Há poesia. O blog tem o intuito de encantar, provocar e causar ilusões de óptica que talvez sejam a realidade. "O artista mente para dizer a verdade". Será? Me dê essa chance. Reconcas
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Me cospe e me cria cuida de mim protege sacia e alimenta todo dia me ensina e castiga se preciso, for me bate grita perde a cabeça embranquece o cabelo mas pensa em mim não esquece se preocupa me liga e me diz as suas coisas e me lembra das coisas que são minhas não me deixe não deixe de ter esse cuidado não deixe de ser essa criatura não largue o cargo dessa entidade mãe quando resolveres ir embora sei que vais deixar a comida pronta a mesa posta a cama feita porque eu te conheço você pagou as contas você guardou as notas você têm as receitas mãe, quando resolveres ir embora me ensina e castiga, se preciso, for me bate grita mas me ensina a ser assim como você é
Lucas Garreto
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Nesse exato momento, estou deitado na cama da minha namorada, enquanto ela está em pé, frente à penteadeira (…) usando apenas um top cinza e uma calcinha branca. Estou observando-a minuciosamente, admirando-a e pensando coisas sórdidas.
Não apenas coisas sórdidas, é claro. Entre as análises que...
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Foi ontem mesmo aqui no sofá da sala. Eu estava assistindo televisão, quando meu filho e sua sabedoria de 6 anos e 2 meses entraram na sala. Ele sentou em meu colo e disse educado, embora imponente - Pai, desliga a TV. Confesso, fiquei meio aturdido com aquilo, então reduzi o volume da TV enquanto ele me olhava, desafiador.
Tinha uma expressão de testa franzida, de cabeça inclinada, de dúvida incômoda. Eu perguntei - Que tens, filho? Ele então, respondeu com outra pergunta como quem não podia explicar de onde vinha a dúvida, simplesmente lançou - Pai, por que é que a gente sonha?
Crianças e suas perguntas míticas, como eu responderia aquilo? Poderia dizer sobre neurônios, falar sobre subconsciente, o funcionamento do cérebro durante o sono? Mas, ora, criaturas de 6 anos de idade não sabem dessas coisas. Meu filho poderia ser mais normal e perguntar “Como é que criança nasce? De onde vem?", visto que essa pergunta eu já treinei para responder. Estaria preparado… Mas falar sobre sonho eu não sabia, mesmo assim, tentei.
Acho que tentar falar sobre o que não se sabe é poesia de algum jeito, “poesia é voar fora da asa" como disse Manoel de Barros.
II
Foi então que comecei:
- Filho, é difícil falar sobre sonhos. Sonho pode ser muita coisa. Acho que você tá falando de um filme, de um curta metragem que foi exibido dentro da sua cabeça essa noite. Exibido numa sessão especial em que você assistia e atuava.
- É…
- Então, esses filmes são como qualquer outro que se assiste no cinema, inclusive no gênero. Drama, Romance, Ficção, Terror…
E eu fui me empolgando com essa conversa acerca dos sonhos, queria dizer coisas, repentes… que meu filho não entenderia. Quis falar que tenho sonhos dirigidos pelo Tim Burton e pesadelos por Alfred Hitchcock, embora a maioria dos meus sonhos seja direção do Woody Allen. Bem, são muitos diretores e roteiristas… Dos mais altos calões aos mais baixos, tão baixos que eu não faço ideia dos nomes dos diretores dos meus sonhos pornográficos. Embora os tenha com certa frequência.
De qualquer forma, espero que meu filho tenha sonhos fabulosos, porque Bentinho depois de hesitar, disse para Capitu que os sonhos eram como a pessoa que os sonhava. E eu acredito nisso.
Para encerrar, disse também que a gente não escolhe o filme que vai assistir, que o gerente do cinema que ordena a sessão e somos obrigados a prestigiar.
- Sonho é só isso, pai? Ele perguntou.
E eu continuei - Sonho pode ser esse curta metragem que somos obrigados a assistir vez ou outra. Mas pode ser outra coisa também. Vou contar uma pequena história.
- Há muito tempo, um homem teve um desejo. Ele queria uma coisa, e essa coisa era a coisa que ele mais queria na vida. Ele passou a chamar essa coisa de sonho.
- Ah, pai… acho que estou entendendo. Essa noite eu tive um sonho esquisito, quando acordei achei que tinha acontecido de verdade. Mas quando fui à escola, percebi que o sonho que a gente tem de noite é diferente do sonho que a gente tem de dia.
- Como, filho? - perguntei curioso.
- De noite, o sonho é coisa de criança. São como as histórias que me contam de gente que luta, tapete que voa, bruxas com caldeirões, venenos em maçãs, casas de doces, animais que falam. Umas histórias são boas de sonhar, outras dão medo. E quando acorda, o sonho vira coisa de adulto.
Não sei o que meu filho quis dizer.
III
Ele levantou do meu colo de repente e correu para o quarto. Não fui contar-lhe história para dormir essa noite.
Fiquei conversando comigo:
Porque o sonho que a gente tem de dia é sonho de adulto? O vocabulário das crianças é limitado, talvez eu nunca entenda o que ele quis expressar. Fato é que meu filho com seus pensamentos sobre o sonho e minha péssima explicação acerca destes, chegou a uma conclusão e me contou. Para meu filho fez todo o sentido.
Crianças são admiráveis, se faz sentido para ela, basta. Não tem que fazer sentido para mais ninguém. Em que fase do crescimento a gente perde essa espécie de auto-suficiência? Acho que as mulheres perdem mais cedo, querem logo provar coisas umas pras outras. Enfim…
Fiquei pensando sobre a frase do meu filho, como se fosse frase de algum filósofo. Como se me fosse exigida imaginação e conhecimento para interpretar. Como se a resposta estivesse clara e nas minúcias ao mesmo tempo.
Quando a gente acorda, o sonho muda. (…) Pela noite, sonhamos com episódios do passado ou do futuro, com episódios de fantasia que só existem naqueles 5 minutos. Os sonhos são realidades que alguém inventa para brincar com a gente. Quando nasce o dia e abrimos os olhos… escovamos os dentes, lavamos o corpo e voltamos a normalidade, ao que é comum a todos os homens. Quando voltamos a mediocridade da vida real, o sonho é coisa de adulto. Posto que o adulto é o humano mais medíocre de todos.
Sendo mais crítico com a história que contei sobre o homem que chamou o maior desejo de sonho, posso dizer que, nesse caso, o sonho não passa de uma ambição. Pode ser uma casa, um emprego, um marido.
Fui dormir pensando nisso e sonhei a noite inteira. Quando acordei, eu era menino de novo.
E esse é mais um sonho. Nem curta-metragem que é de criança, nem ambicioso que é de adulto. Esse sonho é utopia, coisa de ser humano.
Crianças irrespondíveis
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I
Foi ontem mesmo aqui no sofá da sala. Eu estava assistindo televisão, quando meu filho e sua sabedoria de 6 anos e 2 meses entraram na sala. Ele sentou em meu colo e disse educado, embora imponente - Pai, desliga a TV. Confesso, fiquei meio aturdido com aquilo, então reduzi o volume da TV...
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A peça que sobra
Fazia de conta que a janela do quarto
Era uma tela de cinema... ou talvez
Fosse um quadro, um antigo retrato
de um possível rei do século X
A janela era o que não o deixava farto
Daquela vida que era toda sensatez
Sentava em sua cama e assistia a vida lá fora
na frágil esperança de agora
Não ser mais um personagem perdido. Porém era.
Foi por um autor, esquecido. Escritor ficou à espera
Mas desistiu, porque nenhum final se encaixava
com aquele pobre personagem.
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deixa pra lá
Todas as vezes que ele ria
Ela tinha uma enorme ânsia
de comunicar-lhe o que sentia
Mas talvez fosse imprudência
Então ela suspirava e desistia
O receio lhe pedia paciência
e dizer que o amava, ficava pr'outro dia.
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Bom tumblr.
Obrigado. Vem logado na próxima?
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Caro desconhecido, / Muitas Bárbaras decerto residem e resistem por aqui / Queria é saber de resposta boa ou certa / Além dos meus dois pontos pro poeta / Pela foto de Dalí...
Tive que publicar.
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I
Carrego um coração desses que gosta de pagar pra ver, gosta de acelerar para - BUM - quase parar, para eu quase morrer. E eu não acreditava que ela pudesse ter essa capacidade humana de enganar, de friamente interpretar. Trair. O que tínhamos, cria eu - era medíocre, mas era sincero.
Eu variava entre o amante adolescente e o marido entendiado. “Que tipo de ralação, tínhamos nós?” Eu não sabia dizer. Só sabia que tinha um certo frio na barriga, uma certa segurança, um certo tesão e uma tal esperança… de que as coisas fossem adiante.
Eu tinha conquistado uma mulher que mais parecia um ideal, uma pálida donzela indefesa à espera do quixote romântico, que eu julgava ser. Mulher de jeito, gesto, gosto… delicado. Beijo, sexo, gozo… vulgar. Aquela mulher arrebatou-me para um lugar que talvez fosse sonho.
Até que a manhã de hoje chegou. Não pretendo detalhar. Tudo estará claro na linha seguinte:
“O que me levou a ser corno?” Me perguntava o dia inteiro, recapitulava-nos. Fazia mil hipóteses e retrospectivas, chegando sempre a mesma pergunta batida e manjada “Onde foi que eu a perdi?”
II
Pode ter sido naquele dia que assumi atração pela sua melhor amiga. Mas que raio! Eu nunca a trairia… Bem, “nunca” é uma palavra traiçoeira. De qualquer forma, se a traísse um dia, poderia ser com minha secretaria, a vizinha do 9º andar ou uma puta qualquer.
Também pode ter sido na primeira vez que arrotei em sua presença. Aposto que ali, foram-se embora uma dúzia de idealizações que ela tinha a meu respeito, levaram um pouco de carinho e um pouco de tesão. A paixão não tolera descuidos - pensei - embora seja um.
Talvez eu a tenha perdido no dia que disse não gostar muito da mãe dela. Ou quando confirmei as suas estrias… Mas que merda! Toda mulher tem estrias ou celulites […] ou os dois. Eu não falei por mal. Ai, como queria ser sempre o espectador exclusivo daquelas estrias nas bordas da bunda dela. Mas já não sou. Vadia!
Melhor parar de pensar dessa forma patética. Ser traído e procurar falhas próprias para justificar? Ah, está tudo explicado. Mereço ser corno. Uma pessoa inteligente se vitimizaria, deixaria a mulher sair de culpada e vagabunda. Se faria de bonzinho e comeria umas 3 mulheres contando uma boa versão dessa história.
III
Uns dias passaram, mas… Acontece que o fato é recente. Acontece que dói e me faz repensar a vida inteira. Não foi o primeiro par de chifres a vestir minha testa, porém foi, inexplicavelmente, o mais dolorido. Desde então, venho remoendo pequenas expressões e palavras monossilábicas. Imagino que ser traído possa ser um karma, um destino, uma vocação.
O que nos trai? De tanto pensar, inventei uma análise etimológica das palavras terminadas em “nça”. Não sei explicar muito bem, pois como disse - inventei. Mas vou desenvolver o devaneio:
“nça”: Sufixo de origem grega, originado quando Afrodite foi infiel ao esposo Hefesto que moldou uma lança para matar todos que lhe sacanearam. Uma lança materializada no peito é mais ou menos como ser traído, pensei junto com Hefesto. Desde então, as palavras com essa terminação correspondem à grandes traidoras, como: Esperança, confiança e crença.
E por falar nisso… Tem coisa mais traiçoeira que a crença? A crença faz o homem rezar, pagar dízimo, fazer confissão, casar e investir num filho que irá esquecê-lo. Faz uns terem medo do inferno, faz outros botarem oferendas no mar. […] Por outro lado, a crença é também o que faz o homem amar. Ou vice-versa.
O amor é um altruísmo utópico. É sim, porém não vou falar “Como é triste acreditar!” Pelo contrário, o poeta estava certo quando disse “Não há mal pior do que a descrença”. Só que falo de traição. E a descrença não trai, ela é fidelíssima!
E a minha mulher… eu disse “minha”? Não importa. Ela dizia o tempo inteiro “Eu te amo”; “Não me deixe”; “Você é o que eu sempre quis”; “Homem da minha vida”; “Você me faz feliz”.
E eu acreditava. Ser traído é isso, enfim: Acreditar.
Eu não acreditava.
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Despertador
Por acordar tarde com demasiada frequência
Acredito que perder a manhã tem ligação íntima com a tristeza
Embora não tenha sido comprovado pela ciência
E por isso eu não assuma a utópica posição de certeza.
Mas sei que na manhã, o dia é criança.
É uma luz, dançando entre a inocência e a esperança.
Perder a infância é sempre triste.
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