Andréa Borges Leal. 18. Law Student. Belém. Pará. Brasil. Formula 1. Sebastian Vettel. Kimi Raikkonen. Personal instagram: @andreaborgesleal. Other instagram: @f1lyrics @grandprixtures
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Ela tinha 10 anos quando descobriu qual era seu maior sonho. Mas não a levaram muito a sério, porque ela era menina, criança, brincava de Barbie e facilmente virava fã de qualquer besteira. Não que eu esteja desmerecendo as coisas pelas quais ela, um dia, gostou - as pessoas se encarregavam de fazer isso: “é só modinha”, “depois passa” eles diziam. É verdade. Muitas coisas foram superadas. Outras, permaneceram.
Ela foi crescendo e não mais tinha 10 anos desde que descobriu qual era seu maior sonho. Mas ela ainda era uma criança e as pessoas ainda esperavam que ela superasse todas as besteiras que permaneceram. Ela sabia que não havia possibilidade disso acontecer, pois tinha plena convicção de que nunca se supera um sonho, mas se realiza. Sua maior incerteza, então, não era o “se” iria se realizar, mas o “quando”.
Ela foi deixando de ser criança - apesar de ainda se considerar uma menininha - ; trocou as Barbies pelas maquiagens, mas o sonho que ela descobriu aos 10 anos sempre a acompanhou. Ela já não mais se importava com as expectativas das pessoas, porque sabia que seu sonho dependia exclusivamente dela, só que ela também dependia dos outros. Era a tal da esperança que nunca morria, já que, pra ela, o impossível era questão de opinião.
10 anos após ter descoberto qual era seu maior sonho, ela já tinha 20 anos. Não era criança, virou mulher. Entrou na faculdade. Por um período, postergou a realização desse sonho. Eram sempre as mesmas desculpas: não tem tempo, tem prova, não tem dinheiro. Até que ela decidiu achar soluções para todas suas escusas. Arranjou um estágio - não que um estágio resolvesse tudo, pelo contrário, mas foi o primeiro passo. Ela ficou orgulhosa de si.
Com 1 semana dos seus 21 anos, ela vai realizar o seu maior sonho, que descobriu aos 10. Talvez o tanto de tempo que passou seja o tempero para fazer desse dia o melhor de sua vida. Afinal, tudo que vem com esforço tem um sabor mais gostoso.
Quando ela tiver 21 anos, ela conta qual era seu maior sonho, que descobriu quando tinha 10. Ela contará sobre como esse sonho sempre será sonho e sobre como ela sempre desejará realizá-lo. No fim de tudo, ela vai testemunhas que “o tempo não é inimigo, mas o nosso maior mestre; que no fim das contas, a gente sempre acaba agradecendo tudo que passou”.
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Hi Andréa! Thanks for the following. :) I followed back, and checked your blog. I read the post about your dream about Jules. Thanks for it. These days are so sad but we have to be strong. Take care of you and have a nice day. :) See you soon! P.S.: I follow you on the Instagram. :) Best wishes from Hungary. :)
Not at all! I thank you for reading it and for liking it. I write things for making myself feel better and also for helping people with the feelings they can’t handle. It’s a nice way to express what’s inside you. If you could reblog that, share on facebook or anything, it might help other people too.
Anyway, thanks for taking your time to write me. It was so kind :)
And thanks for following me here and on instagram too! Best wishes from Brazil.
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My ciao to Jules
A few days ago, I decided to write a message about Jules. Today, here I am - again - to give my last goodbye.
In Brazil, where I live, Jules’s funeral began at around 4h30 am. At that time, usually, I get up to watch the races from Asia (Chinese, Japanese, Malaysian Grand Prix) and Australian Gp. Today, it was different. I didn't get up to watch any race. In fact, I did not even wake up. Throughout my sleep, I dreamed of Bianchi. And it felt like, somehow, my unconscious was giving my #ciao to Jules. As if there weren't any distance between Brazil and France. Between me and him.
The most ironic thing is that this farewell happened through a dream; it was through a dream that I said goodbye to someone who has lived a nightmare. Maybe this dream means something.
Maybe Bianchi had the dream to write his name in history alongside the best ones. This takes effort. It was necessary to fight against suffering, against fear. "Never let the fear of striking out keep you from playing the game", we hear the saying. This is how Bianchi fought. This is how Bianchi destroyed the nightmare that he was living. And to live his dream - to be with the good ones - he had to die.
Surely this dream means something. It means that Bianchi is really where he wanted to be. It means Bianchi lives in a dream. In his dream. In our dreams.
And lucky was I, for being able, even for a while, to say goodbye to him at his new home.
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Meu #ciao para Jules
Alguns dias atrás, eu decidi escrever uma mensagem sobre Jules. Hoje, cá estou eu - novamente - dando meu último adeus.
No Brasil, onde moro, o velório de Jules iniciou-se por volta das 4h30 da manhã. Nesse horário, normalmente, eu acordo para assistir as corridas da Ásia (como Gp da China, do Japão, da Malásia) e da Austrália. Hoje, foi diferente. Não acordei para assistir a qualquer corrida. Na verdade, nem acordei. Durante todo meu sono, sonhei com Bianchi. E senti como se, de alguma forma, meu inconsciente estivesse dando o meu #ciao para Jules. Como se não houvesse qualquer distância entre o Brasil e a França. Entre eu e ele.
O mais irônico de tudo é que, essa despedida aconteceu por meio de um sonho. Foi num sonho que eu me despedi de alguém que viveu um pesadelo. Talvez isso signifique algo.
Talvez Bianchi tivesse o sonho de escrever seu nome na história, ao lado dos grandes. Isso leva esforço. Era necessário lutar contra o sofrimento, contra o medo. “Nunca deixe o medo de errar, impedir que você jogue”, já dizia o ditado. Foi assim que Bianchi lutou. Foi assim que Bianchi destruiu o pesadelo que estava vivendo. E para viver seu sonho - aquele de estar entre os grandes -, ele precisava morrer.
Com certeza, isso significa algo. Significa que Bianchi realmente está onde queria estar. Significa que Bianchi vive num sonho. Em seu sonho. Nos nossos sonhos.
E sortuda fui eu, de poder, por algumas horas, me despedir dele no seu mais novo lar.
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Jules Bianchi: from Marussia to the celestial team
Formula 1: the beauty that involves courage, daring and talent. Consequently, it involves death.
In the movie "Rush", the introduction by Hunt's character, explains exactly what this sport faces at the moment. It is said that "running is something that many people will never understand. It is not just a sport. It's a lifestyle. Once you're in it, it is part of your blood". The greatest proof of passion surrounding this sport, as I said, are the fatalities. Many people will never understand that running is more than completing numerous laps, many times, in different circuits. Much less, will understand why humans risk their own lives to achieve those things. The reason of such bravery, amazingly, is passion. The passion for speed. The passion for challenges. The passion that is in the blood. The passion that make the drivers give their blood. The passion that kills.
After 21 years, the list of fatal accidents in F1, unfortunately, gets bigger.
On the grid, there were 24 drivers. It could have happened to Vettel. To Raikkonen. To Alonso. As it has happened to Senna. To María de Villota. It could happen to anyone. However, God decided to write the name of Jules Bianchi and put him on His team. And who am I to doubt the choices of God? In fact, if He took Bianchi, it is because He - more than we - know how much the star of this guy shined; perhaps it shined so bright that its light was too much for this world. And God had the knowledge that no proposal and that no world title would be enough to reflect such a light. But the sky is. Eternity, too.
Then God called Bianchi. It wasn't needed any entrepreneur. Or any contract. Or any special clause. The only condition was to love. And Bianchi loved. He fell in love with F1. He took this love in his blood. He offered his blood. He died. Could not complete those 53 laps of that fateful Japanese Grand Prix. Crossed heaven’s line. Today, Jules Bianchi shines alongside Ayrton Senna, Gilles Villeneuve and 52 other stars.
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Jules Bianchi: da Marussia para o time celeste
Formula 1: a beleza que envolve coragem, ousadia e talento. Consequentemente, envolve a morte.
No filme “Rush”, a introdução feita pelo personagem de Hunt, explana exatamente o que esse esporte encara no momento. É dito que “correr é algo que muitas pessoas nunca entenderão. Não é somente um esporte. É um estilo de vida. Uma vez que você entra, isso já faz parte do seu sangue”. A maior prova de paixão que cerca esse esporte são as fatalidades. Muitas pessoas nunca entenderão que correr é mais que completar inúmeras voltas, inúmeras vezes, em inúmeros circuitos. Muito menos, entenderão o porquê de os seres humanos arriscarem a própria vida para conseguirem tais feitos. A razão de tamanha bravura, pasmem, é a paixão. A paixão por velocidade. A paixão por desafios. A paixão que está no sangue. A paixão que faz com que o piloto dê o seu sangue. A paixão que mata.
Depois de 21 anos, a lista de acidentes fatais na F1, infelizmente, vê-se maior.
No grid, eram 24 pilotos. Poderia acontecer com Vettel. Com Raikkonen. Com Alonso. Assim como aconteceu com Senna. Com María de Villota. Poderia acontecer com qualquer um. Ocorre que, Deus resolveu escrever o nome de Jules Bianchi e o colocar em seu time. E quem sou eu para duvidar das escolhas de Deus? Na verdade, se Ele levou Bianchi, é porque Ele - mais do que nós - sabe o quanto a estrela desse menino brilhava; talvez brilhasse tanto, que a sua luz fosse demais para esse mundo. E Deus tinha o conhecimento de que nenhuma proposta e de que nenhum título mundial seria suficiente para refletir tamanho brilho. Mas o céu é. A eternidade, também.
Então Deus chamou Bianchi. Não foi preciso o intermédio de nenhum empresário. De nenhum contrato. De nenhuma cláusula especial. A única condição era amar. E Bianchi amou. Apaixonou-se pela F1. Levou esse amor no sangue. Ofereceu seu sangue. Morreu. Não completou as 53 voltas daquele fatídico Grande Prêmio do Japão. Cruzou a linha do paraíso. Hoje, brilha ao lado de Ayrton Senna, Gilles Villeneuve e 52 outras estrelas.
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