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Discos que são Narrativa
Discos que são Narrativas
.Ziggy Stardust - David Bowie (1972)
Five Years (2012 Remaster)
David Bowie com uma discografia com mais de dez discos, tocou gravou e compôs Lazarus no seu próprio leito de morte, mas poucos discos de Bowie contam uma história completa quanto às viagens urbanas no alienígena Ziggy Stardust representando os temas urbanos de cada faixa do disco. Ziggy o alienígena que toca guitarra, caminhar pelos becos urbanos e figura os temas mais profundos dos anos 70, como as várias formas de amor, a música, a tristeza e os suicídios do rock’n’roll, tal como a verdade das revoluções hippies, dos votos femininos e dos amores espaciais. Se colocando como o próprio reptiliano, lagarto, space invader que representa um et de guitarra na urbanidade do rock setentista.
Tommy - The Who (1969)
A1. Overture - The Who [Vinyl Rip] ℗ 1969
Tommy ilustra o gênero musical chamado ópera rock, um disco que �� trilha sonora e história completa sendo realmente a trilha de filme homônimo, mistura histórias de fim de guerras com o nascimento de um menino especial chamado Tommy, que é considerado doente, depois um messias hippie, mas apenas um garoto circundado de visões da época, expondo os problemas e alegrias do mundo hippie sobre drogas, representando a emblemática interpretação e canto de Tina Turner sobre a gypsy queen e o ácido, lúdico e crítico sobre temas da época, também os retiros espirituais e delírios em busca de um messias da paz e amor.
A Night at the Opera - Queen (1975)
Queen - A Night At The Opera 1975 (Full Album)
Sendo uma gigantesca obra e quase aula de arranjo do rock, ao analisar como as gravações eram feitas nos anos 70, A Night at the Opera figura a experiência de se ser plateia e espetáculo, de ser um jovem sonhador visitando um teatro de ópera e quase implorando ao pai, à mãe, ao universo para se poder se um artista nas letras icônicas de Freddy Mercury, mas também todas as suas revoltas direcionadas aos negócios da música e do mundo e a sociedade sem nunca se colocar no armário sobre sexualidade.
Zabriskie Point - Pink Floyd (1970)
Pink Floyd- Heart Beat, Pig Meat
Trilha sonora de filme homônimo, Zabriskie Pint é uma viagem às areias dos Estados Unidos, à experiência de ser impactado pelas cens de explosão, de transes psicodélicos, o caos e a ordem em desordem astral figurando uma viagem psicodélica, um sexo rolando areias e caminhos flutuantes entre o México e Nova York, o cacto e seus mistérios e a polícia e a sociedade estudantil dos anos 70.
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Synthwave, Gótico e Cordas
Entre synth, shoegaze e magia
Não existe um rótulo ou gênero que possa definir em caixas todas as possibilidades criativas e sonoras que uma banda pode alcançar, mas que se possa criar uma caixa momentânea de algo tal qual Cabaret circus synth, bandas e artistas que misturam cordas, peso e melancolia quase circense criando um estado de deslumbre quase como se a música fosse um espetáculo. Synthwave? Gótico? Shoegaze? Tudo e mais, mesmo assim é desta perspectiva da abertura do véu de Tristania que a melancolia estranha revela alguns destes discos: Miranda sex Garden - A Fairytale About Slavery (1994)
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Poucas notícias recentes foram tão boas quanto o retorno desta banda, a fairytale about slavery é um disco repleto de peso e melancolia, mas de uma forma lúdica, a música tema do nome do álbum contém em suas flautas e cordas a abertura de um outro mundo onde o vocal repetitivo demonstra de forma sonora o que é se perder no mundo das fadas em um looping hipnotizante.
The Moon and the Melodies - Cocteau Twins (1986)
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O nome deste dico causa exatamente a fluidez da lua que balança as ondas e teclas com o vocal livre e intenso de Elizabeth Frazer, seus versos atravessam a melodia como um encantamento que evoca mariposas e mistérios melancólicos. Há muito no arranjo que faz com que a mente flutue até outro universo, nas guitarras ecoantes e teclados suspensos.
Evelyn, Evelyn (2010)
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Evelyn, Evelyn é quase um show teatral sobre duas irmãs siamesas e inspira todo horror típico dos filmes de horror dos anos 60 sobre ventríloquos, irmãos siameses, estranhos circos humanos, quase como um filme antigo mas em forma de música.
Emilie Autumn - Opheliac (2006)
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Emilie flertou com Shakespeare, Bach e metal industrial na construção de um disco tão marcante pela sua sonoridade obscura e eletrônica, onde violinos viram guitarras, sintetizadores e cravos te levam a um cabaret obscuro e onde a saída é apenas a sala escura atravessando para o outro lado. Místico e icônico, melancólico e floral.
Rasputina - Oh Perilous World (2007)
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Rasputina tendo seu debut tocando com nomes como Marilyn Manson, em um misto de irreverência em um vocal livre referenciando Byron, Shelley, Bram Stoker, Einstein, em uma verdadeira liberdade contando histórias com a voz e o violoncelo.
CLANN - Unseelie (2017)
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Há algo de transcendental e verdadeiramente entre mundos sobre esse disco, quase como ir e voltar entre as fadas obscuras unseelie ever os outros rastros de luz. Aqui também o misto de teclas, cordas e beat trazem essa melancolia trascendental que pode te levar a um mundo paralelo.
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5 Discos que eu [ouviria] transando
Dummy - Portishead (1994) https://www.youtube.com/watch?v=lHKsQe9ouko Nas palavras do Pitchfork, "obscuro com a quintessência do dub de Bristol", Dummy do Portishead sendo um dos fundadores do trip-hop mescla beats com um contrbaixo contundente a cada singularidade dos agudos inconfundíveis de Beth Gibbons dando uma sensualidade e transcendência única ao disco.
The Night - Morphine (2000) https://www.youtube.com/watch?v=i2fdOphCJyA&list=PLP-LgxRc_GDzph2OCK6o9-rN1_rUB-Qpc
Os obscuros saxophones e linhas de bateria jazzeada a cada faixa tornam um disco obscuro, quase como uma sinfonia da madrugada onde é tanto uma sonoridade sensual e obscura, quanto melancólica como um disco que você ouviria às 3h da madrugada fumando um cigarro.
• Willie Dixon - I am the Blues (1969) https://www.youtube.com/watch?v=I17sIMCYXSM&list=PL2FLxajeSGIDrkOkBuzh9gpuxmXY-LLZI
Willie Dixon quase um deus de tudo aquilo que o rock'n'roll foi cavar no blues para continuar a existir, compositor de canções como Back door man, I can't quit you babe, tão popularizadas mais tarde por bandas como the doors e led zeppelin, os riffs leves somados a bateria calma e gaita bluseada torna um disco extremamente transante.
• XXYYXX // XXYYXX // (2013)
https://www.youtube.com/watch?v=XpDGEaA4yZk
Marcel Everett conhecido por seu alter ego XXYYXX é um produtor de música eletrônica de Orlando, seus beats misturados a vocalizações trazem uma atmosfera extra temporal como sair do corpo, também reconhecido após participar da trilha de GTA V. • Cigarettes after sex - Cigarettes after sex (2015)
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Suave e melancólico, o disco carrega a essência do nome da banda, uma varanda com um vento gélido e a luzes de outros prédios na madrugada. Cigarettes after sex surgiu quase como a contraparte soft sensual de mazzy star nas levadas leves de acordes e voz suave.
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Uma Lembrança às Vozes Imortais
Algumas das vozes idas, das brasileiras que ficam em mim e vão
Faz um tempo que o mundo da música tem perdido grandes cantoras, então com todo carinho e cuidado selecionei uns discos meio fora de ordem para falar de vozes que se foram nos últimos anos e antes pela eternidade de sua música. Sem ordem, in memorian brasilis, mas com todo valor seguem algumas cantoras que se foram e levarei para sempre comigo: • Gal Costa - LEGAL (1970)
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Por muitos anos o fatal da Gal foi meu preferido, mas as guitas animadas e a rouquidão da voz dela nesse disco fazem jus a tudo de bom que surgiu da fusão do ritmo brasileiro com as guitarras dos anos 60.
Cilibrinas do Éden (1973)
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Nada mais triste que a ida da Rita Lee esse ano, mas mesmo ela tendo um grande número de discos solo e com os mutantes, esse disco das Cilibrinas do Éden me parece tão revolucionário quanto toda a cena de discos de mulheres no cenário mundial do rock na década de 70, mantendo a psicodelia, mas com um certo tom de deboche e um teclado ainda meio beatles. • Luli e Lucina (1979)
Lucina vive, e é honra poder ouvir, mas a perda da Luli na música brasileira faz desde antes esse disco e toda a história desse duo uma das maiores simplicidades mágicas e grandiosas que passou pela música brasileira. Então, sem poder colocar este disco que hoje é raridade indico ainda todo o lindo trabalho da Lucina e a lembrança das canções que a Luli deixou.
• Beth Carvalho - Na Fonte (1981)
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Beth Carvalho foi uma das vozes mais emblemáticas do samba na música popular, deixando muitas interpretações de canções que ainda embalam o samba em sua grandiosidade. Voz da Mangueira em hino de carnaval, deixou o Rio mais verde e rosa e mais triste com sua partida. • Elza Soares - A Mulher do Fim do Mundo (2016)
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Elza Soares lançou mais de 20 discos com uma carreira de infinitos discos e parcerias imemoriais, mas vê-la sentada no palco da praça de museu do mar o emblemático verso de seu último disco "eu vou cantar até o fim do mundo" ainda é voz que arrepia, foi e sempre será cantora das palavras que deixou ecoando entre décadas. Voz de várias décadas, voz do fim do mundo e ainda voz de uma nova onda de femininismo denunciando em seu último disco a violência contra as mulheres. • Serena Assumpção - Ascenção (2016)
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Essa voz doce e leve que foi Serena deixou um infinito de sonhos pelo que seria acontinuidade de sua carreira tão fugaz, mas que neste disco deixa toda a mensagem do universo dos Orixás, do axé no Brasil, repleto de pontos e releituras dos Orixás e parcerias de grande valor tornam esse ainda um dos melhores discos recentes lançados no Brasil. Que sua alma brilhe ainda muitas eras doce Serena que se foi. • Elis Regina - Dois na Bossa (Com Jair Rodrigues) (1966)
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Elis Regina foi tanto e tudo no Brasil que poderia levar horas para escolher um disco e lembrar dela, mas esse vinil dela com o Jair Rorigues é um disco pouco conhecido que traz um pouco de um lado calmo e repleto de um batuque quente de Jair Rodrigues que somado ao encanto que é a voz firme da Elis é um disco que eu colocaria entre meus preferidos de samba, mesmo que longe de ser lembrado como suas outras leituras e parcerias. É um disco leve, uma Elis que gosto de ouvir alegre, alma que acompanha meu ouvir desde sempre.
• Cássia Eller - Acústico MTV (2007)
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Ouvia esse cd em um perdido discman da panasonic, e não tem uma ordem ou geração, mas cada voz aqui tem sua força e a de Cássia era irreverência, era cantar em francês e ainda ser aquele arranhado roco único de quem grita não ser uma garotinha. Veio e foi breve, deixando letras e coragem a todas as cantoras que vieram depois. • Astrud Gilberto - Astrud Gilberto (1965)
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Astrud foi enanto na bossa nova e partiu leve nesse ano que também levou Carlos Lyra, baiana tão estrangeira em seu ser impossível de se pertencer a um rótulo ou local, deu leveza e suavidade as grandes canções eternizadas do samba e da bossa nova brasileira.
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