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esmatto · 6 years
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NÃO IGNORE A SOCIOLOGIA. 
Meu primeiro contato com Guiddens foi nas aulas de Sociologia Política e Saúde na graduação em Saúde Pública. Embora a Sociologia seja bastante negligenciada nas graduações em Saúde Coletiva (ao ponto de ser renegada, virando sub do sub do sub-eixo nas Diretrizes Nacionais Curriculares do curso) (1), diversos elementos e autores da área apareciam nos discursos, muitas vezes camuflados, é claro. A clássica ideia de um burocrata que faltava para uma engrenagem da política estatal funcionar (2) como também o consenso como regra:
"Como que a gente consegue juntar todo mundo, em todos os níveis do Estado e da política, para fazer a gestão, a análise situacional-epidemiológica, a análise socioambiental, etc?" (3).
Tal pergunta disparadora aí, que vem desde o primeiro ano do curso é produto de uma visão sociológica de mundo, que por si só é produto de seu tempo. E não é a toa que Guiddens, e Beck também, inauguram nossa entrada nesse campo. Na Gestão Ambiental e, até onde eu saiba, no Campo de Públicas também.
Esse texto é bom para discutir as fragilidades dessa visão, e também elenca pontos importantes para entender o nosso hoje:
1. A Sociologia está presente nos modos de fazer política em todos os seus níveis, e principalmente nos modos de governar. Não a ignore. 2. Se a gente trocasse os nomes das pessoas e lugares, caberia perfeitamente como uma análise dos governos democráticos do Brasil (e se for pra falar do PT, falemos não só dele enquanto governo, mas como sua direção vem pensando o partido); 3. Se a gente trocasse os nomes das pessoas e lugares caberia perfeitamente em qualquer lugar onde a maior parte da esquerda e o campo progressista está (sim, ainda está mesmo após o golpe e a eleição de Bolsonaro) nos últimos anos; 4. Cita Jeremy Corbyn e a guinada à esquerda que o Labour Party vem fazendo, a fim de se reinventar (o Safatle tinha citado também, dizendo, inclusive, que o programa de lá estava mais radical que o do PSOL aqui (4)); 5. A Chantal Mouffen vem trazer uma discussão e defender uma tese que quase todo mundo tem conhecimento, mas que não acreditava mais: a História é uma história de conflitos (5); 6. Todas as tentativas de erradicar tribalismos por meio do consenso fracassaram – porque nenhum consenso pode incluir todo mundo. Não os ignore, não os maquie. 7. É possível construir espaços, políticas e governos democráticos sabendo que o conflito existe? É! Porém Mouffe não é otimista (eu também não).
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Referências: (1). Não só a Sociologia, mas as Ciências Sociais como um todo, como pode ser visto em: BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Saúde Coletiva (2017). Disponível emhttp://portal.mec.gov.br/index.php… (2). Tô falando do clássico Max Weber mesmo, vídeo rapidão para lembrar dele: CANAL FILOSOFIA TOTAL COM PROF. ANDERSON. Max Weber - Burocracia (2018). Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=trkDwqsRiNI (3). CECCIM. Fiz vestibular para Saúde Coletiva! (2013). Disponível emhttps://docplayer.com.br/25029877-Fiz-vestibular-pra-saude-… (4). SAFATLE. Há um golpe militar em marcha no Brasil hoje (2018). Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=BwLg13hSkRk (5). MOUFFE. Sobre o político (2005). Disponível emhttps://extensaoufabcposmarxismo.files.wordpress.com/…/sobr…
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esmatto · 6 years
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O que fazer com isso aqui?
Esse Tumblr foi criado, sei lá, em 2009. Era moda na época e eu queria ser um adolescente descolado, como qualquer um quer - eu ainda quero ser descolado, mas adulto agora. Talvez tivesse pretensões boas que nunca foram para frente, mas no fim só virou um reblogador de fotos e textos descolados. Escrevi pouco minha opinião aqui, e isso foi um grande erro. Só tenho contato com as ideias que escrevi no passado vendo o On This Day do Facebook. E como eu pensava, e escrevia, estranho. Bem, que bom passou, tô mais bonito e inteligente e é isso aí.
Mas vou retornar a usar aqui e, dessa vez, compartilhar alguns textos que escrevo. Nosso tempo exige isso. Exige registrar a História. Esse dias escrevi um texto, que se perdeu no Facebook, sobre a obrigação que temos com a História desde o dia 28 de outubro e vitória de um movimento que renega a História enquanto campo científico. Fazer tipo um diário de ideias, com a pretensão de poder contribuir com a História da minha vida enquanto agente político.
Sou Yago, tenho 25, minha formação se deu no porão da Faculdade de Medicina, no espaço dos estudantes da Faculdade de Saúde Pública e no bar perto da Escola de Artes, Ciências e Humanidades. Ainda bebo. Me chama.
#fénoafeto
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esmatto · 6 years
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Desde cedo, em casa, através de minha avó, aprendi que minha história não é única, mas um processo de desejos, medos e desafios perdidos e superados de diversas pessoas. Na faculdade, através das aulas e conversas com Cris Marques, Carlos Botazzo e Miguel Angelo transformei e adquiri mais conhecimento e paixão pela história do cotidiano como objeto de ciência e militância. Aliás, não existe militância sem história. As cenas do incêndio no Museu Nacional doem profundamente aos militantes e pesquisadores da história pública e história do cotidiano. É parte de minha história enquanto povo sob a visão europeia e também sobre a visão crítica baseada no conhecimento latino-americano independente e ao mesmo tempo é a história da saúde pública, medicina e história natural da América do Sul. É como se queimássemos junto. E pior, um acidente que não é acidente, como sempre pontuou Rodolfo Vilela em aulas e em discussões públicas sobre saúde do trabalhador. É previsível, planejado. A queima de parte de nossa história foi planejada. Sinto raiva. Que nossa raiva se transforme em combustível para a revolta e a queima definitiva dos que destroem nosso passado e nosso futuro. Rebelião! (em National Museum of Brazil) https://www.instagram.com/p/BnP-2TDF1V6/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=1nea9ei990smd
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esmatto · 7 years
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esmatto · 8 years
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esmatto · 8 years
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An engraving of “The Anarchists of Chicago” by Walter Crane, 1894.
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A woman hitting a neo-nazi with her handbag, Sweden, 1985. The woman was reportedly a concentration camp survivor.
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esmatto · 8 years
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O que nós faremos amanhã?
Bem companheiros, essa resposta é fácil. Amanhã cedo iremos acordar, tomar um café e iremos trabalhar. Como nossos pais.
Como nossos pais um dia após o golpe de 1964 iremos trabalhar nos nossos subempregos e voltaremos para casa com a certeza que poderíamos ter nos dedicado melhor ao nosso trabalho, não porque o amamos, mas porque consideramos ele como única forma de melhorar nossa dedicação em casa.
Grande parte de nós passaremos alheios e cansados pelos protestos nas ruas e mensagens nos muros e postes, não porque somos alienados, mas porque o cotidiano cansa e mais ainda porque não reconhecemos naquelas palavras de ordem nosso extasiado cotidiano. Além do mais, mesmo se quisermos ir, com quem iriamos? Os sindicatos não nos defendem dos ataques do cotidiano e o movimento estudantil tá cheio de discursos mentirosos e fraudes nas urnas nas eleições para o DCE.
Mesmo com o crescimento econômico, com a melhoria da nossa vida, com a universidade pública aberta para nós, com o sonho da casa própria se realizando, com um carro na garagem, com a TV plana na sala, com a conta da NET no balcão e não precisando mais lavar banheiros, a gente ainda acorda amanhã com a sensação de que não podemos mudar nada. Como nossos pais.
Mas tem um porém aí. Na conversa com nossos pais, não com aqueles grandes discursos de superação, mas nas micro-histórias do cotidiano deles, a gente encontra formas de escape e de combate que foram fundamentais para viverem o hoje, essas micro-histórias com micro-pessoas, micro-lugares, com micro-gargalhadas, com micro-lágrimas, com micro-brigas, com micro-vitórias e micro-derrotas nos inspiram, mostram que nossos pais são seres humanos que estão em constante aprendizado e que, como nossos pais, a gente é um ser humano em constante aprendizado.
Quando ouvia minha mãe falando sobre histórias de superação, só conseguia visualizar esse ciclo vicioso do trabalhar para viver e viver para trabalhar, mas parei para escutar minha mãe, assim no sentido mais profundo da palavra escutar, vi que dentro deste ciclo tinha várias batalhas contra os golpes cotidianos que uma mulher negra, periférica, doméstica/metalúrgica/gráfica/doméstica e mãe solteira teve que passar para superar o cotiano.
Essas micro-histórias e essas grandes batalhas, me inspiraram à querer lutar por um mundo melhor, que sei lá como será, mas que é a utopia que todos tem e que é fundamental para gente viver.
Você já escutou seus pais hoje?
E por que eu pergunto isso na madrugada que cede um golpe à democracia brasileira? Bem companheiros, contra o golpe só há luta, mas presta atenção que essa luta não é nada abstrata e única, do mesmo jeito que a democracia não deva ser nada abstrata e apagável como erro de português numa prova. Há lutas, há diversas formas de luta, há diversas formas de se entender uma democracia e diversas formas de se lutar pela democracia, o que nos resta, passando por um cenário tão previsível como a chuva brava depois da ventania e, pra piorar, com um governo que se esforçou bravamente para abafar, através dos sindicatos, patronais e entidades trabalhistas e estudantis, a organização do povo, é admitir que estavam esse todo tempo errados e que já passou da hora de prestar atenção que essa democracia, mesmo nova, está velha, e que só a escuta dos trabalhadores nos dará um norte sobre as lutas e tipos de organizações democráticas que construiremos para lutar contra os golpes (no plural) que estão por vim.
Aos companheiros que militam há um tempo nos espaços tradicionais da Casa Grande e que estão receosos e choramigando hoje, admitam seus erros e deem voz nessa cambada de militantes que sempre esteve ao lado de vocês mas que vocês só prestaram atenção em dia de passeata.
Aos companheiros que acordarão amanhã cedo e que, com toda experiência prática de vida, não estão tão apreensívos com o futuro político da nação, se liguem para escutar a história da vida das pessoas, porque a nossa existência hoje é produto de muita luta. Luta essa que tá aí chamando a gente, não para manter um governo do jeito que tá, mas lutar por uma vida melhor como nossos pais fizeram. Ah, e quase esqueci, nossa obrigação é dar um ligue nos playboys militantes aí de cima que a gente sempre esteve aqui e que a Casa Grande não é espaço de se pintar parede e sim é espaço de se destruir.
Até amanhã, nas lutas, compas!
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esmatto · 8 years
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Este não é um post sobre política.
Este é um post sobre GASLIGHTING, que é uma forma de machismo cruel e perniciosa. Pode ser descrita como uma violência emocional que se dá por meio de manipulação psicológica e leva a mulher e todos ao seu redor acharem que ela enlouqueceu ou que é incapaz.
Se você é mulher certamente já passou por isso ou conhece alguém que já viveu. "Você é louca", "Não dá para discutir com você desse jeito", "Isso nunca aconteceu, você está inventando!" (quando você tem certeza do que está dizendo e passa a duvidar de si).
É muito grave quando a imprensa apresenta esse comportamento - e ela o faz com toda intenção e consciência de seus atos -, pois ela legitima sua ocorrência nas nossas vidas e na vida de todas as mulheres.
Como no caso da capa desta semana da Revista ISTOÉ, que traz a presidente Dilma em uma foto de aparente descontrole emocional e cujo foco é noticiar esse comportamento na presidenta com o único objetivo de retratá-la como louca e desmerecê-la pessoal e profissionalmente.
Em meio ao conturbado momento político que vivemos, essa é uma estratégia baixa e covarde para convencer a população de que Dilma não é confiável para estar no comando da nação por problemas psicológicos. Muitos outros presidentes e políticos de grande influência no Brasil já passaram por momentos de crise tão ou mais graves quanto os que Dilma vive atualmente, mas suas faculdades mentais jamais foram questionadas dessa maneira.
O negativo estereótipo de pessoa "louca descontrolada" recai apenas sobre as mulheres. Nos homens, os sinais de frustração e raiva são percebidos como demonstrações de poder, confiança, autoridade. Como apontaram o usuário do Twitter Jonatas Andrade e Letícia Bahia (da página Reflexões de uma lagarta) aqui no Facebook, o ex-técnico da seleção brasileira Dunga é conhecido por seu comportamento explosivo, mas quando o assunto foi capa da Revista Época, a abordagem foi bem mais positiva: "O Dom da Fúria. O que nos faz perder o controle. E como usar a raiva a nosso favor." Veja:https://twitter.com/JonatasAndrad…/status/716317114878062593
Não se trata de um problema exclusivo do Brasil, é o velho conhecido machismo de sempre. Hillary Clinton, candidata à presidência dos EUA, é vítima constante de jornais e revistas que a retratam como uma pessoa agressiva e assustadora quando ela não se comporta de maneira que a diferencie de seus colegas de pleito.
O mesmo acontece com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, retirada de sua humanidade na capa da revista New Statesman com uma montagem que a transforma em um ciborgue. Cristina Kirchner, presidente da Argentina entre 2007 e 2015, era retratada de forma sexualizada, chamada de louca e vaidosa, quando nada disso tinha qualquer relevância em sua vida política.
Mas não são apenas as chefes de estado que sofrem com o problema. Qualquer mulher de destaque pode ser vitima e, se for negra, o gaslighting é ainda pior por causa do estereótipo da "mulher negra irritada". Existe uma visão racista que recai sobre as mulheres negras de que elas são barraqueiras, de confusão. Michelle Obama já precisou rebater publicamente esse tipo de acusação e Nicki Minaj, quando teve sua discussão com Taylor Swift no Twitter repercutida na imprensa, aparecia em fotos com uma expressão de raiva e Taylor não.
É preciso reagir, falar, não aceitar. Dizer à Isto É que ‪#‎IstoÉMachismo‬ e entender que o machismo é a engrenagem que está detrás disso tudo e ele nos engole diariamente. Discordem politicamente da Dilma o quanto quiserem, mas NÃO ACEITAMOS que a pintem de louca pois conhecemos na pele o peso que tem essa tinta.
Via Think Olga
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esmatto · 8 years
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O pior inimigo da democracia
Corra, corram, o pior inimigo da democracia vem aí! Quem é ele? É a violência nas grades cidades? É a corrupção? É a desigualdade social? Não, não, longe disso, é a reforma agrária.
Gostaria de fazer uma pesquisa sobre as reações que os grandes jornais tiveram nos últimos 100 anos quando a 'reforma agrária' foi citada nos discursos de políticos e movimentos sociais. Mas porque 100 anos? Por que é lá virada do século que os Estados Unidos faziam sua reforma agrária, colocada como pilar essencial para constituição da liberdade individual e da nação liberal. Claro que isso reverberou na novinha república brasileira, o problema é que o processo histórico de ocupação da América do Norte e da América Latina foi bem diferente, e nós, brasileiros, compartilhamos com nossos hermanos, brothers, frères e broers latinos a terra agriculturável como coração da nação, para além do comércio, das moedas e do trabalho.
Que confusão para as análises político-econômicas. Que confusão para os liberais, que confusão para os marxistas.
E 100 anos passando-se essa citação foi e voltou com o leite, o café e a carne, com Vargas Ditador e Vargas Pai dos Pobres, com JK que construiu a capital num meio de nada que já pertencia a alguém que não era o Estado, com Jango que, vish, falou de saúde, da previdência, falou da universidade, mas quando falou da terra acabou bebendo um café que o levou para debaixo da terra, com Médici que mandou tanta gente pra debaixo da terra, mas que quando falou nela saiu rapidinho para o general da democracia que não falava de terra entrar, com Tancredo que falava o que o povo pedia "por uma reforma agrária classista", mas que morreu e levou com ele a palavra 'terra', depois Sarney, Collor, Itamar e FHC mexeram nela que nem gato mexe em bosta, mas nem chegaram a citar a palavra enterrada, com Lula que desenterrou e falou, e falou, e falou da 'terra', da 'reforma agrária', bailando junto com o fazendeiro numa mão e o agricultor na outra, com o capanga tirando foto do baile, e com Dilma que tentou continuar o baile mesmo com o galo cantando 3 vezes em prosa "a história se repete primeiro como tragédia, depois como farsa" e, coitada, só de citar a 'reforma agrária' cansada e tardia, pautada em nosso sagrado caderno de concessões chamado Constituição, foi chamada de inimiga da nossa clara história da Terra e...................da Democracia - assim com reticências bem exageradas e distantes já que uma palavra não tem nada a ver com a outra, não é mesmo?
Daria uma pesquisa interessante, mas pensando bem, ficaria bem melhor num livrinho de piadas do que numa tese, até porque a coitada da reforma agrária foi enterrada, desenterrada e usada de enfeite tanta vezes que já não acompanha o movimento das massas e, além do mais o povão tá tudo na cidade. Tudo bem que esse povão não tem seu terreninho próprio e nem pode dar um rolê em paz pela cidade sem bater de frente com a democrática terra privada do outro, mas melhor nem falar nisso, vai que daqui a pouco surge no ventre cansada da reforma agrária outra reforma inimiga da democracia: a reforma urbana.
Vish tarde demais.
Escrever isso me lembrou esses livros e textos: 1. O Partido da Terra, do Alceu Castilho 2. A Propriedade é um Roubo, do Proudhon 3. Por Que Ocupados, do Guilherme Boulos 4. Para a Questão da Habitação, do Engels 5. Segurança Alimentar, da Marlene Rocha e uns textos do Florestan Fernandes, Celso Furtado e Josué de Castro
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