Tumgik
escritosdaday-blog · 6 years
Text
Vida unicamente humana ou vida temporariamente física?
Preciso levantar cedo, arrumar o cabelo, dar um jeito nos dentes. Ah, esqueci o café da manhã, na volta eu lancho algo. Cadê minha bolsa? Será que deixei minha carteira lá dentro? Ah vou levar o celular, hoje em dia até cartão de crédito já se tornou inútil, uso app de envio instantâneo de ‘dinheiros’.
Será que deixei a pasta no trabalho? Ou levei os relatórios junto comigo no carro e deixei por lá? Ai meu Deus! Preciso de uma secretária.
Ok, tudo ok. Será? Não, pera... Esqueci de falar com a Sandra, e no caminho passar no Álex da agência, minha nossa.
Final do dia e eu não fiz o que tinha para fazer. Novamente.
E porque vivemos? Porque existimos? Ouvi dizer que adolescentes se apaixonam e adultos pagam boletos. Vida restrita, pensei.
Vão me dizer que: “A vida é curta... aproveite...” ou “Quando ver já estará nona e se despedindo dessa terra..”. Bom, apenas uma vez na vida essas frases me assustaram. Foi quando eu quase me tornei ateia, [existe esse nome mesmo? feminino de ateu, enfim...] pois bem, sim quase fui ateia e foram os únicos momentos que tive medo, insônia, frustração e tantos males mais. 
Sou convicta de que escolhemos vir para esse mundo. Não é nossa primeira encarnação e nem será a última. E fomos N.Ó.S [definitivamente nós] que escolhemos isso. E não é uma fé cega. Nem sei se é fé. 
Você tem fé que se você cortar seus mamilos vai sentir dor? Não, você não tem fé. Você tem é CERTEZA de que sentirá dor ou no mínimo algo não muito agradável. Então porque devo dizer que tenho fé na sabedoria do Universo se eu ACREDITO nisso de tal forma impossível de ser questionada?
Então não digam que tenho FÉ na Fonte Universal [que alguns metodicamente chamam de Deus]. Eu apenas SEI. E sei que sei muito pouco sobre Isso. Mas sinto o suficiente pra saber que vim de lá e é pra lá que voltarei.
0 notes
escritosdaday-blog · 6 years
Text
As vezes não sei se existo por respirar, ou se respiro por existir.
0 notes
escritosdaday-blog · 6 years
Text
Idiotas
Você é uma pessoa idiota? Ou suas atitudes é que são?Porque as vezes te amo e as vezes te odeio? Afinal amo ou odeio?Algumas atitudes das pessoas podem nos ferir tanto, podem nos chatear, nos magoar. A mesma pessoa que momentos antes transmitia alegria e pela qual nutrimos afeto e amor. De repente o semblante muda, a reação tumultua...Somos seres idiotas por natureza. Somos animais que hora raciocinam, hora se deixam dominar por instinto.
0 notes
escritosdaday-blog · 6 years
Text
Pessoas más...
Não existem pessoas más. Existem comportamentos e atitudes más. Algumas pessoas tem comportamentos maus por tanto tempo que já nem sabem mais o que são elas e o que foi o comportamento.O que faz alguém ser mau? A falta do amor? Uma má educação?As vezes sinto uma raiva interna tão grande que é imposs��vel explicar da onde veio e seus motivos. Essa raiva me faz pensar em me tornar alguém frio e calculista.E porque ainda não perdi a cabeça? Porque ainda tento me manter em juízo e calma? Bom, calma dificilmente estou. Minha calma se confunde com melancolismo e estados deprimidos. Mesmo eufórica ou só feliz, animada, eu não sou calma. Sou intensa. Pessoas mornas me odeiam.Intensidade em comportamentos bons e intensidade em comportamentos perturbados.Recentemente feri muitas pessoas. Algumas. As mais próximas. Não suportei o excesso de responsabilidade por não me deixarem administrá-la com pulso firme. Querem uma amiga, namorada, irmã e filha responsável, amorosa e realizada, mas não me permitem lidar com tudo à meu modo. Bom, eu também só permito tudo à meu modo, sou rígida, perfeccionista e crítica.As vezes sou visitante no meu corpo e na minha cabeça. Como se não estivesse no controle. E quem afinal hoje em dia ainda mantém pleno controle?
Escrito: 27/01/2019 - 05:39 horas.
0 notes
escritosdaday-blog · 6 years
Text
Vida de escritora...
Sempre retratam a vida de escritor como sendo eles todos ferrados, deprimidos, escrevendo sobre histórias tristes e traumas não superados.E veja eu aqui, adoro tanto escrever que praticamente só me vejo fazendo isso quando estou deprimida e muito chateada. Escrevo para desabafar. Talvez todo escritor faça isso. Sou escritora agora?O fato é que, independente da profissão, do nível e tipo de relacionamento entre pessoas, somos todos desequilibrados, feridos emocionalmente, e agressores também.Alguns ferrem fisicamente, outros verbalmente, com atitudes, pela ação ou omissão. Física ou emocionalmente, somos todos agressores e vítimas. Não há distinção clara entre os dois lados. Na verdade não há uma separação definida e nem exclusiva em um dos lados.Todos temos um pouco de mau e um pouco do bem. Se vamos ser mais maus ou mais bons, pode depender de uma série de circunstâncias, princípios, medos, personalidades. Mas uma coisa é certa: Mais bons ou mais maus, somos todos feridos e desequilibrados em algumas áreas da vida.E o que isso tem a ver com o texto inicial sobre escritores? Não sei exatamente. Talvez eu apenas esteja lutando mais contra os lados maus, os meus e os de pessoas próximos, do que tentando aumentar e valorizar meu lado bom e ao lado bom dos que amo.
Escrito: 27/01/2019 - 12:16 horas.
0 notes
escritosdaday-blog · 6 years
Photo
Tumblr media
Quando eu era pequena, certa vez, peguei um dos potes de creme para mãos da minha mãe. Eu tinha visto algumas coleguinhas da escola usando creme nas mãos e comentando como ficavam macias e cheirosas. Quis experimentar também.
Depois de passar o creme nas minhas mãos, sentir elas macias e cheirosas, lembro que saboreei por um instante e aí observei a imagem, uma fotografia para ser exata, que estava sob a embalagem. Era uma foto de mãos passando o creme. Ah e como eram belas mãos, delicadas, pele lisa e perfeita, unhas longas e bem feitas, pintadas com um tom rosa claro. As mãos se tocavam, como se estivessem realmente passando o creme suavemente. Adorei aquela imagem. Olhei para minhas mãos, mãos de criança, beirado a adolescência. Meu semblante se fechou no mesmo instante, fiquei paralisada. 
Minhas mãos nem de longe se pareciam com as mãos da imagem na embalagem daquele creme para mãos. Minhas mãos eram ásperas, as unhas mal cortadas e tortas, haviam cantos de terra sob todas elas e algumas veias ou artérias eram pouco mais salientes que a pele. Na pele clara e seca floresciam as primeiras sardas, as primeiras manchas de sol. Manchas essas que aliás já cobriam meu rosto, braços e parte das costas. Sempre tive profunda vergonha por elas. E agora brotavam em minhas mãos. 
Lembro da imagem daquela imagem até hoje, lembro e vejo ela em minha mente. Lembro também da profunda mágoa e da tristeza pura e arrebatadora que senti. Imitei a posição das mãos da foto da embalagem, passei mais e mais creme, queria concertá-las. Não funcionava. Eu jamais teria aquelas mãos. Jamais seriam delicadas. Jamais seriam meigas e suaves. Quanta tristeza senti.
Eu era uma criança, beirava os 11 anos talvez. Mas eu me importava com minhas mãos. E pensava "se já são feias assim agora que sou jovem, como serão daqui para a frente quando eu apenas envelhecer ainda mais?".Foi a primeira vez que me "preocupei" com a idade, com envelhecimento e com todas as nóias de uma adolescente. 
Minhas unhas hoje causam inveja, crescem muito mais rápidos que as unhas das garotas que costumam usar muitos esmaltes e eu uso tão pouco que favorece o crescimento de forma impressionante. Além disso, quando curtas até parecem pirâmides invertidas, formam uma espécie de triangulo, mas quando as deixo crescer, elas se alinham e formam uma boa harmonia com os dedos.  As sardas nas mãos é claro que só aumentaram e as veias ou artérias saltadas também. 
Ainda não sou fã das minhas mãos. As vezes me pego olhando-as e penso em como as odeio. Em outros momentos penso que nunca ninguém reparou nelas porque talvez seja algo que somente eu reparo e só frustra a mim.A tristeza dos 11 anos sobre minhas mãos ainda está em mim. Levei muitos anos para aceitar meu corpo e talvez ainda não o tenha aceitado completamente. Mas isso é assunto para outro texto. 
Escrito: 28/01/2019 - 01:15 horas.
0 notes