hey-eleuteromaniaca

[hey-eleuteromaniaca]

Terapia é vida, sério. Quando comecei a minha o meu mundo virou pelo avesso, confesso que a parte mais difícil é o processo de desconstrução. Imagina só, você precisar se descontruir de todos os conceitos que existe em você, de tudo o que “é seu”, mas na verdade é do outro e para os outros.

Eu sempre cedi muito nas minhas relações interpessoais, sempre me omiti, sempre permitir que as pessoas montassem a versão ideal de mim e eu prontamente exerci esse papel. É um lugar muito difícil de se estar, carregado de enormes expectativas do outro e de nenhuma autenticidade. Na família, nas amizades, na faculdade, nos namoros sempre abri mão de mim por medo de que as pessoas me deixassem.

Certa vez, e depois de já ter começado a terapia, estava assistindo novamente Grey’s Anatomy e vi um trecho que falava de mim haha, mas na verdade era a Yang conversando com o Hunt sobre sua relação com o Burke, mais ou menos assim “ele tirou uma coisa de mim, ele tirou pedacinhos de mim, pedacinhos com o tempo tão pequenos que eu nem percebi. Ele queria que eu fosse uma coisa que eu não era e eu me tornei aquilo que ele queria. Um dia eu era eu mesma [...] até não ser mais. Eu me perdi por muito tempo e finalmente sou eu de novo”. Eu me identifiquei tanto e me lembrei de todas as vezes que tiraram pedaços meus, e que eu permiti que tirassem. Tantos pedaços que em muitos momentos eu nem era mais eu mesma, eu estava no meu corpo, mas não era eu.

Tenho trabalhado muito na terapia sobre isso e decidi que não ia mais permitir que tirassem meus pedaços. No meu processo da reconstrução eu tentei catar todos os pedaços, juntá-los para enfim voltar a ser eu mesma, me reencontrar. Por isso eu estabeleci no meu atual relacionamento amoroso que meus pedaços não estão em negociação, eles não saem mais de mim, me pertencem e que não abriria mão nunca mais apenas para agradá-lo. Mesmo assim os velhos hábitos fazem com que ele ainda tente tirar pedaços. Eu pensei que a parte mais difícil seria a desconstrução, ou a reconstrução, ou até catar os caquinhos, mas na verdade a pior parte é conseguir manter todos os pedaços juntos e ser forte pra não abrir mão deles nunca mais.

Precisa conversar? É só chamar!

[hey-eleuteromaniaca]

Eu assisti uma série nesse fim de semana chamada “Casamento às cegas” e confesso que fiquei bem apaixonada. É basicamente um reality que foi composto de 15 homens e 15 mulheres e todos tiveram encontros através de uma parede e só poderiam se conhecer pessoalmente quando houvesse o pedido de casamento (que aconteceria em 30 dias) e o objetivo era provar (ou não) se o amor é realmente cego, se uma conexão emocional é suficiente pra manter um relacionamento. Óbvio que houveram algumas dificuldades entre eles quando conheceram o outro, suas realidades e tudo mais. Em dois casais a questão financeira foi um fator muito pensado. No 1º casal a moça não tinha um emprego fixo (por opção), tinha dívidas de cartão, dívidas do financiamento estudantil que nunca pagou (e nem se formou), sem casa própria e etc. No 2º casal a moça tinha 34 anos, já estabelecida financeiramente, casa própria e tudo mais enquanto que o rapaz tinha 24 anos e estava ainda começando a sua autonomia financeira, ainda morando com um colega de faculdade, sem casa própria e ainda construindo a carreira.

Fiquei bem pensativa sobre isso, eu me lembro de sempre dizer para as minhas amigas que o amor não é suficiente pra manter uma relação já que “amor não paga conta”. Longe de mim um discurso de interesseira, até porque a ideia de depender de um homem financeiramente é insuportável. Me considero feminista e não, não odeio os homens, mas nem por isso tenho o desejo de depender dele ou ter filhos com ele (enfim, isso é outro debate). Eu trabalho, me atolei num financiamento estudantil pra poder fazer minha graduação, quero continuar trabalhando, ter meu próprio dinheiro, dividir despesas e obrigações em casa. Nada do discurso de que as obrigações da casa são minhas e meu marido ajuda (MOÇAS, MARIDO/NAMORADO/COMPANHEIRO NÃO AJUDA, FAZ PARTE DA OBRIGAÇÃO DELE TAMBÉM) ou que meu lugar é na cozinha.

Tudo isso pra quê? Fico pensando que eu tô bem engajada pra isso e preciso, no mínimo, de um companheiro que faça o mesmo. Alguém que pense financeiramente em nós, que nos assista e tudo mais, da mesma forma que eu vou oferecer também. Então tem que ser um companheiro que seja o homem da nossa casa (e não mais da casa/família dele), alguém que consiga se planejar financeiramente porque eu também tenho necessidades sociais. Trabalho e gosto de sair, meu companheiro precisa ter também dinheiro pra poder sair comigo. Trabalho e gosto de ir ao cinema, quero estar acompanhada. Tô com vontade de comer na rua, vamos juntos.

O amor é cego? Na minha opinião, sim. Mas o amor é o único fator suficiente? Jamais.

Amor não paga as contas, nem constrói necessariamente uma boa relação de convivência, nem educa filhos, nem mantém uma casa, nem garante uma boa vida.  

xxx

Ei você, precisa conversar?

[hey-eleuteromaniaca]

Se tem uma coisa que eu odeio é a distância afetiva do casal moderno. Esse namoro morno mais ou menos, onde as pessoas não podem sentir saudades e o pecado da relação é a demonstração de saudade, parece aquele bicho papão que os namoros não deveriam deixar entrar.

E eu odeio mesmo sabe? Meu atual relacionamento tem um pouco disso por parte do dito cujo. Ele sempre com dedos para tudo, não gosta de procurar, nem pedir desculpas, nem demonstrar saudades, até o eu te amo é contado. E confesso que é cansativo eu sempre estar nesse movimento de ter que procurar, ter que ir atrás, ter que falar primeiro, ter que pedir as desculpas, sentir a saudade sozinha, calar na ausência afetiva.

Sim, é errado permanecer num relacionamento assim, mas como sair depois de tanto tempo? Como bater o pé e dizer que mereço muito mais? Como lidar com as consequências desse confronto? Como encontrar força e coragem pra isso?

Eu não sei ainda, mas estou procurando o caminho certo.

Não é errado querer reciprocidade, querer sentir que não estou sozinha, querer ser amada por alguém... E amada mesmo, com todos os defeitos e nenhuma vontade de ir embora. Com eu te amo toda hora, bom dia com amor, recados, carinho e tudo mais. Só a pura demonstração constante de que ele também me ama, também está comigo, também me quer pra vida.

A música "Sozinho" do Caetano V. é minha trilha sonora do meu relacionamento, os olhos até marejam só de lembrar. Que eu aprenda a bater o pé e escolher aquilo o que mereço.

xxx

Ei você, precisa conversar?

[hey-eleuteromaniaca]

Carta aberta ao meu ex amor abusivo.

Ei ex amor, lembra de mim? Eu sou aquela que seus amigos chamaram de louca no término do namoro.

Lembra de mim? Eu sou aquela que teve todos os amigos homens ameaçados de porrada por você se eles permanecessem por perto.

Lembra de mim? Eu sou aquela que teve as redes sociais invadidas, bisbilhotadas e censuradas.

Lembra de mim? Eu sou aquela que você obrigou a masturbar no corredor da nossa escola (eu não te contei, mas passei o mês inteiro com nojo de mim).

Lembra de mim? Eu sou aquela que você se deitou em cima no meio da rua e que você simulou uma relação sexual.

Lembra de mim? Eu sou aquela que você terminou porque não transamos e você me expôs na escola dizendo que fez comigo tudo o que queria (eu não te contei também mas fui a vagabunda da escola no ano seguinte por conta das histórias).

Lembra de mim? Eu sou aquela que você traiu em rede nacional.

Lembra de mim? Eu sou aquela que você destruiu o coração quando era uma menina de apenas 15 anos.

Lembra de mim? Eu sou aquela que você deu um tapa no meio da rua.

Agora, com 22 anos, te digo: me recompus, colei meus caquinhos e sobrevivi a você.

xxx

Ei você, precisa conversar?

[hey-eleuteromaniaca]

[hey-eleuteromaniaca]

E se eu te contasse que eu quero casar com você?

E se eu contar que não quero ir embora, mas quero ficar com você aqui?

Isso mesmo, quero dividir a vida com você. Já sou sua amiga, companheira, namorada, confidente, amante. E quero ser tudo isso no nosso canto, vivendo nossa vida, do nosso jeito. Eu e tu bem do jeito que a gente fantasia.

Tenho tido um novo sentimento: fico triste todas as vezes que nos despedimos. Parece que não está mais certo a despedida, era pra não precisar mais dizer até logo.

Eu quero você, todos os dias, pro melhor e pro pior. Quero construir nosso futuro, andar do seu lado, sair sem rumo contigo e voltar pra casa quando der vontade. Nossa casa.

Quero que nos tornemos um, de um jeito leve, tranquilo, sem amarras. Acordar com você, dormir sentindo teu cheiro e sem preocupações, sentir teu beijo quente, o abraço apertado, a saudade boa de sentir.

Amo tu.

xxx

Ei você, precisa conversar?

[hey-eleuteromaniaca]

Hoje eu acordei com saudade. Daquelas que doem, que faz com que a auto estima fique lá no chão, que faz brotar todos os questionamentos insanos sobre ele.

Intensificada pela ausência de uma semana? Pelo "chega pra lá"? Pelos dias ocupados? Não sei.

Sei que a ausência é por um bom motivo, mas esse novo trabalho toma você de mim pra CACETE. Sério, feliz por tua conquista mas eu tô sentindo sua falta.

Eu passaria o dia inteiro dizendo sobre minha saudade, sobre como me sinto de lado, sobre minha enorme insegurança, sobre me sentir mal por sua falta de tempo.

Mas tô feliz por você. Espero que tudo se ajeite logo. Espero te ver.

Com amor, eu (tua).

xxx

Ei você, precisa conversar?

[hey-eleuteromaniaca]

Eu odeio a sua impaciência.

Odeio quando desconta sua raiva em mim, sendo grosso e pouco gentil.

Odeio quando me olha torto quando faço e falo aquilo que te desagrada.

Odeio sua forma estúpida de achar que é sempre o melhor e que sempre está certo.

Odeio seus discursos pobres sobre como ser mais como você e menos como eu mesma.

Odeio quando sua intolerância não me tolera.

Odeio quando finge que me ouve, claramente desinteressado sobre meus fúteis assuntos.

Odeio quando me faz fazer barraco, me faz alterar a voz e me faz ficar com raiva.

Odeio quando insiste em fazer aquilo o que me irrita.

De suas inúmeras virtudes, dedico minha catarse de hoje a alguns de seus enormes defeitos.

Te amo, sempre. Até quando te odeio.

xxx

Ei você. precisa conversar?

[hey-eleuteromaniaca]

[hey-eleuteromaniaca]

[hey-eleuteromaniaca]

Dica 5: ter menos cobranças exageradas.

- Se precisar conversar, é só chamar.

[hey-eleuteromaniaca]

Te desafio a me querer

a me olhar

a me escolher.

Te desafio a não ir,

e mesmo que tenha motivos

te desafio a não desistir.

Te desafio a me ver inteira

mesmo se só partes eu tiver.

E se ainda suficiente não for

te desafio a me ver como

o seu grande amor.

Te desafio a me aguentar,

a me amar,

a me agarrar.

E o principal:

te desafio a ficar,

a ser lar.

(26.06.2018)

Dica 4: ser completamente apaixonada.

xxx

Ei você, precisa conversar?

[hey-eleuteromaniaca]

Quem tem amigos na vida tem o mundo. Eu AMO a série Friends e particularmente o Joey é o melhor personagem de todos. Ele é sempre tão amigo e companheiro, que dá vontade de pedir pra Deus um Joey pra gente. E se pararmos pra analisar os 4 amigos de Joey foram felizardos, em especial a Phoebe (um sonho: PhoEy).

1. Regularmente Joey e Phoebe saíam pra jantar.

2. Joey vira vegetariano pra Phoebe poder comer carne durante a gravidez.

3. Phoebe descobre que tem 31 anos, ao invés de 30, e fica triste por não ter conhecido ainda um português e por não ter dado o beijo perfeito. Joey beija Phoebe (e todos concordamos que é o beijo perfeito) e diz que é bisneto de português.

4. Como Phoebe não tem mais pai, Joey tem àquela conversa pré casamento com Mike.

Adoro o Mike mas claro (e com certeza) Joey e Phoebe deveriam ficar juntos.

dica 3: casar com um Joey

xxx

Ei você, precisa conversar?

[hey-eleuteromaniaca]

Tem dias que eu acordo e tudo o que eu mais queria era um coma de uns 03 meses (calma, adoro viver). A rotina cansa, o beijo de todo dia cansa, as pressões cansam. É só aquele dia fechado de tempestade e trovões, dia de se recolher, dia em que tudo me diz: descansa pra você não infartar!

Então eu respiro, reviro na cama, afago a minha preguiça e me levanto. Lavo o rosto, escovo os dentes, coloco a primeira roupa que encontro e, como de costumo, saio correndo de casa pois estou atrasada pra chegar na faculdade. Vou então pro meu curso maravilhoso (menos pra mim), na minha faculdade top (que já encheu o saco) e pra minha vida comum. Chego da faculdade e já vou direto pro trabalho e espero ansiosamente pra chegar na minha casa, tomar meu banho de lavar a alma e beber minha taça de vinho.

Nada melhor que um vinho.

dica 2 - beber mais.

xxx

Ei você, precisa conversar?

[hey-eleuteromaniaca]

Este é o começo da minha jornada, meu desafio pessoal, meu cantinho de catarse. Desabafos de amor, de ódio, de conquistas, de frustração, de êxtase e de tédio.

De forma sugestiva, deixo aqui minha eleuteromania - paixão exagerada pela liberdade - logo eu, prisioneira de mim mesma.

dica 1 - ser livre.

xxx

Ei você, precisa conversar?