filipagribeiro
heróis do mar
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filipagribeiro · 5 years ago
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“Para a artista Grada Kilomba, nascida em Lisboa mas radicada em Berlim há vários anos, Portugal ainda precisa de atravessar várias fases para conseguir enfrentar seriamente o legado racista do colonialismo português. “Ainda estamos na fase da negação”, defende a artista. Francisco Sousa não tem problemas em admitir que é “um afrobeneficiário”. Ou seja, reconhece a influência que o facto de os seus antepassados terem tido escravos tem na posição social que ocupa actualmente. E considera que mais famílias portuguesas na mesma situação deveriam admitir o mesmo. A história do colonialismo português é uma história de séculos que continua a ser olhada através de um prisma de glória, acredita Francisco. O antropólogo Miguel Vale de Almeida acredita essa narrativa tem a sua origem mais recente no pós-25 de Abril quando, após a descolonização, não se procurou iniciar “um processo de verdade e reconciliação” mas se quis por outro lado valorizar “o lado supostamente bom desta história”, como algo “universalista e de contacto entre culturas”. No último trabalho da série Racismo à Portuguesa, analisam-se as marcas do longo legado colonial que ainda subsistem na sociedade portuguesa. Esta série, composta por seis reportagens, debruçou-se sobre diversas áreas que dão uma aproximação às desigualdades raciais em Portugal. O objectivo é o leitor ficar com uma ideia do que é o racismo institucional e estrutural na sociedade portuguesa. Esta é a segunda parte da série Racismo em Português, sobre o colonialismo português em África e centra-se, por isso, no racismo contra os negros. Justiça, habitação, emprego, educação, activismo e as marcas do colonialismo em Portugal são as áreas abordadas. Ler ainda "“Há muito mais famílias que tiveram escravos.” Mas não se fala disso", de Joana Gorjão Henriques” source: Público, Youtube
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filipagribeiro · 5 years ago
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“Cristina Roldão cresceu no Bairro das Faceiras, no interior do concelho de Cascais, construído nos anos 1980 para acolher população retornada das ex-colónias e famílias de origem cabo-verdiana. A investigadora de 37 anos recorda o tempo em que brincava na rua com as outras crianças do bairro. Reconhecia inteligência e sagacidade nos amigos mas na escola, sobretudo à medida que avançava de ano para ano, percebia que não havia espaço para eles. Foi assim que, chegada à altura de entrar no ensino superior não lhe foi difícil escolher um caminho: a Sociologia, nomeadamente o estudo das desigualdades raciais. Ao longo do seu percurso académico era a única aluna negra nascida em Portugal na sua turma. “Dentro da faculdade as pessoas com quem tinha experiência mais próxima era com as senhoras da limpeza”, revela. Tem procurado colocar na agenda académica, e pública, a questão dos afrodescendentes no sistema educativo. Os dados que analisou mostram que 80% dos alunos com nacionalidade de um dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) segue as vias profissionais no ensino secundário. Um número duas vezes superior ao dos alunos portugueses. Neste quarto trabalho da série Racismo à Portuguesa, analisa-se a forma como ao longo das várias etapas do sistema de ensino os alunos negros são avaliados e escrutinados. Mas também a representação do colonialismo, da escravatura e dos cidadãos negros nos manuais escolares. Reportagem de Joana Gorjão Henriques, Frederico Batista e Sibila Lind”
source: Público, Youtube
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