Compartilhando conhecimento geográfico com você de forma simples e divertida, a gente aprende junto!!
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Meu país Brasil
Hello Hello meu povo, hoje a gente vai geografar sobre nossa Pátria amada idolatrada, salve, salve (que nem sempre foi amada e idolatrada, e até hoje nem é tanto assim, mas a gente finge que é) e como que ela chegou a ser o Brasil que a gente conhece hoje, até porque no fundo os preconceitos com nordestinos, as piadas sem graça com o pessoal do Acre e até essa divisão política do Brasil onde uns matam e morrem pelo PT e outros idolatram Bolsonaro não vem de hoje e é consequência de toda uma história passada que a gente vai ver melhor daqui a pouco, então...
Faz que nem a Cardi B, pega sua pipoquinha e senta que lá vem história!!
A gente sabe que quando os colonizadores chegaram aqui e “descobriram” o Brasil, nossas terras eram basicamente mato, indios, Pau-brasil, e praias (muito lindas, por sinal, antes de cometerem aquela barbaridade do petróleo com nosso litoral, mas enfim, assunto pra outro dia). Lógico que foi difícil pra eles acharem uma forma de desbravar todo esse espaço, ninguém tinha muita noção da extensão territorial, e não tinha caminhos, estradas, e nem os índios estavam dispostos a fazer o serviço que os portugueses queriam até porque eles não são obrigados a nada ne, além do quê, ir e vir de caravela de um continente pro outro atravessando um oceano inteiro a mais de 500 anos é um desafio e tanto minha gente. Se não tá fácil pra gente, imagina pra esses portugueses, achando um verdadeiro baú do tesouro, mas sem nem ter como desfrutar dos mimos, eles que lutem!! E lutaram mesmo, como o passar do tempo eles conseguiram se adaptar, lógico que não de um modo pacífico, (os índios que o digam o quanto sofreram nas mãos dos colonizadores) mas deram um jeito e assim começou a colonização da América. Um dos fatos que ajudou nessa missão foi a União Ibérica, entre Portugal e Espanha.
Mas vamos por partes. Como nessa época não tinha carros, nem estradas desenvolvidas, o acesso era restrito ao litoral, por isso se tinha a necessidade de uma interiorização do território, e aí surgem os bandeirantes, que saíram para desbravar os chamados “sertões” do Brasil. Como a gente aprendeu no blog passado, pra ser um território é necessário que se haja a posse desse espaço, então mesmo que os índios fossem legitimamente os primeiros habitantes desse território, eles não tinham como vencer uma disputa contra europeus pela posse daqui, então a briga ficou basicamente pelas nações espanholas e portuguesas. Pode parecer contraditório ja que falamos sobre uma união entre essas nações mas foram em datas diferentes, essa disputa inicial pelo território foi no fim do século 15, e a União Ibérica no século 16. Voltando ao rolê inicial, é o seguinte, o Brasil (que até então não tinha bem definido seus limites de território, era basicamente a América) era quase como um peru douradinho que acabou de sair do forno na ceia de Natal, com aquele cheiro incrível e sem ninguém ter tirado um pedaço ainda e obviamente, todo mundo queria uma parte do rango
E foi bem assim que aconteceu, Portugal e Espanha que chegaram primeiro queriam tirar proveito e pegar sua parte, e para que não houvesse uma guerra por causa disso, foram estabelecidos tratados que dividiam entre as nações as novas terras descobertas. O primeiro deles foi o Tratado de Tordesilhas, eles traçaram uma linha imaginária a partir da Ilha de Cabo verde e disseram que dessa linha para oeste era da Espanha e dessa mesma linha para o leste, era de Portugal. No fim, a América do Norte, Central, e boa parte da do Sul ficou sob posse da Espanha (esse é um dos motivos para que quase todos os países da América do Sul sejam hispanohablantes) e só o Brasil sob posse de Portugal. Aí começa nossa colonização sob comando português, que inclusive foi bem marcada por expansão de terras, ja que a Espanha não tinha muita mão de obra e ja tinha todo o resto da América, a gente foi conquistando toda a costa de norte a sul e povoando terras mais pro oeste, dentro do possivel. Aí vieram novos tratados, mais como ajustes das novas configurações territoriais. Alguns deles foram: Tratado de Lisboa; Tratado de Madri; Primeiro e Segundo tratado de Utrecht; Tratado de Santo e Ildefonso; Tratado de Badajós; e o último que incorporou o mais recente estado brasileiro: Acre, com o Tratado de Petrópolis. Muita coisa e muito acordo, mas no fim tudo se resumo ao país belíssimo que temos hoje:
Agora vamos tratar de uma parte importantíssima para a atual configuração brasileira, divisão regional e cultura brasileira que é a economia. A gente vai fazer uma divisão baseada nas culturas que mais levantaram a economia na época, começando pelo Pau-brasil - que foi uma árvore extremamente valorizada pelos portugueses, ja que eles utilizavam a brasileína, uma resina de cor vermelha que tinha dentro da madeira, para tingir tecidos e produzir tintas.Só que a exploração foi tão desenfreada que a espécie est�� hoje em extinção - e a cana-de-açúcar - que devido ao clima, a topografia e ao solo de Massapê super fértil, incentivaram a produção, que ja existia em outras ilhas, dessa cultura aqui. Surge então a partir daí, a presença de vastos latifúndios de plantações da cana, principalmente no Nordeste, e no Rio também, e essa produção foi a responsável pela vinda dos primeiros escravizados ao país -. Essas 2 culturas foram as primeiras a surgirem ja no século 16, entretanto, o Pau-brasil diferente na cana-de-açúcar, não foi cultivado, o processo foi apenas de exploração. Até então, o Nordeste era um grande centro comercial, sendo o foco principal do governo. À partir do século 17, novas culturas começaram a surgir como o plantio de tabaco - que assim como o açúcar, era produzido em grandes latifúndios -, a criação de gado - que era como um complemento à cana-de-açúcar, que foi se expandindo e o resultado hoje são algumas cidadezinhas sertanejas -, as Drogas do sertão - que foram especiarias encontradas na região Norte, que trouxeram os portugueses de volta ao comércio de especiarias - e por fim as Bandeiras paulistas - que foi basicamente como o Sudeste do país se virava. Sem ter sucesso com o plantio da cana, o que eles faziam era aprisionar e vender indígenas, e deu certo enquanto haviam as guerras holandesas, mas depois que elas acabaram, o foco era o tráfico negreiro, então as bandeiras passaram a fazer expedições em busca de metais preciosos, ja que tinham descoberto o ouro em Minas. - e o Nordeste segue invicto, mas não por muito tempo. No século 18 a descoberta do ouro
em Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás deslocou totalmente o foco, que agora passou a ser o Centro-sul, mudando até a capital de Salvador para Rio de Janeiro, o Nordeste passa a ser, junto com o Norte, uma região esquecida. Nesse mesmo período algumas cidades do centro do Brasil começaram a se desenvolver, e apesar do foco de mineração ser no centro do país, São Paulo e Rio se beneficiaram vendendo produtos agrícolas pra eles, e o Rio de Janeiro mais ainda por ser o canal de exportação de minérios e importação de artigos necessários à mineração. Nesse mesmo século, a criação de gado no Sul cresce, ja que se tem a necessidade de abastecer com comida a população que se desenvolve no Centro-Oeste, e os bandeirantes tem a brilhante ideia de arrebanhar o gado que os jesuítas trouxeram pra cá e que se reproduziram, mas estavam soltos, e assim nasce a tão famosa carne e churrasco do Sul. Até que chegamos na economia do século 19 e 20, baseada no cheiroso e delicioso Café
Que café é a melhor coisa do mundo a gente ja sabe, a questão é que no século 19 o café foi o responsável por uma revolução econômica no Sudeste, por isso que essa galera se acha dona do Brasil hoje, porque lá atrás deram asas à cobra e aí já viu né... Sem farpas. Voltando ao café, primeiro ele veio pro Rio, a capital do país na época, só que São Paulo tinha um solo top demais pra café, a chamada terra roxa, e pra completar ainda tinha o Porto de Santos o que facilitava a exportação do produto sem precisar pagar o frete. Um outro ponto importante sobre o café é que a mão de obra inicialmente era escrava e num segundo momento foi imigrante, principalmente a italiana. Saíndo do café...
O último, mas não menos importante (na verdade, esse talvez seja o que mais trouxe desenvolvimento pro nosso país) a Indústria. Tudo bem que ela teve um desenvolvimento imenso no governo de Vargas, mas antes disso tivemos o primeiro surto industrial logicamente em São Paulo, com metalúrgicas, indústrias de bens não duráveis, etc, inicialmente a mão de obra era de imigrantes, só que nosso principal comprador de café, os EUA, entrou em crise e faltou comprador de café, então paramos de produzir e as pessoas pararam de trabalhar, o que restou?? Muita gente sem emprego correndo para a cidade grande, no chamado êxodo rural e a indústria tava acolhendo os pobres coitados e crescendo cada vez mais. Mesmo assim, ela passou por uma crise porque ainda dependia de materiais importados, mas como uma Fênix ressurgindo das cinzas, a indústria se levanta e volta crescer deixando de depende daquilo que importava e andar com seus próprios pezinhos. Vargas também ajudou investindo em indústrias de base, como a Vale do Rio Doce, CSN e Petrobras, e Kubitschek também, trazendo empresas estrangeiras de bens de consumo duráveis. Isso tornou a economia nacional mais integrada, onde havia relações internas e não apenas com outros países. Por exemplo: Sudeste, que era o centro industrial, abastecia todo o país; o Sul abastecia o Sudeste com comida; o Nordeste, coitado, se tornou uma área de repulsão com suas indústrias quebradas pelas do Sudeste; a Amazônia e o Norte estavam na reserva, quase como se esperassem até o momento que seria usado pra uma expansão econômica do país, e o Centro-Oeste, com a construção de Brasília, tornou-se símbolo de integração nacional. Eu sei, muitas relações, uma verdadeira Nazaré Tedesco:
Mas é importante que entendamos isso tudo para que fique bem claro que as relações de séculos atrás, fatores naturais como qualidade do solo, tudo influencia para o que somos hoje, bem como, os fatores, escolhas, e situações atuais terão influência nas próximas configurações do Brasil. Semana que vem estaremos aqui geografando sobre esse mundo de novo, até lá!!
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Tá, mas, O QUE É GEOGRAFIA?
Você deve ter visto que esse blog aqui (talvez pelo nome nada sugestivo) trata sobre geografia, e eu sei também que muita gente aqui só de ouvir a palavra geografia ja pensa em todas as capitais e estados dos países que foi obrigado a decorar lá no fundamental, ou que geografia só serve para estudar clima, vegetação, relevo e blá blá blá. O que a gente esquece é que a Geografia é uma ciência que estuda todas as relações no planeta!!
Como assim? Vamos la, nesses últimos dias nós ficamos sabendo dos boatos de uma possível terceira guerra mundial certo? Toda aquela treta entre EUA e o Irã não vem de agora, na verdade, há uma rivalidade entre os países desde muito tempo e tudo que a gente soube por esses dias é resultado dessas questões antigas. E o que isso tem a ver com geografia? A geografia estuda as questões que originam esses conflitos, tanto os internos como os de escala internacional, e os interesses dos envolvidos, ja que na maioria das vezes isso ta ligado a território, recursos naturais, armas, influência que cada país exerce na economia e no mundo, e todos esses fatores tem tudo a ver com geografia. Bom, resumindo, a Geografia é a ciência que estuda a relação entre o homem, a natureza e a sociedade.
E sim!! Tem aquela parte chata de relevo, clima, hidrografia e tals...
Mas também é por meio da geografia que a gente consegue ler as entrelinhas sabe. Por exemplo, os EUA disse que matou aquele carinha do Irã por querer combater o terrorismo, mas se a gente entende rivalidade entre eles desde muito tempo, a gente sabe que o petróleo ta envolvido nessa treta, além do apoio dos EUA a governos autoritários no Irã, ou seja, política e economia, questões estudadas na geografia.
“Tá, amada, entendi o por que de a geografia importar tanto, agora vamos voltar ao assunto ne??”
Ta, tem outra coisa importante a se lembrar. A geografia é ciência hoje, mas houveram épocas que ela não era vista como ciência, e para se entender os fatores geográficos que a gente entende hoje, eram usados outros tipo de pensamento. Continua aqui com a tia que eu vou explicar!!
Lá na Pré-história, quando a galera ainda era nômade, antes mesmo da escrita surgir, eles precisavam de sinais pra se localizar no espaço, é daí que surgem as figuras rupestres. Se naquele local eles tinham encontrado um animal pra se alimentar, provavelmente tinha mais ali, então eles iam nas rochas e desenhavam os animais como sinal do que se tinha ali perto e assim conseguiam se localizar. Eles também desenhavam aspectos diferentes que tinha por perto como rios, rochas grandes e diferentes pra ficar mais fácil de lembrar, porque vamos combinar ne gente, no meio da floresta onde só se tem mato e mais mato, fica difícil mesmo!! Mas a questão é que esses desenhos rupestres são as primeiras idéias de cartografia, como os mapas sabe, beeem diferentes dos de hoje, mas ainda assim com a mesma utilidade: se localizar no espaço. Outra coisa, nessa época a geografia de certo modo existia, mas não como ciência e sim com o pensamento empírico, observação e conclusões próprias.
Aí a gente vai pra Antiguidade, surge a escrita, e a galera passa a viver em um único lugar sabe, meio sedentários, tipo a gente. Nesse rolê todo surgem os grandes filósofos que a gente estuda, Aristóteles, Tales de Mileto, Ptolomeu, Galileu Galilei e vários outros. Surgem muitos filósofos devido ao pensamento da época sabe, o pensamento Filosófico, onde havia um questionamento a mais, não apenas respostas prontas, eles observavam mais e procuravam uma lógica pros acontecimentos. E cada um desses filósofos trouxeram idéias que na época nem se cogitava, mas que através do conhecimento filosófico, eles conseguiram entender e comprovar.
Depois vem o Período Medieval, ou como muitos chamam, Idade das Trevas, isso porque muitas pessoas foram mortas por trazerem pensamentos diferentes dos aceitos pela Igreja Católica e a gente sabe que a religião tem uma influência bastante grande na sociedade e nessa época mais ainda, por isso o pensamento dessa época era o Teológico, onde nos mapas Jerusalém estavam no centro por ser a cidade sagrada e toda explicação basicamente vinha do Divino, Ele era a resposta pra tudo. O que pouca pessoas sabem é que por incrível que pareça, a ciência progrediu muito nessa época, mesmo que digam que não.
E por fim tem-se a Idade Contemporânea/Moderna, onde surge o conhecimento científico, onde se deixa de lado as crenças, achismos, mitologias e tudo mais para se focar apenas naquilo que se é comprovado através de experimentos e pesquisas e é aqui que surgem as concepções geográficas como verdadeira ciência.
Agora que a gente ja sabe que a geografia é importante SIM, e que demorou mas conseguiu se consolidar como ciência SIM, a gente precisa ter em mente as divisões e conceitos básico dessa ciência, vamos começar com a divisão. Existem 3 “tipos” de geografia, a Física: que basicamente estuda aquela parte meio chata de relevo, hidrografia, clima e etc., ou seja, características físicas da Terra e como ela influencia na sociedade (não esqueça que é uma relação natureza x homem x sociedade!!). Também temos a geografia Humana: onde se estuda as características humanas no espaço. E por último, a geografia Instrumental: que se estuda as variadas formas de representar o espaço.
Pra terminar nossos estudos de hoje, vamos falar sobre alguns conceitos bem basiquinhos que se você entende, o rolê da Geografia fica bem mais fácil de aprender. Vamos lá:
Espaço geográfico, que basicamente é o instrumento de estudo da Geografia, tipo, onde ocorrem as relações que a gente ja citou mas acima.
Território que é uma parte do espaço onde se exerce a relação de posse, como se alguém fosse dono naquele espaço, por exemplo a sua casa, ou seu quarto, se eles pertencem a você então é o seu território (e aquilo que você faz pra marcar que aquele território é seu, chama-se territorialidade, como quando um doguinho faz xixi num poste e a gente diz que ele ta “marcando território” ou, geograficamente falando, exercendo territorialidade).
Lugar, que pode ser compreendido como um espaço onde se tem uma relação de afetividade, quando você chega da escola, com a cabeça cheia de fórmula de física, encontra aquela cama quentinha e pensa: encontrei o meu lugar, vlw Deus. KKKKKKK lógico que sua cama não conta pra geografia, mas a cidadezinha que você ama ir nas férias ver sua família, com certeza é um lugar, pois você tem afeto por aquele espaço.
Paisagem, que de uma forma bem básica, é tudo aquilo que a gente pode ver, contemplar. Lembrando, se a gente para pra observar uma cidade do alto, a gente vai ver carros que uma hora estavam e depois não vão estar mais lá, ou lojinhas que uma hora fecham e mudam a paisagem, ou seja, a paisagem é mutável, não é estática e pode ser natural - quando a maioria dos elementos que compõe a paisagem é natural - ou antropizada - quando a maioria dos elementos é formado pela ação humana, tipo pontes, prédios, barragens etc. -.
Região, que pode ser definida como uma parte do espaço que é delimitada por fronteiras e dividida a partir de um critério de semelhança, por exemplo as 5 regiões do Brasil, que são regionalizadas a partir de critérios como cultura, economia, aspectos naturais e clmáticos, etc..
Por hoje foi isso meu povo, semana que vem estamos aqui de volta para aprendermos um pouquinho mais sobre geografia. Té a próxima, cambada!
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