna que talvez quebre todos os protocolos da rainha, mas eu nem sou pretenciosa para pensar que a peça do battaglini vá parar em uma parede do castelo de windsor, mas acho que seria uma ótima decoração para seu apartamento em cannes. e eu sei que você é prepotente o suficiente para ter um quadro do próprio perfil pendurado na sua sala de estar. hahaha. um feliz natal pra você e pra sua família real!
@kngcvsticl
faheera, recebeu de holly uma tiara folheada a outro branco e cristais swarovski.
espero que você esteja aproveitando a viagem! não sabia muito bem o que comprar pra você, já que sempre foi muito melhor nisso que eu... então decidi por diamantes, como você mesma me disse várias vezes: eles nunca são demais. isso e pra que você se sinta uma verdadeira princesa. feliz natal, fahe. <3
@ohfaheera
benjamin, não iria receber um presente de holly, mas enquanto estava na swarovsky acabou vendo um set de poker luxuoso, com cartas e fichas com detalhes em cristais, que acabou comprando para o namorado da melhor amiga.
sinceramente, ben, depois de ouvir boatos de que você era um cara muito chato com presentes... fiquei na dúvida se eu arriscaria ter você criticando minha escolha ou não. mas duvido muito que você vá criticar, porque confio no meu bom gosto. vi esse jogo de poker e achei a sua cara. cheio de brechas para trapaças — na melhor intenção da palavra — e, ao mesmo tempo, muito sofisticado. espero que você se divirta jogando com seus amigos ou no strip poker com a koko! feliz natal para todos os beauffort, inclusive, pro augusto e pra joana!
p.s.: se eu fosse você, não deixaria ninguém esconder essas cartas na manga... elas têm tipo... cristais de verdade.
@benjaminfrdrc
eloise, recebeu, inesperadamente, uma máquina de escrever como presente de holly.
talvez você não estivesse esperando, mas eu gosto de ser imprevisível. e sinto que você sofreu um pouquinho com isso quando estávamos juntas no jornal da escola. sempre admirei sua paixão por escrita e sempre te achei uma excelente escritora. espero que você goste da máquina de escrever e que você possa criar novas memórias e histórias, você sabe, escrever um novo capítulo. feliz natal!
@eloisebot
marcellus, por sua vez, ganhou de presente uma gruitarra da fender assinada pela formação atual de sua banda favorita, o queen. conseguiu comprar o item colecionável, depois de muitos lances, em um leilão cujo valor do arremate seria convertido em doações para causas sociais.
talvez pelo formato do embrulho, você já tenha criado expectativas a respeito do presente então me sinto no dever de quebrá-las, antes de qualquer coisa: não é um baixo. foi um vacilo meu, porque eu fiquei tão animada em conseguir seu presente e dar o lance mais alto que nem me atentei à sua posição na devil’s advocate. de todo modo, aaaacho, tenho quase certeza, que você sabe tocar guitarra também! pra falar a verdade, talvez você nem queira usar essa guitarra pelo valor inestimável que deve ter pra você os autógrafos de brian may, roger taylor e adam lambert! seja para conquistar novas groupies, compor músicas no seu quarto ou só pendurar na parede como decoração, espero ter acertado ou pelo menos passado perto. na verdade, mesmo se não gostar é seu dever me agradecer por ter tentado dar um presente tão legal pra alguém tão insuportável! feliz natal, mars. <3
p.s.: sinto muito por não conseguir ressuscitar o freddie mercury a tempo e que o john deacon seja um c*zão. vou tentar entrar em contato com o kanye west pra ver onde ele conseguiu aquele holograma super realista do pai da kim kardashian... quem sabe, né. ;)
p.p.s.: dei um jogo de fondue de presente pros seus pais, por favor não pergunte o porquê, mas saiba que não tem nada a ver com a gente, não precisa pirar por causa disso. k só achei que eles mereciam um tempo de qualidade em família depois de tudo o que aconteceu esse ano. mas, se for demais pra você passar esse tempo com seus pais e sua irmã porque tudo tá tão recente, o kit inclui três garrafas de vinho pra te salvar!
@vagabundio
nöelle, ganhou de presente um original de marco battaglini. uma releitura de “a liberdade guiando o povo” pelas ruas de uma paris atual e a revolução sendo liderada por uma mulher negra. também ganhou uma câmera analógica. holly não escreveu um bilhete porque preferiu entregar os presentes da família houssière pessoalmente, na tarde do dia vinte e cinco.
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( 📲 mensagem para @kngcvsticl @ 09/05/21 ): bonsoir, vossa alteza!
( 📲 mensagem para castiel windsor 💂♂️ @ 09/05/21 ): um passarinho verde me contou que você ainda não foi homem o suficiente pra convidar a ames pro baile...
( 📲 mensagem para castiel windsor 💂♂️ @ 09/05/21 ): saiba que por esse motivo estou te demovendo a bobo da corte, sem chorar, é mais que justo
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ameliasauveterre • flashback
os olhos castanhos da sauveterre se arregalaram diante das palavras da melhor amiga, um pequeno sorriso lentamente aparecendo em seu lábios por conta do jeito dramático de holly. ❝ — se eu morrer, quem vai ficar de olho em vocês? ❞ — se referia aos amigos de notre-dame, que vez ou outra faziam coisas que deixavam amelia à beira de um ataque de nervos. já fora chamada de mãe do grupo tantas vezes que acabou por abraçar o título; afinal, era a realidade da situação na maior parte das vezes. assim que holly adentrou o apartamento, a bailarina fechou e trancou a porta, virando-se na direção da amiga para que ela pudesse vê-la revirar os olhos. ❝ — eu não ando checando muito meu celular, holly. alguém vazou meu número e tenho recebido milhares de mensagens de desconhecidos falando sobre… ❞ — a voz de amelia sumiu aos poucos e ela soltou um suspiro, correndo os dedos pelos cabelos loiros. ❝ — preciso de um número novo. ❞ — concluiu por fim, caminhando até a sala para que pudesse se jogar dramaticamente no sofá. duchess miou antes de pular na barriga de sua dona e se encolher, pronta para tirar um cochilo. ❝ — preciso de uma intervenção? dieu, eu realmente cheguei no fundo do poço, não foi? ❞ — amelia soltou uma risada sem humor, balançando a cabeça minimante enquanto ouvia a amiga detalhar o que havia feito, suas sobrancelhas desaparecendo ainda mais sob sua franja. ❝ — vestidos de baile? ❞ — repetiu, um tanto quanto incrédula. com tudo o que havia acontecido nos últimos dias, o baile e o fato de estar concorrendo a rainha eram coisas que sequer passaram por sua cabeça. ❝ — o quão surpresa você vai ficar se eu dizer que havia me esquecido do baile? ❞ — perguntou, movendo duchess para suas pernas para que pudesse se sentar.
❝ eu sei! certo? ❞ — enfatizou o que amelia dizia sobre “quem cuidaria deles” caso ela não estivesse ali, fosse literalmente ou figurativamente. porque pelo menos da parte de holly, se não fosse pela sauveterre atuando como seu ponto de equilíbrio e por vezes como sua consciência moral, cotillard certamente já teria mandado pelo menos dois terços dos amigos para o inferno. por mais que os amasse. quando ela contou a razão para não ter respondido a suas mensagens ou atendido as suas ligações, holly mudou de postura. assumindo o papel de amiga afetuosa que se fazia presente com mais frequência que terceiros imaginavam. aproximou-se de amelia, porque tudo o que podia dar a ela naquele momento era um abraço apertado. — ❝ sinto muito, ames, se tiver qualquer coisa que eu possa fazer. ❞ — imaginava que não, mas talvez seus contatos com a imprensa e seus milhões de seguidores pudessem influenciar uma imagem mais positiva dos pais de amelia. soltou a amiga e a acompanhou até a sala, as orbes azuis acompanhando os movimentos graciosos de duchess. — ❝ é, sim, você definitivamente chegou no fundo do poço. ❞ — holly optou pela sinceridade. — ❝ mas está tudo bem, quem nunca? certo? ❞ — encolheu os ombros, erguendo as mãos com ambas as palmas viradas para cima. em um timing perfeito, quando amelia perguntou sobre os vestidos a campainha do apartamento tocou e, sem responder à amiga, depois de pedir um segundo, holly correu para abrir a porta. — ❝ podem levar pra sala, por favor. ❞ — disse aos funcionários que passaram a arrastar duas araras móveis em direção à sala de amelia. — ❝ como assim esqueceu do baile? faltam só dois meses. ❞ — comentou como se o esquecimento fosse um absurdo, mas em meio a tantos surtos, o evento era sim facilmente esquecido. — ❝ tudo bem que ainda não recebi nenhum convite formal, imagino que você também não pela reação... mas temos que estar preparadas! ❞ — comentou enquanto assinava a ordem de serviço e recebia, enfim, uma sacola com um pote de sorvete. — ❝ muito obrigada, amo vocês! fechem a porta quando saírem. ❞ — disse ao dispensar os entregadores. — ❝ se você não vai às compras, as compras vêm até você! ❞ — disse animada, abrindo uma das capas plásticas que protegiam as peças. — ❝ cortesia do palácio de mônaco. ❞ — sorriu.
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lobodobem • flashback
Wolfgang sorriu. Para ser honesto, havia uma grande diferença entre o segredo da sua relação com Eloise e com Margot. Na primeira, Wolf acatou a um desejo da garota porque, bom, em partes até concordava com ela, mas em geral porque provavelmente faria qualquer coisa que ela pedisse. A segunda, por outro lado, foi espontânea. Era bom viver em uma realidade quase alternativa, uma bolha que o mantinha alienado e longe do interesse alheio. Não foi algo combinado, premeditado, só foi acontecendo e ele não quis estragar porque era especial. ❝ — Ela não é minha namorada… Por enquanto.❞ — disse e piscou para a amiga. Verdade seja dita, não fosse a questão com Eloise e sua insegurança sobre como a Dubois se sentia, já teria feito o pedido há uns meses. Com a sua festa de aniversário, as duas coisas se tornaram claras e o caminho agora estava livre para isso. Só que Wolf era romântico e morreria antes de fazer um pedido bobo sem clima ou cenário nenhum. Tinha que ser tão especial quanto ela era. ❝ — Ela faz, muito. E para defender a honra dela, não é a mesma coisa da outra vez. Tanto nossa relação quanto manter segredo foi muito… Orgânico. A gente só foi deixando acontecer naturalmente. Então tente ser boazinha.❞ — falou brincalhão. Sabia que ela e Koko podiam ser exigentes quando se tratavam das garotas que ele se relacionava e em geral elas tinham razão, mas ele sabia que aquela vez era diferente. Concordou com Holly; depois do término no fim de dezembro, Wolfgang sabia que não precisava mais prestar satisfação à ex namorada, mas a questão era mais complicada que isso. ❝ — Eu sei, mas… Bom, elas são amigas. Margot gosta muito dela e eu também tenho um carinho, mesmo depois de tudo. Não é como se eu quisesse ver ela magoada ou, pior ainda, brava.❞ — se explicou. O austríaco tinha pavor de machucar as pessoas emocionalmente, porém não podia negar que a ira da Girard-Dampierre conseguia ser ainda mais assustadora. ❝ — Não tem muito o que contar! A gente se aproximou pelo luto. Ela tinha perdido a amiga e antes disso o irmão, eu tinha perdido a namorada. Depois viramos amigos, jogamos videogame de verdade, tá? E em janeiro, depois de eu ter dado o presente de aniversário dela… Bom, foi acontecendo e quando eu vi já tava completamente idiota só de trocar mensagens. A parada com a Elo… Achei que ela não sabia, mas a garota de algum jeito sabe de tudo. Ela deixou uma carta pra Margot falando que ela precisa deixar as pessoas entrarem e que ela merece ser feliz e… Aqui estamos.❞ — resumiu a novela de meses.
holly sorriu, sentindo extasiada pelo amigo e pela experiência que ele vivia. embora tivesse sua própria aversão a relacionamentos sérios — certo, ela bem que adoraria viver um romance clichê de comédias românticas com grandes gestos românticos e tudo como o número musical de patrick verona em dez coisas que odeio em você, mas não achava que tinha capacidade pra isso —, sabia que wolfgang mateschitz esbanjava romantismo e chegou a pensar que nunca veria aquele olhar bobo e apaixonado no rosto dele de novo. então, sim, estava excepcionalmente feliz pelo amigo, acima de tudo. — ❝ espero que você esteja planejando em mudar esse status logo porque, bem, estamos há dois meses do baile. ❞ — instigou, como quem não quer nada. mas, na verdade, queria detalhes sobre o pedido de namoro. se conhecia bem wolfgang, ele já devia estar pensando em algo bem extra. revirou os olhos, mediante a brincadeira alheia. — ❝ é uma promessa, wolf. ❞ — sentou-se sobre o colchão, de modo que a nova postura a permitiu erguer uma mão e colocar a outra sobre o peito como habitualmente faziam em juramentos. — ❝ mas saiba que eu não funciono muito bem sob pressão então... me deixa ir no meu ritmo, tudo bem? ❞ — brincou. ele sabia que holly não faria nada drástico, a menos que ela descobrisse que ele teve seu coração partido pela dubois. então, no máximo, ela deixaria um recado implícito e amigável para que margot cuidasse bem dele da próxima vez que visse a outra garota. mais uma vez, precisou revirar os olhos. não entendia como todas as pessoas ao seu redor, com exceção de chloé graças a deus, podiam gostar tanto de uma pessoa tão mau caráter quanto eloise. de certa forma, talvez devesse ficar positiva em relação a isso, porque pode ser um indicativo de que ela também será facilmente perdoada quando seus segredos virem à tona. — ❝ não acho que ela mereça toda essa consideração e todo esse carinho depois de tudo que fez. mas, bom, vocês nitidamente são pessoas melhores que eu. e já que você está tão de bom humor, talvez seja um momento oportuno pra confessar que há uns três ou quatro meses eu passei um valentino e várias compras do ifood no seu cartão. ❞ — brincou, aguardando pela reação dele. ouviu ele contar sobre sua relação com margot e, bem, fazia muito sentido tudo o que ele dizia e ele parecia realmente muito feliz. — ❝ talvez agora eu odeie sua ex um pouco menos, por esse surto repentino de bom senso que ela nunca teve. ❞ — aproximou o indicador e o polegar da destra para indicar uma quantidade ínfima. — ❝ por que você não convida ela pra jantar aqui? você meio que deve uma apresentação formal à koko e a mim, depois da gente ter esbarrado com ela saindo furtivamente do seu quarto e termos fingido demência. ❞
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mcrtina
❝ — Eu definitivamente sentiria saudade de algumas coisas aqui.❞ — respondeu com um sorriso discreto. O “algumas coisas”, na realidade, tinha nome e sobrenome. Mesmo assim, Martina gostava da ideia de estabelecer raízes na Europa e não em Porto Rico ou nos Estados Unidos, onde toda a sua família estava de um jeito ou de outro. Só que alguém precisava gerenciar os negócios dos Rivera, e não seria Lorenzo. O sorriso sumiu um pouco. ❝ — Para onde você vai depois do verão?❞ — perguntou, porque se concentrar no sonho e nas possibilidades das outras pessoas parecia muito melhor agora. Começou a andar lado a lado com Holly, achando cômica a postura da loira. Pelo menos elas compartilhavam a eficiência e rapidez. A pergunta dela, porém, fez a morena franzir o cenho. Nunca considerou muito suas possibilidades fora dos negócios familiares, mas que momento melhor para começar se não em uma feira de cursos? Pensou em tudo que odiava na empresa dos pais. ❝ — Não quero ser empregada de ninguém. Nem pegar café, roupa limpa e levar pet passear pra ninguém. Muito menos bancar a babá de marmanjos que pelo visto não sabem nem como abaixar a tampa do vaso sanitário.❞
❝ okay. três coisas das quais você mais sentiria falta? ❞ — perguntou, simplesmente por ser curiosa demais pro seu próprio bem. principalmente quando a outra enfatizava que, com certeza, sentiria falta de algumas coisas. holly podia porque em virtude da ênfase que ela deu ao definitivamente. a própria holly pensava nas coisas e pessoas das quais ela sentiria falta, quando brincou: — ❝ pode admitir que sentiria a minha falta nos treinos da torcida. ❞ — porque não chegava a ser tão narcisista para realmente pensar aquilo. — ❝ uh, para onde a fama está, óbivio, sou um clichê ambulante. los angeles, califórnia. ❞ — no momento, estava em contato com algumas corretoras de imóveis e precisava de um fiador. mas ainda não tivera a coragem de conversar com seu avô sobre isso, talvez devesse considerar fazer uma visita ao mais velho antes de retornar à cannes. — ❝ acho que será um caminho solitário, ainda não sei de ninguém que vai pra califórnia também. ❞ — deu de ombros, ao que se aproximavam da feira. pelo menos, acreditava que sim, já que havia um grande fluxo de pessoas há poucos metros. — ❝ quero dizer, a nöelle disse que aplicou pra uc santa cruz por causa de uma mulher, ❞ — fez uma pausa, tentando se recordar daquela conversa em específico. — ❝ ah, sim, angela davis! ela é professora lá, ativista do movimento negro e tudo o mais. um ícone, dela disse. ❞ — concluiu seu raciocínio com um breve dar de ombros. — ❝ mas duvido que ela atravesse o atlântico só por isso. então, um caminho solitário. ❞ — escutou martina listar as coisas que ela não faria, bom, coisas comuns que ela possivelmente não precisaria fazer caso resolvesse cursar qualquer curso ofertado ali. refletiu por um momento. — ❝ certo. então todos os cursos da licenciatura são eliminados, porque você teria bancar a babá de marmanjos. jornalismo também, é muito comum as pessoas começarem como assistente e ter que pegar café e roupas limpas, passear com pets etcetera. biológicas também não parece ser sua cara e geografia nem pensar. te imagino ocupando uma posição de poder. talvez administração, direito, ciência política ou relações internacionais? ❞
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ambitchiiious • flashback
não era novidade o fato de chloé e holly serem extremamente ardilosas, as loiras sempre buscavam maneiras de conseguir o que queriam. antiético ou não, ambas sempre pareciam dispostas a entortar uma régua moral ou outra em prol do objetivo; os fins justificavam os meios. o exame encontrado no carro de eloise não dizia muita coisa, tudo que chloé havia compreendido era por meio de informações provenientes do google e a jovem era inteligente o suficiente para saber que aquela não era uma fonte confiável. praguejava eloise sempre que fitava o documento, o quão cretina e egoísta aquela garota conseguia ser? ela era terrível, seria ótimo nunca mais vê-la se ela não fosse a detentora de tantas respostas.
agora, estava em seu carro, na companhia de holly, prestes a dobrar mais uma vez a espinha da moralidade. okay, não apenas da moralidade. estava prestes a cometer falsidade ideológica. seus cabelos loiros estavam escondidos por uma lace ruiva acobreada, uma de suas írises azuis estava da cor castanha escuro devido lente de contato, trajava roupas compradas em loja de departamento e havia até adulterado a placa de seu carro com um pedaço de fita isolante. assim que recebeu o documento falso das mãos de holly, chloé não pode deixar de entreabrir os lábios em surpresa. nunca diria que aquele documento não era verídico, aquele era um ótimo trabalho de falsificação. ❝ ━━ eu não pergunto sobre o documento, desde que você não pergunte sobre a placa.❞ lançou uma piscadela para amiga e voltou a fitar a falsificação. ❝ ━━ suzanne martin, dezenove anos, nascida em vinte e quatro de dezembro de dois mil e um. pareço capricorniana? acho que sim, né? os olhos castanhos estão bem capricórnio. criei todo um background para essa personagem, pensei em um nascimento que quase terminou de forma trágica, mas tudo terminou bem pois sou um milagre de natal.❞ chloé sorriu abertamente, acreditava que havia ido bem na construção daquela personagem. estava tentando ver aquela situação como um laboratório como atriz, lhe embrulhava o estômago pensar de outra forma. abriu o porta-luvas e de lá tirou um par de óculos de sol, também de loja de departamento, e os colocou. ❝ ━━ isso, pesquisei sobre o currículo desse tal de fleury e ele é especialista em genética. será que ele vai me pedir algum exame de sangue? se isso acontecer, acabou a nossa telenovela.❞ tinham que conseguir extrair informações do homem sem levantar suspeitas ou ter que revisitá-lo. se os girard-dampierre ou os martin descobrissem a armação das garotas, aquilo não terminaria bem e elas seriam deixadas sem respostas. ❝ ━━ ah, eu acredito que vá despertar mais empatia nele. uma garota muda e possivelmente hemofílica? apenas um monstro não daria respostas. também fiquei com medo de que pudessem memorizar minha voz, ainda não sou boa em sotaques… aliás, você ainda consegue fazer aquele sotaque escocês? acho que seria uma boa.❞ disse enquanto visualizava seu reflexo no espelho retrovisor e se certificava que estava tudo impecável. mirou holly com um sorriso apreensivo. ❝ ━━ muita merda para nós!❞ disse a frase tradicional do teatro antes de abrir a porta do carro e sair do mesmo. ação!
às vezes holly falhava em definir se a mente de chloé a deixava admirada ou assustada. talvez as duas coisas ao mesmo tempo, porque fato era que em termos de (a)moralidade as duas eram bastante parecidas. tanto é que estavam ali, depois de cometer uma série de contravenções que poderiam ou não parar nas respectivas fichas criminais e prestes a cometer outras. quem mais endossaria aquela missão investigativa? isso mesmo, ninguém. ainda bem que tinham uma à outra, holly pensava constantemente todas as vezes em que dizia um sonoro sim para os planos de chloé e vice-versa. mas holly acreditava que elas eram espertas demais e escorregadias demais para serem pegas. entrariam no hospital, conversariam com o dr. johansson para descobrir mais sobre o exame de de camille e iriam embora antes que o médico cogitasse dizer as palavras “exame de sangue”. porque essa era a única coisa que faria com que todo o plano fosse por água abaixo. e isso, seria inadmissível. por isso que holly havia programado um timer com o mesmo toque da chamada do seu iphone para vinte minutos depois de passarem pela recepção. caso precisassem simular uma emergência para sair dali. — ❝ sem perguntas então, srta. martin! ❞ — brincou, enquanto ainda se encarava no espelho retrovisor. admitindo que a peruca chanel a deixava mesmo com uma aparência mais velha. e chloé tinha arrasado na maquiagem. deixou para colocar as lentes de contato apenas naquele momento, temendo alguma reação alérgica. — ❝ cem por cento capricorniana e cem por cento vibe sofredora da maria do bairro! ❞ — telenovelas mexicanas era um guilty pleasure sedimentado na época em que a sra. iglesias foi sua babá, assim que se mudou para cannes.
❝ não se preocupe, tenho uma chamada de emergência programada para caso isso aconteça. uma invasão doméstica, talvez? ❞ — perguntou, apenas para checar se a amiga teria uma ideia melhor. esperava que tudo corresse bem e não precisassem daquilo, porque, caso fossem descobertas... seria complicado explicar para qualquer um, principalmente para as autoridades, o porquê de estarem fazendo aquilo. apesar da confiança, o coração de holly estava acelerado pela adrenalina de estarem fazendo algo que, definitivamente, não deveriam estar fazendo. — ❝ certo, você vai ser apenas muda, porque não quero correr o risco de ferrar tudo fazendo um sinal errado. ❞ — sabia algumas coisas da linguagem de sinais, mas coisas simples e cotidianas como pedir um copo d’água. — ❝ aye! muita merda para nós. ❞ — respondeu, já se valendo do sotaque escocês, saindo do carro logo depois de chloé. atravessaram o estacionamento e, posteriormente, o hall, indo em direção à recepção. holly se curvou para ficar à altura da recepcionista do outro lado do vidro, os olhos castanhos - graças às lentes - miraram o crachá preso ao peito da mulher. — ❝ boa tarde, srta. durand! estamos aqui para a consulta com o dr. fleury johansson, o horário está agendado em nome de suzanne martin. ❞ — estavam em cima da hora, propositalmente para que holly pudesse reclamar do trânsito de nice até ali. a recepcionista pediu o documento da paciente e, depois de verificar no sistema, autorizou a entrada das duas indicando o consultório e dizendo que o geneticista já estava esperando por elas. — ❝ dr. johansson, certo? muito, muito obrigada por nos receber. ❞ — holly disse assim que entraram no consultório, com um aperto de mão firme e um sorriso amigável.
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vagabundio
A resposta de Holly fez Marcellus rir; por acaso era exatamente uma afagada no ego que esperava quando fez o comentário e adorava a Cotillard ainda mais por isso. ❝ — Acho que é sua noite de sorte. Você vai precisar dar uma gorjeta e tanto para o entregador.❞ — brincou de volta, entrando no apartamento assim que a loira lhe deu espaço para tal. Olhou para os aposentos decorados com bom gosto satisfeito. Era sempre muito melhor qualquer tipo de festa em um lugar bonito. ❝ — Apartamento bonito para combinar com a dona.❞ — não perdeu a oportunidade de adicionar, porque o flerte, especialmente com Holly, era tão natural quanto respirar. Sorriu diante do questionamento. ❝ — Bom, imaginei que se eu chegasse cedo poderia aproveitar a companhia da anfitriã antes disso aqui ficar muito cheio. Você é uma garota popular, afinal de contas.❞ — piscou.
❝ e quais são as formas de pagamento aceitas? receio que não tenho nenhum dinheiro em espécie aqui. ❞ — ergueu uma das sobrancelhas, curiosa para saber qual seria a resposta de marcellus. porque ele era completamente imprevisível e era justamente essa imprevisibilidade, ignorados todos os outros inúmeros pontos positivos, que a mantinha interessada. como o fato dele ter aparecido ali uma hora mais cedo quando ela sequer sabia se ele realmente iria aparecer ou arrumaria outro programa no meio do caminho. — ❝ a extravagância é a mesma, sim. mas considero minha estética mais refinada. ❞ — os lábios se curvaram em um sorriso ladino em agradecimento pelo elogio. uma vez na cozinha, resgatou duas taças da cristaleira e as colocou sobre a bancada de madeira. pegou a garrafa da mão de marcellus. — ❝ vou colocar esse pra gelar, ❞ — anunciou ao que abria a geladeira e substituía a garrafa em sua mão por outra. — ❝ et voilá. vou deixar você fazer as honras! ❞ — estendeu a garrafa de volta para ele. — ❝ bom, sinto em informar que seu tempo está meio que escasso. ainda preciso trocar de roupa. ❞ — gesticulou, mostrando o robe de seda. — ❝ então sugiro que você escolha com sabedoria como aproveitar essa meia hora, quarenta minutos, talvez? ❞ — sorriu.
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benjaminfrdrc • flashback
desde que tinham assumido um relacionamento, o rapaz tinha perdido a noção do tempo gasto no apartamento da namorada, mas, se parasse para pensar apenas por um minuto, ele saberia que certamente era o suficiente para ser considerado quase um morador fixo. não se importava com a constatação, especialmente quando a própria casa agora era tão vazia sem os seus dois melhores amigos na cidade. costumava passar a maior parte do seu tempo no quarto da loira, a atenção voltada para algum dos livros que sempre levava consigo, mas, especialmente naquele dia, não sentia a menor vontade de pedir comida pronta; e o seu trajeto até a cozinha fora todo motivado pela ideia de cozinhar algo que tivesse gostinho de casa. antes que pudesse pensar em cumprimentar holly, porém, ela começou a falar, captando a atenção dele de imediato; seu cenho franziu, intrigado com as palavras alheias, afinal não se lembrava de ter feito nada que pudesse chatear a garota. ❛ agora, você me deixou intrigado… ❜ murmurou, realmente muito curioso. ❛ espero que não seja a nossa última chance, de qualquer forma, não tenho uma roupa para eventos desse porte desde o último velório que precisei ir ❜ não conteve a sua gracinha, especialmente porque sabia como a garota poderia ser bem drama queen. ❛ mas, é claro, diga-me a razão para a sua chateação, tenho certeza de que somos capazes de dar um fim à tal sofrimento! ❜
embora sua expressão transmitisse casualidade, holly estava bastante satisfeita por ter conseguido capturar a atenção do namorado de chloé. de modo que desconsiderar o plano b e c que tinha elaborado para caso aquela primeira abordagem não desse certo. os cantinhos da boca tremeram, imperceptivelmente, ao que ela continha um sorriso. benjamin era engraçado e, normalmente, a loira apreciava o senso de humor alheio. mas, naquele momento, não deixaria que isso transparecesse. afinal, era um assunto muito sério. e ela precisasse que ele a levasse a sério, caso quisesse extrair qualquer informação. porque havia falhado com chloé, que jurava não saber do que se tratava a pista do segundo anônimo que ele possivelmente ao fim do evento de st. patrick’s day. ou talvez, o próprio anônimo estivesse blefando. fechou o notebook. — ❝ não sei bem quanto a sermos capazes, porque meio que só depende de você... e sei lá, às vezes tenho a sensação de que você realmente me odeia. ❞ — projetou o lábio inferior para frente em um biquinho visivelmente chateado. — ❝ de toda forma, vou direto ao ponto para que possamos resolver ou não resolver essa situação... e aí eu posso seguir minha vida sabendo do real valor que minha amizade tem pra você. ❞ — disse, por fim, pensando que se ela tomasse muito do tempo dele ele ficaria ainda mais indisposto para compartilhar informações. — ❝ a questão é que há pouco menos de dois meses você recebeu uma informação muito importante de interesse comum e tem se negado a compartilhar com, até mesmo, pessoas mais próximas. eu, que nunca escondi nada de você já deveria ter me acostumado com isso. já que seria a terceira apunhalada que você dá nas minhas costas. mas eu sou sensível, ben, não consigo não levar pro pessoal! não nego meu sol em câncer. ❞ — contou, não enumerando as ocasiões em voz alta. mas ele sabria que ela se referia ao relacionamento de meses que manteve com chloé sem que ninguém soubesse; ao casamento em st. tropez e, por fim, à informação que ele estava guardando a sete chaves.
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𝖔𝖋 𝖒𝖊𝖉𝖎𝖈𝖆𝖑 𝖊𝖝𝖆𝖒𝖘 & 𝖈𝖔𝖓𝖘𝖕𝖎𝖗𝖆𝖈𝖞 𝖙𝖍𝖊𝖔𝖗𝖎𝖊𝖘 (part II)
onde: festa da ordem do iluminismo ━━ mansão em 16th henri martin, paris
quando: oito de maio de dois mil e vinte e um, por volta das 22:45hrs
quem: @benjaminfrdrc, @hollvcrap, @lobodobem && chloé
CHLOÉ.
era nítida o entusiasmo de chloé naquele momento, o sorriso largo em seus lábios coloridos de carmim era apenas uma das evidências do quão satisfeita a jovem estava. era uma noite de sábado em paris, onde parte de seus colegas estava sem destino ou tendo de se conter em entrar em uma boate abarrotada de jovens bêbados e suados; já chloé e seu grupo estavam em uma festa universitária refinada, vestindo máscaras e black tie enquanto bebiam e comiam apenas do melhor. não era a primeira vez que ia em um evento daquele porte, porém era a primeira vez que se sentia parte de um grupo tão seleto e podia, gentilmente, esfregar no rosto de seus colegas de classe. ❝ ━━ será que seria rude ou proibido fazermos alguns stories e boomerangs? tudo aqui parece tão secreto e exclusivo.❞ indagou ao grupo enquanto mexia na gola do terno de benjamin e ajeitava a máscara na face do mesmo, a quem estava sentada no colo desde que haviam adentrado naquela sala de estar. ainda não havia se esquecido da interação daquela tarde e estava fazendo questão de mostrar a todos que eram um casal, mesmo que isso pudesse causa certo desgosto nos amigos. um garçom ofereceu ao grupo algumas taças de champanhe, chloé ponderou consigo rapidamente antes de pegar uma das taças para sim e sinalizar para que o resto fizesse o mesmo. ❝ ━━ essa noite é motivo para comemoração! se estivéssemos em um filme coming of age¹, esse seria o nosso ponto de virada. por isso, proponho um brinde!❞ disse levantando sua taça, esperava que não fosse reprimida por ninguém a sua volta. não era como se fosse uma alcoólatra reformada e estivesse colocando sua sobriedade em risco, iria apenas beber uma taça de champanhe para comemorar com quem amava. a bebida não precisava estar associada a coisas ruins, o que de tão grave poderia acontecer naquela mansão?
BENJAMIN.
após o episódio inesperado da garota silenciosa e o pequeno ciúmes que tinha causado em sua namorada, era como se o dia do rapaz estivesse escalando em uma direção onde todas as coisas só pareciam melhorar; quer dizer, estava em sua cidade natal, na casa de seus pais, a namorada tinha sido bem recebida e, como se para finalizar com chave de ouro, tinha a chance de estar em uma festa universitária. ❛ acho que não tem problema fazer algumas fotos, eles não disseram nada sobre ser como aquelas festas em que proíbem celulares… ❜ murmurou em resposta à loira, atento aos movimentos dela em seu terno e depois em sua máscara, seus lábios curvando-se em um sorriso grato logo em seguida. em respeito aos amigos solteiros ━ e obviamente menos românticos que os apaixonados ━, ele limitava-se a respostas comuns, uma vez que já tinha a namorada sentada em seu colo, provavelmente como um gesto para mostrar às pessoas que estavam juntos; ele não se incomodava, porém, tinha até mesmo um sorrisinho divertido nos lábios enquanto observava as tramoias alheias. ❛ eu acho que você está mais do que correta, mon amour. um brinde às inesperadas festas universitárias! ❜ juntou-se à ideia da garota, imitando-a ao erguer a taça, e esperando que os amigos fizessem o mesmo.
WOLFGANG.
Wolfgang estava decididamente impressionado com a festa. Claro que, ao receber o convite da garota amigável demais, imaginou que se tratasse de algo importante porque mencionava Iluminismo, traje black-tie e sabe-se o que lá mais. Ainda assim, o porte daquele lugar não estava no imaginário de Wolf. Sendo muito bem afortunado financeiramente falando, não era desconhecido para ele festas luxuosas, mas certamente o austríaco tinha uma percepção muito diferente de como uma festa universitária seria. Se sentia elegante e feliz por estar na companhia dos seus melhores amigos… Mesmo que uma delas estivesse fazendo um esforço a mais para mostrar a todos os presentes que estava namorando. Mesmo tendo feito uma careta quando a loira sentou no colo de Benjamin, depois da cena na biblioteca, Wolfgang não culparia Chloé por demonstrar afeto publicamente. ❝ — Acho que umas fotos não vão matar ninguém. Afinal, ninguém precisa saber onde estamos ou o que é isso aqui.❞ — respondeu, dando de ombros. Ele já havia feito stories seu vestido de terno, bem como dos presentes, então não era como se ninguém soubesse que estavam em algum lugar chique. Wolf só contou efetivamente que estaria em uma festa universitária misteriosa para Margot, e não achava que ela ia ficar espalhando isso por aí. Quando o garçom chegou, o garoto aceitou uma das taças de bom grado. Ele juntou sua taça à do casal e sorriu. ❝ — Um brinde a amigos exclusivos e… Bom, olhando para a gente assim todos arrumados, dá para entender o convite.❞ — piscou para os amigos, sorrindo. Lançou um olhar para Holly, aguardando que a amiga se juntasse a eles. ❝ — Venha, Hols, não se acanhe e brinde ao que você quer agradecer.❞
HOLLY.
a chateação de não ter sido ela a receber o convite foi de momento, durou menos de cinco minutos porque tão logo entrou no carro para voltar para a casa de ben começou a vários planos entusiasmado. afinal, estavam realmente ali. uma festa universitária que, claramente, não era para qualquer um e reunia apenas a nata da université d’harcourt. black-tie e máscaras em uma mansão, uma pena ser algo implicitamente secreto e exclusivo como chloé, sentada no colo de benjamin desde que chegaram ali, acabava de dizer. holly não fingiu que chloben não existia daquela vez, sinceramente, já viu demonstrações de afeto por parte do casal muito piores. de todo modo, imagine todos os views que conseguiria se gravasse um podcast hoegang para seu canal. — ❝ bom, se matar... podem me considerar uma mulher morta. porque há quinze minutos postei duas fotos e um boomerang no meu close friends. ❞ — a lista em questão se restringia aos amigos mais próximos e alguns, muitos, fãs que pagavam uma mensalidade (ligeiramente exorbitante) para ter acesso ao conteúdo exclusivo postado pela garota. assim que o garçom se aproximou, pegou uma taça de champanhe assim como os amigos. um sorriso genuíno adornava sua expressão. estava radiante só por estar ali, a só se fazia por aumentar por estar com suas pessoas favoritas. riu com o comentário de wolfgang. e, como estava guardando seu melhor discurso para a festa de formatura que aconteceria dentro de dois meses, limitou-se a dizer assim que ergueu a taça: — ❝ um brinde à minha família de cannes! ❞ — sorriu. alguns segundos depois, um vinco se formou entre as sobrancelhas claras. — ❝ isso é o seu celular tocando? ❞ — perguntou a chloé.
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CHLOÉ.
assim como holly, chloé decidiu ignorar a defesa à eloise feita por benjamin. achava estúpido o fato dele e wolfgang ainda defenderem alguém como a outra, porém, não iria iniciar qualquer discussão com o namorado sobre a garota e muito menos faria isso na frente de outras pessoas. sua mente acompanhava o raciocínio de holly, recordava-se da mensagem de “E” onde o prontuário de eloise era exposto. havia lido e relido aquele documento inúmeras vezes e sequer cogitado que podia se tratar da garota girard-dampierre, não se culpava por não ter percebido, afinal não era como se possuísse o dom da adivinhação. assentiu, a teoria da loira apenas corroborava com toda a narrativa apresentada até aquele momento. ❝ ━━ sim, com toda certeza. eu só não entendo o porquê alguém ajudou ela e ficou em silêncio sobre isso. se ela continuava correndo risco de vida, não era mais sábio contar a polícia? estou longe de ser a pessoa que mais confia na justiça, mas esse plano furado não resolveu nada… afinal, a gatinha continua em fuga por aí.❞ seu tom oscilava entre confusão e amargor, algo típico quando abordado aquele assunto. ❝ ━━ eu duvido que ela tenha se escondido com a ajuda de algum médico. quando nós fomos ao hospital perguntar da camille, ninguém parecia ter ideia do que estávamos falando. não é possível que sequer uma responsável pela limpeza não daria com a língua nos dentes. quem ajudou eloise a se esconder sabia o que estava fazendo, ela nunca foi descoberta e sim apareceu por espontânea vontade.❞ e desapareceu pela mesma razão, completou em sua mente, mas estava determinada a não insultar novamente a garota em busca de se poupar de possíveis estresses. um ex-aluno, parecia coerente aquela possibilidade. certamente essa pessoa saberia dos costumes e teria acesso facilitado a festa, tendo assim a proximidade a eloise e camille confirmada. ❝ ━━ é uma boa teoria, bebés, mas não podemos esquecer que camille não era ex-aluna ou sequer aluna e teve acesso a festa. cédric me disse uma vez que ela era facilmente impressionável e gostava de andar com pessoas ricas.❞ sentia seu coração pensar ao pensar na jovem, nunca havia a conhecido, porém se via na natureza ambiciosa da mesma. ❝ ━━ tudo bem, com contragosto vou concordar com vocês. esse aesthetic de conviver com assassino não combina comigo, mas aceitarei essa teoria junto da de um completo estranho. até porque, se fomos apenas por essa lógica… E também pode ser um de nós.❞ completou a última parte de sua sentença em voz baixa e um tom misterioso, em seguida soltou uma risada baixa. duvidava daquela hipótese, porém não ficaria imensamente surpresa caso ela fosse real. se havia algo que aprendeu nos últimos meses era não duvidar da capacidade humana em surpreender; para o bem e para o mal.
WOLFGANG.
Wolfgang escutava o que os amigos diziam com atenção. Com certeza cada um tinha um ponto relevante a levantar quando a questão era aquela. Não era muito comum escutar as pessoas falando sobre o anônimo e o que havia acontecido, então imaginava que particularmente todos criassem as próprias teorias. Ele sabia que no meio de todas aquelas informações e confusões, existia alguma resposta. Camille e Eloise eram irmãs gêmeas e uma, talvez as duas, havia irritado alguém com poder e inteligência o suficiente para se livrar delas e colocar todo mundo na mesma tortura psicológica por meses. Isso se fossem a mesma pessoa, porque podiam estar lidado com cenários nos quais cada parte daquele quebra cabeça era causado por alguém diferente. O anônimo e o assassino podiam não ser a mesma pessoa e descobrir um poderia querer dizer ficar ainda mais vulnerável ao outro. A cabeça de Wolf doía só de considerar todas as vertentes. ❝ — Acho que além do assassino, a gente precisa considerar quem é o anônimo. Eu por exemplo penso que nenhuma pessoa que não seja aluna poderia saber certas coisas. Ou ex aluna…❞ — o Mateschitz iniciou a sua linha de raciocínio, porém foi interrompido por uma garota que se aproximou deles. O austríaco deixou a frase morrer nos lábios, porque não seria interessante ter aquela conversa na presença de terceiros. Ainda, a aparição inusitada da garota o deixou surpreso. Olhou para os amigos para ver se algum deles conhecia a menina, mas pareciam tão surpresos quando ele. ❝ — Oi, uh… Podemos ajudar?❞ — perguntou. Ela piscou para ele e o entregou um envelope, virou-se para Benjamin e fez o mesmo e então sumiu tão misteriosamente quanto chegou. Wolf olhou para Ben como se esperasse alguma explicação, mas sabia que eram os dois confusos naquele momento. Ele abriu o seu envelope e franziu o cenho. ❝ — É um tipo de convite… Para uma festa. Hoje.❞
BENJAMIN.
o rapaz respirou fundo diante de tantas teorias, embora não quisesse expressar sua frustração verdadeira ali, mesmo que entre amigos. detestava programas investigativos, nunca tivera a tal paciência para esperar que as pontas soltas se interligassem até a trama ganhar o seu sentido completo, tampouco gostaria de enfiar naquele emaranhado que a prima parecia ter cruzado e colocado todos eles sem qualquer autorização. era mesmo difícil defendê-la. ❛ acho que meus tios devem ter dedo nessa história ❜ comentou, por fim, com um dar de ombros sutil; se seus pais o pegassem falando sobre aquilo, não duvidava que fosse ouvir um sermão daqueles, mas a ideia parecia fazer sentido. mas se os últimos anos no colégio — e em sua vida — tinham lhe ensinado algo, era que absolutamente ninguém tinha o histórico ilibado; bonzinho ou não, todo mundo tinha os próprios segredinhos, a diferença era que alguns possuíam mais sorte e caráter que outros. ❛ quer dizer, se vocês perdessem um parente há seis meses e, de repente, como mágica, a pessoa voltasse… só pensem comigo! vocês acham que iam pensar em matricular a pessoa de volta no colégio? pelo amor de deus, a minha mãe me manteria em casa sob vigilância constante por um ano inteiro! ❜ se empolgou ao teorizar em relação à reação de seus familiares se fosse ele o menino de volta do mundo dos mortos após seis longos meses. ❛ e sobre esse anônimo desocupado, eu não acho que seja um de nossos colegas de classe. talvez alguém da escola, sim, ou algum ex-aluno loser que não passou em nenhuma… ❜ interrompeu-se junto do amigo, confuso, mas fixou sua atenção na garota que se aproximou em completo silêncio; os lábios começaram a curvar-se em um sorriso ao vê-la se direcionar ao austríaco, pronto para soltar alguma gracinha em momento oportuno, quando a viu virar em sua direção. sua expressão era de completa confusão ao pegar o papel estendido, com genuíno receio de recusá-lo e, por acaso, se tratar de uma pessoa raivosa. no momento em que a garota virou as costas, porém, ele voltou a sua atenção à namorada, erguendo um pouco seus braços em um sinal de rendição antes de murmurar: ❛ eu juro que nunca vi mais feia, não sei quem é ❜ só então abriu o envelope, descobrindo do que se tratava antes que terminasse de ler, pelo comentário do amigo. o sorriso voltou aos seus lábios. ❛ olha, aqui diz que devemos levar uma companhia feminina! ❜ piscou em direção à loira com quem namorava. ❛ diz também que não devemos levar vergonha na cara, conduta ilibada, dedo duro e intolerância ao álcool. me parece uma festa universitária bem chique, vou aderir essa ideia para a próxima festa do comitê… ❜ murmurou a última parte em reflexão, encarando o papel. ❛ a sua princesa seria vetada dessa festa, sabe disso, não é? ela deu um pt bem feio no halloween, meu sapato italiano ainda chora à noite… ❜ olhou em direção a wolfgang, o tom levemente debochado ao apontar os fatos.
HOLLY.
enquanto chloé prosseguia com sua fala, tentando juntar as várias pontas soltas que eloise havia deixado para trás, holly remoía algumas coisas em silêncio. o anônimo, esse mesmo que os torturava psicologicamente, disse na primeira caça ao tesouro que também queria descobrir o que acontecera a eloise. pois bem, tinham descoberto o que aconteceu com eloise: ela era uma pilantra safada e egoísta que se escondeu por seis meses sem ter um pingo de consideração com aqueles que a amavam — wolf, ben, mars... e tantos outros, ela nem sabia o porquê — e agora tinha ido embora os deixando com ainda mais problemas do que aqueles que tinham antes dela voltar dos mortos. e, ainda assim, o anônimo contiava a infernizar o grupo de amigos. ficou calada, para não correr o risco de desmoralizar a ex-falecida e atual ausente na frente do primo e do ex-namorado dela. mas o sr. e a sra. girard-dampierre, por outro lado, não saíram ilesos daquilo e a pobre coitada da eloise acabou levando o respingo do seu comentário proferido em tom de indignação. — ❝ se eles fizeram mesmo isso, é inadmissível que a eloise não seja filha biológica deles porque a filha-da-putagem está no dna! ❞ — a frase foi dita poucos segundos antes de uma garota se aproximar de wolfgang segurando um envelope. ela estava flertando com ele? ai. meu. deus. ela estava flertando com o ben? enquanto a cena que aconteceu rapidamente se desenrolava bem à sua frente, olhou de relance para chloé só para checar se estava tudo bem. em seguida, aproximou-se do melhor amigo com o intuito de ver o que estava escrito no tal convite. uma companhia feminina, uma risada descrente e silenciosa seguiu sua leitura. — ❝ ótimo saber que fui reduzida a companhia feminina de duas pessoas que não têm um milhão de seguidores somados. ❞ — talvez os números não condissessem com a realidade, mas holly não se importava, estava puta que ela não teve um convite entregue em mãos. mas ao escutar o comentário de benjamin realizou que existia a possibilidade dela sequer ser cogitada a ser essa companhia feminina. — ❝ está tudo bem se você quiser levar a margot, wolf. faz sentido ser um programa de casais. ❞ — afirmou, meio a contragosto. — ❝ independente disso, acho melhor a gente ir pra casa, antes que outras oferecidas deem em cima dos homens casados. ❞ — brincou, só percebendo depois que esse comentário poderia escalar a situação.
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vagabundio
𝔯𝔬𝔪𝔞𝔫𝔱𝔦𝔠 𝔱𝔞𝔩𝔨𝔦𝔫𝔤, 𝔶𝔬𝔲 𝔡𝔬𝔫’𝔱 𝔢𝔳𝔢𝔫 𝔥𝔞𝔳𝔢 𝔱𝔬 𝔱𝔯𝔶
𝑸𝑼𝑨𝑵𝑫𝑶: 07 de maio de 2021, à noite.
𝑶𝑵𝑫𝑬: apartamento da holly em paris.
𝑸𝑼𝑬𝑴: marcellus & @hollvcrap.
Nem precisava convidar duas vezes. Depois de ver a mensagem de Holly sobre um warm-up em seu apartamento, ele só respondeu: “endereço?”. Com certeza não deixaria uma aglomeraçãozinha passar, especialmente se fosse na presença da Cotillard. Ela tinha mencionado o horário das 22h, mas Marcellus fez questão de bater na porta da garota às 21h. Se mais pessoas fossem aparecer, pelo menos ele podia fazer o esquenta do esquenta. Sorriu quando a porta foi atendida e ergueu o champagne que tinha trazido. ❝ — Delivery de um gostoso.❞ — anunciou-se, encostado no batente da porta com um sorriso divertido.
de uma forma ou de outra, holly precisava ir ao apartamento de audrey para checar se estava tudo em ordem. poderia simplesmente acreditar na palavra de quincy, mas tinha receio de que o tio tivesse dado uma de suas festas homéricas e quebrado pelo menos três obras de arte que compunham a decoração. tudo certo, então não havia motivos para não chamar os amigos para passar algum tempo ali. não era uma festa propriamente dita, uma pequena reunião com vinte pessoas no máximo, ela esperava, não que no mínimo cinquenta pessoas dos diferentes grupos de amigos tinham visualizado sua mensagem. checou a tela do celular quando a campainha tocou, um vinco se formou entre as sobrancelhas porque ela havia marcado às dez para todo mundo começar a chegar às onze, era assim que as coisas funcionavam. provavelmente era june, pensou enquanto descia as escadas em espiral, com os pés descalços e vestindo um robe de seda. se surpreendeu ao ver mars do outro lado da porta. riu da sua introdução, apoiando-se na porta entreaberta. — ❝ bom, quando eu pedi pra entregarem um gostoso eu não imaginei que mandariam o mais gostoso de todos. parece que o aplicativo merece uma avaliação de cinco estrelas. ❞ — respondeu espelhando o sorriso alheio, afastando-se da porta para que ele pudesse entrar. — ❝ o que aconteceu com o elegantemente atrasado? ❞ — perguntou, ao que segurava a mão dele e o arrastava para a cozinha a fim de pegar as taças para o champagne.
#♛ › ❛ don’t get too attached this is a brief affair : 𝒄𝒐𝒏𝒗𝒐#with. marcellus#aí o biscoito que ele tanto pediu
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mcrtina
❝ — Sim, sabemos.❞ — disse, o tom dando a entender que estava afirmando que mesmo contra os fatos, ainda pensava estar certa. Mesmo que não pensasse… Mas tinha uma reputação a zelar. Escutou o relato de Holly com um sorriso contido. A personalidade da loira não era novidade para ela, que era sua colega no cheer, mas não queria dizer que deixava de achá-la engraçada. A sua pergunta, entretanto, fez Martina franzir o cenho. Seu destino era teoricamente bem desenhado; o diploma universitário era importante, mas secundário se considerasse que os pais sempre quiseram que ela se casasse logo com um herdeiro. Se fosse seguir a tradição, estudaria em Boston e esperaria o seu marido perfeito se consolidar nos negócios. Tina não era muito de seguir tradições mesmo, pelo menos não de verdade. ❝ — É sempre bom considerar todas as opções, né? Não achei que fosse estudar na França, mas quem sabe?❞ — questionou. Afinal de contas, Noëlle tinha a Université d’Harcourt como uma real opção e isso por si só já era muito importante para a Rivera. ❝ — Por que você não embarca ainda mais no aesthetic universitário e vai comigo para a feira? Eu não tenho certeza do que eu estou procurando, então talvez sua postura decidida me ajude a encontrar.❞ — propôs. Martina na verdade não queria ficar sozinha pensando no futuro porque assim só entrava em um labirinto mental de todas as coisas que a mantinham acordada à noite, em relação ao negócio familiar. E ela decididamente não queria estragar aquela viagem.
achou graça em sua afirmativa, tanto que os ombros se chacoalharam em meio a uma risada silenciosa e prolongada. ela era obstinada e segura, duas coisas que holly admirava em qualquer pessoa. claro que as duas possuíam personalidades que poderiam gerar algum tipo de atrito, eventualmente. mas era seguro dizer que cotillard nunca sentiu desconforto ou indisposição em relação a ela. se foi influenciada ou não pela propaganda positiva que houssière tanto fazia, não era tão relevante. — ❝ gosto de você, rivera! não estrague o momento. ❞ — admitiu, por nenhum motivo em especial, em tom de brincadeira. mas era verdade mesmo, gostava dela. tanto que se deu o trabalho de guardar o celular para prosseguir com aquela conversa. — ❝ então temos um talvez para a frança. isso é bom, porque você com certeza sentiria falta daqui. ❞ — uniu as mãos em uma única palma, sorrindo para a garota. — ❝ se eu não tivesse um sonho muito bem definido e bem longe daqui... sentiria muito mais pesar em deixar todos os amigos, todas as histórias e todo o resto pra trás. não que eu já não esteja triste. mas parece que uma coisa meio que compensa pela outra. ❞ — riu. semicerrou os olhos diante da proposta da porto riquenha e esperou alguns segundos, para que ela revelasse que estava brincando ou qualquer coisa do tipo. essa revelação nunca veio. — ❝ ah, você está falando sério... ❞ — deu de ombros e então: — ❝ é, pode ser, acho que se te ajudar com isso vou ter feito minha boa ação do ano. ❞ — brincou, já começando a andar na direção que ela mesma havia indicado. — ❝ seguinte! pra gente otimizar nosso tempo aqui enquanto você analisa os cursos e eu flerto com os universitários e universitárias da feira, ocasionalmente dando um palpite ou outro na sua vida acadêmica: o que você não quer fazer em circunstância nenhuma? ❞
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