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edhelan-bouer · 22 days
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Endireitou a coluna e espreguiçou-se abertamente enquanto caminhava nas ruas de Bray. As vitrines chamativas sempre a cativaram, desde as lojas de roupas até as de comida.
Seu fone de ouvido favorito tinha quebrado por isso resolveu sair de cara a procura de um novo. Foi até o centro vasculhar um bom e se deparou com uma loja de eletrônicos. Encarou por entre o vidro encaixando o rosto próximo e semicerrando os olhos.
Sentiu uma presença próxima e virou-se para encarar uma jovem loira um pouco desnorteada. Ao ouvir suas palavras entendeu o motivo da confusão estampada. Resolveu ajudar, mesmo que não se importasse com a situação.
— Muitas lojas fecharam de uns anos para cá. Faz tempo que não visita Bray?
Apontou para ambos os lados da calçada.
— Também tinha uma loja favorita de doces, mas eles fecharam. Agora abriu um Petshop no lugar. Nada a ver com nada.
Deu de ombros.
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os passos que pareciam tão certeiros tiveram a velocidade diminuída, apenas para que pudesse encarar a loja de eletrônicos à frente com uma confusão visível. "eu não percebi quanto tempo passei longe," um leve desabafo em tom cômico, para ninguém em especial. "pelo menos não até não encontrar mais nenhuma loja de roupas nessa cidade. parece que tudo mudou de lugar."
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edhelan-bouer · 22 days
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Após experimentar o gostinho amargo do atendimento ao público no seu trabalho, a garota decidiu tentar aproveitar o resto da noite enchendo a cara. Enviou mensagem para um de seus antigos colegas do orfanato que ainda mantinha contato de vez em quando chamando-o para sair apenas para passar o tempo, mas desistiu depois de 2h esperando sem retorno. Edhelan era acostumada em estar sozinha, mas por muitas vezes ansiava contar com algum tipo de companhia, nem que seja só para beber.
Passou em casa somente para tomar um banho rápido e trocar de roupa já que não iria deixar de ir para um lugar somente por estar sem alguém. Encarou mais uma última vez a tela do celular e respirou fundo, desligando-o.
— Tic-tac, hora de esquecer meu nome.
Sorriu espontaneamente e endireitou caminho para o Rock & Clover. Sabia como chegar lá pois já se apresentou diversas vezes. Inclusive, havia um show programado para daqui 2 semanas. Mas hoje estava totalmente livre para se divertir deliberadamente.
Já no local aproximou da bancada do bar e pediu uma tequila. Começou da maneira mais quente possível. Ouviu a mulher ao seu lado comentar algo sobre 4 sessões e não entendeu muito bem o que quis dizer com aquilo. Resolveu dar uma de curiosa.
— Você fez o que? Escondeu a Jéssica?
Apontou com o queixo como um aceno para a moça. A música um pouco alta dificultou o entendimento da frase e ela riu um pouco.
Grac-Lily havia passado a tarde toda no estudio tatuando, havia feito uma cobertura de alguém sem noção que tatou o nome da namorada e levou um chifre. Riu consigo mesma e terminou de fechar o estudio. Resolveu ir ao rock & clover tomar um drink. Chegou lá e pediu uma cerveja. Muse estava ao seu lado. "Depois de 4 hotas de sessão para esconder um Jéssica nada mais que merecido.
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edhelan-bouer · 24 days
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Se a vida de EDHELAN BOUER fosse virar um filme, CONTROL de HALSEY com certeza faria parte da trilha sonora, tocando em seu aniversário de VINTE E TRÊS ANOS e acompanhando-a durante sua rotina como ATENDENTE NA GROOVE RECORDS, COMPOSITORA E CANTORA. Quem sabe até não justificaria o motivo DELA ser tão CRIATIVA, mas ao mesmo tempo tão VINGATIVA? Isso eu já não sei, mas acho que AVITAL LANGER ficaria ótima no papel!
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ seu fervor incendeia. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ele irradia pressa em hipnotizar, ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ atiça a fornalha. sua necessidade é se alimentar, ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ a sede por fogo é tudo que vê.
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𝒑𝒆𝒓𝒔𝒐𝒏𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 ─── é uma mistura complexa de força, astúcia, determinação e vulnerabilidade. pode ser considerada uma jovem um pouco explosiva, apesar de se esforçar quando se trata do trabalho, já que é responsável com suas obrigações. se caso alguém cause um sentimento de desconforto em edhelan ela se lembrará de cada detalhe e até poderá usar isso contra a pessoa, já que além de possuir uma boa memória, ela é vingativa, sendo uma de suas barreiras emocionais que encontrou para se sentir segura.
confia em pouquíssimas pessoas, e as quais são premiadas com isso serão realmente pessoas de sorte. ela não é de expor sua vida pessoal, mas quando se tem uma proximidade maior com a pessoa pode revelar algumas coisas. por isso, dificilmente ela irá cair em uma lábia qualquer. por ser mentalmente instável muitas vezes acaba tomando decisões ruins, agindo pelos sentimentos momentâneos.
é uma mestre em utilidade, assim como os romanos, só cria algo se for para praticidade, e não só para enfeites. as vezes é comparada com uma pessoa fria e sem coração, o que de certo forma de aplica muito bem a garota. seu sorriso não é difícil de aparecer, mas nem sempre ele será verdadeiro. nunca foi de gostar de pessoas que a atrapalha quando está concentrada em algo importante, o que causa uma leve alteração em seu humor, ainda mais quando ela está compondo. gosta de curtir o momento sozinha.
o ruim de ser a garota, é simplesmente pelo fato de que ela não consegue muito bem comunicar com as pessoas com todo o trauma que passou em sua adolescência, o que a traz uma fama de anti-social, ou até mesmo antipática. involuntariamente ela acaba sendo, mas algumas vezes ela se esforça para não transparecer. sempre foi muito determinada, vai atrás de suas metas, e não espera ajuda de ninguém, muito menos espera um milagre. independente ao extremo, não aceita facilmente a ajuda das pessoas. assim como muitos, odeia que seu orgulho seja destruído, fazendo com que todas as coisas que diz sejam verdades, e não se deixa provar o contrário. mantém em mente sua meta, e até cumpri-la, não sossega nem um pouco.
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𝐛𝐢𝐨𝐠𝐫𝐚𝐟𝐢𝐚 ─── tw: agressão; drogas; abuso; problemas familiares
edhelan bouer foi uma garota que cresceu em um lar bem problemático. o amor era uma palavra distante e desconhecida. seu pai após um deslize mental foi lentamente consumido pelo vício das drogas, transformando-se em uma presença sombria e ameaçadora em sua vida. não se recorda de como as coisas eram antes desse episódio. as palavras que saíam da boca de seu pai que ela ouvia quando era pequena eram como lâminas carregadas de desprezo. "você não deveria ter nascido", "ter você foi um erro". ele repetia incessantemente, e com o tempo, inconscientemente edhelan começou a acreditar que aquelas palavras eram verdade.
sua mãe, uma mulher pacífica e calorosa, havia se tornado uma figura apagada, com os ombros sempre curvados e os olhos sempre distantes. apesar de sua mãe tentar demonstrar que ela era amada e querida, muitas vezes ela descontava na filha, a afastando. um dos motivos que levou edhelan a aprender a guardar seus sentimentos, a esconder sua dor para não ser um fardo.
a maior tragédia da sua vida ocorreu com seus 10 anos, golpeando-a de forma irreparável. a única pessoa que ainda trazia algum conforto era sua mãe e ela faleceu repentinamente. ou não tão repentinamente. após uma noite em que pai voltou bêbado para casa, ed foi tentar confrontá-lo. claro que como uma criança ela não podia fazer nada, mas tudo aquilo a irritava profundamente. seu pai nunca havia batido nela antes, mas nesse dia ele fez. sua mãe, num ato desesperado, tentou pará-lo, causando mais ódio e briga. na manhã seguinte, a notícia. o choque foi devastador para uma criança de apenas 10 anos. edhelan não entendia o que estava acontecendo mas se culpou. logo após o ocorrido seu pai desapareceu. toda essa situação fez com que ela se sentisse como se estivesse afundando em um abismo sem fundo. como não possuía familiar que cuidaria dela, foi enviada para um orfanato, um lugar que se tornou o palco de seus piores pesadelos.
o local para onde edhelan foi enviada era um lugar frio e desumano. infelizmente ela não nasceu com a sorte ao seu favor. as regras do orfanato eram rígidas e inflexíveis, e as crianças eram tratadas como números, não como seres humanos. ainda em choque pela perda recente, foi forçada a se adaptar rapidamente a essa nova realidade.
a vida no orfanato era solitária. as outras crianças, muitas delas marcadas por suas próprias tragédias, eram agressivas ou simplesmente indiferentes. a amizade era um luxo que edhelan não podia se permitir, pois ela já havia aprendido que se apegar a alguém só levava à dor. ss adultos responsáveis pelo orfanato eram distantes, focados em manter a ordem, e não em oferecer apoio emocional. demonstrar sentimentos era um risco que a garota não podia correr.
foi lá que ela começou a buscar uma forma de escapar de sua realidade. durante as noites silenciosas no orfanato, enquanto as outras crianças dormiam, ela ficava acordada, criando melodias em sua mente. no início, era apenas um murmúrio, uma forma de se acalmar em meio ao caos. mas, com o tempo, a música se tornou algo mais profundo, uma forma de expressão onde ela podia derramar todas as emoções que era forçada a reprimir durante o dia.
edhelan somente tinha acesso a um piano antigo. fez muito para merecer poder aprender a tocá-lo. além disso, ela inventava canções, escrevia letras na mente, e essas composições se tornaram sua única companhia verdadeira. cada melodia era uma fuga, uma viagem para longe do orfanato, para longe de uma vida que parecia destinada a ser apenas dor e sofrimento.
conforme foi crescendo e os hormônios foram tomando conta, surgiu algumas momentos de rebeldia, como uma resposta à dor que sentia. se tornou uma adolescente difícil, desafiando a autoridade dos cuidadores do orfanato e recusando-se a seguir as regras. era a única forma que ela tinha de sentir que ainda tinha algum controle sobre sua vida. mas essa rebeldia não era apenas uma revolta superficial; era um grito desesperado por ajuda, por alguém que pudesse entender a angústia que ela carregava.
até completar seus 18 anos tentou não ser adotada. não queria viver num lar que para ela era apenas uma ilusão. após atingir a maioridade deixou o orfanato, mas as cicatrizes emocionais estavam profundamente gravadas em sua alma. nesse meio tempo ela recebia uma mesada por ajudar nas tarefas domésticas e conseguiu juntar um bom dinheiro para se mudar para uma kitnet. após um tempo, encontrou por acaso a groove records e conseguiu conseguiu um emprego como atendente. estar cercada por música era uma forma de se manter conectada à única coisa que a havia mantido viva durante todos aqueles anos.
edhelan continuou a compor e a cantar, utilizando as noites para se apresentar em pequenos bares locais. suas músicas, carregadas de emoção, raramente eram compreendidas pelo público, mas para ela, essas apresentações eram vitais. cada vez que subia ao palco, ela sentia que estava exorcizando um pouco da dor que ainda carregava.
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𝐞𝐱𝐭𝐫𝐚 ─── nasceu e cresceu em bray; participa bastante do cineclube.
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