encarandooabismo
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Encarando o Abismo
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E se você olhar longamente para um abismo, o abismo tambem olha para dentro de você.
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encarandooabismo · 3 years ago
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Perguntar ou implantar?
Estive pensando hoje sobre um dilema que tenho vivido ao longo dos anos. 
Gosto de perguntar para as pessoas o que elas acham sobre os planos que estou traçando, sobre as melhorias que poderiam sugerir, se são a favor ou não das idéias...enfim, gosto deste aspecto democratico na tomada de decisão, bem como essa integração, essa sensação de pertencimento que estes questionamentos trazem.
Porém tenho cada vez menos gostado dessa minha postura, pois tenho visto que boa parte das pessoas que convivo, não são afeitas a mudanças, e geralmente criticam sem ter nada de construtivo para opinarem. Criticam ou boicotam ao menos sinal de mudança em suas rotinas. 
Tento debater e dialogar sobre esses assuntos, mas geralmente se diminuem e colocam-se na condição de meros cumpridores de ordens.
Tive uma experiencia poucos meses atras...conversei com um parceiro de serviço e falamos sobre diversos temas profundos, inclusive com ele demonstrando excelentes observações sobre o tema trazido a baila. Passado alguns minutos o meu companheiro de serviço estava junto aos seus pares, e por incrivel que pareça começou a agir de forma totalmente antagonica ao que demonstrara minutos antes. 
Assim que tivemos a reuni��o geral, chamei esse camarada e falei da minha surpresa...falei mais ou menos assim, “caramba fulano voce acabou de falar sobre temas avançados, profundos, com excelente eloquencia, e depois do nada, quando junto aos seus pares, vc apenas limitou-se em ser boçal, e agir de forma troglodita”, o meu camarada riu e respondeu “chefia eu tenho que fazer jus aos mesmos com quem convivo. Esse papo cabeça que tivemos compete apenas ao senhor. É ao senhor que cabe a tomada de decisão, eu apenas volto para o meu circulo e cumpro o que o senhor mandar”.
Como pode alguem sair da caverna de Platão, falar sobre temas profundos, e depois se sujeitar a voltar para a caverna e continuar a apreciar as sombras? Que maldito sabotamento que as pessoas fazem consigo quando se colocam em degraus abaixo do que realmente possuem o direito de estar?
É triste vc olhar um campo de vencedores e perceber que estas pessoas estao se sabotando, pq falsamente acham que sao menos capazes que o outro.
E ai volto a pergunta inicial e o tal debate interno, devo perguntar para as pessoas sobre o que pensam ou apenas devo meter goela abaixo e determinar que implementem o que escolhi? Ou será que terei de conversar sobre projetos com cada pessoa de forma individual, fazendo com que assim sejam o mais sinceras possivel e evito que hajam conforme a manada as quais estao inseridos?
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encarandooabismo · 3 years ago
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Farda de Jacobina
Sabe esses momentos em que você fica refletindo sobre se por acaso esta sendo uma pessoa vazia, sobre qual seu papel na sociedade, sobre seu papel como ser humano...essas questoes existenciais, que hora ou outra acabamos nos deparando? Então...estive pensando muito sobre isso, até que acabei me deparando com uma palestra que foi postada na Nova Acrópole e o tema, salvo engano, era sobre Machado de Assis, e uma certa hora da palestra, o curador fala sobre o conto nomeado “O Espelho”, e vem a sempre fenomenal Professora Lúcia Helena Galvão e da aquela super aula...que soco no estômago. 
Não vou discorrer sobre o conto, mas sobre a questão que tanto me maltratou, serei eu um cara que veste o terno de Jacobina? Será que sem essa falsa sensação de importancia na sociedade, eu não seja ninguem? Parafraseando Raul Seixas, na música Ouro de Tolo, será que eu me engano e ficando “contente pq eu tenho um emprego, sou o dito cidadão respeitável e ganho quatro mil cruzeiro por mês”, “ainda acredita que é um doutor, padre ou policial. Que esta contribuindo com sua parte para o nosso belo quadro social”.
Será essa sensação e pensamentos oq chamam de “sindrome do impostor”?
P.S. Preciso tanto reler a obra “Sidarta” do fabuloso Hermann Hesse. Vale tambem dar aquela relida no “Assim falou Zaratrusta, de Nietzsche.
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