Gadreel Fearghus. Slytherin, 7th year. A very stubborn and competitive soul. Likes boys better."If the Good Lord made a mistake in us people, it was in making us want to live when we’ve got the least excuse for it."
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theperksofbeingharrison:
It was an one time thing.
Harrison tentava se convencer, enquanto lia e relia o bilhete “cuidadosamente” deixado por Fearghus mais cedo. Ao passo em que todo o seu corpo e tudo que era irracional sobre si fazia com que ele quisesse adentrar o banheiro, tudo aquilo que era racional sobre si o alertava que aquilo era uma piada. Ele entraria no banheiro e lá estariam McNair, Mulciber e Rosier, todos acompanhados daquele que o havia beijado. Eles dariam risada e apontariam para Flint. Gay. Gadreel se aproximaria dele e ele tremeria. Flint, you’re so gay you can’t even hide it. Ele tentaria sair, mas não deixariam. E as risadas ecoariam em sua cabeça até que ele não aguentasse mais e começasse a chorar. E tudo ia piorar.
It was a one time fuckin’ thing, Flint. Go away.
Deu dois ou três passos numa tentativa de voltar ao que quer que estivesse fazendo antes. E, então, foi como se sentisse os lábios do ruivo contra os seus, a forma nada gentil como ele o havia segurado contra a mesinha ou a risada dele depois. Mais dois ou três passos e ele lembrou de como seu corpo havia ficado febril e, de uma forma que ele não entendia, sedento por mais toque do outro. Andou mais um pouco – já não sabia quanto, antes de girar na ponta dos pés e voltar à porta do banheiro. Maybe it wasn’t. Respirou fundo, sem conseguir imaginar o que os outros pensavam sobre um garoto indo e desistindo de ir ao banheiro. E depois riu com o pensamento de que alguém repararia nele, fora as vezes em que pregavam algum tipo de peça.
Quando adentrou o banheiro, o olhar procurou pelo garoto ruivo, que estava encostado na parede. Não era como se o esperasse – ele jamais parecia estar fazendo algo por alguém, ainda que Harrison soubesse que ele o estava fazendo. – Here I am. – Surpreendeu-se por, diferente do que normalmente faria, não desviar o olhar. Encarava Fearghus há alguns metros de si, sem saber ao certo o que fazer. – If you’re worried I’ll tell someone, I won’t. – Reafirmou sua capacidade de guardar segredo, ainda que não fosse pelo outro. Mesmo que esperasse que ele não estivesse se preocupando com isso. Deu um passo para a frente e engoliu a seco, amaldiçoando-o pela incapacidade em tomar qualquer iniciativa. Talvez se ele tomasse a iniciativa, o outro não o rejeitasse. Talvez o pegasse de surpresa. So you like ginger bad boys with cigarrette taste, Flint? You’re such a cliché. No entanto, não o fez. Ficou ali parado, alguns metros de distância no outro, imaginando como seria ter seus lábios novamente.
ㅤㅤㅤㅤㅤA ansiedade é um dos piores males, principalmente se você é do tipo de pessoa que não está acostumado a esperar. Para Gadreel, todas as coisas vinham fácil e instantaneamente, e a magia era apenas mais um facilitador para seus desejos imediatistas. ㅤㅤㅤㅤㅤSe ele pudesse ter arrastado Harrisson pelos cabelos até o banheiro, o teria feito. Nunca tinha reparado realmente o modo como o colega de quarto andava, mas parecia certo que ele levasse mais tempo que uma pessoa normal para cobrir qualquer distância. ㅤㅤㅤㅤㅤOu tinha deliberado não atender ao pedido — ordem — do ruivo. Nesse caso, haveriam consequências. Ninguém diz “não” a um Fearghus. ㅤㅤㅤㅤㅤVê-lo finalmente adentrar pela porta depois de um tempo que comportou um cigarro e meio — não mais que cinco minutos —, fez com que o italiano sentisse algo dentro de si inflamar. ㅤㅤㅤㅤㅤ— Shut the fuck up and come over here, Flint. — Só o cigarro o estava mantendo no lugar, ainda encostado à parede, além do orgulho insuportável que o impedia de demonstrar minimamente o quanto desejava ter novamente os lábios inexperientes do outro nos seus. Tragou o que restava do cigarro de uma só vez, sem tirar os olhos, marejados pela fumaça, dos de Harrisson. Seus pulmões arderam, mas não se importou. Quando soltou a fumaça, sentiu as pernas bambearem, sem ter certeza de que aquilo era apenas efeito do tabaco. ㅤㅤㅤㅤㅤJogou a bituca no ralo e recostou a cabeça na parede. A hesitação do garoto extinguia aos poucos sua paciência. ㅤㅤㅤㅤㅤ— Have you forgotten how to walk or what? I won’t repeat myself. — Seu tom mantinha o autoritarismo característico de sempre, embora o timbre rouco desse às palavras algo de bizarramente sereno e monótono. Mais ou menos como o resto do castelo diria que todos os sonserinos soavam.
Anywhere is fine, just don't waste my time @HarrissonFlint
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(Flashback) I'll keep you my dirty little secret @TopherMulciber
ㅤㅤㅤㅤㅤNão era a primeira vez que Gadreel lançava olhares inapropriados aos colegas de time. ㅤㅤㅤㅤㅤEle sabia que aquilo estava errado, mas não conseguia evitar. A anatomia feminina não causava no único filho de Attilio e Thalássia o mínimo apelo sexual — conviver com três mulheres toda a vida pelo menos tinha servido pra ele chegar a essa conclusão; afinal, o tal trouxa especialista em sexualidade humana tinha explicado que o desejo inconsciente incestuoso de um menino com relação à mãe era natural e saudável. O ruivo teve três pares de seios e três vulvas dentro de casa para cobiçar intimamente, porém... —, situação completamente oposta quando se tratava de corpos masculinos. ㅤㅤㅤㅤㅤGuarda na memória que em algum momento da infância encantou-se pela barba de um amigo da família de uma forma que não era de todo natural para um menininho de sua idade. Menininhos querem ter barbas e usarem-nas como uma forma de poder e prova de sua masculinidade, em grande parte. Gadreel queria sentir a textura dos pelos grossos entre seus dedos e espetando a palma da sua mão. Ou quem sabe bem próximos a seu rosto e... ㅤㅤㅤㅤㅤUm olhar direto o tomou de seus devaneios. ㅤㅤㅤㅤㅤNão era a primeira vez que Topher Mulciber o encarava. Não era a primeira vez que Fearghus desviava o olhar. ㅤㅤㅤㅤㅤTentar disfarçar o ar de cobiça que o garoto de então treze anos direcionava aos companheiros dentro do vestiário masculino era muito fácil quando eles não o estavam observando, mas quando era surpreendido... Simplesmente não sabia o que fazer. ㅤㅤㅤㅤㅤEra bastante comum que Gadreel enrolasse um pouco se despindo do equipamento e do uniforme usados nos jogos. Por algum motivo, se sentia acanhado de estar nu na frente dos outros e, embora interagisse normalmente e participasse das piadas feitas pelos outros dentro do salão abafado e úmido, também se sentia acanhado de ter garotos sem roupa no mesmo recinto. ㅤㅤㅤㅤㅤAh, como tinha de se conter para não deixar o controle dos globos oculares falhar... ㅤㅤㅤㅤㅤHavia só ele e os dois Mulciber no vestiário quando o ruivo decidiu finalmente entrar debaixo do chuveiro e lavar seus pensamentos impuros juntos com o suor e a lama que cobriam boa parte do seu corpo — voadas rasantes na grama úmida atrás do pomo com uma vassoura rápida como a sua acrescentavam os respingos em seu rosto que mal eram notados em meio às sardas —, fingindo ignorar completamente o momento anterior e a troca de olhares breve com o goleiro de sua Casa. ㅤㅤㅤㅤㅤSequer percebeu a saída de Mikael enquanto se lavava, mas notou que estava sozinho com Topher enquanto enrolava a toalha na cintura. ㅤㅤㅤㅤㅤEvitou voltar-se para o loiro durante todo o tempo gato para se enxugar e vestir a cueca, mas foi traído por sua própria vontade. E, mais uma vez, Topher Mulciber o encarava de volta, com um ar de riso que Gadreel interpretara como deboche, mas resolveu não perguntar ou desafiar. Engraçado, considerando a língua afiada que lhe era característica, saber que a timidez o dominava naquele momento e o impedia de falar. Sentia como se qualquer movimento muito brusco fosse acabar revelando seu desejo proibido e a última coisa que precisava é que qualquer pessoa na Escola, dentro ou fora da Slytherin, soubesse daquilo.
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Ma che bello ragazzo.
Grazie, anonimo.
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theperksofbeingharrison:
Help me? I… I… Yeah, I think you can. Maybe. What are we talking about?
Because if you’re talking about making me shut up with a kiss, I’m sure you can.
Wow, Flint, we can't help but notice a big improvement of attitude here.
When did you get so brave? Are you leaving us for the Gryffoutdoors now? I can think about a few things I can do to shut you up, anyway. It all depends on the circumstances, the place and, well, your behaviour, of course. But you know what they say: a kiss with a fist is better than none. Am I right or did I just blow it?
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theperksofbeingharrison:
Concordo, Fearghus. As pessoas nesse castelo realmente desconhecem o que é cuidar da própria vida.
Um ruivo sardento me vem à mente. É um dos piores.
Watch it, Flint.
Agora que aprendeu a falar, não consegue mais calar a boca? I guess I can help you with that.
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Anywhere is fine, just don't waste my time @HarrissonFlint
ㅤㅤㅤㅤㅤÉ claro que Gadreel Fearghus jamais admitiria isso, nem para si mesmo e nem em voz alta, mas o dia tinha passado extremamente lento, tamanha era sua ansiedade. ㅤㅤㅤㅤㅤBeijar Harrisson Flint pela primeira vez no dormitório no dia anterior tinha acendido nele um sentido diferente. Não era comparável à primeira vez que tinha beijado um menino ou a seus primeiros encontros às escondidas com o mesmo depois de treinos do time de quadribol, porque não era exatamente o senso de novidade ou de estar fazendo algo "errado", que o mantinham animado com o breve relacionamento que manteve com Topher Mulciber, o que o deixava ansioso agora. Com Flint a coisa toda era bem mais interessante. ㅤㅤㅤㅤㅤO ruivo se sentira poderoso na noite anterior enquanto tinha os lábios colados ao do outro sonserino, além de terem todo um histórico de provocações que Fearghus fazia e o moreno ignorava para aparentar superioridade ou ausência de qualquer espécie de incômodo quanto a isso. ㅤㅤㅤㅤㅤEra um jogo excitante de caçador e caça que agradava à ferocidade intrínseca ao italiano, principalmente porque, embora Harrisson não oferecesse uma real resistência, ele já sabia que só precisava de um pouquinho de dedicação para que o garoto reagisse de alguma forma. ㅤㅤㅤㅤㅤFoi bastante difícil passar as aulas sem denunciar a si mesmo com os olhares insistentes e demorados que dava em direção ao outro, e mais de uma vez teve de disfarçar lançando algum feitiço bobo e de curta duração de coceira nas costas do Flint caçula ou fazendo suas vestes mudarem para as cores da Hufflepuff, só pra evitar que desconfiassem de qualquer coisa entre eles. ㅤㅤㅤㅤㅤNo fim da última aula antes do intervalo da tarde, Gadreel passou entre Elsa e seu melhor amigo e esbarrou com certa violência no braço de Harrisson, fazendo com que o garoto deixasse o livro de Poções com todas as suas anotações cair no chão do corredor. ㅤㅤㅤㅤㅤ— Watch out, moron! — Estrategicamente, deixou um pedaço pequeno de pergaminho cair no meio dos papéis do moreno enquanto ele os recolhia. A caligrafia apressada e mal desenhada formava a frase bastante objetiva: ㅤㅤㅤㅤㅤ
Meet me in the bathroom.
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valentinabennet:
Sabe… eu esperava que um garoto esperto como você não fosse o tipo inocente que acredita em boatos. Quer dizer, eu não acredito em tudo que me falam sobre meus alunos. Mas talvez seja esperar muito.
De qualquer forma, espero que tenha sorte em achar quem enviou a coruja em seu nome. Te vejo na aula de Duelos.
Contra fatos não há argumentos, professora. Talvez você tenha dado falta de um dos seus brincos na última semana... Um dos garotos da Ravenclaw pode ajudá-la a achar. Aparentemente ele "caiu" dentro de um armário de vassouras. Não que a senhorita tenha passado por lá, é claro.
Muito obrigado, Senhorita Bennet. Mal posso esperar pela sua próxima aula.
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valentinabennet:
Não é do meu interesse trabalhar ou estar em outro lugar que não Hogwarts.
Claro, Senhorita Bennet, grande parte da ala masculina do colégio sabe o quanto você ama esse lugar.
Eu me pergunto se Dumbledore nunca ouviu os boatos sobre suas aulas particulares por aí. Elas são bastante famosas.
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valentinabennet:
Se é assim que você pensa.
Não, nem um pouco. Durmstrang é o tipo de lugar que vale a pena frequentar mesmo que seja por poucos meses. Apesar de que nada garante que eles o aceitariam, não é mesmo?
Então por que a senhorita não tenta uma vaga lá, já que gosta tanto do Instituto? Eu sei que eles não aceitam impuros, mas não custa tentar, certo?
Tenho certeza que sua presença seria apreciada por lá, ainda que não no corpo docente. Afinal, rapazes precisam de entretenimento.
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valentinabennet:
Não é questão de achar que está tudo bem, mas sim de que pensar que você pode ser superior a isso e simplesmente ignorar um anônimo desocupado. A não ser, é claro, que você saiba quem pode ter feito isso. Porque, se for assim, basta me falar quem é e, após uma pequena investigação, procederei com a penalização da pessoa.
Ele deve saber, se o mantém aqui. Porém, caso ele venha ficar insatisfeito, recomendo sua matrícula no Instituto Durmstrang. O corpo docente de lá é ótimo.
Hahaha, francamente, professora, eu não seria um homem se deixasse uma mulher defender minha honra, certo? Além do mais, ser um Fearghus é sobre não levar desaforo pra casa muito mais do que deixar passar ofensas de quem quer que seja, principalmente quando se trata de alguém inferior. Você deixa a plebe confortável e eles acham que podem fazer de tudo.
É, eu mesmo já cogitei frequentar Durmstrang. Lá eles são bem mais seletivos do que em Hogwarts, onde aceitam qualquer um. Infelizmente, a família inteira frequentou esta escola e papai gosta de tradições... Não faria muito sentido ser transferido agora que me faltam poucos meses para formar, de qualquer forma. Seria burrice até mesmo cogitar isso, não acha?
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valentinabennet:
Não como parecem falar pelos corredores.
Por que você ficou incomodado com o que o tal anônimo disse? Foi apenas uma brincadeira de mau gosto.
Bem, professora, se a senhorita acha que tudo bem um aluno ser importunado por outros, talvez tenha escolhido a carreira errada.
Inclusive não entendo como é que funciona o processo de seleção para o corpo docente de Hogwarts... Se papai soubesse no que essa Escola se tornou desde que estudou aqui, não ficaria muito feliz.
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valentinabennet:
Já pensou que pode ter sido o próprio Mulciber que mandou isso para te provocar, Gadreel?
Excuse me, Professor? Sabendo da sua reputação pelo que falam pelos corredores por aí, você sabe, não me surpreenderia se... Você gosta bastante da atenção dos alunos, não é?
#i: valentina bennet#interaction#d: december 1977#ooc: rindo na cara do perigo#ooc: menos 50 pontos pra slytherin
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Ao anônimo que mandou a Topher Mulciber uma coruja caluniosa a meu respeito: está convidado a tomar um banho comigo e se esforçar tentando lavar a "sujeira" fora da minha pele. Com a língua. Pezzo di merda.
As pessoas nesse castelo desconhecem o que é cuidar da própria vida.
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theperksofbeingharrison:
Um barulho na corredor. Poderia ser qualquer um indo para qualquer dormitório. Qualquer outra pessoa pensaria isso – não Harrison. Não o garoto que vivia amedrontado que o encontrassem acordado porque era um alvo fácil. Ele sabia exatamente o som que seus colegas de quarto faziam ao se aproximar do dormitório. A forma pesada e presunçosa com a qual Walden Macnair caminhava pelos corredores, por exemplo. O ritmo que seus pés faziam ao tocar o chão e como ele, quase sempre, tocava a maçaneta enquanto falava algo para Evan Rosier – que ficava no dormitório ao lado. Escutou os passos ritmados e a risada de quem costumava pensar que era melhor do que todos. Sentiu um arrepio subir por seu corpo ao sentir os cabelos sendo puxados pelo ruivo que beijava de forma urgente. Tentou afastar os lábios. A mão estava na maçaneta. Abriu os olhos, assustados. Talvez ele não tivesse o que temer, era só uma confirmação daquilo que Macnair já suspeitava. E o garoto que pensava ser muito mais do que era jamais mexeria com Gadreel. No entanto, não sabia se ele ficaria a salvo de ser ameaçado pelos dois. Ele já não correspondia mais ao beijo, podia sentir sua própria respiração pesada – não estava muito certo se pelo ruivo ou pelo medo. Não pensou antes e fazer, as mãos deslizaram pelo peito desnudo do sardento e o empurraram para trás. Observou enquanto o outro cambaleava, à procura de equilíbrio e lançou um olhar desesperado para a porta. Sabia que ela abriria, talvez Fearghus também devesse saber.
O moreno continuou apoiado onde estava, como se estivesse congelado ali. O olhar procurava outro lugar que não fosse o colega de dormitório, as sardas – agora interessantes – que desciam por seu corpo ou a forma como o cabelo acobreado estava completamente desgrenhado. Olhava para o chão, da forma mais suspeita possível. A porta abriu. Ele engoliu a seco. Podia ouvir os passos de Walden e via os pés dele movendo-se lentamente em direção aos seus pertences. Ele falava algo para o chaser, mas Flint não conseguia diferenciar as palavras. Era como se todo seu corpo estivesse num turbilhão. Sua cabeça latejava tentando fazê-lo não pensar em como seria a convivência com o outro. Em como seria pior. Procurou algum pensamento que não o assombrasse. Que não fosse os lábios do ruivo ou a forma como ele o intimidava, mas não conseguiu. Respirou fundo, deslizando o olhar para cima, somente para observar Macnair, mais uma vez, próximo à porta. "Do I leave it open?". Harrison começou a levantar, percebendo que estava praticamente sentado na cômoda. Se não fosse pelas pernas, agora fechadas, estaria exatamente da forma que o ruivo o deixara. "No. Close it, mate." e então a porta fechou. O silêncio caiu novamente no quarto.
– Look, I know this was a one time thing. – Não olhava para o chaser, era como se estivesse com vergonha do que havia feito. Ele estava. Havia sido a confirmação para todos os monstros que os assombravam, todas as perguntas feitas por garotos com egos gigantes e os olhares lançados por sua mãe nos jantares de Natal. Não havia qualquer parte de seu corpo que gostasse de garotas. Não de forma carnal, ao menos. – I won’t tell. – A voz era trêmula. E ele mal poderia reconhecer a si mesmo como o garoto que havia sido beijado por Gadreel minutos antes.
ㅤㅤㅤㅤㅤNão teria se apercebido da entrada iminente de Walden não fosse o empurrão e o olhar de pânico que Harrisson lançou à porta. ㅤㅤㅤㅤㅤMuito descuidado, Gadreel. Estava assim tão envolvido com o outro sonserino momentos antes pra esquecer completamente de prestar a atenção ao ambiente à sua volta e impedir um flagra que poderia arruinar todo o restante da sua vida? Pra onde foi toda a cautela que costumava ter em situações como aquela? ㅤㅤㅤㅤㅤCaminhou em direção ao cigarro que tinha jogado ao chão e agachou-se para pegá-lo no instante em que a porta se abriu. Walden entrou tagarelando sobre como tinha derrotado Evan Rosier e os Mulciber num jogo de pôquer que tinha terminado de acontecer no Salão Comunal. Esvaziou os bolsos cheios de dinheiro e doces dentro de uma das suas gavetas, contando como quase tinham sido flagrados pelo diretor da Casa apostando, o que era terminantemente contra as regras. Fearghus fez piada, agindo tão naturalmente quanto conseguiu enquanto mantinha a conversa breve com o amigo, porém o cigarro apagado não ficava parado entre seus dedos, o que denotava sua ansiedade. Nada que o loiro tenha reparado, no entanto. ㅤㅤㅤㅤㅤ“Now I’m going back to get a round of drinks from the losers in their bedroom. Are you coming?” Era tão natural que ignorassem Harrisson que pela primeira vez na vida Gadreel tinha notado que fazia isso com frequência. Walden nem parecia se dar conta da presença do terceiro, encostado à sua cômoda como uma estátua, quase como se respirar pudesse revelar tudo o que tinha acabado de fazer com o ruivo ali dentro. ㅤㅤㅤㅤㅤ“Nah, thanks. I’ve smoked a bit too much, my head aches. You can have my dose of poison if you please. I’m going to bed.” O olhar de Fearghus direcionou-se a Harrisson por uma fração pequena de segundos, meio que para se certificar que o moreno continuava ali. ㅤㅤㅤㅤㅤ“Alright, then. Do I leave it open?” ㅤㅤㅤㅤㅤ“No. Close it, mate.” E deu alguns passos em direção à sua cama enquanto Macnair deixava o recinto, jogando o cigarro dentro do cinzeiro que guardava em uma gaveta e fechando-a em seguida. Esperou alguns segundos, prestando atenção em quando a porta do dormitório ao lado se abria e fechava, mantendo Walden distante pelo tempo necessário para que se sentisse seguro de voltar a fitar o outro a quem tinha acabado de beijar. ㅤㅤㅤㅤㅤ— Look, I know this was a one time thing. — Um sorriso leve, quase s��dico, se formou no rosto sardento do ruivo ao notar o quanto Harrisson se sentia desconcertado. Quase acuado. — I won’t tell. ㅤㅤㅤㅤㅤAquele era um jogo muito mais divertido do que pôquer, com toda a certeza. O gosto da vitória era muito mais saboroso, no entanto, porque era algo bastante pessoal. Sem qualquer dúvida, ter o garoto das feições exóticas nas mãos num sentido bem próximo do literal era mais proveitoso que importuná-lo durante todo o resto do tempo. Ele se lembraria disso. ㅤㅤㅤㅤㅤFixou o olhar no moreno, ainda que esse não conseguisse correspondê-lo. Estava pálido, trêmulo, ridiculamente assustado. Gadreel voltou a se aproximar, segurou-lhe o queixo, de forma a obrigá-lo ver o sorriso de malícia e satisfação que sustentava. Fez que iria beijar novamente os lábios agora secos do outro rapaz, umedecendo os seus próprios com a língua. Deu uma risada rouca e baixa, encarando Harrisson. ㅤㅤㅤㅤㅤ— Good night, Flint. — E afastou-se, pegando a toalha molhada de cima do colchão. Pegou a varinha e pronunciou um encantamento para secá-la, finalmente dobrando-a e guardando de volta na mala. ㅤㅤㅤㅤㅤApagou a luz e deitou-se de bruços na cama, cobrindo-se com o cobertor e não mais dirigindo qualquer olhar, gesto ou palavra ao outro. ㅤㅤㅤㅤㅤEra só o início de algo que nenhum deles estava esperando.
'Cause I want you so much, but I hate your guts | Flint & Fearghus
#c: harrisson flint#h: 'cause I want you so much but I hate your guts#history#p: fent#pairing#d: december 1977#s: closed
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theperksofbeingharrison:
Ele havia imaginado muitas vezes.
Não costumava aceitar a ideia, mesmo que tivesse contado para Elsa há algumas semanas, mas ele realmente pensava muito sobre como seria beijar alguém. Nunca o havia feito, mas já havia observado os outros fazendo e parecia simples. As pessoas encaixavam os lábios e os moviam nervosamente, como se quisessem se engolir. Havia tentado com Elsa, sem sucesso, mas quando pensou sobre isso depois, chegou à conclusão de que não havia sido bom com ela porque ela não queria, era uma garota e sua melhor amiga. Tinha que ser bom. Afinal de contas, sempre via os alunos de seu ano o fazendo pelos corredores ou na torre de astronomia. Até aquele momento, no entanto, não tinha ideia do quão bom era.
Quando os lábios de Fearghus tocaram os seus, era como se houvesse eletricidade entre eles. Sentiu o corpo magrelo arrepiar-se por completo e as mãos, inexperientes, deslizarem pelo corpo sardento à sua frente. Havia, ele não sabia porque, certa urgência em tê-lo grudado a si. Por isso, apertou a ponta dos dedos na pele desnuda da cintura do ruivo e o puxou, colando os corpos. Não sabia ao certo o que fazer com os lábios quando sentiu a língua dele adentrando sua boca, esse não era o tipo de coisa que ele conseguia notar quando observava as outras pessoas, mas decidiu que iria sugá-la, de forma leve. Parecia o lógico a fazer. Não se atreveu, no entanto, a tentar fazer o mesmo com sua língua, ainda que quisesse experimentar a sensação. Não sabia quando ou se teria outra oportunidade, mas se conteve naquele instante.
Ele não devia. Sua parte racional o alertava que essa seria uma arma para o ruivo que, quando ele o zoasse por ser algum tipo de “bichinha” ou “morde-fronha”, ele não poderia se defender, ninguém acreditaria se ele dissesse que havia sido beijado pelo outro sonserino. No entanto, a parte racional não tinha qualquer voz naquele momento. Era como se seu corpo inteiro pedisse, num grito, por aquilo. Um grito rouco e desesperado por aquela sensação que lhe havia sido negada por dezessete anos.
ㅤㅤㅤㅤㅤEstranho que mesmo sendo transparente que Harrisson era bastante novo naquilo — ou sem muita prática —, não havia traços de inaptidão no modo como tocava o ruivo. Uma hesitação, sim, mas aparentemente os instintos faziam ali um excelente trabalho acionando as reações dos braços do garoto. Gadreel não admitiria aquilo tão cedo nem para si mesmo, mas os dedos longos do outro tão suaves na sua pele antes de se apertarem contra sua cintura tinham causado uma sensação que ele não tinha experimentado até o momento com nenhum outro rapaz e principalmente nenhuma moça. ㅤㅤㅤㅤㅤAbriu mais a boca, exigindo o contato com a língua do moreno, que parecia negar a ele propositalmente aquele prazer. Não sabia ser contrariado. Investiu com a sua ao encontro dela, demandando reação de forma simultaneamente agressiva e suave, num massagear lento mas ansioso. O punho estava cerrado com as mechas de cabelo de Flint escapando por entre os dedos, e puxava-as sem muita delicadeza para trás, como pudesse forçar uma resposta equivalente. ㅤㅤㅤㅤㅤFoi a vez da mão esquerda se soltar da gola e subir por baixo da camisa de Harrisson, os dedos frios pelo banho recente combinado à baixa temperatura que o inverno tinha trazido naquele mês subindo pelo abdome do moreno e arrepiando sua pele. Apertou-lhe a cintura, pressionando ainda mais o corpo ao dele, e um arfar pesado lhe escapou da boca ainda colada à do outro. ㅤㅤㅤㅤㅤOs pensamentos estavam turvos pelo desejo que jamais cogitou pudesse existir pelo colega de quarto. Se estivesse completamente são, saberia que era algo alarmante para pensar a respeito mais tarde. Aquela troca de beijos ansiosos não poderia ser simplesmente apagada da história sem que ele tivesse maiores problemas do que já tinha começado ao tocar Flint daquela forma. Talvez não se sentisse realmente ameaçado, mas precisaria pensar em como fazer pra justificar e/ou esconder aquele ato impulsivo. Não estava pensando. Estava sentindo. O gosto e o toque e o aroma da pele de Harrisson Flint o estavam cegando para todo o resto e só isso importava.
'Cause I want you so much, but I hate your guts | Flint & Fearghus
#c: harrisson flint#h: 'cause I want you so much but I hate your guts#history#p: fent#pairing#d: december 1977#s: closed
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(Flashback) Me and him, we'll kick your ass @WaldenMacnair
ㅤㅤㅤㅤㅤA necessidade de autoafirmação de Gadreel o perseguia desde seus primeiros anos de vida, até onde ele lembrava, por causa de toda a cobrança que lhe era dispensada por parte do pai. Ser o único menino em casa tinha causado ao ruivo grandes problemas durante a infância: não podia brincar com as irmãs, não podia passar muito tempo com elas, tinha que fazer coisas “de menino”, proteger as duas mais velhas e dar a elas exemplo de moral. Tinha de se impor. Dominar. Ser um macho, como seu pai era, o avô tinha sido, e o bisavô e toda a linhagem de bravos bruxos romanos da família Fearghus. ㅤㅤㅤㅤㅤIntimamente, ele não se sentia capaz. Principalmente depois da “descoberta” no início adolescente sobre suas preferências sexuais. Foi quando a opressão começou. ㅤㅤㅤㅤㅤOs Fearghus não eram exatamente o que se podia chamar de puristas. Eles davam bastante valor à família, contudo, ao sobrenome e aos seus antepassados, desde os mais antigos aos mais recentes. Se ter filhas que não possibilitariam a passagem da herança da alcunha já era uma decepção aos pais, o que dizer de quem atrevesse sujar a árvore genealógica unindo-se a alguém não-mágico? ㅤㅤㅤㅤㅤQuer dizer, nada contra trouxas, desde que fiquem bem longe da nossa família. ㅤㅤㅤㅤㅤNão foi difícil Gadreel passar a implicar com os nascidos trouxas em Hogwarts, principalmente quando eram do sexo masculino. Principalmente se provocavam nele algum tipo de atração. O dever de honrar sua estirpe o esmagava em sua consciência e, todas as vezes que se pegava questionando se por acaso todos os valores passados pelo seu pai não eram um tanto exagerados e ultrapassados, sentia necessidade de fazer algo que firmasse nele aquilo que lhe tinha sido ensinado. Judiar de muggleborns e beijar garotas era tudo o que ele precisava para se sentir melhor consigo mesmo, sabendo que orgulharia o pai. ㅤㅤㅤㅤㅤTinha esse garoto dois anos mais novo, da Hufflepuff: cabelos castanho-escuros, olhos grandes e verdes, feições delicadas salpicadas de sardas discretas que davam a ele um ar indefeso, ao qual sua personalidade introvertida fazia jus. Pais tão trouxas que se recusavam a esperar o filho na estação 9¾ porque se sentiam completamente deslocados com o menor contato com a Magia, de forma que ele sempre atravessava a passagem secreta sozinho ou com um de seus poucos amigos. ㅤㅤㅤㅤㅤEra início do quinto ano para o caçula de Attilio Fearghus e, como fazia todos os anos desde o primeiro, o garoto dividia o vagão no Expresso de Hogwarts com Walden Macnair, seu — se é que podemos assim considerar — melhor amigo. Ambos tinham se conhecido havia algum tempo antes de ingressarem na Escola de Magia, num jantar promovido por uma família de sangue-puro amiga em comum entre seus pais, na Espanha. O relacionamento amistoso entre os meninos tinha servido como ponte entre as famílias, então alguns outros encontros durante verões na Grécia se seguiram, de forma que se tornou natural que eles ficassem próximos. Vez ou outra, a prima de Walden, Morgaine, se juntava aos dois nas viagens, mas não tinha do ruivo a mesma simpatia que seu consanguíneo. A desculpa dada era a mesma para evitar a presença das irmãs mais velhas: ㅤㅤㅤㅤㅤ“Girls don’t know shit.” Dizia em tom de desprezo todas as vezes que se indispunha com a morena de olhos verdes e a expulsava da cabine, ficando a sós com o representante masculino dos Macnair. ㅤㅤㅤㅤㅤPassara apenas vinte minutos de viagem quando Gadreel anunciou que precisava ir ao banheiro. Mal abriu a porta da cabine, um rato branco-azulado lhe passou por entre as pernas, tão de repente que quase teve a cabeça esmagada pelos pés do ruivo, que se segurou no portal para não ceder ao desequilíbrio e cair. ㅤㅤㅤㅤㅤ— Welly, welly, welly, well... What a delightful surprise! — O lufano de sangue-ruim se refreou ao encontrar o olhar espantado de Gadreel, que logo tomou um brilho sádico ao ver o outro. — I suppose this is your friend, Hufflety Dumpty? — Um sorriso começava a se formar nos lábios cheios do ruivo, que virou a cabeça levemente para o amigo dentro da cabine. ㅤㅤㅤㅤㅤ“Grab the rat.” Seus lábios se moveram sem produzir som para Walden, quase ao mesmo tempo em que Fearghus puxava o garoto menor pela gola da camisa para dentro da cabine, fechando a porta atrás de si. ㅤㅤㅤㅤㅤA vontade de fazer xixi se dissipou num instante.
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