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Fase #56
Faz quase um ano que não dou as caras aqui, a vida toda aconteceu de lá pra cá e parece que só agora, notando o tempo que se passou, que notei o tanto que me ocorreu desde então.
Os amores mudaram - mais de uma vez - e a flecha agora se volta a mim. O lar mudou, de rua e estado, e agora sou carioca. Os estudos mudaram, de “escola” a mente, pois agora sou graduanda em federal. O trabalho mudou, pra longe da internet e mais próxima da arte, ou quem sabe do escritório, ainda tô pra descobrir essa parte. As amizades mudaram, multiplicaram, e vieram pra transbordar. As aventuras se superaram, voltei a viver tanto. A alma mergulhou em espírito, e quem comanda agora é Deus, cada dia mais. O tempo mudou, passou, transformou, e agora - ou finalmente - me sinto mais perto de onde realmente sou.
Sinto esse ano vindo com uma força, uma bagagem, um poder indescritíveis. Não sei o que vai me ocorrer, mas sei que vai ser grande. Vai me transformar por completo. Na pessoa que era e na que serei, na que sou e na que hei de ser. Falta pouco, muito pouco. Consigo sentir, consigo tremer, consigo vibrar.
Tudo muito bem planejado, só posso confiar. Espero me lembrar de aqui registrar.
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Fase #55
- A gente acabou de voltar a ficar, um ano atrás eu tava doido por você e você resolveu ir embora. Como agora é diferente? O que mudou? Por que AGORA você gosta de mim?
- Porque EU mudei. Porque agora eu não tenho medo. Porque eu durmo e acordo pensando em você. Porque por mim a gente se via usando o meu cronograma pra lavar o cabelo : dia sim e dia não. Porque eu AMO a sua companhia e simplesmente estar do seu lado mesmo que sem fazer nada. Porque você é a única pessoa que eu não ligo de sujar minha rotina de sono pra dar um role do outro lado da cidade com os teus amigos doidos, ou pra passar a madrugada toda em claro contigo na tua cama. Porque quando você me abraça meu coração se acalma e as vozes da minha mente se silenciam. Porque quando você me beija meu coração dispara e o mundo ao meu redor deixa de existir. É por isso que eu sei que gosto de você, e é completamente incontrolável, o que torna tudo ainda mais intenso. Um ano atrás, ou melhor, mais de 2 anos atrás eu já sentia tudo isso. Eu sinto tudo isso desde o nosso primeiro beijo naquela festa aleatória que eu nem tava afim de ir. Eu sempre senti tudo isso, mas eu morria de medo de sentir. E morria de medo de me deixar ir pelas nossas diferenças, por sermos tão opostos, e acabar abrindo mão das minhas prioridades por você. Mas agora eu já resolvi isso, eu já conquistei o que eu queria e precisava pra mim. E dei a sorte de te reencontrar disposto a me sentir de novo. Mas então SINTA. Por que você não sente? Se o que sentia um ano atrás era verdadeiro, qual o medo de sentir agora? Eu sei que você sente, eu te sinto em cada detalhe nosso. Se abre pra mim. Me diz que é recíproco antes que eu precise ir embora de novo, e dessa vez contra a minha vontade de te deixar…
- O meu medo era que não fosse recíproco na intensidade que eu sinto… mas te escutando e te olhando agora, acredito que sejamos mesmo complementares.
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Fase #54
“Meu Oposto Complementar”
Esse será o título do livro que escreverei sobre meu romance contigo. Ou diria amor? Parece que esse tal de romance já passou a ser pouco para tudo que sinto. Nossas idas e vindas nesses mais de 2 anos foram tantas, o medo e a incerteza de mergulhar nessa relação nos fez ficarmos aprisionados nela. A cada vez que voltamos e dizemos “te odeio” por me fazer voltar, é como se gritássemos o quanto nos amamos.
“Te odeio”
“Te odeio mais”
Nada é mais barulhento do que as entrelinhas dessas nossas falas, ditas enquanto nos beijamos, enquanto transamos, enquanto nos acariciamos, enquanto nos contemplamos, enquanto nos sentimos presentes um no outro.
Ainda é muito confuso o meu sentimento, me perco em tudo que sinto. A terapia, o autoconhecimento e todos os meus estudos sobre neurociência e psicologia me fazem perceber nitidamente que eu possa estar, apenas, apegada aos sentimentos e prazeres que você me proporciona. E que eu sinto necessidade a cada vez que nos despedimos, já que é como se entrasse em uma abstinência da minha droga preferida. O cérebro entende como isso mesmo, uma ausência da injeção que me delira. E eu anseio por mais daquilo, mais de nós. Mas será que é de nós ou do prazer? Como saber diferenciar?
Com certeza será o assunto da minha terapia essa semana, mas desde ontem quando cheguei da sua casa e tomei um banho para refletir e tirar você da minha pele percebi que você já estava no meu coração. E se a droga que me vicia não for o prazer, e sim você? Depois de mais de 2 anos, eu sigo completamente viciada em você. Já tentei fugir antes, diversas vezes, e eu sempre volto… Já senti esse prazer antes e depois de você, com outras pessoas, em outras bocas e outras camas, mas eu sempre volto pra você.
Parte de mim gostaria que fosse um apego ao simples prazer que você me proporciona, mas uma outra parte de mim já notou que é de você - especificamente você - que eu preciso e quero. Quero a droga que é você. Quero ser injetada por você. Quero gritar de prazer por você. Quero chorar de saudade de você. Quero ansear por te ver. Quero tudo isso sem medo de saber, com certeza, que é você, e não o prazer.
E apesar de já sentir no meu coração que isso é que é a realidade, ainda não consigo ter certeza porque somos complementamente opostos. Você de peixes, eu de virgem. Você noturno, eu diurna. Você preguiçoso, eu ativa. Você chapado, eu sóbria. Você offline, eu online. Você em sobrepeso, eu com 12% de gordura corporal. Você grande, eu miúda. Você dentro, eu fora.
Você contraria todas as minhas metas, desde quando ajeitei minha vida, meus valores e hábitos, estipulei como regra que não me relacionaria com alguém que não cuida de si mesmo e do próprio futuro. Bom, eis aqui você. Você gasta toda a grana que tem em festas, drogas e comida industrializada. Eu gasto os míseros centavos que tenho em academia e feira. Somos muito opostos. Mas então, por que tão complementares???
Digo isso mas claro, não posso deixar de mencionar que você tem - e de sobra - tudo aquilo que mais considero essencial em um ser humano para honrar a presença na minha vida. Nossa relação é de extremo respeito, educação, cuidado, carinho e atenção. A base temos, e com transparência, verdade e fluidez. Sei que é muito real, e é o que mais importa para mim. Mas caralho, como somos diferentes em outros pontos! É por isso que me pergunto tanto sobre o que sinto. E é por isso que preciso te encontrar outra vez, mais vezes, pra resolver esse mistério dentro de mim.
Sinto como se eu estivesse correndo um risco de me apaixonar por você, como se estivesse agindo fora da lei, como se eu fosse julgada por te querer tanto. Não quero mais sentir isso, quero ser livre pra te desejar sem limites, te injetar dentro de mim por anos se me permitir, e te amar do jeito que você é mesmo tão oposto a mim.
Quem diria que seria você… to em abstinência até a gente se ver outra vez. Enquanto isso, cade minha psicóloga, meu deus???
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Fase #53
Pela primeira vez eu genuinamente me amo o suficiente a ponto de querer que ninguém mais saiba disso. Minha individualidade e particularidade é somente minha, de conquista minha, e não merece ser divida com milhares de pessoas. Minha história e próximos passos são valiosos demais pra serem expostos sem medidas. O que sei sobre mim e sobre o meu amor por mim é tão verdadeiro e sincero que não preciso de nada e nem ninguém para comprovar ou aprovar isso, apenas eu mesma é o bastante. Finalmente me sinto completamente liberta da plateia por obrigação, hoje se recebo aplausos são por espontaneidade alheia e não necessidade minha. Finalmente me sinto livre para viver a minha vida ao som da minha música preferida: o silêncio.
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Fase #52
EU ODEIO O CINISMO DELA! COM TODAS AS MINHAS FORÇAS! VAI SE FUDER QUE ÓDIOOOOOOOOOOO!!! ME FERVE DE RAIVA SÓ DE IMAGINAR POSSÍVEIS RESPOSTAS CÍNICAS DELA E AS FEIÇÕES ESCROTAS ENQUANTO FALA OU ME ESCUTA FALAR! COMO PODE?! ARROGANTE, PREPOTENTE E IGNORANTE É ELA! EU TO PUTA! EU A AMO MUITO MAS DIVERSAS VEZES QUERIA OUTRA PESSOA COMO MINHA MÃE, JÁ PERDI AS CONTAS DE QUANTAS VEZES PENSEI ISSO, E PENSEI SÉRIO! É REVOLTANTE E FRUSTRANTE! QUE ÓDIO, VAI SE FUDER!
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Fase #51
O que eu mais odeio nisso é o achismo de que isso é uma fase, que é temporário, que é só eu entrar na faculdade pra voltar a ter os velhos hábitos e não discordam mais tanto deles nesses pontos, não fazer mais tudo regradinho como faço hoje. Fato, minha rotina vai ser mais maleável, e assim espero mesmo. Mas os velhos hábitos? kkkkk não. Não mesmo.
Não compactuo com a apologia às drogas, não compactuo com uma vida que preze pela saúde em primeiro lugar. Não compactuo com a ausência de uma prática regular de atividade física. Não compactuo com um sono sem higiene. Não bebo. Não fumo. Não vivo de status. Não vivo nessa mananda. Não vivo na sua bolha!
Sim, estou aberto a abrir mão das atividades físicas e do meu sono em prol do meu trabalho na área da saúde, eventualmente eu vou ter que fazer isso, estou ciente desse ponto desde quando escolhi a medicina. Mas não, isso não me levará a desencadear tudo o que repudio. Hoje meus valores estão muito concretos e bem estabelecidos. E, acima de tudo, são meus! É o que eu escolhi pra MINHA vida.
Vocês ficaram esperando eternamente a minha “volta ao normal”. Ao seu normal, né? O meu normal é esse, é o que eu vivo hoje. Juro que tento ao máximo tomar cuidado para não soar arrogante e prepotente, e muitas vezes é difícil não me sentir assim num ambiente que é totalmente contra meus hábitos. Mas não é possível que eu não esteja certa em alguns pontos. Ou até na maioria deles, quem sabe todos.
Cresci em meio a dois alcoólatras e fumantes, sedentários, imaturos, infantis e desequelibrados emocionalmente. E, mesmo sem culpa, paguei o preço por isso durante anos (praticamente toda a minha vida até aqui), e vez ou outra ainda pago. Vivi na pele a realidade deles, me vi definhando em diversos sentidos que me arrepiam a espinho de pavor só em lembrar.
Deus, que eu consiga seguir a minha vida, ser feliz, saudável e próspera sem as características que me cercaram e que não suporto. Que eu consiga alcançar meus sonhos seguindo meus valores e vivendo a vida que eu escolhi viver. E sinceramente? Que eles estejam por perto pra ver tudo isso acontecer, e calarem a boca quando verem que dei certo não compactuando com aqueles hábitos e valores horrendos.
Deus, dai-me forças e que esse tormento seja mais uma alavanca para me fazer chegar onde tanto almejo, para enfim viver um pouco mais próxima da vida que quero para mim. Acredito nisso e continuo dando o meu melhor, tudo no tempo do Senhor.
Mas claro, apesar de ter esses pensamentos um pouco vingativos e revoltosos, meu sonho mesmo seria todos nós vivendo sobre o mesmo chão, a mesma base, olhando para vida com o mesmo foco e valores. Quem sabe, né? Não deixo de ter esperanças.
Porque não. Não sou arrogante e nem prepotente, só estou com uma laterna onde todos estão vendados (e acham que o problema está em não serem os responsáveis a retirá-las, porque a vida é assim mesmo e não há o que possam fazer, mas basta o mínimo de esforço pra esfregar a cara e puxar a lanterna do bolso da calça pra verem que tudo estava bem ali).
Quase como Platão sobre o Mito da Caverna. Disse tanto ali, e mal sabia! Hoje que tanto podemos saber, escolhemos continuar admirando as sombras, com um mundo todo para explorar. Fico feliz em estar nessa jornada, desbravando a vida livre de quaisquer correntes.
Que assim seja e assim já é, como sempre será (eu espero!).
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Fase #50
Quero fazer coisas extraordinárias no silêncio, no anonimato, sem ninguém saber. Pode isso? Ainda assim é extraordinário? A vida toda fui ensinada a mostrar, a provar, a apresentar, e precisar ser aplaudida, como se não fosse válido diferente dessa maneira. E até hoje trago isso comigo.
Primeiro foram as projeções e expectativas da minha família sobre mim, e a necessidade de me mostrar como a princesinha perfeita. Depois veio o ballet, em cima do palco, sempre na frente, me destacando e recebendo recompensas por isso, precisava ser agraciada para saber que fui bem. Um pouco mais tarde veio a pressão materna em ser perfeita - mais uma vez - porque o divórcio dos meus pais não poderia ser algo que afetasse a mim e os meus estudos, eu precisava provar de alguma maneira que estava bem - mesmo não estando - e só receberia um reconhecimento caso mostrasse (novamente) para os outros (no caso, minha família paterna - ???) que eu havia passado de ano na escola durante aquele período conturbado. E alguns anos depois, o reality. A prova de que eu vivia para mostrar, para provar, para ser algo. Hoje me pergunto se a frase que tatuei e que significa tanto pra mim realmente tem feito sentido na prática. Eu achei que tivesse mas, aparentemente, não. Não me culpo por isso, era algo inconsciente. Viver por uma causa e não por aplauso. No fim das contas eu sempre vivia pelos aplausos, mesmo que a causa também me fosse importante, mas porque foi assim que me ensinaram, e foi assim que a vida me provou que eu teria algum valor, algum reconhecimento.
Hoje tenho enxergado que toda essa minha aventura na exposição e na vida pública nada mais é do que uma grande lição de algo que não tenho culpa. De algo que fizeram comigo - outra dessas - e que preciso desconstruir e ressignificar. Bom, finalmente enxergo. Meu apego em continuar na exposição é por puro comodismo, puro conforto, porque sempre foi assim. Claro, tem muitas coisas que me fazem bem dentro dessa vivência, jamais negarei isso! Mas hoje não faz mais tanto sentido… hoje já quero e preciso mais do anonimato. E na real, nem o conheço! Como é doido isso, né? Precisar tanto de algo que ainda não sei como funciona. Já to gostando!
Sei que não posso ser tão radical, preciso encontrar um equilíbrio nisso. Vou indo aos poucos… vou parar de produzir os conteúdos, continuar postando somente o que já ta no automático, mas sem produzir algo além. Vou falar com quem preciso pra cortar os laços profissionais que ainda me enroscam. Vou esperar o tempo necessário até que possa, finalmente, abrir mão de vez. Desativo minha conta e sumo.
E por mais que pareça impulsivo, me parece ainda mais muito coerente. Eu me perdi nesse caminho, não fazia mais sentido. Ou melhor, não faz. Eu perdi a intenção, a verdadeira causa, o intuito principal, o propósito. Eu sei que eu quero ajudar as pessoas, sei que quero servir e cuidar, mas nesse momento eu preciso aprender a fazer isso somente comigo. Eu preciso olhar só pra mim, sem a responsabilidade do outro. Sem precisar dar satisfação para o outro. Eu vivo dessa maneira há anos, já deu pra mim.
Acredito em Deus e ele tem estado muito perto de mim, sei que ele reserva o melhor para o meu caminho, e sei que estou abrindo meus olhos agora sobre isso porque era para ser. Nesse momento. Hoje. E Ele me acolhe, me abraça e me acalma, me perdoa como eu deveria me perdoa por abrir mão disso, dos compromissos que criei.
Eu busco tanto a liberdade e, no fim das contas, ela tava bem aqui me esperando. Sempre! Debaixo do meu nariz, eu só não conseguia ver, de tanto que me mandaram levantar a cabeça mesmo quando eu já não conseguia. Agora que olho pra baixo, olho pra dentro, olho pra mim, percebo o que jamais percebi antes. Vivia isso por uma necessidade, porque assim me acostumaram. Hoje sei que isso não me pertence, me foi imposto. E preciso me descobrir sem isso! Se algum dia eu resolver voltar, será com as intenções certas.
Hoje tenho misturado a missão de servir, com o desejo por aplausos e dinheiro. Essas coisas jamais deveria estar no mesmo lugar. Isso não compactua com os meus valores, e para que eu possa enxergar cada coisa em seu devido lugar, preciso separar e viver um por vez. Estou decidida, segunda-feira falarei com quem for preciso e deixarei tudo pronto, contando os dias para sumir.
Caraca, que delicia! Só de ter tomado essa decisão por definitivo já me sinto completa. Já me sinto um pouco livre. Será difícil, eu sei. Terei que me acostumar a não ter aplausos e etc o tempo todo. Mas quero isso, e preciso. Preciso aprender a viver no anonimato, e tendo como suficiente o meu próprio reconhecimento. Será bom, será grandioso. Não tenho dúvidas.
Conto. Os. Segundos.
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Fase #49
Oi, faz tempo que não falo aqui, mas vou precisar agora antes que eu caia em uma crise existencial (se é que já não estou nela). Talvez seja a tpm, ou a privação de comida, ou a chuva lá fora, mas eu simplesmente sinto que preciso parar. Eu preciso parar. Eu to cansada. Eu to há anos correndo atrás disso. E sim, muita coisa deu certo e deu sucesso no meio desse caminho. Mas cara… acho que não é pra mim. Eu não posso mentir e falar que não gosto de me expor e falar e ajudar e tocar as pessoas de alguma forma, mas eu ao mesmo tempo realmente não gosto da exposição. Me incomoda demais! É algo que, ao meu ver, não tem porquê. Entende? Eu sinto que eu vou conseguir atingir o meu objetivo com a medicina. Vou exercer a minha missão e ajudar as pessoas. Perfeito, é isso que eu quero. Ajudar as pessoas. Mas pra isso, não preciso me expor. Eu posso ser uma zé ninguém e ajudar as pessoas, no silêncio, sem ninguém saber. Então por que eu to me expondo? Por que isso apareceu na minha vida? Ou melhor, por que eu insisti? Pra provar pra mim mesma que eu não nasci pra atuar? Ok, já provei isso. Pra provar pra mim mesma que ter uma vida exposta é extremamente prejudicial? Ok, já provei isso. O que falta? Ah, já sei. Falta a grana. Parte de mim só pensa nissooooooo. A grana, a grana, a grana. Dinheiro, nota, conta, grana. A liberdade financeira. A independência. Então é isso. Não é exatamente a grana, é a liberdade. Que porra!!! E eu não vou ter nunca? Como eu vivo durante a faculdade? Vai ser assim, exausta o tempo todo? E como vou dar conta de tudo? Como vou conseguir manter esse papel e ao mesmo tempo ser exemplar nos estudos como quero? Como??? Eu to me comprometendo com uma coisa que parece crescer cada vez mais mas de um jeito ameaçador e assustador. Uma responsa que eu não quero mas preciso. Então por que eu quero??? Por que eu preciso??? Porque não me sinto filha. Não me sinto no direito de depender de outras pessoas. Não consigo ficar em paz com isso. Me sinto um peso. Porque a vida toda escutei que ta muito difícil manter as coisas, porque o dinheiro não é muito. E ai eu acho ruim ver os meus irmãos tão parados e acomodados, ganhando uma graninha pra fazer as coisas deles. Mas porra, acho ruim porquê? Certos são eles, são filhos! Eu sou filha! Talvez de todos, esse seja o papel mais difícil pra mim de assumir. No sentido de ser somente filha e me permitir ser em todos os sentidos. Mas ao mesmo tempo já vivi tudo que vivi e não sou uma criança. E ok, mesmo assim sigo me culpando, mesmo sabendo que não deveria. Óbvio, tenho que correr atrás da minha vida e das minhas coisas, mas esse desespero todo é pura comparação com o mundo lá fora e todo mundo ganhando o teu pão e eu não. A vida adulta é difícil demais, não quero mais crescer. Não quero mais responsabilidades. Não quero ter que trabalhar. Não quero ter que nada. Cansei. Já nem sinto mais vontade de estar aqui agora. Ótimo, a crise existencial veio. Vou jantar um brigadeiro pra não me machucar.
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Fase #48
Em um mês eu me encantei e me desencantei por você. A prova de que tudo que vem rápido demais, se vai mais rápido ainda. Você tinha todo o potencial pra revigorar minha vida, e assim o fez por poucas semanas. Mais especificamente as 3 primeiras. Deveria me referir ao nosso tempo somente a esse, já que a última semana foi puro desabrochamento e desencanto. Mais nada sinto por você, esse é o mais triste. Talvez seria melhor sentir algo, como desapontamento, frustração ou qualquer coisa do tipo. Mas não sinto nada, literalmente nada. Você nem se deu tempo de conquistar esse espaço no meu coração. Você veio e se vai assim, um nada na velocidade da luz. Obrigada pelos poucos momentos que tivemos, pelas coisas legais que fez pra mim. Deveria agradecer por todo o dinheiro que gastou comigo em tão pouco tempo? Acho que não. Então é isso. Foi legal, mas foi demais. Demais para pouco tempo. Não é meu ritmo. Simplesmente não te quero mais. Assim mesmo. Que você seja muito feliz e encontre alguém que te desacelere e te ensine. Essa não é minha função e muito menos o meu lugar. Se cuide.
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Fase #47
não é a pessoa. só é a companhia e conforto afetivo-emocional que eu preciso nesse momento da minha vida. seria muito mais fácil pra mim simplesmente abrir mão dessa conexão pelo simples motivo de sentir o abrochamento na atração por conta dos defeitos já identificados que residem no outro. seria muito mais complicado encarar essa troca como uma possibilidade de futuro incerto e esperançoso. abro mão de quaisquer certezas e vivo o presente, defendendo meus valores e ideais, protegendo minhas amarras e travas, mas me entregando para a pura e apenas paixão. um dia acabará, e de certo sei disso, mas até lá não pensarei nisso. deixarei que seja leve, que seja real, que seja até mesmo utópico uma vez que não durará uma vida toda. escolho não me aprisionar em eventuais contextos e situações desconfortantes durante esse período, nem mesmo permitir que resquícios de traumas interfiram nas minhas ações e reações. pelo contrário, abraço a oportunidade para que eu possa transformar esses traumas em nada mais do que experiências passadas. há anos não encontro alguém que me cuida e me acolhe de forma tão respeitosa e condizente com aquilo que mereço. ainda acredito que falta, alguns pequenos pontos, se ajustados, mudariam tudo. transformariam a paixão em amor. mas não busco isso, não com ele. porque como disse, não é a pessoa.
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Fase #46
“se fosse pra ser”
se fosse pra ser a gente, já teria sido
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Fase #45
aos 2 anos de idade mergulhei na dança pela primeira vez, e nadei nas profundezas dessa arte até me conhecer por gente. aos 12 anos de idade, uma década depois, minha vida se iniciou. cai, lutei, aprendi, errei, enfrentei, fugi, corri, venci e dancei pelos maiores desafios que essa jornada poderia me proporcionar. hoje, aos 22 anos de idade, mais uma década depois, reinicio minha vida. acontece que vivi esses últimos 10 anos distante da expressão mais intensa que minha alma faz arte. portanto, me reconecto à dança, da mesma forma que renasço para uma nova década. que aos 32 anos de idade eu celebre todas as apresentações artísticas que forem criadas por mim, porque a partir de agora celo meu casamento com a dança, a arte que mais transborda meu ser expressionista hiperbólico. a cada nova década me redescubro e me reinvento, sem jamais esquecer das minhas raízes e daquilo que faz meu corpo vibrar. pois sou vibração, intensidade e necessitada de expressão. sou pra sempre de mim, pra sempre de ti, dança. arte.
esse é um lembrete pra você se afogar na sua arte, todo mundo tem uma, corre abraçá-la.
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Fase #44
Finalmente deixei de estar feliz e parti para ser feliz, vida boa é sorrindo.
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Fase #42
Série: Os diálogos que perdemos
Você me ligou depois de ter me decepcionado e eu ter dito que não queria mais conversar contigo. Me ligou pedindo para nos vermos uma última vez, porque estava de saída do país e não voltaria mais. Deixei meu orgulho de lado, senti o peito apertado.
“ - Oi, eu sei que não quer falar comigo, mas tô indo embora e preciso te ver antes de ir. Posso ir aí, rapidinho, por favor?
- … Tá. Liga quando eu puder descer.”
Lá vinha ela, sabia que viria com o coração acelerado. E aqui estava eu, suando frio e andando de um lado pro outro dentro do quarto. Ela ligou, desce, coloquei meu tênis e fui. Ela parou o carro ao mesmo tempo em que eu abria o portão. Fui até a janela do carro.
“ - Oi.
- Entra aqui.
- Não vou entrar.”
Ela saiu do carro, fechou a porta e olhou pra mim. Olhar de despedida, olhar de aperto, olhar de medo e de arrependimento. Brilhou o olhar com tristeza. Já o meu, seco e frio, ao se deparar com o choque daquele olhar, o nosso olhar, transbordou. Eu vim te entregar isso, e tirou do bolso um óculos de sol. Aquilo que era nossa piada interna virou uma promessa de um talvez, de uma projeção que criamos e nos confortamos, a falsa certeza de que nos encontraríamos algum dia, que viveríamos juntas tudo o que planejamos, e que dependeria daquilo. Dependeria daquele óculos e de um olhar. Em frente a uma igrejinha qualquer da Espanha. Em um dia qualquer de um verão qualquer de um ano qualquer. Seja lá quando isso for. Peguei o óculos e olhei profundamente pra ele, cada detalhe, com cabeça baixa. Olhei pra ela e a abracei. Aquele nosso abraço casa, que encaixa e conforta, que envolve tanto quanto meu edredom que ela apelidou de nuvem. Naquele exato momento era isso que éramos, o que sempre fomos, um céu aconchegante e ao mesmo tempo radiante.
“ - Espero que você realize todos os seus sonhos nessa nova jornada. Espero que você seja muito feliz. E espero que se cuide, sempre.
- Espero te encontrar lá e poder dividir tudo isso contigo.”
Já não continha as lágrimas. Apertei o abraço um pouco mais forte e soltei. Virei as costas e fui. Voltei para o portão. Ela ficou em frente ao carro. Não poderia beijá-la, não queria me lembrar do último beijo. Entrei no prédio e olhei para trás. Ela ficou, me olhando com um olhar esperançoso. Essa despedida poderia ter muitos desfechos diferentes. Mas foi assim, o mais sofrido e esperançoso. Aquilo era só mais uma vírgula em toda nossa história.
Somos céu nas quatro estações.
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Fase #41
Dear, Petunia.
Que mega recaída sobre o amor da minha vida… Que saudade! Saudade de sentir algo tão puro como aquele amor, saudade de ter uma companhia tão parceira como a dela, saudade de tudo que vivemos, inclusive as coisas ruins, saudade da forma como ela me ajudava e conversava comigo pra ficarmos bem, saudade do porto seguro que ela me oferecia, saudade daquele beijo apaixonado durante tanto tempo, saudade daquele abraço casa, saudade de ser 100% eu com alguém, saudade da forma como ela me cuidava, saudade de todos os carinhos que tinha comigo, saudade da família que ela me apresentou, saudade do mundo que ela me ofereceu, saudade dos sonhos que imaginamos juntas, saudade de olhar pra ela e ver meu futuro naquele olhar. Pra sempre é muito tempo mas eu não me importaria em passar ele do lado dela. Queria reconhecer ela, me reapresentar, nos reconectar e ver no que dá. To com tanta saudade reprimida! Eu amo ela pra sempre.
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Fase #40
Dear, Petunia.
Sinto demais. Penso demais. Vivo demais. Intesidade demais. Sou muito, o tempo todo e pra tudo. Me cansa e me encanta. Às vezes queria que só parasse, só um pouquinho. Mas ao mesmo tempo sinto que a vida tem que ser assim, demais. Ai, sofro, viu? Sofro e gozo. Ta aí o amor e o ódio se entrelaçando outra vez. Minha intensidade no viver.
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