doremversos
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Oi minha querida, quanto tempo! Mais 5 anos se passaram, acabei de entrar aqui e ler o seu texto, tenho notícias muito boas! Esse ano finalmente você voltou a se reconectar com essa versão mais amorosa e sensível que tanto lhe fazia falta, agora se sente finalmente trilhando o caminho pra melhor versão de si e saiu do furacão katrina que tava sua vida. Para isso acontecer você teve que ter contato tete-a-tete com o fundo do poço e sentir o gosto amargo das decisões erradas que tomou, você pediu pra voltar a sentir as dores como quando era adolescente e olha que ironia, foi bem pior! Mas foi nessa ida ao fundo que te fez procurar ajuda e conseguir finalmente aprender a lidar com esse caos que sempre existiu aqui e nunca foi abraçado e direcionado da forma certa, agora tá tudo bem e vai ficar muito mais, daqui um tempinho eu volto com novidades!
Com muito amor de agora (e mais ainda que está por vir), da nossa versão em construção.
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Expressar a dor em versos.
Faz um bom tempo que não escrevo sobre a minha dor, 6 anos pra ser mais exata, não sei o que ocorreu nesse meio tempo que me faz parar... A falta dela não foi, ela esteve presente comigo em vários momentos nesse trajeto, acho que foi a falta de senti-la como deveria. Eu adquiri o costume de fugir dos meus sentimentos e apenas fazer de tudo pra esquece-los, meu choro tem sido contido e breve, diferente de antes, eu rasgava a alma, cutucava a ferida até ver derramar a ultima gota de sangue. O que me fez ficar tão fria e indiferente foi a dor de sentir a dor como ela era, doída. Eu era tão vulnerável, criei muitas barreiras emocionais desde aquele tempo, parece que perdi a mim mesma, ou pelo menos a melhor versão de mim. A vida tem sido tão dura desde então, e eu só tenho fugido de todos os problemas que me rodeiam, é mais fácil sabe... Fugir, não deixar doer. Mas eu percebo o mal que tem me feito, não emocionalmente, emocionalmente eu criei barreiras o suficiente pra impedir desse mal alastrar, digo como pessoa mesmo, não gosto do que me tornei e não estou sabendo como faço pra “destornar”. E é por isso que estou escrevendo, é o mais próximo que consigo chegar da menina de 6 anos atrás, que fazia isso com muito mais facilidade do que eu, por que ela sentia com muito mais intensidade do que eu. Se você estiver aqui ainda, saiba que eu sinto a sua falta, não da forma como gostaria, por que como disse, até o meu sentir foi afetado, mas se puder dar um alô, me reensinar tudo isso, eu estou disposta a reaprender. Aparece aí, antes que eu acabe te destruindo.
Com amor (ou o que restou dele), a pior versão de nós.
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