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James Stewert
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fleuart-blog · 5 years ago
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Strasbourg, France.
30/07/2018 - 07:41 AM Pilares altos e branco, bem como enfeitavam, erguiam um grande salão onde encontrava-se também uma mesa longa de uma beleza perfeita com três cadeiras aparentemente confortáveis. As enormes janelas de vidro permitiam uma luminosidade originária e econômica para o ambiente, tudo - não somente dentro daquela sala, como também fora - parecia ter sido meticulosamente calculado e como resultado tinham um exemplo vivo de perfeição extrema para uma simples instalação de trabalho. Quem tomava o centro daquela sala era Jae-sung e ele estava ali para ser julgado. Um simples macaquinho com comprimento na metade da coxa e grudado ao corpo era seu traje uniforme, possibilitava aos críticos que tomavam os assentos com uma presença silenciosa uma clareza específica da invejável postura do tronco do garoto e, além disso, permitia que a anatomia fosse totalmente realçada. O silêncio hospitaleiro que existia ali foi tomado pelo som clássico que ecoava com leveza assim como folhas são levadas pelo vento e a dança obrigatoriamente tinha que ser iniciada. O peito estufou, seu tamanho ampliou, um verdadeiro bailarino tinha sido desperto e precisava exibir como nunca o seu talento legítimo. Com movimentos suaves e com impulsos brutos o coreano chamava atenção, seus olhos puxados caracterizando suas origens vezes encontravam-se fechados e vezes abertos. A chama dentro do peito queimava o sangue sob a pele, dava fogo para a sequência de movimentos decorados e muito treinados, eles vinham em um combo assustador e leve ao mesmo tempo, o que causava um balanceamento perfeito da apresentação. Impulsos dados apenas com a ponta dos pés o levavam a alcançar uma altura esplêndida, lançando o corpo atlético para longe enquanto fazia impecáveis poses no ar. Giros alinhados que acompanhavam a velocidade da música podiam ser feito por horas sem que um defeito fizesse parte da ação. Para Jae-sung dançar era encontrar-se com a sua alma, sentir a vida sob a pele e ele sabia fazer aquilo de uma maneira sublime. Estava ali como um ser celestial, seus movimentos destacavam-se por darem um ar angelical ao jovem, faltavam apenas um par de asas para que se tornasse um verdadeiro anjo. Ele conseguia expressar o seu amor e todas suas emoções em relação a música enquanto agia calculadamente, aquela cena era graciosa e passava com clareza tudo que precisava. A música encerrou antes que ele pudesse terminar a dança e a sua reação não foi menos do que respeitosa ao passo, apenas parou a dança quando terminou de concluí-la. Os calcanhares estavam unidos antes de um movimento da perna direita levar a ponta do pé em direção circular para trás, os braços traçaram uma linha perfeita a cada lado do corpo e um novo cenário monumental ocupava toda aquela arquitetura. Ludovic Florent se ali estivesse presente veria uma de suas obras sendo muito bem representada. O coreano reverenciou-se aguardando alguns segundos e saiu da sala com uma postura digna de seu talento. O compartimento de aguardo abrigava muitos jovens também habilidosos que desejavam ardentemente entrar naquela academia muito aclamada por preparar grandiosos famosos, o dançarino entrou naquela sala ofegante e teve o olhar de todos. Ele sentou-se ao lado de um concorrente e, contendo o choro, sorriu amigavelmente ao que correspondeu da mesma maneira. Enfim, era hora de voltar para sua terra. Andong, Coreia do Sul. 08/08/2018 - 09:32 AM Desde o dia de sua chegada qualquer som provindo da porta fazia Jae-sung correr de seu quarto para a entrada principal. Sabia que o carteiro passaria em algum horário diurno com o papel que descreveria seu futuro e sua ansiedade aflorada não lhe permitia descansar em paz, não é certo esperar o futuro enquanto ele caminha em sua direção? Daquela vez o barulho na porta era sim do mensageiro que deixou os telegramas pela repartição embutida na porta. Correndo novamente do quarto, James jogou-se no chão e deslizou até os papéis brancos, segurando todos nas mãos desajeitadamente. Analisou uma por uma, apesar de não ter sido difícil encontrar a carta no meio das contas. Largou todas no chão e segurou somente a que lhe pertencia de verdade. O medo pela primeira vez abraçou a sua alma, fazendo até as pálpebras estremecerem, sua lembrança o encaminhou direto ao fim da dança onde teve a certeza de que os franceses que estavam lá para analisá-lo não tinham gostado de sua performance. Em sessenta segundos o receio da desaprovação o manteve em um transe qual só fora desperto pela vontade exagerada de suporte emocional cujo levou o garoto a abrir a boca em um berro onde o som produzido pelas cordas vocais era trêmulo, falho: — Omma! A mãe estava na cozinha, mas ao ouvi-lo largou os seus afazeres assustada e caminhou apressada até a porta, encontrando seu filho daquele estado que lhe apertava o coração. Ela sabia do talento do seu menino e ficava presa em um limbo, ao mesmo tempo que não queria perder o filho para uma distância abundante, não gostaria de forma alguma ver um sonho tão puro ser estilhaçado como um nada, ainda mais sendo aquele o seu sonhador. Ela não teve uma reação, ficou estagnada na divisão da cozinha com o pano de prato na mão. O pai logo se fez presente também, saindo do seu local de trabalho para saber a causa do grito. Todos estavam aguardando e todos haviam perdido o som de suas vozes. Os minutos passavam-se e a coragem não chegava, Jae-sung era incapaz de abrir a carta. A mãe, piedosa, aproximou-se lentamente e questionou baixinho: _ Você quer que eu abra?  A voz de quem o tanto incentivava o fez despertar como um relógio, fazendo com que instantaneamente rasgasse o envelope e iniciasse a leitura.  ACADÉMIE DES TALENTS PIETÀ. Caro(a) Park Jae-Sung, é com muito prazer, em nome da comissão de admissão, oferecer-lhe uma das doze vagas para a ingressão como estudante para estudar na academia de Pietà. Por favor, aceite meus parabéns pessoais por esta grande conquista. Quando chegar em nossa instituição você receberá um conselheiro que irá ajudá-lo a finalizar suas avaliações, onde poderá escolher outras aulas que irá frequentar além da dança.  Agradecemos a preferência e aguardamos a sua presença. Com muito orgulho, Adelaide Gaillard. Nome completo: Park Jae-Sung Nome artístico: James Stewart Idade: 19 anos Naturalidade: Seongnam, Coréia do Sul Altura: 1,70 m Ocupação: Estudante Habilidades: Possui aptidão para jogos que exigem força física e estratégia, conhecimento prático de esgrima e dança. Histórico: Desde os seis anos de idade foi incentivado a estudar pela modesta e tradicional família que vive em uma pequena vila em Andong. Assim que completou dez anos de idade encontrou-se em um auditório onde era dado uma apresentação de balé com diversas meninas e poucos rapazes, assim passando a frequentar escondido as aulas gratuitas; Os pais somente foram descobrir após dois anos, quando o garoto foi visto pela mãe. A família não reagiu da maneira qual ele esperava e, vendo o talento obtido em tão poucos anos, incentivaram-o ainda mais. O tempo e a motivação o levaram a aperfeiçoar o seu talento, chegando perto daquilo que almejava; ser um grande dançarino.  Ciente sobre o imenso gosto pela dança e a capacidade de efetuar passos incríveis com perfeição, a professora não hesitou ao candidatar o jovem no que considerava o melhor colégio de toda Europa cujo em determinado período havia iniciado uma seleção para novos alunos. A princípio a família não tinha aceitado muito bem pelo medo da distância, mas a persistência e a maturidade do garoto acabou trazendo a aceitação, naquela altura todos já apostavam na capacidade que ele tinha de viver a sua própria vida, tomar suas próprias decisões sem arrependimentos futuros, ser quem quisesse ser. Park Jae-sung havia escolhido se tornar James Stewart, a arte em pessoa.
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