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Anotações registradas nas primeiras reuniões em classe, feitas juntamente à professora para definição dos pontos relevantes para a visita guiada que seria feita posteriormente. Ordem dos cadernos da esquerda pra direita: Victor, Débora, Isabella e Rafaela.
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Registro da conversa e anotações do grupo para definição do roteiro que seria utilizado no dia da visita guiada.
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PRIMEIRA VISITA AO MAM
A educadora Carol Machado, afirmou que é o 36°panorama de artes brasileiras. Perguntou se é a primeira vez que viemos no mam, falou sobre Matarazzo, que em 1963 queria cuidar só da bienal e de um museu e doou todas obras de arte moderna para a USP. Afirmou que antes o iMAM era um depósito e foi convertido no MAM, falou da curadora do Sertão, que é foi elaborada por Julia Rebouças, perguntou o que nos remete ao pensar sobre o sertão. Julia Rebouças pensa sertão como um lugar de resistência e experimentação, falou das questões das mulheres, dos trans, do racismo no Brasil, querendo trazer um diálogo entre os visitantes através dessa exposição, com várias técnicas, vídeos, gravuras e telas.
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A visita, feita para reconhecimento e familiarização dos grupos com a exposição e o tema, foi o essencial para início dos trabalhos. Citamos abaixo algumas observações individuais de cada aluno:
Renan Garriga Kawaguti, do grupo de educadores, afirmou no primeiro dia da visita ao MAM que estava estudando cada artista para saber o que vai falar, o que vai transmitir para entendimento de todos alunos.
Victor Roberto achou interessante, citou Gervani de Paula achou enigmática a obra dele Deus Apis, suas esposas e seu rebanho ou O mundo Animal que faz referencia ao egito antigo, onde o touro era venerado, representando força, vitlidade e virilidade, como bem observado muitas das obras apresentam o falo que era muito cultuado por civilizações antigas como representação da virilidade.
Rafaela da Silva Leite, do grupo educativo, percebe nas obras uma ideia de empoderamento, questões do feminino e da transexualidade.
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Leticia Sayuri, do grupo de documentação, comentou sobre uma instalação da artista trans Rosa Maria, falou também que a autora possui um canal no youtube chamado “Barraco da Rosa”, de como ela não tem voz na sociedade e usa esse canal para compartilhar seus ideais. Rosa Luz afirma que seu canal no youtube é uma forma de não perder seu trabalho artístico, de expor suas idéias e quebrar estigmas negativos sobre transexualidade, raça, classe e gênero.
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Lohan Nunes, do grupo de material didático, falou da obra de Randolpho Lamonier , “Fui criado entre máquinas e fogo, 2019” que é uma obra suspensa , associado a lembrança familiar do artista que afirma que muito dos objetos foram pegos de sua casa, como as plantas suspensas , é uma lembrança familiar. Lohan afirmou uma conexão com a obra pois os objetos o trazem recordações familiares por ter objetos antigos e plantas suspensas, pois na casa da sua avó tem muitas plantas, essa obra trouxe boas memórias de sua infância.
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MEDIAÇÃO DE VICTOR ROBERTO
O roteiro começou pelo educador Victor Roberto, que falou sobre a obra da autora Lise Lobato, “As facas do meu pai, 2005” e perguntou quais as funcionalidades das facas a nosso ver. Gustavo Sartório, do grupo de Oficinas, citou “cortar peixes”. A professora Andrea, da disciplina de mediação e curadoria, disse mais sobre a questão do colecionar. Claudine, do grupo de documentação, associou a faca à masculinidade e a aluna Gabrielle observou facas menores, que podem ser associadas ao feminino. Sartório comentou que a faca na verdade é uma forma de proteção. Victor retomou que as facas aos vaqueiros nordestinos, que, no mato, usam ela como uma forma de sobrevivência. Professora disse que a faca na verdade é uma tecnologia, que pode ser usada de varias formas, para abrir o matagal descascar uma fruta, ou como forma de armamento uma arma branca.
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Victor associou as facas à cultura Marajoara, pois essa cultura possui muitos desenhos em cerâmicas, e as facas também possuíam muitos desenhos e símbolos associados ao estado de Alagoas, onde o pai da autora viveu.Perguntou se a faca pode ser um instrumento de censura ou luta, Gabrielle Victória, do grupo de documentação, respondeu que depende de quem a usa, professora complementou que pode ter as duas possibilidades.
Victor nos deu um papel com um pedaço da música do Belchior, “A Palo seco”, que dizia:
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Perguntou qual associação podemos fazer dessas palavras com a obra facas de Lise Lobato. Ele afirmou que a música se refere a ditadura, e associou como uma forma de luta dos nordestinos. Professora Andrea concluiu que não se trata somente de cortes na pele, mas na alma existem cicatrizes que cada um carrega.
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MEDIAÇÃO DE RAFAELA LEITE
Seguindo o roteiro, Rafaela da Silva falou da obra da artista Mariana de Matos, “fundamento, 2019 poesia multimídia” e disse que a artista é negra, mulher, poeta e escritora. Sua obra tem diversos materiais, como vidro, quadros e madeira.
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A razão de ter feito sua arte em uma parede grande é para dizer “estou aqui e isso é importante”. Rafaela conta da importância do negro na sociedade, de como os negros hoje em dia tem pouco acesso a faculdade, falou que essa exposição é para pessoas se conectarem e passar o que sente, da colonização neoliberal e da resistência, perguntou também se alguém tinha passado por alguma experiência étnica racial. Gustavo Sartório, do grupo de oficinas, falou da arte rio MIA, que pixou a palavra “negro”. Para finalizar, Andrea falou do processo de colonização crítica que foi feito no Brasil.
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MEDIAÇÃO DE ISABELLA SILVA
A próxima obra, “Caderno de Campo” foi apresentada por Isabela Silva,que falou sobre artista Vânia Medeiros. Disse que ela é baiana e vive em São Paulo, lecionou aqui e usa desenho como forma de investigação, convidou pessoas a margem como forma de experiência, sendo pessoas da construção civil e profissionais do sexo, nessa experiência ela conversava em cafés com essas pessoas e entendia como a vida delas era marginalizadas, o que eles fazem. Os desenhos que eram expostos tinham uma estética infantil, mas ao mesmo contava com temas sexuais.
Professora Andrea acrescentou que existe uma forma de reflexão das profissões, e da importância da forma de fazer sua arte, saindo daquela ideia de só fazer pintura e abrir a mente para novas possibilidades. Falou do desenho como forma de mimese e do processo de criação na infância infelizmente bloqueado,pois as pessoas limitam as crianças a uma vivência puramente copista e não abrangem a criatividade e expressão do aluno. Falou também da associação que as pessoas tem de que quem faz arte é somente saber desenhar, quando na verdade vai bem além disso, a arte abrange varias áreas do saber como filosofia, história, sendo muito mais complexa.
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MEDIAÇÃO DE RENAN GARRIGA
Finalizando o roteiro, Renan Garriga Kawaguti falou da Rosa Luz, uma artista trans e de sua trajetória, cita que ela criou um canal no youtube para contar suas historias pois não tinha espaço na sociedade. O canal a ajudaria a expor suas ideias e sua forma de ver o mundo. Complementando, Professora Andrea contou de uma aluna trans para quem dava aula e foi assassinada, e que as transexuais tem uma faixa de vida em torno de 35 anos.
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Renan continuou a apresentação relatando que quando a autora tinha 15 anos, fazia poemas para se expressar. Explicou do vídeo e de seu primeiro LP, que apresenta, na primeira parte da música, sobre o repente típico do nordeste, no qual tem tipo uma batalha para ver quem ganha, tem rimas e silabas, sendo combinados como vai ser o repente, sendo que o repente pode ser associado ao trovadorismo. Renan citou parte da música:
Chego desse jeito no respeito Hip hop é o que tá tendo Pela quebra não me vendo Sou da rua monstra mesmo Vou rimando no veneno Vou sem grana chego e reino
Sério mesmo que tu pensa Que pras dona aqui da mesa É só chegar botando breja Que nós vai abrir as perna? Tá tirando seu comédia?
Renan diz que, com essa letra que, Rosa Luz afirma que o transexual só é associado a rua e a sexualidade, sendo que não é bem isso, e que o machismo mata muito mais as trans. A professora citou sobre Caue Alves e como as obras contaminam e que a obra “Algumas escaparam” influencia a obra de rosa luz.
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Para terminar, Renan falou da arte da artista trans Vulcanica Pokaropa, que fala sobre a vida de pessoas trans através de vídeos. A Pokaropa é formada em teatro, se sentia deslocada, era calada e por isso ela fez canal no youtube, com intenção de trazer visibilidade das pessoas trans. Professora afirmou que a Pokaropa fez um levantamento de um processo que se passa invisível pela sociedade.
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ATIVIDADE COMPLEMENTAR
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Após o termino do roteiro interno, o grupo de educadores propôs uma atividade para a turma na parte externa do museu, que consistia em uma folha grande no chão e materiais como tintas e canetas para que os alunos que acompanharam a visita mediada pudessem expressar suas opiniões sobre o sertão após encararem e observarem o tema de outra forma na exposição, podendo desconstruir os pré-conceitos que cercam o título.
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