Diário de Gäurog, um orc guerreiro em sua jornada pelo mundo de Azeroth. Entre batalhas sangrentas e alianças traiçoeiras, suas palavras registram a brutalidade e o caos de um mundo em guerra, onde a sobrevivência é a única lei.
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PART II
Dia 40, Inverno da Geada Eterna
O sol já beijava o horizonte quando cheguei ao Monte Navalha. O lugar é um amontoado de barracas e estruturas de pedra, bem melhor do que as cabanas ridículas do Vale das Provações, mas ainda assim nada digno de um guerreiro do meu calibre. Brotinho, como sempre, saiu correndo na frente, direto para uma construção alta de pedra. De dentro, vinham os sons de ferro batendo, gritos de dor e o cheiro doce de sangue fresco.
Ao entrar, me deparei com uma arena improvisada. Orcs lutavam até a morte, enquanto a plateia rugia como uma matilha faminta. Não sei se há prêmio além da glória de ver seu inimigo cair, mas, no exato momento em que escrevo, acabei de testemunhar uma orc ter sua cabeça arrancada. Sangue jorrou como uma fonte, e o corpo caiu com um baque surdo. Que espetáculo glorioso! É disso que eu gosto.
Ainda Dia 40, Inverno da Geada Eterna
Conversei com o líder do Monte Navalha, como Gadrin me pediu. O sujeito, no entanto, é tão sociável quanto um ogro com ressaca. Disse que não tinha tempo para ajudar a Aldeia Sen'jin porque já tem "problemas demais" na região. O atrevido me ignorou como se eu fosse um grilo cantando no fundo da caverna. Meu sangue ferveu, e minha mão coçou para pegar a espada, mas decidi deixar esse covarde respirar... por enquanto.
Enquanto isso, uma goblin veio até mim com aquele jeito irritante, falando como se estivesse flertando. Por favor. Já vi javalis mais charmosos. Ignorei a fedorenta e segui em frente. Passei o resto do dia fuçando por aí e descobri que a Aliança está mais perto do que imaginávamos. Vermes. Eles estão em todo lugar, como uma praga que não se cansa de nos irritar.
Dia 43, Inverno da Geada Eterna
Os últimos dias foram uma mistura de sangue, suor e mais sangue. Dividi meu tempo entre a arena e tarefas ridículas para o acampamento. O sol continua queimando como se quisesse me lembrar que Durotar é um forno gigante. Minhas missões? "Corte cabeças da Aliança!", "Mate alguns diabinhos!" e "Livre-se dos elementais que invadiram a praia!". Basicamente, o dia a dia de um orc glorioso como eu.
Hoje, finalmente, o líder covarde resolveu falar comigo de novo. Dessa vez, ele soltou que está preocupado com "ventos estranhos" vindos de Orgrimmar. Ventos? Sério? O que vem depois, ele vai reclamar das nuvens também? Enfim, agora tenho que ir até lá descobrir o que está acontecendo. Mas antes, claro, preciso matar mais Aliança. Grande dia!
Gäurog!
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ÍNICIO
Dia 26, Inverno da Geada Eterna O vento forte do vale refresca meu rosto enquanto estou sentado escrevendo sobre mais um dia miserável no Vale das Provações. A noite aqui não ameniza o calor que queima minha pele. Estou de saco cheio desse lugar, desse treinamento sem sentido, e desses malditos rochedos vermelhos por todos os lados.
Pensei que hoje seria mais um dia tedioso com Gornek mandando eu correr de um lado pro outro matando javalis. "Pra aperfeiçoar as técnicas com espada", ele diz. Alguém já avisou a esse idiota que eu consigo matar qualquer coisa até com um pedaço enferrujado de ferro? Mas hoje foi diferente. Finalmente, algo novo.
Uma orc que veio do sul me deu a tarefa de investigar atividades suspeitas numa caverna do vale. Não que eu ache que um guerreiro como eu devia perder tempo com isso, mas é melhor do que caçar porcos. A caverna estava infestada de monstros do Fogo Ardente. Derrotei todos com a minha espada. Fácil. No final, encontrei um orc mexendo com uma barreira de vento. Antes que ele abrisse a boca, minha lâmina já atravessava o crânio dele.
Agora estou coberto de sangue e suor, mas finalmente ganhei uma missão fora do vale. Amanhã deixo esse lugar fedido e irritante. Talvez sinta saudades de Gornek... mas ele nunca vai saber disso.
Brotinho tá me cutucando. É melhor eu encerrar e dormir. Amanhã começa uma nova jornada.
Dia 31, Inverno da Geada Eterna Cinco dias longe do Vale das Provações e meu corpo tá quase desabando. Durotar é um dos piores lugares que alguém poderia nascer. Quente, abafado, e insuportável de caminhar. Até à noite parece que o sol queima minha nuca. Maldito lugar.
Cheguei na Aldeia Sen'jin. A primeira coisa que me pediram foi acabar com uns idiotas da Aliança que estavam se aproximando. Sem problema. Na primeira oportunidade, decapitei eles. Odeio Durotar, mas é minha terra natal. Não vai ser aqui que esses vermes vão se acomodar.
Dia 33, Inverno da Geada Eterna Mestre Gadrin me mandou destruir o acampamento dos humanos. Foi ótimo ouvir os gritos deles, implorando por misericórdia. Vermes inúteis. Se não fosse por eles, nós é que estaríamos implorando. Rezo para que um dia possamos exterminar todos da Aliança.
Agora tô sentado diante de um pequeno lago em Sen'jin. Um troll meio maluco me arrastou pra uma missão idiota: coletar veneno de escorpião para uma poção. Troll imbecil quase foi picado e morto por causa dos devaneios dele. Voltei só com o cheiro de carne podre e sangue grudento de escorpião.
Brotinho tá brincando na água enquanto escrevo. Já mencionei que, mesmo no inverno, esse lugar parece o inferno?
Dia 34, Inverno da Geada Eterna Estou arrumando minhas coisas enquanto Brotinho pula pela barraca. Os trolls ficam me olhando estranho. Não é comum um orc ter um animal de estimação. Qualquer outro já teria partido ele ao meio. Mas foi um presente da minha mãe, e jamais faria mal a esse pestinha.
Mestre Gadrin disse que não podemos relaxar. A Aliança ainda é uma ameaça. Ele quer que eu vá ao sul encontrar Gar'Thok. O sol lá fora tá de matar, mas pelo menos vou pegar carona num desses bichos estranhos.
Gäurog!
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