Annalise Von Liechtenstein | 26 years | Blue | Princess of Liechtenstein
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Ao ver o sorriso no rosto alheio teve de se controlar para não expressar maior revolta, por que sabia que acabaria parecendo infantil e não era isso que buscava passar. Sequer deu resposta a réplica dele, por que não queria lhe dar o gostinho de responder qualquer coisa ou parecer irritada. Tinha certeza de que perderia a graça pra ele se ela só agisse como agia com todo o resto, passando a imagem de frieza e distância, ainda que fosse mais difícil de ser comprada por alguém que havia convivido consigo todos os dias pelos últimos quatro anos. ❝Mesmo? Vou incluir a cláusula sobre ser afável na sua próxima renovação de contrato então.❞ Brincou com certa provocação na voz, Annalise podia ser ter suas circunstâncias e dilemas com os pais. Mais especialmente com a mãe, mas sempre teria o pai ao seu lado quando lhe cabia a pequenas coisas que poderiam lhe agradar. Claro, se fosse para ter alguma coisa teria que minar a influência que a mãe tinha sobre o rei um pouco, mas não era tão difícil agora que poderia estar por perto deles outra vez. E bom, imaginava que fosse justamente por isso que a rainha havia se esforçado tanto para manter o rei longe dela, para que ele não se apiedasse da filha e fizesse suas vontades. ❝Mas deveria ter planos para o futuro, afinal, é um rubro de Liechtenstein, são os poucos que ainda tem a chance de sonhar com um futuro.❞ A fala era neutra, por que realmente acreditava no que dizia, sabia que seus pais não deixavam a vida dos vermelhos do país fácil por apreço por eles, mas por política. Contudo, ainda que as revoltas estivessem crescendo nos últimos anos, os rubros do reino possuíam mais benefícios que muitos outros que ela viu em outros reinos em suas excursões com o convento. ❝Sempre sou honesta no que digo, Emir.❞ Uma grandíssima mentira e ele sabia disso, mas o público não. ❝Por mais que seja petulante por vezes e eu já não suporte ver sua cara todos os dias, ainda assim me é de mais confiança do que alguém aleatório de uma outra corte. E meus pais podem ser convencidos, caso você também esteja de acordo.❞
Um sorriso satisfeito ameaçou desabrochar nos lábios de Karam diante a replica da mais nova. Aqueles quatro anos de convivência foram o suficiente para que soubessem exatamente como o outro de sentia pelo tom da voz, pela expressão ou pelo simples modo de olhar. Era nítido, entre eles, a forma com a qual se provocavam e parte de Emir adorava isso, enquanto a outra parte, odiava que simplesmente não pudessem se dar bem o tempo inteiro. ━━ A convivência faz isso. ━━ foi tudo que ofereceu como replica, tratando prontamente de esconder melhor o sorriso de divertimento. ━━ Seus pais não me pagam para ser afável, princesa. Me pagam para protegê-la e tratá-la com respeito, e é isso que faço. ━━ não com tanto respeito assim, mas com o tipo de respeito que era importante naquela sociedade. Emir sabia muito bem seu lugar e jamais ousaria ultrapassar os limites de sua classe, muito menos com Annalise, então, diante dos olhos dos reis, ele era o tipo perfeito de guarda para cuidar da filha mais nova. Ela poderia não achar o mesmo, mas sua opinião parecia não importar aos pais e Emir desconfiava que ela devia ter pedido, vez ou outra, para que ele fosse dispensado de seus serviços. Um amargor subia ao paladar de Karam quando ouviu a fala de outrem, ela sabia bem como atingi-lo, sabia que Emir nunca quis pouco em sua profissão, pelo contrário. E ele nem tinha como disfarçar. ━━ Prefiro não ocupar minha mente com o que o futuro me aguarda, alteza. ━━ não era adequado que tivesse ambições próprias, que colocasse seus desejos antes das necessidades do reino. Ainda assim... ━━ Mas, se fala honestamente em sua proposta de ainda me ter em sua equipe, então eu posso considerar. Isso, é claro, se seus pais permanecerem de acordo.
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Flashback Talvez o erro de Annalise fosse o que ela cometia com todos, de tecer uma opinião sobre alguém e a colocar naquela mesma caixa previsível. Contudo, mesmo com acesso a mente das pessoas e que elas tivessem padrões, sempre achavam uma forma de lhe surpreender. E aquele era o exato caso com Hakon, nunca teve grandes expectativas com ele, talvez por que ele sempre tivesse se apresentado quase como uma figura fraternal, ao ponto de que mesmo que o visse como homem, ele não era exatamente um dos mais interessantes. E então, o que havia iniciado como um impulso, uma curiosidade que precisava ser saciada e agora... Começava a se perguntar por que não havia tentando nada daquilo antes, claro, haviam muitos motivos racionais que explicariam, mas naquele momento não havia muito espaço para a razão. Não quando sentia a pele queimar perante o toque dele, quando sentia o corpo se inclinar cada vez mais na direção dele. Foi quase de imediato, ao sentir o volume contra si que os quadris se inclinassem mais na direção dele como se o corpo implorasse por mais. ❝Me mostra então.❞ Pediu entre um suspiro em meio as caricias, sequer sabia de onde tirava a energia para o responder de alguma maneira. Especialmente não quando sentia a voz dele reverberar pelo próprio corpo, quando tremia em expectativa e desejo.
Cada beijo era de uma urgência que nem mesmo ela sabia possuir, já não sabia identificar se era influenciada por ele ou se realmente vinha de si. Costumava ser mais controlada que isso, mesmo com a tendência a ser levada por seus impulsos quando finalmente podia experimentar as coisas como uma pessoa normal, ainda costumava se conter mais. E ali não havia qualquer traço da princesa contida e feita de porcelana, a persona que ela ofertava para o público como perfeita e até mesmo fria. Naquele momento não havia gelo, apenas brasa que parecia a queimar lentamente por dentro. ❝Por favor, não para.❞ Para alguém com tanto orgulho, o sussurro deixado contra os lábios dele veio com extrema facilidade. Assim o ato quase desesperado de retirar a camisa dele veio como um instinto, um que ela sequer sabia possuir e ali estava agora. As mãos se movendo com um misto de hesitação e coragem recém-nascida, como se descobrissem pela primeira vez o que podiam fazer — e o que desejavam fazer. Os dedos deslizaram pela pele quente do abdômen dele, trêmulos, mas decididos, contornando o caminho até o peito com uma reverência silenciosa, como se memorizassem o território. E, pela primeira vez, não era a mente dela que lia — era o corpo inteiro. Estava corando. Deus, estava mesmo corando. Mas ainda assim não recuou. Não agora.
Quando ele a puxou mais uma vez, prensando-a contra a pilastra, Annalise arfou alto, a respiração entrecortada escapando sem qualquer filtro, sem qualquer cálculo. Havia algo quase selvagem na forma como reagia ao toque dele, algo que jamais imaginou existir dentro de si, mas ali estava, viva e latente como se sempre tivesse estado à espreita, esperando por alguém que a libertasse. ❝Você não tem ideia do que me fez querer você assim…❞ Murmurou contra a boca dele, entre beijos entrecortados que se tornavam cada vez mais famintos, os dentes arranhando levemente o lábio inferior dele antes de puxá-lo com desejo. As mãos agora estavam em seus ombros, descendo pelas costas com dedos abertos, apertando os músculos como se quisesse se certificar de que ele era real, de que era aquilo mesmo que estava vivendo. Não sabia como conduzir, mas estava aprendendo com ele, com o toque dele, com o próprio instinto que berrava por mais. E quando ele voltou a tocar entre suas pernas, os quadris dela se moveram em resposta, um pequeno gemido escapando da garganta que não se importava mais com o silêncio. Ela não queria silêncio. Queria ser ouvida, sentida, marcada. Annalise Von Liechtenstein estava cansada de ser uma figura etérea e perfeita. Queria ser carne, queria ser mulher. ❝Hakon…❞ Sussurrou, os olhos vidrados nos dele com intensidade que nada tinha de inocente, ainda que o medo estivesse ali, preso entre as costelas. ❝Eu quero você, mesmo se você não me quiser depois. Mesmo se for só agora.❞ A voz saiu falha, mas firme, era uma súplica, sim, mas também uma provocação. Porque, mesmo sem entender o que estava acontecendo ali, ela sabia que jamais voltaria a ser a mesma. E não fazia ideia se era isso que a apavorava… Ou excitava.
𝐅𝐋𝐀𝐒𝐇𝐁𝐀𝐂𝐊 Não foi o beijo que o pegou desprevenido. Foi ela. O gosto, o toque, o impulso - tudo aconteceu rápido demais para que ele pudesse evitar, ou pensar racionalmente no que estava fazendo e no que aquilo poderia implicar (e não apenas politicamente). A boca quente demais de Annalise e as intenções muito claras anuviavam seu julgamento, a tensão se dissipando no momento em que ela sussurrou que queria mais, que não queria apenas um beijo, que queria ele. O choque deve tê-lo atingido antes do desejo, mas este último sobrepujou o primeiro. Hakon não sabia lidar com aquilo de imediato, mas, pela primeira vez, em muito tempo, queria um pouco de conforto; que alguém o quisesse por perto, mesmo quando ele não tinha nada a oferecer, nenhum título de que se orgulhar. Estremecimento o preencheu quando os quadris dela se moveram com atrevimento, incendiando seu desejo, que se revelou no volume que implorava para sair. A respiração dele já não obedecia mais nenhum ritmo. As mãos foram firmes contra a pele alva que se oferecia e os lábios encontraram a curva do ombro dela com um misto de reverência e fome. "Você não faz ideia do que está pedindo" ele murmurou contra a pele dela ao mesmo tempo em que seus lábios passeavam pela clavícula, o tom rouco, como se a voz tivesse sido puxada direto do centro do peito. Ainda assim, ela não parecia tão hesitante quanto ele, de modo que o mais certo parecia ser apenas ceder com a boca, com o corpo, com o inferno inteiro que queimava em seu interior.
O Hesse não soube ao certo quando sua mão escorregara pela lateral do pescoço dela, ou quando seu corpo avançara, puxado por um ímã que ele não queria mais contrariar. Só soube que, quando seus lábios tocaram os dela de novo, havia uma fome diferente - uma urgência quente que era acompanhada pela loira, não com a inocência que ele cogitara pertencer a ela, a princípio, mas com uma inesperada entrega. "Me diz se quiser parar" murmurou contra a pele dela, a voz rouca e baixa, como se aquilo já não estivesse além do ponto de retorno. As mãos deslizaram com firmeza pela lateral do corpo dela, puxando-a mais para perto, embolando a saia do vestido que Anna trazia, com pressa, quando a pressionou contra a pilastra às suas costas, odiando o tecido por ser uma barreira entre eles. Assim que as mãos calejadas se arrastaram sobre uma das coxas desnudas e os dedos, com avidez, encontraram a fenda quente entre as pernas dela, Hakon deixou escapar um gemido baixo, gutural, contra os lábios da Liechtenstein, ele soube que a queria descontrolada. Foi por isso que iniciou seus movimentos, roçando a pele sensível com o polegar, afastando o rosto para que pudesse conferir a reação no rosto alheio.
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Ninguém costumava gostar de telepatas, apenas quando estes lhe serviam como ferramenta, mas de resto? Todos os queriam longe. Annalise sempre soube disso, a própria família havia lhe afastado quando ela se tornou "demais" para se lidar com, quando ela perdeu o controle. E desde então sua vida inteira era sobre não perder o controle outra vez, sobre se tornar útil com os poderes, mas distante o suficiente para que não a descartassem. O olhar da princesa sobre ele carregava algum pesar, certo desconforto de quem pensava estou sendo invasiva de novo ou ele deve estar me detestando agora. Era como costumava funcionar quando ela invadia e sabiam disso, quando ela se fazia uma pessoa presente na mente dos outros. "Não sempre... Ainda que talvez eu devesse dizer que sim... Droga, eu não deveria estar compartilhando isso também." o suspiro veio fora do sussurro mental, quase resignada de que estava fadada ao mesmo desconforto que ele. Ainda que o único ponto positivo da loira era ter melhor noção do que era pensamento dele e do que era dela, enquanto ele muito possivelmente confundiria até se acostumar. ❝Não estou julgando... E não estou roubando informações, eu...❞ A voz tremeu mesmo que por alguns meros segundos e ela desviou o olhar, não queria ser invasiva com ele, não naquele momento ao menos. Apenas não conseguia se controlar, não conseguia desfazer a conexão que havia criado e não entendia o por que. Estava confusa e agora chateada pela acusação. E pior ainda, detestava não ter certeza do que ele também poderia decifrar dela, do que ele saberia dela. Os pensamentos dele em looping lhe invadiram contra a vontade, como costumava acontecer sempre que alguém pensava demais em algo, uma agressão mental que ela já havia se acostumado. Não compreendia por que ele que a ofensa, a vergonha ou o rebaixamento. Ele era um homem, não era aquela a resposta que ele deveria querer dela? Não achava que ele havia agido com algo além de impulsos. Afinal, o que mais o motivaria? Eram amigos, ao máximo que ela via e Hakon possuía tantos problemas para lidar com que ela imaginava que não queria que ela fosse mais um e era isso que tentava dizer a ele, que não seria um problema.
❝E não foi um impulso pra você?❞ Indagou em voz alta, voltando a encará-lo desta vez, com o queixo erguido, dessa vez sendo ela a dar um passo a frente. Não gostava de perguntar aquele tipo de coisa, na verdade, a Liechtenstein odiava perguntar aos outros qualquer coisa sobre si mesma por que ela iria ouvir a verdade em suas mentes. E Anna não conseguia evitar o pensamento de que sempre seria descartável ou insuficiente. Não conseguia evitar aquele pessimismo, por que foi a realidade que foi lhe apresentada por quinze longos anos. ❝Você não fez nada de errado, Hak, eu só... ❞ Suspirou cansada quando percebeu que estava falando fora da própria mente, mesmo quando era algo que achava que não deveria, um sinal claro de cansaço e confusão. ❝Eu não entendo o que você quer de mim. Essa não é uma situação que já estive antes e você sabe disso.❞
Ainda estava tentando processar sobre como se sentia em ter a mente invadida daquela maneira. Até então, ele sempre tinha se mantido longe daqueles que ostentavam poderes psíquicos, justamente por este sempre ter sido um tópico sensível na corte ranudense. Zircon detestava a ideia de ser manipulado, por isso, havia banido todos aqueles que apresentavam alguma predisposição para poderes envolvendo a mente. A paranoia do rei havia sido transferida para o herdeiro, que, na liderança de um dos reinos mais proeminentes do mundo, não queria se ver como um fantoche nas mãos de outro azul. A fala em sua mente fez com que contivesse o sobressalto, ainda que tenha se virado para Anna em entendimento de que era a voz dela, de fato, em sua cabeça. Era isso. Ele tinha deixado uma telepata entrar, quisesse ou não, e tudo por conta de uma foda bem dada. Você sabe quando estou mentindo? Perguntou de volta, testando. Aquilo poderia se tornar um problema, afinal; ele não queria pensar nas implicações. Mesmo que não tivesse intenção de trair Liechtenstein, Annie poderia se atravessar em outras relações diplomáticas que ele estava tentando estabelecer. Percebeu que ela pressionou a taça com força quando ele se aproximou, em claro desconforto, e era injusto que ele não tivesse livre acesso aos pensamentos dela quando ela parecia estar tendo aos dele. "Merda. Você não pode me julgar por ser fiel ao meu país. Muito menos com base em informações que está roubando da minha mente" acusou. E ali estava: o motivo pelo qual telepatas não eram seguros. Se houvesse uma forma de blindar seus pensamentos, ele teria de descobrir. Muitas vezes, contudo, não era necessário ler o que Hakon estava pensando, porque intenções e reações ficavam estampadas em seu rosto, como naquele momento, quando ouviu que o momento que tiveram não tinha passado de um impulso impensado da parte dela. Nem mesmo sabia o porquê de a princesa estar sendo tão fria e indiferente quando nunca tinha agido daquela maneira com ele. Foi como um tapa em seu rosto, que fez com que o Hesse recuasse, franzindo o cenho. "É claro. Um impulso" anuiu uma vez, porque não queria deixar a loira ainda mais desconfortável com a situação e quando ela estabelecia um limite claro ali. Em sua mente, todavia, pensamentos giravam em looping. Ofensa. Vergonha. Rebaixamento. "Eu fiz alguma coisa errada?"
#inters#dehvsse/devasso#o itálico azul entre aspas é o que ela sussurra pra ele mentalmente é como a voz dela mesmo#o itálico roxo é o que ela pensa e agora pode acabar vazando pra ele#agora ele não pode reclamar de injustiça só de confusão
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A careta não foi nenhuma surpresa, era costumeiro que ninguém gostasse de ter a mente invadida, mesmo que fosse apenas em um sussurro. Claro, no fundo era incomodo para a princesa a ideia de que sempre seria invasiva, jamais seria bem recebida com seu dom, mas isso era algo que optava por não externalizar. Por sorte, era apenas ela na mente dos outros e não o contrário. ❝Você fala demais.❞ Foi tudo que disse ao resmungar baixo, parte do que não gostava da companhia do rubro era que sempre se sentia como uma criança sendo repreendida. ❝Claro, claro... Apenas acho que poderia ser um pouco mais afável, não?❞ Certamente um pedido engraçado quando ela não se esforçava para ser afável com ele, mas achava que não precisava e que pouquíssima diferença teria se fosse. Uma vez que uma opinião era formada, era difícil a mudar em uma mente tão teimosa e fechada. ❝Que bom que pensa deste modo.❞ Não confiava inteiramente, mas dificilmente confiava inteiramente em alguém, até por que era difícil de confiar quando se lia mentes e havia um histórico em torno da pessoa. Ela se permitiu rir levemente com o sarcasmo alheio, a expressão suavizando mais agora. ❝Ah, mas seria tão injusto com você lhe deixar apenas para ser um futuro membro inferior da guarda do futuro rei... Afinal, Ludowig deve se mudar antes mesmo de mim se não estragar esse noivado. Se fosse você reconsideraria, ainda voltaria para Liechtenstein eventualmente é claro... Jamais deixaria de visitar minha família.❞
A feição torceu-se em uma careta quando a voz alheia ecoou em sua mente. Ele odiava quando ela fazia aquilo. Na verdade, odiava qualquer invasão do consciente sem que eles estivesse consciente. Não importava quanto tempo passasse, jamais se acostumaria com o poder alheio, tampouco fazia diferença o exaustivo treinamento que fez para blindar a mente, ela sempre conseguia entrar quando realmente queria. Repreendeu as queixas que poderiam ameaçar tomar forma na mente e apenas escolheu abraçar a ameaça como um presente, se Annalise um dia decidisse findar com seu tormento, Emir poderia até ficar bastante agradecido. No entanto, uma parte dele gostava de pensar que apesar da antipatia mútua, ela jamais passaria pela dor de cabeça de ter que se livrar dele. ━━ Sei de bastante coisa nesses quatro anos, alteza, nem todas são adequadas ao ambiente que estamos. ━━ a um lugar repleto de câmeras, era o que completaria se assim pudesse, mas sabia que ela interpretaria bem as entrelinhas. ━━ Ainda assim, prefiro pecar pelo excesso de zelo em orientá-la, do que pela falta deste. Como disse no início de nossa conversa, apenas busco facilitar a sua estadia por aqui e, consequentemente, o meu trabalho. ━━ assim ambos sairiam ganhando, quer dizer, se é que Annalise sabia deixar outra pessoa ganhar também. ━━ Apesar do que deve pensar, sempre foi um fiel súdito, alteza, não tenho qualquer outra pretensão aqui além de retribuir o que foi feito pelos meus pais quando chegaram ao seu reino. ━━ replicou de forma honesta, sem qualquer deboche ou cinismo escondido nas palavras, apenas Emir permitindo-se a rara vulnerabilidade diante de outrem. ━━ Uuh! Assim você me mima. ━━ e assim, como num piscar de olhos, o tom voltou ao típico sarcasmo. ━━ Seria uma honra, mas espero que não cheguemos tão longe. Seguirei servindo ao seu reino, princesa, e com isso quero dizer Liechtenstein. Depois que casar, será a princesa consorte de algum outro lugar. ━━ e a lealdade de Emir seguia apenas enquanto ela tivesse o mesmo sobrenome, infelizmente.
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"Cuidado, eu poderia fazer você realmente esquecer." O sussurro na mente no rubro foi enviado em provocação, em uma brincadeira maldosa, ainda que não fosse uma ameaça real. E ele saberia disso, mesmo que se desentendessem, ela ainda precisava dele cumprindo a função dele no fim do dia. Detestava quando ele era debochado, mas era pior ainda quando estavam frente as câmeras e dos outros, onde ela tinha de se portar como uma princesa doce e tímida deveria. E no fundo, tinha quase certeza de que ele passava a se aproveitar dessa impotência temporária dela sempre que podia. ❝Claro, ou me toma pelo que? Sabe que nunca busco piorar as coisas, já está a quatro anos em meu serviço.❞ O suficiente para saber que ela só costumava piorar tudo quando agia sem pensar ou se deixava ser impulsiva, mas ela andava se controlando desde o último ano, depois de perceber que todas suas tentativas de fuga não lhe levariam a qualquer liberdade e o temor por não ter o controle real de seus poderes se não se dedicasse verdadeiramente. ❝Jamais? Me recordarei dessas palavras, Emir, não lhe exigirei menos do que isso.❞ E dele ela podia fazer cobranças, dada a situação da família dele atualmente. Não confiava inteiramente nele, mas também não tinha como se desfazer do guarda ao bel prazer, então teria de lidar com ele como tinha feito nos últimos anos. Porém, sorriu quase satisfeita quando ele disse que ela e o reino eram a prioridade dele. ❝É um bom começo, se continuar assim quem sabe não ganhe a honra de me acompanhar como meu guarda mesmo após meu casamento, caso venha a me casar no futuro.❞
Era justamente por conhecer, que Emir não acreditava em nenhuma palavra que saiu por entre os lábios da princesa. Annalise tinha o poder de se portar bem diante as câmeras e em eventos como aquele, isso Emir tinha de admitir. Mas era o que ocorria longe das lentes que o preocupava. Ela poderia não acabar com a imagem dos Liechtenstein, mas só Deus sabia o quanto tentava. ━━ Respirar. Sinto falta de saber como é isso. ━━ replicou em um sutil tom de deboche, com o meio sorriso cínico aparecendo no canto dos lábios, o suficiente para que ela entendesse e mais ninguém. Quanto ao restante, ele teve que concordar com uma parte, a hostilidade realmente não era injustificada, pelo menos não entre eles. No começo, Emir poderia até ter guardado seu descontentamento em proteger a princesa, mas depois que as cartas foram jogadas na mesa, bem, era um desconforto inegavelmente reciproco. ━━ Certo. Não tenho como argumentar do contrário, apenas vamos tentar não piorar as coisas, consegue fazer isso? ━━ e ele, obviamente, faria o que foi pedido, manteria as outras duas princesas bem longe de Annalise - ou o contrário, já que era mais fácil para ele tirá-la de locais sem criar um conflito político. ━━ É assim que eu sei que se incomoda, alteza. Se realmente confiasse sua segurança a mim, ou se minimamente me conhecesse, saberia que eu jamais toleraria que fosse humilhada, ou que isso acontecesse a qualquer membro da família real. ━━ por outro lado, ele entendia a desconfiança, seus irmãos traíram o reino, o que o impediria de fazer? Ou melhor, até quando ele continuaria sendo o soldado leal? Por mais que se esforçasse, Emir sabia que sua lealdade sempre estaria na balança. ━━ Você e o reino, sempre serão minha prioridade, Annalise.
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❝Sinto muito por seu pai, mas sabe que eu não sou assim... Ao menos não com meus amigos.❞ Com os outros até poderia ser, mas não com quem lhe importava, era onde costumava delinear uma linha. Compreendia o por que dele não querer ser chamado assim na frente dos outros, não poderia julgá-lo por isso, mas não entendeu por que a fala dele se tornou tão pausada e ele ficou tão desnorteado. Havia feito algo estranho ou errado? Franziu o cenho quando leu parcialmente a mente dele. ❝O que vai ser difícil? Não entendo o que quer dizer...❞ Ainda que a confusão fosse nítida, se dissipou quando ele retornou a falar de política. O ouviu com interesse, ainda que agora ele tagarelasse com menos maldade do que antes, o que ela estava incerta se era algo bom ou não. ❝Por que eles? Por que não você assumindo?❞ Indagou com curiosidade, não necessariamente buscando instigar a ideia. Ele parecia sempre habilmente se retirar da linha daquela responsabilidade, ainda que suas falas provassem que estava consideravelmente apto ao cargo.
Sorriu levemente com o beijo na bochecha, ainda que não gostasse de ser chamada de fofa, ao menos ele estava de bom humor agora e sem aquela sombra de tristeza que ela desgostava. ❝Não é nada grave, eu acho... Apenas conversa de amigos? Eu acho? Só não queria encher os ouvidos de Villavencia com isso também.❞ Achava que já importunava a loira mais do que o suficiente, e apesar da amizade que crescia com Devine (mesmo com sua estranheza e coisas que Anna sequer queria lembrar a cerca da princesa) teria de filtrar o que contar e se fosse para comentar que fosse ao todo. ❝Sua irmã não faria metade das coisas que você, Sergei, ela mal toca nas pessoas.❞ Comentou revirando os olhos ao péssimo argumento dele, ficou levemente corada com o que ele disse ao final e agitou uma das mãos. ❝Viu só? Lá vai você falando algo que na frente das câmeras seria completamente distorcido! Imagina se eu falo algo assim pro Laurent, o que acha que as pessoas vão pensar?❞ Inqueriu tentando ofertar um exemplo que tornasse mais plausível para que ele se desse conta das próprias ações.
❝Bom, quanto ao que eu tenho que contar...❞ Começou, ainda que não sabia bem como contar, mas só sentia que precisava colocar tudo pra fora e falar com alguém que não lhe julgaria por nada. Decidindo começar pela pessoa que sabia que ele não gostava, optou por levar uma mão até o rosto dele, fazendo carinho quase como uma forma de distração. ❝Bom, comecemos que fiquei com Sarp durante a caçada, longe das câmeras é claro! Não fomos muito longe, afinal, ele ainda é uma das minhas opções para casar, mas foi melhor do que eu imaginava que seria, sabe?❞ Começou a contar, talvez fosse ser mais fácil tagarelar do que imaginava, ainda que os olhos não se mantivessem fixos em nenhum ponto especifico da face alheia, sentiria vergonha se o olhasse nos olhos. ❝Também beijei Aleksei tem algum tempo e agora ele parece bem adepto de provocações utilizando de nossos poderes, o que não é ruim, mas não esperava que ele fosse começar a fazer isso em público também...❞ Fez uma pequena pausa apenas para respirar. ❝E acho que o mais importante... Não foi exatamente premeditado, meio que só aconteceu, mas eu tive minha primeira vez com o Hakon nas ruínas?❞ Era pra ser uma afirmação, mas soou como um questionamento pela incerteza se haveria julgamento da parte alheia ou não. ❝Eu estava preocupada que fosse perder o controle dos meus poderes e estragar tudo, bem, eu perdi o controle eventualmente e foi doloroso, mas de alguma forma... Acho que ele não se deixou abalar pela parte dolorosa, talvez seja mais resistente. E então, era como se estivéssemos conectados, sabe? Ligados mentalmente? E tudo ficou tão intuitivo, era como se compartilhássemos a experiência em outro nível e... Okay, sem muitos detalhes, foi muito bom só que agora eu meio que não consigo desconectar nossas mentes por inteiro? É quase como se fosse um canal aberto quando ele está perto... Ainda não sei como resolver isso.❞
"— Claro que lembro, até demais." Para uma pessoa que tanto acusavam de ser burro, Sergei tinha pensamentos demais para a própria cabeça. "— Porque...." Porque ele detestava ser comparado com um cachorro que só obedecia. Sem vontades, sem personalidade. Porque o Pai o chamava assim, o tratava assim, e ele nunca esqueceria o olhar do mais velho sob si. Mas claro, Anna não tinha culpa dos traumas dele e o olhar dela era tão sincera que o fazia relembrar que realmente, ela jamais usaria algo assim contra ele. A menos que desse motivo. "— Eu...eu sei, você é diferente agora. Sempre foi um pouco. E.....tá, tá! Você pode, eu acho, só não me chama assim na frente....." Ele se parou, observando ela voltar a ser morena, ficar de pijama. Na frente dele. Na mesma cama que ele. Ele comprimiu os lábios. "— Dos outros. É....vai ser algo só é entre nós....é..." Ficou desnorteado por uns segundos...seria bem difícil. A surpresa dela em relação a política foi o que salvou os pensamentos dele, e um sorriso sincero surgiu. Ele tinha estudado bastante horas a fio, na esperança de surpreender. Quando isso não deu certo, apenas passou a se focar em ser a mão direita de Irina. Era necessário e ele gostava. "— É plausível, não é? Não precisaria matar, porém, é mais seguro assim. Infelizmente. Isso ajudaria muito com nossas ameaças. Também conseguiríamos manter Techkno Ukrain na linha, e Alek ficaria quieto. Quanto a tradição de ser um país matriarcal, isso é facilmente resolvido. Ele seria o rei, mas sua esposa teria mais agência, e quando tivessem filhos, a primeira menina seria herdeira. Assim a tradição iria continuar. Poderíamos também anexar eles a Rússia, e se Alek não se comportar, o rei poderia ser Gustav. Caberia." Confiava em Anna o suficiente para contar aquilo como se não fosse nada. "— Claro, hipotéticamente." Deu uma risada, ambos sabiam que não era tão hipotético assim. Quando dito que ele era único, Sergei ficou aliviado, e não evitou deixar um beijo rápido na bochecha dela. "— Fofa. Isso mostra que eu sou seu melhor amigo de verdade." O sorriso se alargou, agora se sentia feliz. Esse era o posto que ele sempre quis ocupar, tinha lutado por isso. Sabia que era lembrado, e só ele, era uma confirmação em sua cabeça. "— Agora vamos, o que tem pra me contar? É algo grave?" Se preocupou, afinal, era Anna. Balançou ela um pouquinho como se exigisse rapidez, apenas uma brincadeira, antes de fazer mais um biquinho. "— Isso daí é preconceito, eu sou estranho, Anna. Eu sou russo. Irina só não sai nas mesmas reportagens porque ela não fala com gente. Mas ela é um gênio, então imagina as coisas que não se tem com ela." Se defendeu, mesmo que soubesse que era bem diferente. "— Eu só....não me acostumei com não poder tocar quem eu amo."
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❝Talvez seja uma espécie de teste.❞ Sugeriu ainda que soubesse ser pouco provável, era apenas mais uma forma de gerar engajamento e distrair o povo dos reais problemas, como sempre. ❝Faço tudo que está ao meu alcance e até além para que me mantenha longe dos pecados, tenho apenas a agradecer pelos anos de ensinamento em Genebra e em minhas excursões com o convento.❞ Claro, o que era falado dentro do convento era muito diferente do que corria na mente do clero, por onde ela perambulava com maestria. Não possuía apego real contra ideia de pecar ou não, mas era bom que parecesse que sim. "Claro que sei... Mas é sempre divertido os empurrar até a beira do penhasco" mesmo que apenas um sussurro mental, era quase como se um sorriso pudesse ser visto dentre as palavras da loira. "Porém, tudo bem, não me intrometerei na queda alheia... Mas aceito uma sugestão de algo interessante a ser feito, eventos tão cheio de câmeras são essencialmente tediosos." e ainda que ela disfarçasse bem no exterior, sempre calma e contida, o interior da princesa era muito mais agitado do que gostaria de admitir. ❝Agradeço pela preocupação, acredito que sua presença aqui servirá para iluminar o caminho de muitos ainda, especialmente dos mais jovens. Manterei suas palavras em mente, me alegra saber que o confessionário sempre estará livre para os dias que meu coração pesar demais.❞
— Não sei sequer o porque de ter uma fonte aqui. — Pontuou, por mais que o motivo fosse claro: gerar mais audiência. Mesmo assim, era uma isca que só os mais tolos cairiam; aquele definitivamente não era o caso de Annalise. — Mas Vossa Graça faz bem em se manter afastada. Não é da vontade dos Santos que se aproxime de qualquer pecado. — As palavras eram automáticas; apenas repetições dos anos de estudos no Magiaterium. A verdade é que Caden não mais se importava. Sentia uma especie de alivio que pudessem se comunicar de uma forma que a audiência não percebesse. “ Não precisamos fazer nada para que os outros caiam em tentação, Anna. Você sabe muito bem disso.” Transmitiu o pensamento com a certeza de que ela estava ouvindo. “ Ninguém foge dos desejos. Apenas aprende a esconder bem. E os que reprimem, uma hora ou outra, caem.” Como alguém que tinha vivido ano no convento, a princesa também sabia disso. — Não, Alteza, não acho. Mas nem todo mundo resiste. Se pecar, deve ir ao confessionário e se confessar, e os Santos perdoarão.
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Realmente não deveria ser surpreender com ele não fazer questão de tornar as coisas fáceis para ela, quando alguém tinha interesse nisso? Nunca. E justamente por isso optou por deixar de lado a resposta dele sobre estar morando ali, ainda que poderia ter feito algum comentário espirituoso ou sarcástico, mas novamente, ela não tinha de aparentar nenhuma dessas coisas e estava bem se atendo a cortesia e silêncio. ❝Perdoe-me, mas não me recordo de termos tido qualquer conversa demasiadamente profunda... Ainda que não seja necessariamente uma cobrança, me deve um prometido chá, não é?❞ Sugeriu em um pequeno sorriso ensaiado, ainda que pela primeira vez se permitisse sussurrar na mente dele "Não é prudente falar coisas que podem ser mal interpretadas frente a tantas câmeras, se quiser conversar com mais liberdade basta que pense no meu nome antes do que gostaria de dizer, alteza... Desta maneira não invado sua privacidade." sugeriu com simplicidade, ainda que é claro, se fosse invadir a privacidade dele tão pouco alertaria, mas ele não tinha motivos para pensar nada de negativo sobre ela. Quase teve vontade de dar um passo instintivo para trás quando ele se aproximou, mas pelo contrário deu um passo a mais na direção dele, não se deixando ser encurralada tão facilmente desta vez. Até por que não confiava tanto em si mesma se fosse encurralada outra vez e Annalise não tinha pretensões de ser comparada ao irmão em gerar manchetes. Por um momento travou, por que ele estava certo quanto a uma das preocupações da princesa, por mais que o termo de ser comprada fosse desprezível, havia o incomodo de sentir que não seria escolhida por ninguém. Ernestine foi condicionada a pensar a vida inteira que era substituível e descartável, especialmente se não fosse perfeita e fizesse o que deveria ser feito, o que era esperado dela. Se esforçou para recolocar um leve sorriso no rosto e fingir que ele não havia lhe tocado na ferida. ❝E como pode ter tanta certeza? Certamente sou uma das pessoas menos conhecidas no momento... E ainda que reconheça bem minhas qualidades, não tenho a arrogância de pensar que estou acima de todo o resto.❞ Annalise estava longe de ser uma pessoa realmente humilde, mas não fazia mal parecer que possuía alguma e não apenas inseguranças. ❝Ainda que imagino que não deixariam ninguém sem um par no final, não concorda? Seria errado lhe perguntar se já possui alguém em mente para o leilão?❞
Ele não estava preocupado com o leilão em si. Sabia como funcionava - acompanhava ano a ano - e já tinha separado algumas milhares de liras para o acontecimento. Era importante que mostrasse não só interesse na dinâmica, mas, também, poder de compra, e se a intenção era vender a Anatólia como um império próspero, ele também tinha de ser mão aberta quando se tratava de fazer um arremate público. Naquele momento, contudo, estava mais focado no que estava acontecendo do lado de fora do salão, mais precisamente, a partir do instante em que avistou Annalise. Tinha convicção que a princesa estava o evitando, só não tinha provas ainda - o que poderia mudar se forçasse uma aproximação. Ele não podia negar a si próprio que estava interessado em um segundo round, de preferência mais demorado e privado do que aquele que tiveram na Caçada. Só esperava que a Liechtenstein não alegasse que tudo não passara de um lapso ou coisa do tipo. Quando se aproximou dela, praticamente a encurralou. Aquela era uma parte do jardim que não contava com tantas luminárias, ainda que elas fizessem sua parte para dar a ele uma visão do rosto da loira. Sarp estava ciente das câmeras, então não podia ser tão incisivo quanto na floresta, é claro. "Se bem me lembro, estou morando aqui, alteza" meneou a cabeça na direção do palácio, ignorando o gesto dela de sinalizar o jardim. Anne devia estar um tanto nervosa com a presença dele - o Karadag atribuía a isso - então era justo que lhe desse um desconto. "Vai ser assim, então? Vamos fingir costume com essas conversinhas triviais?" comentou, com um risinho baixo ao final da frase, ao mesmo tempo que dava mais alguns passos despretensiosos na direção dela. "Temerosa de não ser comprada por ninguém?" elevou uma das sobrancelhas, enquanto a encarava de cima. "Não acho que essa possibilidade exista"
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❝Ah... Perdão, acho que só estou com a mente um pouco cheia demais.❞ Ofertou um sorriso simpático, ainda que sua frase fosse verdadeira em múltiplos sentidos, sentia a cabeça começar a latejar levemente de dor. ❝Por algum milagre, não teria nada que pudesse aliviar dor de cabeça magicamente, não é?❞
ᘛ featuring : @emannalise ᘛ scenary : jardim das luminárias
❛ you look lost, anna. is everything ok? ❜
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❝Ele é? Juro que não sabia nada sobre... Na verdade, não acompanho muito a maioria dos artistas, mas vou adorar aprender mais com você.❞
ᘛ featuring : @emannalise ᘛ scenery : pista de dança
❛ He's a huge asshole, and a horrible artist. ❜
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Estava um tanto distraída, até por que havia usado mais de seus poderes mentais do que deveria em um único evento e isso era desgastante, mais do que gostaria de admitir. A dor de cabeça era leve, mas o cansaço e a distração eram mais fáceis de serem observadas. Quase se assustou quando ouviu subitamente a voz atrás de si e sentiu a mão sob o ombro, não teve muito tempo de pensar antes de começar a ser puxada e ser forçada a correr. Apesar da surpresa, não conseguiu controlar uma pequena risada de escapar por entre os lábios, mesmo que não devesse. Estava um tanto cansada demais para pensar nos protocolos e não era como se o Lefevre facilitasse para isso, então, optou por ignorar a existência das câmeras por alguns minutos ao menos. ❝Ei! Não deveria ao menos me avisar para onde estamos indo?❞
ᘛ featuring : @emannalise ᘛ scenary : fonte dos pecados
sua chegada não vem anunciada com saudações rebuscadas, até porque esse não é o estilo de theo. ao invés disso, ele apenas esvazia a mente enquanto se esgueira entre a multidão do salão, afastando qualquer pensamento que lhe denuncie antes de surgir pelas costas da princesa telepata. ❛ rápido. não olhe agora, apenas faça o que eu falar. ❜ seu tom é firme, como a mão que repousa sobre o ombro esguio, sussurrado há centímetros de seu ouvido. e theo consegue soar sério mesmo quando segura o riso. a destra desliza pelo braço, até agarrar a mão dela. �� e sem ligar para o que ela fala, ele apenas exclama: ❛ corre! ❜ no mesmo instante que acelera, puxando-a consigo, sem margem para um não.
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Não poderia dizer que não se importava de ser evitada, por que ela preferia ser quem evitava os outros, contudo era apenas fácil presumir que ele a evitaria quando ela havia perdido o controle. Mesmo que de uma forma que nem ela entendesse muito bem, mesmo que tudo que ocorreu entre eles tivesse sido mutuamente satisfatório e muito melhor do que ela imaginava, sabia que a maioria das pessoas estranharia ou detestaria ter alguém suas mentes. Cresceu com suas habilidades sendo recriminadas, o suficiente para ter se contentado com o pensamento de quele a evitaria ate onde era possível ou talvez se visse com algum ressentimento contra ela. Não esperava que ele fosse responder em voz alta, mas não lhe era surpresa que estivesse ainda confuso. "Não é sábio mentir para uma telepata, Hakon." alertou novamente em outro sussurro mental, ainda que estranhasse o quão fácil havia se tornado a comunicação mental entre eles, agora ela não tinha mais que forçar os sussurros para ele, era quase como um rádio sintonizado na frequência certa. Apertou mais a taça em mãos quando ele se aproximou, não achava que proximidade demais fosse adequado naquele momento. ❝Fez o que tinha de ser feito? Pelo seu pai?❞ Não havia escárnio ou julgamento em sua voz, ela mesma faria muitas coisas pelo pai... Guardava um segredo criminoso por ele. E também tinha seu próprio senso de maquiavelismo, via muitas das outras nações como peões, fazia parte do jogo político. Porém, era muito mais agradável ouvir na mente dele que agora ele não os trairia, talvez pudesse começar a considerar o usar um pouco menos. Talvez pudesse ser mais genuína em sua bondade, ou não, não sabia se era um bom momento para tal. ❝Estou bem, eu reconheço quando as coisas não passam de impulsos impensados, Hak, não posso lhe julgar quando eu mesma fui guiada por meus impulsos, não é? Não precisa se preocupar com isso.❞
Talvez estivesse tão envergonhado que aquela fosse a única frase encontrada para puxar assunto. Fazia alguns dias que vinha evitando Annelise, se limitando a cumprimentos educados e distantes, sem saber exatamente como agir na presença da loira. A seu ver, era possível que a tivesse desrespeitado com suas ações. Mas o que havia acontecido entre eles... Ele nunca tinha se sentido tão satisfeito sexualmente. Era como se a garota estivesse dentro de sua mente, desvendando tudo o que ele ansiava. Em contrapartida, era como se ele soubesse exatamente onde tocar para fazer com que ela se desfizesse, e não por experiência, mas porque ela estava lhe repassando as coordenadas. Por muitos dias, se perguntou se estava imaginando coisas. Agora, no entanto, assim que se aproximou, mesmo que Anne estivesse de lábios fechados, ele pode ouvir a voz dela alta e clara em sua cabeça, o que fez com que seus olhos se arregalassem brevemente. "É claro não estou desconfortável" mentiu, em voz alta, para testar. Se estivesse ouvindo vozes, ela não entenderia sua réplica. O engolir em seco, seguido de um gole em sua taça, tentando parecer descontraído, dizia o contrário. Ainda assim, ele se aproximou um pouco mais da princesa, a analisando por alguns segundos, esperando, crente de que seria repelido. "Não, eu..." já tinha feito coisas por debaixo dos panos, contra o reino dela, a pedido do pai, mas não mais. Eles eram o que lhe restava em termos de família agora. Hakon seria incapaz de traí-los. Como a própria havia dito, eram amigos, e era por isso que ele estava preocupado sobre ter feito algo que a desagradasse. "Estava me referindo ao que aconteceu naquele dia no templo" disse mais baixo, num tom pouco mais alto que um sussurro. Havia câmeras por todos os lados e ele não queria ter aquela conversa privada diante das mesmas. "Só queria me certificar que você está bem"
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Mesmo que não conseguisse ver seu rosto, poderia dizer que era bom ver um véu conhecido entre a multidão. Não eram muitas pessoas que havia feito amizade quando no convento e haviam ainda concordado em trocar cartas com ela, por isso apreciava quem tinha. No mesmo momento que a ouviu falar sobre a comida, largou o aperitivo que havia pegado de volta a mesa, não querendo deixar a outra com mais fome se fosse esse o caso. ❝É realmente inviável que coma agora, não é?❞ O tom era gentil, ainda que não soubesse muito como contornar a situação de maneira delicada, não era mais tão comum para a loira ser inteiramente gentil e cautelosa de verdade. Era mais fácil quando era fingimento, quando não se importava com a pessoa. ❝Que tal se fossemos um pouco para o lado de fora? O jardim está lindo! Também acho que está menos lotado de pessoas, pode ser um pouco melhor para respirar com tranqulidade.❞
starter — livre para todos os públicos
não era de todo incomum que capitolina se sentisse deslocada em eventos sociais. por mais extrovertida que fosse, o véu que cobria seu rosto, sempre que estava em público, criava uma barreira entre ela e os outros. enclausurando-a em um lugar quase que inatingível para outras pessoas. por mais que fosse uma parte constante de sua vida, desde que entrara no reality o véu vinha se tornando uma gaiola, amarras que privavam a princesa de encontrar um amor e se livrar de vez daquela prisão. — isso parece extremamente apetitoso. — comentou, em um tom animado, ao sentir alguém se aproximando escondendo com mestria seus reais sentimentos. — vou pedir que separem alguns para que eu possa experimentar depois.
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@voutebahar disse "That's what, two… five points ahead of you?" no banquete
A presença e companhia de Bahar lhe era agradável, ainda que Annalise sentisse de que deveria sempre se conter em sua maldade na presença alheia, por diversos motivos. Porém, parecia ser uma mulher fácil de lidar e poderia achar pontos em comum o suficiente para que uma conversa seguisse sem muitos problemas, o que era mais que o suficiente para a loira. ❝Hum... Talvez, mas é um tanto injusto quando você os conhece muito mais do que eu, não concorda?❞ Inqueriu em um meio sorriso, bebendo mais um gole de sua taça, enquanto os olhos varriam o salão observando os outros membros da corte presente. Havia alguns minutos que haviam começado uma espécie de jogo, tentando adivinhar os próximos passos dos nobres e suas aproximações. E ainda que Annalise nãos e importasse de usar seus poderes para roubar, sentia os poderes um tantinho enfraquecidos pelo uso constante até o momento e isso transparecia pela forma que estava perdendo para a assistente, fazia o possível para conter seu lado competitivo dentro de si e não transparecer frustração. ❝Mas agradeço pela ideia, de certo modo, isso tem me ajudado a discernir melhor as pessoas que nos cercam... Preciso compensar por todos os anos distanciada da corte, não?❞
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@dehvsse disse "i know i'm the last person you probably want to see, but…"
Estava quase distraída com a taça de vinho na mão, mas isso logo mudou quando a visão do ranudense surgiu a sua frente. Por mais que odiasse, não conseguiu conter o rubor que lhe subiu a face e quando fechou os olhos e imagens bem vividas lhe retornaram a mente, ela parou de respirar por alguns segundos. Negando levemente com a cabeça quando abriu os olhos outra vez, como se tentasse afastar os pensamentos indevidos e completamente indiscretos. Quando ouviu as palavras dele, no entanto, ela quase riu. ❝Eu poderia dizer o mesmo pra você.❞ Concedeu em um tom mais baixo, ainda sentia inevitavelmente a presença mental dele, era quase como se ainda estivessem conectados e ela não conseguisse desligar. O que causava certo desespero, motivo pelo qual muito provavelmente dificultava o barrar de sua mente e vice versa. Ou ela só não sabia explicar o que acontecia, era bem plausível já que nunca havia feito nada do tipo antes. "Peço perdão, se estiver sendo desconfortável pra você." pediu em um sussurro mental, ainda que não se sentisse tão mal assim, talvez apenas que agora ele saberia que ela não se sentia tão mal e isso a preocupava. Se tivesse sorte, ele ficaria confuso demais para compreender sinais mentais e as mensagens, ela mesma havia demorado quando criança para compreender a mente dos outros. Ainda estavam em frente as câmeras, era o suficiente para que ela voltasse a postura sorridente e gentil, mesmo que fosse assutador pensar que agora ele sabia dizer o quanto toda sua postura e controle eram uma mentira. ❝Garanto que não é a última pessoa que gostaria de ver, Hak, tem sido um bom amigo e não me fez nada de ruim... Digo, nada que eu saiba ao menos. Deveria me preocupar?❞
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❝E você não lembra do que pensa e imagina?❞ Indagou como se fosse algo óbvio, não entendo por que de tanto questionamento, até por que esse costumeiramente era o papel dela. ❝Do que está falando? E por que não?❞ Questionou, ainda que não se conteve em invadir os pensamentos dele dessa vez para que entendesse do que se tratava. ❝Hündchen... É claro que não estou lhe chamando assim com más intenções, sabe que não lhe pouparia a crueldade se fosse o caso.❞ Afirmou com tranquilidade assustadora, ela já não era mais a garotinha que havia sido um dia, independente do quanto ele fosse resistente quanto a isso, mas certamente ele já havia se habituado aos comentários eventualmente maldosos que ela fazia. Para tentar apaziguar mais a situação, usou dos poderes mentais para voltar ao cabelo castanho e mudou o vestido cheio do baile para um conjunto de pijama azul gelo feito de seda, talvez o suficiente para remeter as antigas festas do pijama dos dois.
O observou com surpresa quando o assunto virou política, algo que definitivamente não era um dos interesses dele na infância e não parecia ser agora, mas talvez estivesse errada. E pontada de maldade nas palavras alheias já pensando em como manipular Aleksei para que cumprisse com os objetivos políticos fez com que os olhos esverdeados brilhassem, por alguns segundos o olhando com algum interesse que talvez fosse além. ❝Isso seria maquiavelicamente plausível... Não me incomoda em falar de política, na verdade, seria bom que eu ouvisse mais depois de tanto tempo fora.❞ Comentou o incentivando a continuar, a mão que antes segurava a dele subindo pelo braço alheio até seu ombro em uma caricia, antes que afastasse o toque ao perceber que talvez fosse indevido. Por alguns segundos, ela se sentiu mal pela pontada de tristeza na voz dele e odiou cada segundo daquele sentimento... Por que significava que se importava, detestava se importar com as pessoas, tornava potencialmente perigoso para que Annalise ficasse perto delas. ❝Nada com ninguém, nem mesmo Franz ou Sofiya.❞ Achou que isso faria ele se sentir melhor, por não ter sido o único, mas omitiu o fato de que inicialmente se lembrava um pouco mais de Franz do que dele, dessa vez sem instigar sentimentos negativos. ❝Sim, você sempre fala de quando erámos crianças, queria fazer algo que remetesse a isso... Até por que tenho outras coisas para contar pra você.❞ E como ele parecia querer tanto o papel de melhor amigo dela, teria de ouvir. Ficou menos preocupada quando ele por fim deitou com ela, ainda que não fosse mais tão acostumada com toques e proximidade, trazia memórias da infância e era o suficiente para que permitisse o corpo relaxar dentro do possível. Agora deitada de lado e de frente pra ele, se aproximou mais o abraçando levemente, como costumavam fazer na infância. ❝Ainda não sou muito acostumada, mas tem melhorado... E já tinha dito que meu problema maior eram as câmeras, você sempre tem a mania de agir e falar coisas estranhas em frente as câmeras.❞
"— Mas minha questão é....você vai lembrar? Eu vou lembrar?" Talvez estivesse fazendo questões demais, e questões complicadas que só poderiam servir para motivos específicos que ele não deveria induzir. Não era certo, claro que não. Ela tinha deixado explícito que deveria haver distância. Então foi Sergei que estranhou quando foi mais puxado, não que isso o movesse. Ainda a olhava com seriedade. "— Não aconteceu nada além das suas próprias palavras, aninha. E não me chame assim." A relembrou, odiava ser chamado de cachorro. Todos sempre chamavam ele de cachorro. Mesmo que o apelido fosse carinhoso e ele gostasse, não sabia mais se ela fazia com as mesmas intenções. Céus, o príncipe rezava pra que sim.
"— Alek iria reinar, ele é inteligente, tem bons contatos. Um bom acordo manteria ele na linha e deixaria Irina feliz. Fora que é apenas oferecer a ex noiva que ele provavelmente vai ficar calado e obediente. Assim também estabelecemos uma conexão direta com a Europa Ocidental e....." Ele parou, depois riu. "— Muita política, perdão. Nada do seu interesse." Talvez ele apenas quisesse fugir do elefante na sala. Prestou atenção em cada palavra dela, arqueando uma das sobrancelhas. "— Você quer dizer que eu....que você, na realidade, não lembrava de nada? Tipo....nada? De nós?" A realização doía, porém, o alívio era seguido de pensar que ela se lembrava sim. Pelo menos agora. "— Ah......ah sim. Então você se lembra um pouquinho agora. Por isso quer deitar comigo." Isso facilitava as coisas. Considerando então que ela não devia ter nenhum problema com a aproximação, Sergei simplesmente se deitou ao lado dela confortável, e seu sorriso radiante voltou aos lábios. "— Bobinha, eu não tinha me deitado porque pensei que você estava desconfortável ainda. Não sou eu que tenho problemas com toques aqui."
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@bancadenevangelica disse "You were told what to do." na fonte do pecado.
Com o vestido que usava era um tanto difícil se sentar a beirada da fonte, mas conseguiu após algumas tentativas tentando não parecer destrambelhada. De certo modo era quase cômico que fossem justo os dois próximos da fonte do pecado, ironia talvez, mas uma que ela poderia rir mesmo que apenas internamente. Arqueou uma sobrancelha diante das palavras alheias, ainda que um pequeno sorriso repousasse nos lábios da loira. ❝A ficar longe da fonte e não cometer erros? Isso sim me foi falado.❞ Afinal, os erros e os pecados haviam sido feitos para serem trancafiados, não para serem expostos em rede internacional, ao menos não os pecados deles... Os dos outros poderiam ser televisionados sem problema algum. "Uma pena que está noite estejam focados demais em nós, torna quase impossível fazer que os outros bebam." o sussurro mental foi como uma brisa suave passando ao lado da cabeça de Caden, a expressão da princesa ainda neutra em seu exterior. "Mas é difícil fugir de um desejo que simplesmente surge em sua mente, não, concorda?" a sugestão implícita do uso dos próprios poderes era bem pontuada, poderia os gerar alguma diversão se assim ele quisesse. Contudo, ele a conhecia bem o suficiente para saber que ela não faria nada que a comprometeria abertamente. ❝Mas por que diz isso? Acha que deveria beber da água? Que os santos aprovariam?❞
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