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                                              Performances
A performance é uma expressão artística em que o corpo é utilizado como mecanismo de manifestação. Ela pode se dar pelos diversos meios da arte dramática: dança, canto, teatro, mágica, mímica, malabarismo.
“Por sua forma livre e anárquica, a performance abriga um sem número de artistas oriundos das mais diversas linguagens, tornando-se uma espécie de "legião estrangeira das artes", do mesmo modo que incorpora no seu repertório manifestações artísticas das mais díspares possíveis.” - Performance como linguagem. Página 46, 2002.
No mais híbrido dos seus significados, a performance é a manifestação artística em que um artista se expressa, seja sua arte qual for. Levando este conceito para o artista de rua, a performance deve ser analisada em um sentido mais amplo, para assim levantar questões que juntas explicam  a necessidade artística do performer. Esta análise vai muito além do espetáculo que é apresentado, e o entendimento leva a questão do porquê essa arte é levada para a rua.
Um ponto a ser questionado, é a oportunidade que esse artista tem em relação a sua carreira, a princípio muitos vão para a rua pela necessidade de expressar a sua arte e não ter o “palco” ou o “público” necessário, mesmo sem segurança e com o preconceito, na rua esse artista tem a possibilidade de que sua arte de alguma forma, atinja e inspire um público.
Marginalização
Podendo ter o mesmo padrão de vida de um artista de teatro e grande mídia, diferente desses, artistas de rua são acometidos com a marginalização por conta de seu local de atividade. 
Um dos principais fatores é a visão enraizada da população de que esses performances não exercem um trabalho formal, os considerando como reles “mendigos”, o que pode ser refutado com a sanção da lei municipal de 2015, 15.776 , que dispõe sobre a apresentação de artistas de rua nos logradouros públicos do Município de São Paulo, e dá outras providências. Assim os legitimando formalmente como profissionais na importância  para a promoção artística e cultural do País.
 “Eles indicam que a reduzida visão para negócios e comportamentos ostensivos para arrecadar dinheiro são alguns dos fatores que levam parte da população a enxergar artistas de rua como pedintes. Parece haver um choque de classes econômicas e sociais nos ambientes de apresentação dos artistas de rua, dominados por profissionais com status já adquirido e incentivado pelo público de baixa renda. Existe também um caráter democrático do trabalho dos artistas de rua, em decorrência da diversidade de pessoas e de situações que permeiam o cotidiano deles.” - Artistas de rua: trabalhadores ou pedintes? Pagina 808, 2016
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                                           Artesanato
    Artesanato é o próprio trabalho manual, podendo ser manifestado de várias formas, como tecidos, cerâmica, madeiras, fibras, espelhos, plantas. Hoje é tratado como atividade inserida no mercado competitivo, contribuindo fortemente para o crescimento econômico e para o bem-estar social de muitas pessoas.
    Mas também há o trabalho artesanal nas ruas, que pode ir  muito além do dinheiro e do reconhecimento, é uma vida doada pela arte e pela liberdade. È a arte vinda da sua alma e transformada em expressão, crítica, ou sentimento.
Tempo de criação e mão obra cara vs mão de obra barata.  
Alguns trabalhos costumam ter a mão de obra barata, pela facilidade de fazer e a pouca quantidade de material, mas uma grande maioria a mão de obra se torna cara, tanto que acaba na maioria das  vezes não compensando por causa do preço gasto com material, sem contar o tempo que demorou para ser feito, as vezes demoram dias para ser pensado e elaborado são trabalhos e trabalhos e no artesanato está sujeito ter um retorno menor em determinadas peças como também uma grande aceitação do público.
“A partir da Segunda Guerra Mundial, a produção em grande escala de bens materiais, deu lugar à produção de bens imateriais (serviços, informações, símbolos, estética e valores) que caracterizam a dita sociedade pós industrial. Segundo Heskett (1998), nosso ambiente visual imediato é dominado pelos produtos de métodos industriais de fabricação. Eles constituem a paisagem da vida cotidiana, compreendendo em sua totalidade uma complexa trama de funções e significados, na qual nossas percepções do mundo, nossas atitudes e senso de relacionamento com ele estão intimamente entrelaçados. A cultura e os valores emergentes nesta atual sociedade são diferentes dos valores que foram cultivados na sociedade industrial. As formas, as cores e os sons são tão indispensáveis ao homem pós-moderno quanto a substância e a funcionalidade. Nesse contexto, os objetos tornaram-se um importante canal de comunicação, através dos quais os indivíduos expressam valores, status e personalidade. O caráter distintivo é dado pelo produto seriado e não mais só pela peça única. À medida que um objeto se aperfeiçoa e exaure a sua aplicação prática, acentua-se a exigência de que seja mais refinado, original, primoroso e agradável aos sentidos. Por exemplo, até algumas décadas atrás, os relógios se distinguiam principalmente pelo grau de precisão.” - O design, a arte e o artesanato deslocando o centro. Página 3, 2007.
A sociedade moderna é coberta por produtos com fins industriais, deixando tudo com a coloração cinza, deixando a cidade sem cor, tudo muito igual, a rotina pesada. Fazendo os objetos se tornarem importantes para a expressão, e dando um papel muito importante para o artesãos, que trazem formas, cores e sons com os seus projetos, dando vida a cidade e enfatizando a nossa cultura no nosso dia a dia. E seus projeto e objetos também tem o poder de protestar, expressar e reivindicar, tópicos de grande importância no século XXI.
“De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - MDIC, em 2004, o segmento gerou uma renda de cerca de R$ 28 bilhões ao ano, fruto do trabalho de aproximadamente 8,5 milhões de pessoas em todo o país. Estima-se que o rendimento médio mensal por pessoa seja de 03 (três) salários mínimos, variando entre um salário mínimo no interior e 5,5 a 6,0 salários mínimos nas regiões metropolitanas. No Nordeste, calcula-se que existam 3,5 milhões de pessoas inseridas no mercado informal, vivendo de atividades artesanais (BNB, 2002).” - O Artesanato como alternativa de trabalho e renda. Página 41, 2011.
O artesanato se tornou um importante meio de comércio, que sustenta famílias e gera renda. Com o crescimento do trabalho informal, foram criados decretos que regulam e  a classificação dos produtos artesanais e a identificação profissional do artesão, com o objetivo de coordenar e  desenvolver ações que visam a valorização dos mesmos, para assim divulgar o artesanato brasileiro, gerando mais oportunidades de trabalho.
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                                                 Música e Dança
“A essência da dança de rua é o feeling, o sentimento, como a música toca dentro de você, ao ouvir você começa a se mexer. Argumento falando para os meus alunos fechem os olhos e sintam a música, a mecânica às vezes impede de sentir a música, por mais que o movimento esteja errado ele precisa partir de dentro, quanto mais sentimento você coloca mais natural ele vai ficando e mais sentimento vai levando para outras questões do cotidiano, ao cumprimentar alguém, ao andar na rua, ao observar alguém entrar, vamos fazendo outras leituras. Para conhecer melhor a dança de rua é preciso ir para a rua, ir para as festas, para as baladas Black, sentir o calorzinho daquela movimentação. Fazer aula, participar de um evento, participar de um evento é legal, mas não é a realidade da dança de rua. Ouvir a música e dançar com os amigos...” - Danças Urbanas: uma história a ser narrada. Página 39, 2011.
A dança de rua tem como objetivo de mostrar para as pessoas, toda a sua arte através de movimentos, para o artista de rua ele coloca átona a sua disposição, a busca para mostrar a sua arte através da dança e a realidade de poder demonstrar uma cultura para toda a sociedade. Pode-se dizer que tem a dificuldade do dia a dia, mais é possível ver que a arte ela é vista com bons olhos por toda a sociedade. Por ser algo na rua os artistas procuram o seu reconhecimento, mostrar para o público o seu melhor com as sintonias de músicas, para que através delas o seu público possa se identificar.
Podemos afirmar que as nossas ruas são mais alegres e inspiradoras. Unindo em espaço público uma diversidade gigantesca não só de cidadãos, mas de criatividade. E é claro que a Avenida Paulista teria que estar no meio dessa grande diversidade cultural. Os artistas de rua têm uma função muito importante na sociedade, deixando sua música mais perto do público, fazendo grandes apresentações ao vivo de Mumuzinho a Lady Gaga, do Metallica a Anitta, o que realmente importa é o corpo se mexer, o coração disparar e a letra da música cantarolar. A qualquer horário do dia, e o mais legal – Na Rua!
Mas nem sempre foi fácil assim, há pouco tempo os artistas de São Paulo viviam uma situação difícil onde não podiam se manifestar culturalmente na rua e logo depois o governo liberou esta forma de expressão, na verdade esses decretos e leis não faz mais do que fortalecer o que já é direito de todos como cidadão, somos livres para nos expressarmos como acharmos melhor, desde que não prejudique ninguém.
Eles podem fazer o que fazem por amor, mas infelizmente não dá para sobreviver só de amor em um mundo capitalista. Então temos que valorizar todos os artistas de rua.
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                                                     Quadros 
“A partir, principalmente, das transformações iniciadas pelo Neo-Dadá, a Pop Art norte-americana foi capaz de eliminar definitivamente o impulso progressista e heroico da arte moderna. Uma das principais estratégias dos artistas Pop, sobretudo Andy Warhol, foi a apropriação. Apropriavam-se de linguagens e padrões estéticos populares que pertenciam a áreas que não se relacionavam diretamente com a arte, até então, como a publicidade, revistas de moda e quadrinhos, histórias de jornais e embalagens de produtos [...]. Ao se apropriar de histórias publicitárias de celebridades ou caixas de produtos banais, Warhol acaba adicionando à cultura de massa esses mesmos valores canônicos. O resultado dessa atitude de Warhol é o estreitamento da distância entre Baixa e Alta Cultura.” - ARGAN, 2006. p. 358.
Na concepção e entendimento da Pop Art, podemos relacionar o movimento artístico com os vendedores de quadros impressos que disponibilizam as obras artísticas pelas calçadas da grande Avenida Paulista, as obras geralmente se caracterizam por serem imagens retiradas da internet como fotos de artistas, logos da Coca-Cola, desenhos de personagens, entre outras coisas. Assim se visa um alcance maior de público e efetivamente aumentar os lucros de venda, criando uma massificação e tornando a Cultura de Massa um aliado para os negócios.
“A arte pós-moderna, em torno dos anos cinquenta, opôs-se à arte moderna que, por sua vez, se opusera radicalmente à estética tradicional dos inícios do século vinte. Os modernos levaram ao extremo suas emoções, seus subjetivismos, declarando-se guias de uma burguesia míope e conformista, apresentando a arte como superior a existência. Diante da catástrofe da primeira guerra mundial, os expressionistas, na pintura e no teatro, fazem eclodir seus sentimentos em borrões e distorções, enquanto os surrealistas com humor ou terror, dão vida ao onírico.” - Revista Educação em Questão. 1996, v.6, n.2 p.13-23.
Visto que artistas de rua são livres com sua criação, com a pós modernidade eles não caem nas regras e podem criar suas obras da forma que quiserem de acordo com suas emoções. As pinturas de alguns artistas que residem na Paulista têm um tom mais abstrato, com tintas misturando traços que se dirigem em várias direções e criam imagens que de perto as vezes não parecem nada, mas de longe revela a emoção de uma mulher em meio ao um caos, por exemplo. A subjetividade se torna arma de alguns pintores de rua na cidade de São Paulo.
“No plano das artes plásticas, a arte de rua se colocaria, de acordo com os regimes da arte propostos por Jacques Rancière (2000), na interseção entre o regime ético, questionando o comum de sentido das atuais formas de representação artísticas, assim como o de suas origens e o regime estético, que propõe a diluição das fronteiras entre tudo aquilo que pertence às belas artes e aquilo que não lhe pertence. Esta perspectiva provém do diálogo entre a arte e as pessoas, a arte e a rua, a arte e a vida metropolitana, operando uma destruição criativa de suas fronteiras.” - Arte de rua, estética urbana: relato de uma experiência sensível em metrópole contemporânea. Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, v. 47, n. 1, jan/jun, 2016, p. 39.
As telas pintadas dispostas nas calçadas podem revelam cenas do cotidiano, um cartão postal ou algo em comum para a maioria das pessoas, criando assim uma aproximação com a obra, uma atenção mais redobrada que cativa aquele que olha e cria laços mais fortes. Uma pintura do MASP pode atingir tanto quem já foi ao museu quanto quem apenas passou na frente, assim tornando uma arte mais aberta e menos exclusiva.
Plágio/Direitos autorais
Os quadros cultuam e dão cor e variedade as ruas paulistana, feito por artistas ou pessoas que simplesmente apenas visam um possível lucro na avenida mais movimentada de São Paulo, esse tipo de técnica nem sempre respeita a integridade e talento de um artista... estamos falando dos plágios e direitos autorais. Em uma visita de campo pelo grupo observamos quadros originais pintados pelo próprio artista e divulgado pelo mesmo e em contrapartida temos os quadros impressos com imagens que já se via a muito tempo circulando pela internet como desenho de elementos da cultura pop, fotos, logos de marcas famosas ou frases genéricas. A questão é, aquela arte pega na internet ou aqueles logos possuem direitos autorais e/ou um artista por trás que consequentemente pode estar sendo prejudicado pela distribuição indevida de sua arte. Vivemos em uma sociedade que cada vez mais subestima a arte e o uso indevido de um trabalho artístico pode desestruturar o incentivo a um artista que por consequência se sinta menos disposto a fazer suas obras, talvez não estamos falando no sentido financeiro ou talvez sim, a visão é que um artista que não é reconhecido pela sua arte é um artista morto na sua própria intelectualidade.  Vamos supor que você criou uma arte, posta em algum fórum ou página para assim ser ouvido e se expressar numa forma unicamente sua, mas de repente encontra a sua obra sendo vendida sem ao menos receber um crédito, sua chateação seria imediata e talvez sua vontade de produzir mais coisas iria diminuir, talvez seja assim que um artista se sinta... para que produzir se ao menos nem sou reconhecido?! O investimento a arte própria é um ótimo caminho, mas também não se tem problema divulgar a arte do próximo desde que o artista esteja de pleno acordo que será creditado ou receberá parte do lucro. Vamos dar suporte aos nossos artistas.
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