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[hollow-girl]

Eu odeio escrever sobre os meus sentimentos, parte de mim acreditava piamente que a resposta era devido ao facto de que sentimentos são temporários e intocáveis.

Agora eu sinto uma necessidade extrema de gritar, mas não tenho voz alguma. Então a minha maneira de gritar a minha dor é escrever.

Eu odeio sentir qualquer coisa, almejo os robôs. Bonecos sem sentimentos. Desejáveis e invejáveis.

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Eu não sinto como que realmente estivesse aqui, eu sinto as coisas a acontecer ao redor, mas é como se fosse uma cruel rotina da qual eu não posso escapar.

Eu não falo com ninguém, eu não sinto vontade de falar com alguém. É como se já estivesse morta, mesmo que o meu corpo esteja vivo. Eu não sinto nada. É um vazio amedrontoso.

No início tudo que eu mais queria era sair dele, encontrar nem que seja um breve e temporária felecidade, mas pelo menos senti-la.

Não me interpretem mal, não é que eu já não queria sair dela, somente já não acredito que existe uma maneira de sair dela. De acabar com a dor, a tristeza, o sofrimento.

Comecei a ter fé em outras coisas, como, por exemplo, eu só irei conseguir acabar com a dor, se não sentir mais nada.

Não existe um caminho reservado á felecidade e proibido ao sofrimento. Para acabar com a angústia da dor, preciso de acabar com qualquer sofrimento que exista.

Preciso de acabar comigo.

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11 de maio de 2021

Eu odeio estar aqui, eu tanto estar morta. Sem vida, sem dor. Mas eu não posso cometer suicídio, por causa da minha mãe. Era tão mais fácil se ela me leia-se.

Eu ando sempre com um sorriso na cara, mas por dentro eu não sinto nada. Acho que a junção de tudo, fez-me sentir apatica.

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Odeio ser o tipo de pessoa emotiva. Odeio chorar. Odeio mostrar sentimentos. Odeio mostrar parte fraca. Odeio possuir fraquezas.

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Cheguei á evidente conclusão que pessoas são decepcionantes..

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Como explicar a alguém que já não sentes qualquer necessidade de existir. Que o teu desejo é já não estar cá. A dor ganhou e já não sinto nada. O meu quotidiano é uma dolorosa rotina. O meu dia é uma batalha pela qual não quer vencer. Acho que nunca cheguei a vence-la

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Sinto que ela sempre esteve aqui, como eu fosse duas simultaneamente, eu e ela. Lembro-me que desde de pequena era uma pequena batalha para levantar da cama, o primeiro pensamento que eu tinha era algum do gênero "eu contínuo aqui?". O que importava na realidade era que no final do dia eu conseguia ganhar a batalha.

Acho que o meu limite foi quando fiquei sozinha, os pensamentos obscuros sobressaíram-se, não tinham ninguém para falar mais alto que estes e o facto de ter de conviver todos os dias comigo mesmo ajudou bastante... Acredito que foi nesta altura que ela ganhou.

Agora eu não sei dizer quem ganha, porque eu já não fico na cama o dia todo. No entanto, eu levanto-me e sinto-me vazia, sem vontade de fazer qualquer coisa. Penso que seja um impasse, embora ela esteja quase a ganhar. Quando ela ganhar, ela ganha de vez. Vai ser só ela a existir

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Heyy, eu vou usar isto como um diário dos meus pensamentos. Claro que daqui a algum tempo quando voltar a ler isto vou envergonhar-me.

Não pela minha péssima aptidão escrita, mas pela minha falta de consciência sentimental, ou seja, explicando por outras palavras. Eu odeio mostrar sentimentos. Ser a pessoa sentimental não é o meu gênero.

Odeio estar assim, á beira do abismo. Desde pequena eu tinha medo do escuro, hoje em dia nele sinto-me segura, compreendida. Eu não tenho vontade de comer. Eu não tenho vontade de estudar ou manter o meu amado sonho de ir para a universidade. Eu não quero ir á escola. Eu não quero falar. Eu nem muito menos tenho alguém para falar.

Eu sinto que estou a passar por outro episódio depressivo. Eu já tive vários. O último foi no verão passado. Embora, eu consigo sentir que este é pior do que qualquer um.

Eu fiz um ferimento em mim mesma propositadamente, para ser honesta fiz diversos. Não posso dizer que me sinto orgulhosa dos meus atos. No entanto, cometer este delito ajuda a passar a dor psicológica por um segundo, passando esta para o meu corpo. Eu sinto me leve por meros instantes. Em todos estes anos eu sempre aleijo-me emocionalmente devido a mostrar sentimentos a pessoas que não desejam o meu afeto. Então como já citei nesses "meros instantes" eu sinto-me uma pessoa fria, sem sentimentos, sem coração.

Claro que tive outras complicações como os meus comprimidos acabaram e devido a esta pandemia não tenho consulta. Visto que são anti-depressivos e calmantes, as minhas crises de ansiedade posso até afirmar ataques de ansiedade intensificarem-se significantemente. Eu sinto-me constantemente num completo estado de ansiedade, a minha cabeça não para de pensar, mesmo com a música no máximo.

Devido a toda esta situação ando a ter flashback de memórias que há muito tempo tinha enterrado, traumas do passado. A minha infância e parte da adolescência passada a viver com uma mãe narcisista e um pai esquizofrenico e um pouco (muito) narcisista.

Comparado aos meus tempos passados, nada está mal, pelo menos tão mal. No entanto, eu não consigo fazer nada. Eu só consigo passar o dia enviada na cama. Eu não tenho vontade de fazer nada. Eu não quero fazer nada.

Eu estou tão farta de tudo. Dos meus pais. Da escola. Da pressão. Da minha cidade. Das pessoas. Dos meus supostos "amigos". De mim mesma. De viver

Eu sinto-me constantemente num estado de raiva. Qualquer coisa deixa-me nervosa, raivosa. Eu sinto o vento na minha cara, raiva. Eu acordo com o sol na minha cara, raiva. Até a mais insignificante coisinha.

Se alguém me perguntar o porquê de sentir-me assim, eu não tenho resposta. Se alguém me perguntar o que eu sinto, eu não tenho resposta. Acho que é uma mistura de sentimentos, raiva, desapontamento, tristeza, choro, ansiedade, angústia, solidão,nervosa, indesejável, um completo vazio.

Na maioria do tempo é um vazio, eu sinto que ou passo o dia na minha cama, a ignorar as minhas obrigações, ou eu ligo o modo automático e faço a minha rotina, sem sentir nada.

Na maioria do tempo eu sinto vontade de chorar. Estando de dia ou de noite, eu fecho os estouros e vou para baixo dos cobertores, permitido-me chorar.

A razão pela qual eu estou assim é uma mistura de coisas, deixa-me pensar. A falta de amor por mim da parte do meu pai, a falsidade dos meus avós, o facto de gostar de um amigo que afirma estar apaixonado por mim e no final eu sou só mais uma da lista dele, ou pelo facto de admitir á minha mãe que eu cortei-me e as palavras dela foram as seguintes "isso são coisas da tua avó,macumba dela. isto é porque és o elo mais fraco". Obrigada mãe, por esta recepção afetuosa e compreensiva, como sempre.

Fuck. A pior parte foi ela depois disto afastar-se. Ela nem sequer pensou que eu poderia ter feito isto porque estou triste, porque não sinto mais qualquer vontade de estar viva. De acordar mais um dia. De enfrentar todos os meus dias cinzentos, os meus traumas.

Eu nem consigo desabafar. Quando eu desabafo eu sinto que estão a ser igoista. Existe tantas coisas no mundo, tantos problemas que nem se igualam ao meus, guerras, pessoas a passar fome, assaltos, roubos, doenças fatais.

Obrigada por me deixares desabafar contigo querido telemóvel

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“Porque alguém iria amar alguém como eu?”

— Redbird. 

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“Não sou do tipo que abandona o barco facilmente, mas também não sou do tipo que rema sozinha.”

— Karoline Koppe.

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“Alguns nunca enlouquecem. Que vida de merda eles devem levar.”

— Charles Bukowski.

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“A primeira impressão é a que fica. Talvez seja por isso que perdemos a oportunidade de conhecer pessoas incríveis. Preferimos julgá-las à primeira vista, ao conhecê-las em algumas horas de conversa.”

— Meu eu perdido.

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“Adormeço com a ideia tola de querer ser diferente do que sou, ou de que não sou como queria ser. E de que faço tudo ao contrário.”

— Anne Frank.

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“Quando vamos entrar em um lago, entramos com medo, pois não sabemos a profundidade dele. Entramos com cuidado, procurando o chão. O amor é a mesma coisa, ninguém quer se afogar.”

— Carol Alves, promisse. 

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As minhas atitudes não demostram a dor que eu sinto por tudo o que eu vivi.

Eu luto para que eu não me torne igual a você.

Céu doce em Dolência

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“Às vezes você encontra alguém novo. E às vezes, se você olhar de novo, esse alguém sempre esteve lá.”

— Erro 404: amor não encontrado.