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Uma das maiores surpresas do ano: CL0V3R. Após grandes artistas de sucesso em atividade este ano, como Gen Lip, KJ e FaanG, a Body&Seoul faz a estreia do seu primeiro grupo após o BELLA em 2025 – chocante, não? –, já que o PLASMA, HEXAGON, DYNASTY E KHIONA ficaram apenas em lançamentos que são considerados como “pré-estreia”. Anteriormente, o grupo havia lançado um Single Album com apenas quatro membros, que foi relançado com os treze rapazes após a revelação de todos os integrantes do boygroup.
Agora, a duas semanas do Mnet Asian Music Awards, ou conhecido como o MAMA, o grupo masculino CL0V3R lança o seu primeiro EP – ou Mini Album – intitulado L0V3:MANCIA. Continuando com o conceito de utilizar o 0 e 3 nos nomes de projetos como substituição para as letras O e E, o EP contém 8 faixas, incluindo a versão OT5 de “GET GET”, seu single de estreia.
E, sem tanta demora, “Desire” inicia o projeto. Uma canção pseudo-dançante que, mesmo com um anti drop no refrão servindo como uma grande quebra de expectativas, consegue ser um ótimo começo para o disco. É uma energia mediana e efêmera com altos e baixos durante toda a sua duração.
Iniciando as abordagens em sub-unidades, temos “Trigger”. Sendo cantada apenas pela unidade “Spade”, que contém os membros Yami, Grey, Evann e Asta, a canção é uma faixa sem tanto atrativo assim. A canção tem uma composição interessante, com algumas referências aqui e acolá, mas continua com a mesma sonoridade que não sai do lugar em momento algum.
Entrando no conceito “misterioso” e vampiresco que o álbum prometia, a faixa-título “GIV3N:TAK3N” já começa a subir alguns poucos degraus na escada de um possível destaque. A faixa, por ser o single, acaba se sustentando sozinha em alguns momentos, mas em um sumo do projeto, acaba soando despercebida se for ouvido de maneira sequencial.
Finalmente, um suspiro no meio de tudo. “Jealousy” é a melhor canção de todo o projeto. Ela consegue ser sutil e, ao mesmo tempo, certeira. É uma faixa que embala o ritmo do projeto com a sua influência e abordagem do dance-pop retrô. A composição entra no mesmo nível do resto do álbum, sendo boa, mas ainda de uma maneira não tão surpreendente.
“Get Get”, faixa de estreia do CL0V3R, é utilizada com mais uma subunidade. Agora, apenas Luck, Chris, Yuno, N.Gel e ReMi cantam a canção. É uma música que é sólida e competente. Tendo uma boa abordagem na letra e tendo uma sonoridade mais interessante que boa parte do álbum. Mas, o que mais roda a minha mente é como o grupo perdeu a oportunidade de chamar de “G3T G3T”. Meu TOC acabou incomodando minha mente com esse pensamento, mas não podia deixar guardado apenas para mim!
“All of the Time” dá abertura para aquelas canções R&B’s que está presente em grande parte dos álbuns de grupos masculinos do K-Pop. É uma canção que aborda temas apaixonantes que não foge do conceito principal do projeto. Mas, no fim, começa a entrar novamente na seção “efêmera”.
Em “Poisonous Flower”, o ritmo parece tentar querer subir e ser impactante, mas apenas o refrão consegue se destacar. E, é uma pena, porque já estamos acabando o álbum, e temos a sensação de que ele não consegue persistir e ser firme como um concreto em nossas mentes.
E, então, “Amor Ciego” talvez seja o maior risco tomado pelo grupo, mas feito do jeito totalmente errado. O “Club Team”, composto por Leo, William, Patrick e Julius entregam uma das canções mais datadas que ouvi em anos no K-Pop. A canção tenta forçar uma latinidade que seria trend há uns dez anos atrás, e misturada com batidas chatas e que tentam simular uma agitação. Foi o pior modo de encerrar o projeto.
Boa parte do álbum soa como se estivesse andando em círculos retos e planos. Não há nenhum tipo de inclinação ou ápice que faça algumas canções se destacarem de forma positiva. O que mais é perceptível de uma falta no projeto são riscos. O álbum é de uma linearidade enorme ao ponto de se tornar cansativo e sem algum destaque, ele não toma riscos, ele não eleva o ápice. Odeio comparações, mas as vezes é necessário para conseguirmos analisar certas coisas em específico, e desta vez, podemos perceber esse risco em outros projetos masculinos, como o “UNiTY” do grupo UNi, que mesmo sendo um projeto carente de diversas coisas, ele se arrisca positivamente em pelo menos uma canção, que é a faixa-título “DAZED”. É algo que pode ser estudado pela produção do CL0V3R e começar a entender que não há problema em se arriscar em certos motivos e que não precisa, necessariamente, se prender tanto em uma linearidade ao ponto de fadigar o ouvinte.
As suas composições estão em uma grande balança. Enquanto poucas soam legais, outras, em sua maioria, soam como se faltasse uma abordagem criativa original que trouxesse um frescor de novidade acerca sobre o que é tratado e como é escrito e composto a letra das canções.
L0V3:MANCIA não é um projeto totalmente ruim, mas é carente de diversas coisas, e é uma pena, já que o grupo havia sido bastante interessante com toda a sua abordagem e criação, se assemelhando a grupos já-estreados, como BLOOM e FORNAX. Esperamos que o grupo consiga retornar com a cabeça erguida e trazendo ótimas canções.
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É uma demônia embaixo da sua cama ou é apenas a Song Hanhee, que logo após a segunda temporada do SHOWDOWN, cantando as canções da sua estreia? Então, mesmo que com muita tentativa, a sul-coreana não foi a primeira ex-SHOWDOWN 2 a ter a sua estreia. Ficando atrás da Jessica Jung – tanto no reality quanto no tempo de lançamento –, a garota surge com uma perspectiva que combina bastante com o Halloween e quatro canções surpreendentemente boas.
The Demoness Under Your Bed, apesar de curto e parecendo que foi feito com uma certa pressa – não acho que o time da CON:PASS já estava produzindo esse projeto antes mesmo do reality show –, é consistente e competente em suas ideias e sempre extrai uma parte boa das canções.
Iniciando com “The Demoness”, a canção nos leva para uma dimensão de horror com um dark pop bem produzido. Toda a produção que envolve a canção é bastante imersiva e interessante, soando como uma canção de pura glória vilanesca – e isso é incrível para o contexto do álbum. Hanhee já consegue iniciar de um modo que prende a sua atenção e te faz perguntar o que irá vir a seguir.
Mas, aqui vem a reviravolta – e o pulo do gato de toda a criação singular e extraordinária. “Angel”, a faixa-título do projeto, é uma canção que aborda o dance pop experimental completamente incrível. Em uma faixa “frankenstein”, onde há pedaços que são colocados, mesmo que não pertençam ao mesmo corpo, para que se torne uma obra final. A canção fala sobre um sofrimento e a busca de um anjo para que tudo isso mude se torna mais pática quando percebemos a mensagem que está nas entrelinhas da canção. Uma sacada bastante interessante que combina com a peculiaridade da produção desta canção.
Egoísta, “Show Up” é um show de liberdade. Me remete bastante a sonoridade que a sua amiga de gravadora, Kim Hwa, abordou em sua estreia solo, mas conseguimos ver um pouco da personalidade mais divertida e descontraída que a Song Hanhee costumava mostrar no decorrer da temporada do SHOWDOWN e as suas performances sempre bem elaboradas.
E, então, finalizando o projeto, “Bitten Apple” é a faixa que mais vai além em todo o projeto. Cheia de segundas intenções, Hanhee se torna uma persona sugestiva que, provavelmente, coloca toda a carga de culpa de seus “pecados” em uma demônia, mas no fim, ela acaba gostando bastante do que está acontecendo ali. A faixa é sutil, elegante e, ao mesmo tempo, provocativa. É uma das canções que mais abordam uma sonoridade sensual atualmente no K-Pop, e é bom ver esse tipo de ponto de vista retornando aos poucos na música popular sul coreana.
Apesar de curto, Song Hanhee consegue ter uma ótima introdução da sua arte e da sua personalidade sonora para o público, e há uma grande competência aqui. Mesmo que, alguns momentos a coesão pode se distanciar – assim como a primeira faixa parece ter tudo a ver com o projeto, mas nada a ver com as outras faixas –, ela se mantém de cabeça erguida e faz um ótimo trabalho. Definitivamente, as canções são chicletes, ficam em sua mente, e merecem ter um local especial guardado em algum chart que exista por aí, porque devia ser considerado um crime caso “Bitten Apple” ou até mesmo a própria “Angel” não tenha um sucesso comercial adequado.
The Demoness Under Your Bed se consagra como um dos melhores projetos de estreia deste ano, e dá para perceber a vontade da Song Hanhee em explorar esses assuntos que podem ser usados como “apenas conceito”, mas há uma certa abordagem interessante por trás disso tudo, e é ouvindo o EP que conseguimos entender perfeitamente.
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Pronta para mostrar a sua arte para o mundo e com muito amor para dar – sim, é a única coisa que ela daria… – para todos, a mais nova revelação europeia da Black Cat Records, subsidiária da Arcade, se chama Ninette Silk. Mesmo que o nome acabe parecendo de uma cantora loira e estadunidense de 45 anos que trabalha em um bar de country e canta no karaokê nas horas vagas, a possível afilhada musical da Plastique Condessa faz totalmente o oposto disso.
Em SILK, a cantora fala sobre relacionamentos amorosos, seus momentos de tristeza e superação. Seguindo aquele velho ditado que coração partido se cola com… cola, ela aborda de um modo bem divertido e bem humorado diversas situações que rolaram com ela, por mais que seja bem triste se analisada de um outro ângulo.
E é óbvio, se é um álbum que fala sobre sexo, teria ele. O álbum inicia com “SEXY DÉPRESSION FRANÇOISE”, colaboração da Ninette Silk com o KJ, e a cantora até canta em francês para que a mensagem da canção seja fixada com gosto na mente de todo mundo. A canção é diferente do que esperava, mas ao mesmo tempo, ela faz muito sentido ser deste jeito. Foi uma maneira interessante de começar o álbum.
E se tem um, tem o outro. Agora é a vez do italiano tomar os holofotes com a Ninette em uma faixa colaborativa intitulada de “I FUCKED EVERYONE”. Bom, o nome já é bem claro sobre o que a canção aborda, e em um pop rock dançante, e a canção brinca com esse tipo de moralismo entre os próprios envolvidos em um relacionamento. Eles dizem que transaram com todo mundo e manda este tipo de comportamento que pode ser obsessivo para longe em uma grande ironia.
Em mais uma fase de um relacionamento, “PHYSICAL EXPOSURE” é um synthpop divertido e combina perfeitamente com momentos dançantes em uma balada. É uma canção que eu vejo sendo feita de lip sync pelas drag queens no RuPaul’s Drag Race, ainda mais pelo fato dela não ser tão explícita assim como as duas canções anteriores, mas ainda deixar claro a sua intenção de ter momentos físicos. Ela é uma das melhores de todo o projeto.
E então, o single de estreia, e consequentemente, o primeiro single do álbum, é mais uma parceria. E com outro gay. Parece que a Ninette está colecionando gays que são abertamente sexuais em suas canções como Ash capturava e colecionava Pokémons. “LAME DATE” fala sobre péssimos encontros que você sempre tem em momentos de carência após um término de sua vida, e é uma canção que, apesar de não soar como a melhor canção para iniciar uma era, ela foi uma boa escolha. Caso tivesse sido trabalhada melhor, poderia ser um sucesso.
“DATING APPS” continua com o mesmo tema da canção anterior – procurar um par amoroso, ou apenas uma distração sexual, em aplicativos. A canção, apesar de ter um instrumental interessante, tem as letras mais vazias do álbum, sendo apenas explorações rasas do tema principal.
Com raiva do seu ex, “USE YOUR LOVE AND DESTROY” é aquela faixa típica de pop rock em álbuns da atualidade sobre ex-namorados. Infelizmente, a partir daqui, o projeto começa a diminuir o nível, passando de um “interessante” para um “inofensivo”. Ao decorrer do tempo, algumas faixas vão perdendo a magia que estava a envolvendo no início do long play. Ela é uma canção repetitiva e que não vai para local nenhum, por mais que tenha um final interessante com a banda.
“SOFTEST ANGEL” é um pseudo-rap com uma banda de rock que, apesar de dar para compreender o assunto que está sendo abordado, a canção entra na lista de “faixas que foram feitas para preencher uma cota, porque se houvesse algo mais interessante, ela não estaria ali”. É uma canção sem atrativo qualquer, e mesmo tendo apenas 2 minutos e 47 segundos, eu torcia para ela acabar a cada momento que passava.
Ninette SIlk dá uma de impersonator da Lola W em “SOUTH POLE” e entra de cabeça no pseudo-rap. Não é uma canção que chame tanta atenção de modo isolado, mas como ela veio após a pior canção do projeto, ela acaba soando um pouquinho mais interessante do que devia.
A DIVERSÃO ESTÁ DE VOLTA. Apesar da empolgação por finalmente aparecer uma canção mais interessante, a faixa é a que consegue abordar melhor este tipo de rap feito pela cantora. “Concrete Boys” é uma canção bipolar, às vezes está no norte, outras vezes no sul, e apesar de ter alguns momentos estranhos, é uma canção que é bem estruturada e tem uma letra um pouco divertida.
E, então, o projeto se encerra com “CANNIBAL”. Em um leve descuido, Ninette acaba caindo na cama de um cara indesejado, mas como ela já está ali, quer aproveitar de todos os modos com o rapaz. É uma canção que cumpre a sua função, que é finalizar o álbum, mas mantém naquele estilo mediano que algumas faixas estavam apresentando anteriormente.
Em SILK, Ninette Silk é bastante intensa, brincalhona e sexual. Algumas das canções são perceptíveis que são apenas desabafos, então há momentos que nem é possível levar tão a sério assim. No projeto, canções boas e ruins coexistem no mesmo espaço, e há uma grande separação entre a primeira metade e a segunda metade e em como o final acaba sendo desconexo com a qualidade inicial. É um projeto com erros, e mesmo não tendo como não traçar um paralelo com a cantora europeia Lola W, é uma estreia que se arrisca em alguns pontos – e isso deve valer para alguma coisa, além de crescimento pessoal e artístico para a morena.
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Com uma das estreias mais rápidas de toda a história do K-Pop, o primeiro grupo da ABYSS Entertainment domina os charts – e talvez choca, já que o outro artista e filho do CEO da empresa não vingou o bastante. Nymphae é um dos nomes mais populares que estão circulando por agora, e demonstra uma grande capacidade de fazer algo enorme. Pode ser estranho ver um grupo surgir do nada e tomar uma proporção como o acontecido, mas vemos que houveram estratégias da empresa para conseguir fazer com que isso acontecesse. Entrevistas com a Dispatch, um curta-metragem apresentando as canções da estreia, transmissões ao vivo com interação e diversas outras divulgações que a ABYSS conseguiu fazer.
Gates of Arcadia é o nome do primeiro mini álbum do grupo, e já vemos que conta com a participação do artista FaanG nas composições. Algo interessante de ver, já que o rapaz também teve a sua estreia recém-lançada. Durante 26 minutos, o grupo explora a magia adormecida na música sul-coreana e traz uma renovação – finalmente, o ‘fofo’ está de volta no K-Pop.
Após “Pathway to the Stars” – a faixa de introdução do EP –, seguimos com “Magical Girls”. Talvez o nome soe clichê quando se bate o olho, mas quando ouvimos, conseguimos entender o sentido. É uma faixa que, além de iniciar os caminhos do grupo aqui fora, também inicia o caminho do grupo na história criada para a “lore”. É uma faixa que tem uma ótima produção, focando no ponto forte do grupo, que é claramente, os vocais. Foi uma excelente escolha de estreia.
Em “Shooting Star”, vemos o FaanG agindo em sua composição. É uma faixa divertida, bastante sonhadora e bem colocada na organização do álbum. A produção dela é característica do que se espera de um K-Pop ‘white horse’, mas ainda assim, há alguns momentos que ela consegue surpreender, mesmo no convencional.
“LOVEDOM” foi a canção – fora o single – que mais se destacou com o público. Seu estilo parece remeter a algo que o grupo BELLA poderia fazer em uma das suas canções – mas isso não é uma comparação infame. Apesar do pós-refrão ser um pouco ‘vazio’, ela é bem animada.
Composta e produzida pelo Doha, “Sunrise” é uma canção que, nessa altura do projeto, começa a soar cansativo. Não há problema em focar em uma sonoridade e sempre querer explorá-la, mas quando há um grande acúmulo de canções tão parecidas assim acaba sendo cansativo continuar. É importante saber mudar, mas não de um jeito que estrague a coesão do álbum, mas introduzindo novos elementos que a torne interessante. Mas isolada, “Sunrise” é a canção mais simples do álbum, não tendo tantas coisas que a diferencie, como um instrumental com mudanças ou até mesmo a alta exploração vocal que o grupo vinha fazendo nas outras faixas.
“Missing You” já começa a traçar um caminho diferente da canção anterior, e apesar de soar mais agradável que a anterior, é uma canção muito ‘meio termo’. Talvez o problema dela seja a sua colocação em todo o projeto, porque há elementos sutis nela que a diferenciam, mas na posição que está, ela é completamente ofuscada e não consegue ter o brilho devido.
Finalmente, uma balada! O que eu mais esperava no projeto era que ele estivesse com mais canções ballads, mas “Ode to Pan” consegue cumprir a sua função diante do álbum. É uma faixa que foi composta por todas as seis membros do grupo, e soa como uma leve inclinação para uma canção voltada aos fãs, além de, óbvio, servir críticas sociais. Mas, também, se analisar de um modo ‘literal’ da faixa, soa como súplica ao deus Pan, para que ele salve o mundo. É uma ótima abordagem, apesar de ter alguns momentos que possam soar atípicos para se abordar em uma canção.
E então, Gates of Arcadia se encerra com “Arcadia”. É uma canção que consegue acompanhar o mesmo compasso da faixa-título e volta a abordar uma produção impactante e vocais cristalinos. Ela se destaca entre as demais faixas do álbum, ainda mais por encerrar um projeto com um modo diferente do habitual.
Gates of Arcadia é um ótimo projeto de estreia. Ele consegue ser extremo, e isso pode ter lados positivos ou negativos. Como já foi citado antes, há um certo acúmulo de faixas muito similares que acabam empobrecendo a experiência de ouvir o álbum, mas também mostra um cuidado da empresa de pensar em uma sonoridade e a seguir, não jogando apenas canções aleatórias no projeto. Algumas composições podem soar clichês ou comuns demais, mas outras mostram uma profundidade do assunto que é abordado no EP, então há um certo equilíbrio em relação a isso.
É bom ver abordagens como a do Nymphae no K-Pop atual, que começam a criar uma raíz na diferença e que até deixa uma curiosidade para saber os próximos caminhos do grupo e como toda essa lore apresentada será explorada e abordada nos próximos lançamentos.
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E então, outra uma loirinha entra no movimento para seguir competindo na música Pop. Após DELILAH explodir com o seu primeiro single e a mais nova loira do pedaço, Lucy Heart, começar a engatinhar, Baby retorna aos seus lançamentos após meses parada para nos apresentar o Baby Pop Electric.
O Baby Pop Electric é o primeiro álbum de estúdio da americana e conta com oito faixas para acompanhar essa jornada de estreia da Baby. O disco busca trazer uma diversão que estava adormecida no Pop, e tenta ser aquele suspiro loiro no meio da indústria musical no cenário de hoje.
A primeira faixa, então, é também a faixa de estreia da cantora, que inicia esta divertida aventura. “Bubble Pop Electric” é bem literal: é uma canção com diversos sons similares a bolhas e contém guitarras elétricas que dão energia para o caminhar da canção. Ela consegue ser uma boa introdução – tanto para a carreira da loira, quanto para este lançamento. É bom acompanhar o storytelling da faixa de um amor clichê adolescente, tendo as falas em pontos específicos para deixar tudo melhor.
“Heart Beat Rock” começa com um gancho perfeito. O trecho “Lovers in the backseat” consegue manter uma linha de composição incrível entre a faixa anterior e ela. E, apesar de soar menos interessante que “Bubble Pop Electric”, ela consegue prender a sua atenção com alguns elementos feitos pelos sintetizadores e outros instrumentais. Talvez o problema maior da faixa seja uma repetição sem sentido, fazendo com que ela não explore o espaço e nem se abra mais para que ela possa se mostrar.
O segundo single da era seria um grande hino caso lançado nos anos 80. “Vibeology” é uma alta tentativa para ser retrô e buscar esse estilo dançante das baladas do passado. Mas a canção soa tão perdida quando ouvimos duas canções que utilizam bem de sintetizadores e alguns elementos que condizem com a tecnologia recente, enquanto essa é como se fosse gravada por instrumentos reais vindo de outras décadas. A canção não é ruim – muito pelo contrário –, mas não pertence a esse projeto.
A quarta faixa surge voltando com o pop eletrônico ao extremo – reforçando que a canção anterior não tem vez –. “Electricity” seria uma faixa melhor se ela explodisse, já que ficar nesse clima amistoso e sempre numa ameaça de “opa, eu vou subir”, e no fim, fica no mesmo lugar é frustrante. Mas não posso negar que a sua produção é interessante e consegue, até certo ponto, sobressair e deixar os erros em um cantinho.
“Speakerphone” continua com essa pegada eletrônica que víamos no final dos anos 2000, e com o autotune ao máximo para que a voz da Baby soasse robótica, a canção é apática. Não consegue trazer nada de tão interessante, e para uma canção com o nome “viva-voz”, ela é muito morta…
A sexta faixa é “Luxurious”, que já introduz um novo estilo para o álbum. Um R&B sutil começa a surgir no disco, causando mais um erro no projeto que será explicado mais adiante. A faixa continua sem muita coisa, sendo o que se espera de uma faixa Pop midtempo com elementos do R&B.
“Candy” é a penúltima canção do Baby Pop Electric, e já muda totalmente o que estava sendo introduzido – novamente. O bubblegum pop, que deveria ser divertido, é apenas mais uma canção para a cantora fazer alguma coreografia e dançar no palco, mas não tem nenhuma potência para animar um público até que o refrão em coral chegue para criar uma sensação de pertencimento. Ao menos, é uma faixa que consegue se sobressair pela diferença.
E, finalizando este projeto, “Waterfalls” volta com o R&B completamente do nada, e segue para mais um encerramento monótono. A canção pode surpreender pela produção, mas ainda assim, não faz jus ao que estava sendo apresentado anteriormente, e ainda não cumpre a sua função – acabar. Fica uma sensação de “parecia que teria mais”, mas ainda bem que não teve.
O maior erro do Baby Pop Electric é a inconsistência. O álbum não sabe o que quer: no primeiro momento, é synthpop, no segundo é electropop robótico ao extremo, depois um R&B e até mesmo bubblegum pop. É uma mistura que quebra totalmente a coesão do projeto, levando até a cantora a simular um rap na última canção, que não combina nada com o que era a proposta – ou o que deveria ser a proposta.
O álbum peca na sua coesão, na sua personalidade e na sua composição, que apesar de alguns pontos aqui ou ali que se sobressaem, são repetitivos e completamente clichês, e clichês são bons, caso sejam bem feitos – mas aqui não é tanto assim. Baby Pop Electric é uma estreia apressada, é como se a Display Media Records quisesse lançar o projeto para competir com as outras loiras e acaba ficando de escanteio com os erros em sua sequência, podendo ser uma péssima ideia estrear a Baby de um modo tão rápido.
Caso o álbum fosse refinado e tivesse um tipo de pensamento melhor sobre qual personalidade e sonoridade a loira quisesse seguir, ele poderia ser surpreendente e até mesmo ter ótimos pontos, mas é um projeto monótono, que tenta rodar por todos os lugares, e no fim, parou em nada.
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Alguém comece com uma salva de palmas para a Plastique Condessa pela simples coragem da cantora lançar isso e ainda se dizer que é um projeto da sua discografia. In A Sunny Day, Everything Can Happen é o sexto álbum de estúdio da cantora multiétnica – até hoje não sei dizer se ela é estadunidense, europeia, asiática ou latina. – e, apesar de ser uma crítica válida à alguns sistemas, acaba sendo uma grande baboseira que ninguém vai levar a sério e só vão usar para rir – porque, garanto a vocês que ouvir isso daqui é mais divertido do que um show de duas horas de qualquer stand-up comedy que vocês podem achar por aí.
Com onze faixas – talvez proposital –, a cantora Plastique nos leva para relembrar o tenebroso “11 de setembro” dos Estados Unidos, usando e abusando de instrumentos eletrônicos e divertidos para comemorar o momento.
Já iniciamos com “Cold War”, e como que leva a sério algo tendo “World War I, led the World War II / World War II, to the Cold War / But the Cold War is over now / So we have fire falling from the skies”? Queria muito ter a naturalidade da Plastique de cantar algumas barbaridades líricas em um instrumental tão synthpop e ainda manter a seriedade como se fosse uma grande e incrível composição.
Condessa chama o DJ e produtor americano – irônico, não? – Rhys Roux para, além de produzir, também ser uma das participações especiais do disco. “Future Discotheque 2” foi a escolhida para ser o primeiro single do projeto, e busca criticar o sistema das redes sociais e tudo o que ela pode gerar de negativo. A canção é, com certeza, embalada por um europop que tem todo o clima quebrado pela voz do Rhys.
“Experimental Drugs” foi uma das favoritas dos fãs no lançamento, tendo uma repercussão grande e apoio deles, mas que ainda é quebrado por letras ridículas e que fazem toda a crítica social perder o seu poder com toda a abordagem que a cantora busca fazer na faixa – e é uma pena, pois a sua batida é incrível. Caso tivesse uma letra minimamente decente, seria um grande sucesso.
“Sunny Day” é a primeira que começa a fazer referência direta ao ataque de 11 de setembro de 2001 das torres gêmeas do World Trading Center dos Estados Unidos, mas essa não tem nem o seu instrumental e suas batidas para ficar de seu lado – é tudo desinteressante de forma igual.
Criticando o aquecimento global e voltando a pauta para as altas temperaturas do continente, “Hot Like Europe” é uma faixa que se deixa ser egoísta para que a cantora se vanglorie sobre todo o seu corpo e ainda faça piadinha sobre as condições climáticas do continente.
Não basta passar vergonha sozinha, ela tem que chamar um grupo de amigas que estão juntas até mesmo na humilhação. Era óbvio que o DREAM DOLLS estaria em um álbum desse jeito – já que só chamam as coitadas para obras ruins e sem seriedade, mas vamos ser sinceros, combina com elas. “Sexy On Global Warming”, precisa mesmo destrinchar o que está escrito na canção ou apenas o trecho “Once I was riding just a moose / But with global warming I see camels too / Camels on the Sweden are so cool / I feel like the queen of Morocco” já se autodeclara? É uma grande patifaria…
“Bubblegum America” talvez seja uma das canções mais interessantes do projeto. E, mesmo tendo referências para os acontecimentos, ela parece ser mais sutil nas palavras e a crítica tem uma abordagem comum – todo o álbum deveria seguir este exemplo. Ainda há sim uns deslizes, mas não soa tão grotesco como as faixas anteriores.
Um dos singles do projeto, “Crack Rock” segue numa pegada Pop Rock, e se antes a Plastique ainda tentava se importar com algo, aqui ela já largou tudo para o ar e quer apenas se drogar para fingir que está tudo bem com a sua vida, mas será mesmo que está? Ainda mais depois deste álbum, eu me pergunto se a vida da cantora está tranquila ou ela só está alucinada? Apesar de que até que faz sentido, para produzir um projeto assim, só estando drogada de verdade.
O cantor Lucca Lordgan surge em uma das faixas mais sérias do projeto – ou, que deveria ser. A canção é uma crítica direta ao facismo italiano e tudo o que ele chegou a destrinchar no país, como a homofobia sofrida pelo cantor em 2026. A canção “Letter to Italy” ainda tem algumas abordagens ridículas, mas ainda se concretiza como uma das faixas que mais conseguem se manter em um eixo mínimo do senso e não ir ao extremo do ridículo.
“Feels Like Hell” volta a abordar o eurodance no álbum e, com certeza, seria hit nas boates de uma cidadezinha qualquer da Noruega voltadas para jovens adolescentes universitários nos anos 2000. A canção volta com a pauta do aquecimento global já vista em diversas outras canções, e me faz perguntar se não haviam outras pautas para a Plastique arruinar, mas ao menos agradeço por ela focar em poucas e apenas criar problemas para elas – imagine onze pautas sociais com problemas de apoio após esse projeto?
E finalizando o projeto, 11 de Septiembre se destaca como uma das melhores canções do projeto. A cantora consegue traçar um paralelo entre dois acontecimentos ocorridos na mesma data – 11 de setembro –, mas enquanto um teve atenção mundial, o outro é tão excluído que poucas pessoas sabem que o golpe de estado do Chile em 1973 ocorreu nesta mesma data.
Ainda tenho para mim que este projeto é um experimento social da Plastique Condessa, e ela deve estar achando o máximo, porque se ela é uma pessoa insana para escrever essas canções, deve ser mais insana ainda para rir enquanto vê as críticas negativas do álbum ou os seus fãs tentando fingir que é um ótimo projeto por ser canções feitas pela cantora.
In A Sunny Day, Everything Can Happen consegue manchar pautas sociais e não levar nada a sério, podendo prejudicar a luta de diversos ativistas por um mero surto de uma cantora. Mas também podemos admirar a coragem da cantora levar tanto ao pé da letra algumas coisas que são abordadas apenas para provocar ou ironizar estas situações que são reais.
Espero que a cantora esteja satisfeita com o projeto e consiga se manter séria no decorrer do projeto, mas imagino que, se o buraco foi tão fundo, ela deve lutar para sair dele. Mas, relaxem, é a Plastique Condessa, no próximo álbum ela deve se levar a sério e vai ter a legião de fãs a apoiando.
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Nascido com polêmicas nas costas, o primeiro grupo masculino que estreou na CON:PASS se chama B.Moon. Um trio composto por um chinês e dois coreanos iniciam a sua jornada se afastando do convencional e introduzindo um álbum voltado para ballads e canções vocálicas. É, com certeza, uma das apostas mais diferentes que a CON:PASS ou até mesmo a MAP&S em um todo nestes últimos tempos.
Out of Orbit é o nome do primeiro mini álbum do trio, e já começa com uma ótima abordagem em algumas faixas.
A primeira canção é apenas uma introdução, e “Stars” já dá um pontapé inicial para o que vem em “Dance”. A faixa-título consegue mixar o pop rock – mas diferente do jeito que o RAVEN faz – em uma canção mais dançante. É uma faixa que não dá uma sensação de ‘estreia’, mas isso não significa que ela seja ruim – muito pelo contrário.
“Caramel Eyes” inicia então as canções baladas do álbum, e já sentimos uma presença tão animada sair da cena e dar a vez para a dramatização. É uma faixa que fala, o tempo todo, de seu amado, o elogiando e comparando como pinturas renascentistas ou como os sentimentos de ‘paraíso’ são aflorados no momento do amor. Talvez seja a melhor composição do EP.
O melodrama atinge o seu ápice em “I Cry”. É a faixa mais lenta e, consequentemente, mais vocálica do projeto. Tem uma letra que combina bastante com a proposta instrumental, e durante os quatro minutos – é a maior entre o EP –, todo esse sentimento de tristeza é reproduzido para o ouvinte.
E, então, o EP é finalizado com a melhor faixa. “Out of Orbit” é impactante e traz uma força maior para o álbum. Ela continua sendo uma canção midtempo, mas que ainda se mostra bastante presente e agitada. Nos faz lembrar de algumas canções pop lançadas por artistas ocidentais, e talvez isso que deixe ela soar diferente e se destacar nas demais.
O Out of Orbit foi uma estreia segura. Apesar de ser diferente em um todo, não é algo que se arrisca e vai ao longe com essa ideia. Mas ainda assim, é um projeto consistente e durante quatro faixas – e uma introdução –, é nítido ver o que o B.Moon quis transmitir com esse projeto.
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FaanG, mais uma estrela que surgiu do nada no K-Pop esse ano. Produtor, compositor e agora cantor, o jovem idol assinado com a Body&Seoul lança o seu primeiro álbum: Shades. Se juntando ao leque de artistas da empresa, o rapaz se destaca com a Gen Lip e o KJ dentro dos mais variados nomes da Coreia do Sul.
Shades contém nove faixas, incluindo o hit “Violaceous Villain”, e durante 27 minutos, o solista entrega um lado do K-Pop que estava adormecido recentemente: alta capacidade vocal e um estilo próprio.
Iniciamos o álbum justo com ela, “Violaceous Villain”. A faixa que estava dominando a Coreia do Sul recentemente é uma grande canção. A letra fala sobre uma destruição de relacionamento, associando a cor violeta como algo ilusório e misterioso – coisas que o sucesso transmite. O rapaz até se joga num rap para complementar a canção, soando como uma tentativa fofa – não em um mal sentido, óbvio.
“Cherry” vem representar a cor vermelha, e apesar da faixa representar bastante essa energia fervente e energética, é uma das faixas que mais se destoa de todo o projeto. Nada no álbum combina com “Cherry”, e ela aparece do nada e some do nada. Não diria que foi uma boa escolha utilizar uma abordagem tão diferente aqui.
Em uma das parcerias do álbum, “Pink n’ Greedy” tem Nate, rapper sino-americano, na faixa. A canção é egoísta, com uma alta dosagem de amor próprio e egocentrismo – coisa que já vimos o Nate fazer anteriormente –. É uma canção mais sutil e suave, mas que soa agradável em toda a sua duração.
Destacando o laranja como felicidade no amor, “Honey Bee” continua com essa sonoridade discreta voltada ao R&B apresentada anteriormente. É uma canção querida e confortável, conseguindo transmitir essa satisfação amorosa que o FaanG desejou.
Em uma canção que parece abertura de animações japonesas, “I’m so yellow (even blue)” retorna com o pop rock apresentado na segunda faixa, mas de um jeito com uma presença maior. Apesar de ter uma outra faixa com esse tipo de sonoridade, a sua colocação na lista de faixas soa como uma aleatoriedade, quebrando aquela energia confortável e carinhosa que estava se construindo no projeto.
“Thick and Bittersweet” é a faixa mais curta, e serve de mais uma quebra na sonoridade que estava sendo construída. Ela é uma faixa acústica, sendo composta apenas com voz e violão, tendo leves elementos a mais como detalhes sutis para compor a canção. É uma canção interessante, mas que é completamente engolida pela organização da lista das faixas.
Com a produção do querido hitmaker Yone, “I Miss You” é a faixa que representa o azul em todo o projeto. É uma canção melancólica e diferente do que estamos acostumados a ver nas produções do Yone, mas é uma canção interessante de ouvir e sentir as sensações dramáticas que ela busca passar.
Igual, mas diferente: a cor ciano entra como uma mensagem de superação em “Forget U”. É mais uma das faixas que utilizam do midtempo para seguir, e apesar de não ser uma canção ruim, ela não consegue se destacar, sendo um grande meio termo – não é explosiva, mas também não é sutil.
E então, o álbum se encerra com a melhor das faixas. “OUTRO: Prism” é uma mistura de todas as cores, e essa mixagem deu muito certo. É uma canção que consegue ter presença, ter voz e ter uma composição interessante.
Um dos maiores problemas em Shades é a sua organização. As canções conseguem ter certas ligações, mas são organizadas de um jeito que não consegue ter essa ligação de modo direto. Mas, apesar disso, é uma estreia interessante vindo do FaanG, e deixa uma certa curiosidade para saber o que ele irá trazer a seguir.
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E após um bom tempo, a primeira integrante do FORNAX consegue fazer a sua estreia como uma artista solo. Aproveitando que o grupo está em um momento de pausa, já que o próximo álbum, o FORNAXY, foi adiado por tempo indeterminado, EunJi aproveita esse momento para aparecer e brilhar de forma individual. Então, a coreana lança o seu primeiro projeto de trabalho, o EP chamado SLAY. Com apenas quatro faixas, a cantora busca explorar o Dance Pop ocidental e mesclar com o K-Pop.
O projeto inicia com “Purr”, uma faixa que referencia o próprio grupo. Como é uma faixa voltada para o hyperpop e jeito dançante, não é uma canção com uma letra bem trabalhada. Na verdade, o álbum todo não é bem trabalhado na forma lírica. Mas irei destrinchar esse segmento em breve. É uma canção divertida para se iniciar um projeto desse modo, então uma atmosfera eletrônica se instala.
Com o sample da canção vencedora do GRAMMY, “S.L.A.Y” conta com versos de “Stylish”, canção da produtora Vienna Lorenzi e Lola W. A faixa é um dos ótimos pontos do disco, ainda mais por soar como duas canções diferentes em uma mistura só. É uma ótima escolha para ser o single principal do álbum.
“Party Gurl” conta com a parceria do produtor brasileiro Dudu, e é a melhor canção do disco. A faixa extrai bem a energia clubista que o álbum tenta representar, e, por mais que tenha um brasileiro, a faixa não tem nada de funk, como está sendo vendida pela TELESCOPE.
E então, o disco acaba com “The Most H”, que deve ser uma das letras mais humorísticas que eu já li em minha vida – e isso não é uma coisa boa. Talvez a cantora quisesse ser mais impessoal e chamar a atenção para uma letra cômica e irônica para mostrar como “she’s so crazy i love her” ou algo do tipo, mas a tentativa soa como um descarte das diss tracks da Liebe lançadas em nome do DREAM DOLLS. E mesmo tendo uma referência a DICE Magazine, não foi algo tão interessante de se abordar. A letra pode ser chamativa, com diversas referências públicas – inclusive os próprios trechos que supostamente seriam cheios de shade para outros cantores –, então vai estar em alta por um tempo, mas se souberem manusear, pode se tornar algo maior… Mas não essa faixa. Com menos de dois minutos, ela nem dá para ser aproveitada direito. Em um piscar de olhos, se encerra por completo – o projeto todo é assim.
De modo sonoro, o EP é um ótimo projeto. De modo lírico, é ridículo. A proposta do álbum é para dançar, se divertir, sem ligar pras coisas, e ser extremamente egocêntrica, mas poderia fazer isso de um modo que não soasse vergonhoso. Talvez o SLAY tenha uma grande atenção do público, ainda mais porque a música precisa de canções com essa pegada dançante, mas não é possível ignorar uma canção que você vai dançar e rima wikipédia com enciclopédia e Display Media.
Apesar de tudo, SLAY é um EP curto, então se era para ser trilha sonora de uma festa, ela acabará em menos de 11 minutos. Mas, em geral, não é ruim. Tem seus pontos fortes, sendo um álbum muito apelativo para o público – é como se ele gritasse “ME ACLAMEM, EU IMPLORO” – e abordando um projeto bem divertido sonoramente. É um acerto de uma cesta de 1 ponto: poderia ser melhor, mas também poderia ter errado totalmente.
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Talvez seja um mal da TELESCOPE produzir apenas projetos curtos… Mas, voltando ao tópico principal, a empresa subsidiária da MAP&S estreou o seu mais novo grupo feminino – o segundo desde o FORNAX. STARGAZE entra em mais uma leva de artistas novatos que vem sendo grandes revelações esse ano, como Gen Lip, YOUNGBLOOD e UNi. E, com o seu primeiro EP como projeto, CAMP é uma coisa.
De início, o nome é bem subjetivo. Temos a grande expressão do mundo da internet, “camp”, que sempre foi usada para definir o outro grupo feminino da TELESCOPE, mas quando vemos o STARGAZE utilizar ele, é nada mais que o outro significado da palavra. Acampamento. Indo dos seus visuais extremamente apelativos para puxar uma nostalgia dos conceitos de Y2K e com uma leve semelhança a uma capa de um álbum antigo onde tinha um coelho e apenas mudava a cor… Mas não consigo me lembrar bem qual grupo é esse, só não me soa tão original assim.
Entendemos que artistas têm as suas inspirações, mas não precisa ser tão óbvio assim como foi no CAMP.
Mas voltando para as faixas. O projeto contém quatro, sendo uma delas a faixa-título, “Boy In A Dream”. É uma canção divertida, cheia de batidas dançantes e a cara de um K-Pop tão clean que não vemos isso desde “Reflection” do BELLA. Foi uma boa introdução para esse começo do grupo.
“Lipstick” é uma faixa comum. Ela segue na mesma faixa de um Dance-Pop que a anterior, mas não parece acrescentar uma grande coisa ao que o álbum quer dizer. A composição é apenas mais uma letra sobre amor que vemos constantemente sendo abordadas por grupos de K-Pop.
Em “Plan B”, o álbum entra em uma linha puxada para o R&B, o que é o melhor para esse projeto. É raro ver grupos de K-Pop bebendo desse caminho de influência, e quando bem feito, dá muito certo. A canção se destaca pela diferença e tem uma ótima abordagem, só não sendo a melhor canção do projeto porque a próxima faixa existe.
E “Under The Moonlight” nasce. Mesmo que a letra não seja incrível, sua sonoridade é a coisa mais diferente no comum que vi em um certo tempo ouvindo os álbuns do gênero. A faixa se concretiza como a melhor do projeto e talvez uma das melhores produções de K-Pop do ano.
Mas, mesmo com tanta coisa boa, há outros deslizes. O projeto não acrescenta em nada de forma lírica, são apenas canções comuns falando sobre amor e coisas do tipo, não há nada aprofundado para que seja extraído, nem que seja um verso que se destaque. As composições não estão ruins, mas não se destacam, parece que apenas juntaram combinações e rimas e decidiram que seriam isso.
Mesmo que CAMP soe como um álbum de descartes do FORNaX A, o projeto conseguiu ser mais competente do que o trabalho de suas colegas de empresa. Tokuto conseguiu extrair bem nas produções das faixas e mesmo que falhe em composições, seu trabalho se mostrou ser bem evoluído. Não sabemos qual caminho o STARGAZE irá traçar daqui em diante, mas caso continue bebendo da água da fonte certa, poderá chegar a um patamar elevado para um grupo tão novo.
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Gen Lip é a nova sensação do momento no K-Pop. Em tempos de necessidade por uma solista – já que a maior influência da Coreia do Sul, a QruBim, está em uma pausa –, ela surge para ocupar um espaço tão querido e desejado pelas pessoas. E vem fazendo isso com perseverança. A garota está sendo a artista mais rentável da Body & Seoul em 2028, sempre ativa, participando de programas e se dedicando à sua imagem. No começo do ano, seu primeiro EP foi lançado, e o Cinema gerou pensamentos instigantes sobre como a cantora iria seguir, ainda mais após uma estreia com tanto destaque, mesmo que não tenha sido um enorme sucesso comercial. Então, em junho de 2028, o Romance foi lançado. Sendo o primeiro álbum de estúdio da coreana, ele contém uma trágica história de amor entre um ser humano e um fantasma. Toda essa “lore” foi destrinchada em diversas canções, que iremos detalhar cada uma.
O álbum se inicia com “Fabulous”, uma canção empoderada, cheia de potência. É um ótimo jeito de iniciar o álbum e o projeto, já que havia sido disponibilizada anteriormente como um dos singles do álbum. A faixa é contida, mas consegue ser uma das melhores do projeto, sendo bem produzida e abordada pela cantora – foi uma ótima sequência para “Movie Star”.
E então, a onda disneyana aparece no projeto. “Edge of Great” é como uma trilha sonora de um filme jovem dos anos 2000 da Disney – na verdade, metade do álbum é como isso. Não é um problema em si, mas acaba se afastando da ideia de outras canções do álbum. E entre as com essa mesma energia, “Edge of Great” é a que mais se destaca com a sua qualidade.
“World Collide” foi a escolhida para ser uma das faixas-títulos do álbum. E sampleando “Für Elise” do Beethoven, a faixa é ínfima. Talvez seja uma canção que combine com a Gen Lip, mas não soa como uma boa evolução das faixas do projeto anterior para ela.
Mas, nem tudo está totalmente perdido. A melhor faixa do disco – e talvez, a melhor da cantora – aparece. “Leave This Aside” é uma das melhores canções de K-Pop lançadas no ano, sendo dramática, pessoal e imersiva. O synthpop é muito bem explorado na faixa, e consegue segurar as pontas nesse momento do disco. Caso a Gen Lip tivesse seguido essa mesma linha nas canções, o projeto poderia ter uma abordagem muito superior do que o projeto final.
E, o projeto decai drasticamente. “Stuck In The Middle” é uma das canções mais insossas nesse ano, e sendo a sequência de uma obra prima, ela parece muito menor ainda. A canção não tem um ponto positivo. O que é uma pena, porque a cantora parecia estar segurando bem as pontas até esse momento do projeto.
A sexta faixa conta com a parceria do Jooyeon, integrante do grupo masculino YOUNGBLOOD. Os dois pareceram formar um bom casal e ter uma química interessante, e mesmo que “Perfect Harmony” deslize em alguns pontos, não é de sua totalidade ruim. Talvez a junção entre eles fale muito mais do que a canção, mas aqui entendemos quem é a bailarina e o fantasma e como eles se relacionam na linha de história do álbum.
“Made for Love” é o mais novo hit da cantora, e deve ser a canção mais dramática do álbum. Sendo totalmente baseada no piano, seus acordes soam mórbidos – até certo ponto – e introduz uma melancolia que ainda não tinha sido apresentada no projeto. Ela é mais épica, é possível perceber uma necessidade de soar como algo grandioso em sua produção.
“Unsaid You” é uma canção clichê. Apenas uma faixa comum com a voz e violão, não tendo nada de extremo em sua composição ou até mesmo na produção. É uma faixa que introduz um fim de projeto.
A nona faixa se chama “Swan Song”. É uma canção mais simples, mas podemos ver alguns elementos de uma produção mais interessante do que na faixa anterior. A canção tem cara de uma faixa que viralizaria no TikTok e atribui bem uma faixa voltada para a personagem da Gen Lip nessa história toda.
E então, tudo se acaba com “Playback”. A faixa tem essa energia de “adeus”, e cumpre o seu papel de uma forma bem direta ao ponto. É uma canção confortável, e fecha bem o ciclo do álbum.
Sendo direto ao ponto, o Romance é um álbum cheio de falhas. Mas o seu problema maior está na execução de como o projeto funciona, porque tem uma história interessante que poderia ser bem explorada, teve uma divulgação excelente entre os artistas mais novos do ano, mas por algum motivo, não tem tantas canções que ajudem o projeto a se concretizar como algo duradouro e cheio de qualidade. O que é uma enorme pena, pois vimos do que a Gen Lip é capaz no Cinema. Talvez se ela voltasse com essa abordagem inicial, possa melhorar e abrir mais caminhos para a sua carreira.
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A maior estrela da atualidade lança o seu quarto álbum de estúdio. Sofía vem acumulando diversas vitórias em sua carreira: foi a cantora escolhida para estar no show do intervalo do Superbowl; foi apresentadora do VMA’s de 2028; ganhou diversos prêmios, incluindo “Artista do Ano” no GRAMMY de 2028; e se concretizou como a artista com as duas maiores canções da história. Sucessos atrás de sucessos nos fizeram retornar para o HASTA QUE SALGA EL SOL e analisá-lo de forma minuciosa. Todo esse sucesso está condizente com a qualidade sonora do álbum, ou ela apenas se sucede por conta de altos investimentos? São pautas sempre levantadas quando se fala da Sofía, então estamos aqui para entender e confirmar qual lado está certo.
O projeto inicia com “Pa’ Mala Yo”, uma canção que é interessante para iniciar o álbum. A faixa cumpre bem a sua função: é uma das mais curtas do projeto, consegue introduzir bem esse lado “bad girl” que a Sofía quis trazer – mesmo que a sua personalidade visual não condiz com isso – e, apesar de ser repetitiva, não é uma faixa totalmente ruim. Ela é um pouco vazia, mas serve de um ótimo gancho para a próxima faixa.
E nos deparamos com o primeiro sucesso do álbum. A colaboração entre EMÍ e Sofía claramente vai ficar na história, ainda mais por ser uma das melhores canções da mexicana. “Mujer Bruja” é uma daquelas canções que todo mundo está comentando, e quando ouve, fica “hm, agora eu entendo esse hype”. É uma faixa comum, não iremos dizer que é uma faixa com mil conceitos ou extremamente elaborada, mas a sua pegada reggaeton dançante é incrível, sendo contagiante e chiclete ao extremo.
“Adicto” é a terceira faixa do álbum, e podemos ver o tom diferente da produção da Sofía. Um Pop mais eletrônico vem sendo introduzido aos poucos, e mesmo que o reggaeton e outros gêneros latinos estejam ainda presentes, tem um elemento aqui ou ali que faz diferenciar o projeto de diversos outros da mexicana – é uma divergência enorme entre as faixas do DESENCANTO e do HASTA QUE SALGA EL SOL.
E o segundo sucesso colossal surge. “La Reina Perdida” é mais divertida e uma canção completamente tropical. Os trompetes combinam perfeitamente com a energia dançante e livre que a canção impõe, sendo um dos maiores acertos do disco. Não tem como ficar parado quando ela começa a tocar. Seu corpo é hipnotizado pela batida alegre e simpática, e só param quando ela finaliza.
Mas, o terceiro e maior sucesso também tem o seu momento. A faixa que foi número #1 de todos os charts embala em uma bachata e conta com a participação do cantor brasileiro AWA. Apesar de “Juicio Final” ser um grande sucesso, é o pior dos quatro singles – mas não significa que seja uma faixa ruim –. A canção tem uma energia uptempo, o que pode ser mais divertido de se ouvir.
“Amor Por La Televisión” é a sexta faixa. E aqui percebemos que toda aquela construção de imagem que a Sofía estava fazendo para ser uma “mulherona foda” e coisa do tipo se perde toda em canções desse estilo. A faixa é bem comum, mas não tem aquela personalidade forte que o começo do disco parecia exigir tanto.
“Ana” foi a única faixa escolhida para ser o single promocional do disco, antes mesmo do lançamento de diversos sucessos. A faixa é um reggaeton simples, e chegando nesse ponto, uma pergunta ronda: a Sofía jogou fora toda a personalidade imposta anteriormente?
Vejamos bem, não é um ataque. Mas chega a ser frustrante você ver todo o jeito que o álbum foi construído antes mesmo de ser lançado, e quando abre todo o pacote e começa a destrinchar, percebe que não foi tão “profundo” assim. É como se fosse uma propaganda enganosa. “Mujer Bruja”, claramente, veio no momento certo. Era um momento que as pessoas poderiam estar saturadas da personalidade muito “boa menina” da Sofía e, com esse lançamento, todos ficaram surpresos e toda a expectativa acerca do HASTA QUE SALGA EL SOL foi altíssima, mas ouvindo o projeto, é como se as três primeiras faixas funcionassem de forma isolada e não contemplam todo o resto do projeto: que são faixas de Latin Pop comuns.
Algumas até tentam trazer essa energia mais electro e synth das primeiras faixas, como “La Que Baila”. É um momento de respirar após um grande acumulado de canções com batidas similares. Entendemos que é a personalidade e o gosto que a Sofía se propõe a fazer, mas podemos ver que ela pode ser diferente, ainda mais em canções como “Antagonista”, “Camaleon” e “Mujer Bruja”. Caso ela apostasse nesse lado do pop latino novamente, seus projetos teriam a capacidade de serem muito mais superiores do que já são.
Sofía parece amar colaborar com artistas brasileiros, porque em “Hasta Que Salga El Sol”, faixa-título do projeto, conta com a parceria do DJ e funkeiro Rique. Os dois não era uma combinação que era esperada, já que parecem pertencer de mundos totalmente diferentes, mas a faixa consegue extrair bem os pontos fortes de ambos e introduzir uma canção interessante para o público. É uma faixa bem puxada para o Dance Pop, e vemos aqui que a Sofía não precisa desistir totalmente do reggaeton para experimentar outros gêneros e sonoridades musicais.
“Molotov” segue com um reggaeton de base. São batidas comuns, mas que fizeram falta nesse projeto, já que a artista quis experimentar uma vertente mais tradicional, deixando um pouco de lado as energias contemporâneas. É uma faixa que parece estar mal posicionada no projeto. Se estivesse mais acima, ela poderia brilhar de um modo mais enfatizado.
E então, o último single do álbum surge. Em “Espada”, Sofía se arrisca num lado mais urbano de suas canções, até tentando leves trechos rimados que podem se assemelhar ao rap. É uma canção interessante, mas não soa como uma faixa de encerramento – ou de pausa – de uma era. Mas a canção tem o seu destaque e o seu valor.
“360°” encerra o álbum. É um fim frustrante, pelo fato da canção não dar essa sensação de encerramento. Mas, a faixa em si, não é ruim. Ela tem algumas mudanças em seu ritmo, talvez sendo a canção mais “experimental” que a Sofía já fez até hoje, em seus anos de carreira. É mais uma das canções que se estivessem melhor posicionadas, funcionariam melhor.
HASTA QUE SALGA EL SOL é o maior sucesso da Sofía, e isso é inegável, mas também não é a melhor obra da cantora. Ao menos, conseguimos ver uma evolução do disco anterior para esse, tendo uma sonoridade e abordagem bem melhor que o DESENCANTO. É um dos álbuns que a Sofía mais se empenhou em suas composições, e isso vale uma atenção especial. Mas, ainda soa frustrante como tiveram uns problemas na coesão, tanto do disco quanto da imagem que cerca o álbum – que já foram apontados anteriormente.
Sobre as pautas levantadas no início, a resposta é: ambos. A verdade é que a Sofía sabe escolher bem as faixas que trabalha em singles, a maioria das vezes, são sempre as melhores dos discos, então contam sim com a qualidade sonora que a artista tem, mas também não é possível descartar o alto investimento que ela, a sua equipe e sua gravadora fazem. É possível ter canções boas com ótimos investimentos, não é apenas underground que tem canções boas ou apenas artistas que curtem que podem ter ambos – investimento e música boa. Sofía é uma cantora que se mostrou competente em diversos requisitos durante toda, e vemos que ela está evoluindo e moldando de uma melhor forma a sua imagem artística.
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Dando continuidade a um projeto adormecido por quatro anos, o grupo PLASMA retorna com o lançamento de mais um integrante. O escolhido da vez foi o HANN, que simboliza a inveja em toda a história do grupo que vem sendo construída em pequenos pedaços em intervalos muito mais longos do que desejamos. O EP contém apenas quatro músicas, sendo um padrão para todos os outros lançamentos do grupo, e imergem em uma história superficial, já que ainda não temos uma prolongação e maior exploração dessa parte do projeto.
A primeira canção é uma introdução. “Sempiternal” contém dois minutos e seis segundos de puro instrumental. Talvez não fosse necessário uma canção tão grande apenas para apresentar o projeto, mas ela consegue nos mostrar o segmento que o EP irá seguir nas próximas canções.
“The Great Kiskadee” é a faixa-título do EP, e conta com a participação do Aron, outro integrante do grupo. A canção é um belo dueto, sabendo apelar para a emoção por conta da sua sonoridade. A composição também tem o seu destaque, tanto nos trechos do Hann, quanto da colaboração. Mas uma coisa é incômoda: por que uma faixa que deveria ser o solo de um integrante é um dueto? Entendemos que tem relação com todo o PLASMAVERSE pensado pela Body&Seoul e coisas do tipo, mas não soa frustrante a sua faixa solo não ser solo?
E a melhor faixa aparece. “Complex” é uma ballad de verdade! Mesmo que não explore altas notas ou esteja exigindo uma alta capacidade vocal, ela consegue ser emocionante de verdade – diferente das outras faixas, que parecem tentar emular essa sensação –. A sua composição é a mais intensa, e a que podemos sentir toda essa dor que a inveja traz consigo e alimenta as pessoas. É uma faixa que poderia ter mais atenção caso a empresa quisesse.
E, então, o EP se finaliza com “Tell Myself”. Ela finaliza o ciclo que as outras canções abriram e deram continuidade, mas ainda não soa tão grandiosa como a faixa anterior. A canção de encerramento tem a composição mais clara. Ela não se esconde em diversas metáforas ou duplos sentidos, ela é direta na lata, e expressa todos esses sentimentos dolorosos.
No fim, HANN foi um grande passo para o PLASMA, mas com o passar do tempo, parece como um passo em vão: o projeto continua sem qualquer continuidade ou até mesmo sinal de vida. É uma pena que um projeto com tanto potencial tenha sido deixado de lado mais uma vez pelo mal gerenciamento da Body & Seoul – não é a primeira vez que vimos isso acontecer, ainda mais com o grupo que estava a quatro anos parado –.
HANN é um álbum uniforme e consegue ter início, meio e fim, cumprindo o papel que foi proposto: continuar com a história do grupo. Em quatro faixas, a intensidade é bem apresentada e colocada nas faixas, sendo sempre um símbolo de destaque por não vermos algo tão profundo deste modo no K-Pop há um certo tempo, mesmo que outras ballads sejam lançadas. Esperamos que a empresa continue com esse trabalho promissor e continue com a mesma qualidade sonora que este e os outros projetos já lançados até o dia de hoje.
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Lola W retorna para os holofotes atualmente com o seu terceiro álbum de estúdio. O DOLLS WORLD continua com aquele mesmo jeito cômico e irônico presente em quase todas as canções da artista. O disco contém parcerias com a produtora Vienna Lorenzi, a rapper Clarie Camaraderie e o grupo feminino sul-coreano – que não tem nenhuma asiática – DREAM DOLLS. Há um certo comprometimento com o conceito nas faixas, onde tudo é rosa, plastificado e completamente açucarado.
A primeira faixa do álbum é justamente o primeiro single: “Barbie”. A canção saiu no meio de 2027 e foi um pouco deixada de lado pelo público quando a Mattel lançou o “The Barbie Project”. Foi uma enorme coincidência, mas o público acabou escolhendo o seu lado. “Barbie” é uma faixa Pop que bebe do Trap, e é divertida, mesmo sendo ridícula. É uma canção que serve apenas para introdução do álbum.
“CA$H” vem logo em seguida, e continua com a sequência de um rap de segunda categoria – vamos ser sinceros, as músicas dessa pegada não combinam com a Lola. A letra nem precisa ser citada, porque larguei a mão quando li “I’m number 1 in Bangladesh”.
Talvez aqui as coisas deveriam começar a engatar – literalmente. “Pink Lamborghini” dá o pontapé para um Pop nonsense, mas acaba parecendo música de introdução para vídeos infantis no YouTube. É uma faixa que, mesmo ridícula ao extremo, consegue ser mais consistente que as duas faixas anteriores.
Finalmente, “Plastic” surge na tracklist para dar uma refrescância verdadeira para o disco. A canção conta com a colaboração da produtora e cantora europeia Vienna Lorenzi. A faixa uptempo é o maior acerto do álbum, e não é atoa que foi o maior hit do disco, até o momento. A junção Lola e Vienna sempre dá certo, e “Plastic” é a verdadeira prova disso.
“DOLLS WORLD” é, então, a tão esperada parceria entre esses dois mundos. Percebemos que a canção foi gravada a muito tempo, porque ouvimos os vocais da ex-DREAM DOLLS Liebe. É meio inesperado dizer isso, mas esta faixa é uma das primeiras – e únicas – canções com o grupo feminino que parece dar certo. O Pop é divertido e consegue extrair bem a energia dos dois atos combinados na faixa.
Em “High Heels”, vemos um Synthpop ser introduzido pela primeira vez no projeto. A canção é ótima para tocar em uma noite badalada em Ibiza, onde você nem presta atenção no que está sendo cantado, você só sente a batida e deixa o seu corpo levar nas influências retrôs da faixa.
“Stupid” já aborda uma pseudo-balada eletrônica. A faixa serve para quebrar um pouco o momento de agitação que estava sendo apresentado antes, mas não tem nada “demais” além desta sonoridade e abordagem que diverge com todas as outras canções.
E de volta para o Pop dos anos 2000, “Real” é uma verdadeira canção y2k, podemos ver todos os elementos desta sonoridade aqui – violinos, banda, e batidas sempre nos mesmos pontos específicos. A faixa é um dos maiores destaques do projeto, seja pelo seu jeito mais autêntico ou pela letra que não soa tão cômica assim como as outras.
“Genetics” é aquela canção egocêntrica e egoísta pra caralho, mas utilizada do jeito certo – e era isso que o álbum precisava. A faixa é divertida, agitada e um verdadeiro hino para cantar em conjunto enquanto ouvimos de modo aleatório em situações aleatórias. Ela serve para aumentar a autoestima, e cumpre perfeitamente com o que deveria.
E, então nos despedimos do DOLLS WORLD em “Sticky”, canção que conta com a participação especial da rapper latinoamericana Claire Camaraderie. A faixa tem sim um sentimento de encerramento de projeto e aborda uma nova sonoridade – o electropop misturado com o hyperpop. A faixa é divertida, e o verso da Claire dá um sentido diferente ao que estava sendo apresentado anteriormente. É uma visão mais “sexual” do mundo das bonequinhas – sejam elas de luxo ou não.
É triste ver uma cantora com tanta potência acabar se entregando a batidas genéricas e letras ridículas. Caso a Lola W se levasse um pouquinho a sério, poderíamos ver o seu crescimento na indústria e se tornar uma das maiores popstars da atualidade.
DOLLS WORLD é um projeto de momento: se você acordou num dia que está afim de ouvir coisas idiotas, ele é a escolha perfeita para isso. É um álbum que não tem comprometimento em entregar letras boas e filosóficas e instrumentais elaborados. Ele não é coeso, a cada momento, está introduzindo uma sonoridade nova, batidas diferentes, e mesmo assim, todas são genéricas. Mas vejo a Lola W como uma parte fundamental para a indústria atual: às vezes, é bom ter um alívio cômico de vez em quando.
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Leah retorna, após diversos atrasos e adiamentos, com o seu segundo álbum de estúdio, o intitulado whts ur fntsy?. A gatinha europeia é uma das grandes promessas do Pop europeu que vem da Rocket Records, mas esse álbum foi uma bagunça. Não houve divulgação, não houve trabalho – nem no álbum ou nem no single –, e nem mesmo um mísero videoclipe para “PLLBX”. Não sabemos o que acabou rolando por ali, até porque o seu primeiro álbum de estúdio contém dois grandes hits: “Money, Success & Fame” e, a canção que abriu as portas para divulgações em locais não-tão convencionais, “Wandering Spirit”.
Leah tenta reformular o seu Pop, já que no primeiro projeto é uma alta energia dance e europop, mas agora vemos uma exploração do gênero de um jeito mais contido, sucinto e bem suave. Saindo de diversos sintetizadores energizantes, em whts ur fntsy?, Leah nos mostra o seu lado romântico e pé no chão.
A canção que abre o disco é “PLLBX (whts ur fntsy)”, primeiro e único single – até o momento – da era. A faixa não tem nada demais, e apesar de ser uma introdução interessante, ela é uma canção tediosa e arrastada. Mesmo com apenas dois minutos, ela não apresenta nada do usual.
E após uma interlude de um minuto, “Sympathize” aparece animando o compasso do disco. É uma faixa divertida, alegre e um pop completamente jovial. É algo que combina com a Leah e que dá uma vida de verdade para este álbum. Seria uma das minhas maiores apostas para o segundo single, mas seria um enorme desperdício um lançamento de uma faixa deste porte ser jogado para escanteio como o próprio álbum.
E aqui já começamos com aquelas canções aleatórias – bem conhecidas como fillers – espalhadas no álbum. Como você sai de um Dance-Pop e engata um Pop Rock melódico e dramático desta forma? Chega causar um estranhamento enorme quando “Numb” surge. É uma faixa que soa como se estivesse jogada na sequência, até quebrando a energia alegre e dançante que estava se instalando. Esse é um problema encontrado desde o primeiro disco da Leah, e que na nossa review do Wandering Spirit foi apontado os problemas de organizações das faixas para manter uma coesão, e não ocorrer casos onde toda uma emoção seja cortada ao meio por uma faixa aleatória.
E vemos que “Numb” é tão aleatória quando a quinta faixa surge. “Time To Let It Go” apresenta um Pop psicodélico que se sustenta apenas no instrumental. A letra não é lá daquelas coisas, abordando coisas simples e genéricas que a gente vê por aí, mas o instrumental é surpreendentemente incrível. É uma faixa que talvez possa ser ignorada a sua letra por conta do que é abordado no Pop dançante.
Então, a faixa-título aparece na tracklist. Sem a caixa de pílulas, “whts ur fntsy?” quebra mais uma vez toda a energia do álbum com esse Pop Rock. Caso fosse bem estruturado, todas essas faixas estariam em posições estratégicas e próximas, não de forma intercalada, quebrando com tudo o que estava sendo construído – e com muito sufoco, porque com toda hora uma interrupção dessas… Ela é uma canção comum, sendo bem mediana comparado ao que a Leah conseguiu fazer anteriormente, seja nesse disco ou não. Mas das faixas com essa mesma pegada, ela se destaca como a melhor.
“far and well” surge dando continuidade a essa nova pegada e novo som da Leah. É um Pop com uma banda, mas que combina tanto com as faixas mais rockzinhas quanto com as mais dançantes. É uma boa faixa, com uma letra até interessante, e que consegue cumprir o papel que ela deveria cumprir – ser uma faixa comum.
Continuando com as faixas mais lentas, “wasteland” é o pico das ballads no disco. Uma faixa totalmente voz e piano, mas o que pega aqui é a letra totalmente plastificada. Por ser uma canção lenta, é sempre esperado como uma das letras mais emocionantes, mas nesta canção, é como comprar um miojo esperando que ele te entregue um espaguete à bolonhesa – e você vai se decepcionar amargamente.
“children” já começa a mostrar que tudo em excesso não é necessário. Três canções ballads seguidas, com todas na mesma pegada, e todas com voz e piano, é uma coisa a se pensar. Caso seguisse aquela coisa básica de sempre colocar canções desse tipo no fim do disco, tranquilo, mas no meio dele, faz pensar se devemos continuar ou se vamos encontrar mais outra ballad de piano distribuída por aí. Sem contar que, caso a letra tivesse sido mais abordada e explorada, poderia ser a mais emocionante do projeto.
Um outro interlúdio surge – “growing pains”, e então, “Just Your Ego” aparece. Com uma faixa que serve para pausar o álbum, cria-se uma expectativa em algum tipo de mudança, mas nada ocorre, mais outra canção qualquer surge com o piano e letras superficiais. Assim é complicado insistir na Leah, porque tentaram tanto forçar esse lado mais melódico dela, mesmo não utilizando essa proposta no conceito geral do álbum, sem contar que os maiores acertos estão sempre nas canções animadas.
Finalmente um suspiro de alma surge em uma das últimas faixas do disco. “Overcasual” é uma abordagem Pop que consegue se diferenciar só por não ter um piano clichê tocando no fundo enquanto a Leah canta. É uma canção bem interessante até, tendo uma das melhores letras do projeto, e caso a cantora tivesse seguido essa sonoridade – entendam, ela é totalmente diferente das últimas cinco baladas –, poderia ter entregado um projeto mais original e diferente do básico do básico… do básico.
A penúltima faixa é de largar a mão, porque do nada o Pop Rock ressurge de novo, mas o jeito que ele é colocado, soa mesmo como uma canção de encerramento de álbum. “The Breaker” é uma faixa qualquer, e pelo menos é a última faixa do disco que tem “ghost” na letra. Não há nada nela tão extraordinário ou extremo.
E encerrando o whts ur fntsy, “Side Effects” é aquele Pop dançante retrô, que bebe muito da fonte rockzinha que diversos artistas fazem ultimamente para puxar uma nostalgia. A canção é uma ótima faixa para encerrar o álbum, mas acaba sendo só isso mesmo, uma despedida.
whts ur fntsy? vive num mundo verdadeiro de fantasias. Começa de um jeito, acaba de outro totalmente diferente. O álbum mistura várias ideias opostas que o time da Rocket deve ter pensado no momento e acharam que misturar tudo junto seria uma boa ideia. Mas claramente não foi. O álbum é decepcionante e cansativo – como que um álbum com apenas 39 minutos e apenas metade das faixas tem mais que três minutos? –, e soa até como uma personalidade muito plastificada.
Nele, a Leah parece querer pagar de cool e se diferenciar do clichê e genérico, mas acaba caindo em uma armadilha bem pior ainda, que é o genérico que se paga de diferente. Leah era uma das artistas que a redação da DICE gostava de acompanhar, porque ela entregava aquele Dance-Pop que nem sempre vemos as pessoas fazendo ultimamente, e mesmo que fossem faixas datadas, se diferenciavam por essa escassez do gênero dançante no mundo atual, mas quando a europeia deixa essa abordagem de lado para buscar algo mais aceito ultimamente, é uma enorme falha, causando uma decepção enorme sobre como toda a construção, todos os instrumentais, todas as letras e, principalmente, em como a era funciona.
Os pontos que mais comprometem o disco é a sua coesão, que não parece ter sido bem estruturada, a composição, que soa completamente superficial. Caso fossem outros artistas cantando essas canções, ninguém acharia que pertenceria a Leah, porque a identidade dançante e até poderosa que estava presente no primeiro álbum foi jogada para o esquecimento. E, então, isso implica em uma falta de originalidade vinda da europeia mais conhecida na Oceania.
É uma pena uma artista novata tentar essas abordagens mais cleans e menos exageradas para se encaixar em um certo tipo de padrão, e então, Leah ameaça ser mais uma na lista de artistas quaisquer, que fazem o que está sendo aceito pelo público ou pela crítica no cenário musical mundial atual.
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E então, a cantora Agatha Melina passa da maldição do quarto álbum e ressurge como uma fênix em seu quinto álbum – o Haunted Hallways. O disco deve ser o mais curto da romena, tendo apenas 31 minutos, mas ainda assim, apresenta ótimas ideias e um novo som para ela. Ainda vemos aquele rock de identidade em algumas faixas, mas sabemos que é um projeto muito mais comercial e abordado para diversos públicos. Talvez quem curta a música Pop ou a música Rock de formas separadas e individuais, vá curtir este projeto que marca o retorno de uma das maiores estrelas europeias de todos os tempos.
E então, em um compilado de treze faixas, sendo três delas faixas curtas para o interlúdio, introdução e encerramento, Agatha Melina repagina o seu som e volta a ser a mais nova queridinha do momento.
“Arrhythmic” vem logo após “The Dusk”, faixa de introdução, e já sentimos a presença desta nova persona. A faixa tem uma boa composição, que se mescla em um Pop Rock retrô que apela para a nostalgia. É uma canção que consegue concentrar bem a energia da Agatha, com uma letra triste, retratando experiências de crises de pânico e ansiedades, procurando por uma solução para este problema.
“Bittersweet” é como o nome. A faixa é doce e azeda ao mesmo tempo, dois contrastes enormes. É uma faixa com uma grande letra, sendo talvez uma das melhores do álbum, mas o instrumental é tão sucinto que parece ser “menos” do que poderia ser. Não é uma faixa ruim, muito pelo contrário, mas podemos ver que a letra é muito mais do que o instrumental entrega.
E em “Chokehold” vemos aquela old Agatha roqueira de volta. A faixa seria uma grande canção para o halloween de todos os emos roqueiros que existem por aí no mundo, e é uma ótima faixa. A canção consegue ser agressiva, atendendo certeiramente a sua proposta. É um dos grandes acertos do disco.
Mas não acerta tanto como “Treason”. O segundo single é a melhor faixa do álbum. Em uma transição ótima, ela surge no álbum tão de repente como a sua duração – dois minutos para uma faixa tão boa soa como tortura –, mas a canção consegue ser a melhor definição da fusão entre esses dois mundos que a Agatha desejou abordar tão bem neste disco. A produção do Klaus Henderson é intensa, dando um toquezinho eletrônico que a faixa deste tipo precisa.
Uma pausa surge com “The Devil”, o interlúdio, e então o disco já volta aos trilhos com “Hostage”. Grande sensação do TikTok e diversas outras plataformas com o seu viral explêndido, a faixa é uma canção incrível para passarelas e trendzinhas de modelos que abalariam o mundo da moda. Como a Agatha têm uma parceria com a Prada, não me surpreenderia caso um comercial ao som desta faixa existisse – e seria incrível.
Com a produção do norte-americano Apollyon, “Unbreathable” finalmente aparece no álbum. Sendo escolhida como a faixa que representaria inicialmente o Haunted Hallways para o mundo, a canção é um Pop Rock que parece soar jovial, e agradecemos por todo o destaque que foi entregue nas mãos desta faixa, porque a sua letra é um grande desabafo e sua sonoridade é muito agradável.
Com referências ao livro da também Agatha, mas Christie, “And Then There Were None” surge. É uma canção misteriosa, mas amigável, mesmo com as batidas fortes. Caso filmes de terror tivessem romances extremamente carinhosos e cheios de esperança, eles soariam como esta faixa – e isso é uma coisa boa.
A única colaboração do álbum é “Dead End”, com o cantor italiano Lucca Lordgan. A faixa retorna com essa abordagem mais clara do Pop, e utilizar um dos maiores popstars para esse “rebranding” é uma ótima escolha. A faixa é comovente, e mesmo com a letra falando sobre coisas tristes, ela soa apaixonante e divertida. A canção consegue ter tanto um pouco da Agatha quanto do Lucca, mostrando a capacidade e a potência da parceria.
“Hallways” quebra toda a energia mais esperançosa do álbum, trazendo uma canção mórbida e melodramática. A faixa é acompanhada de um piano, e mesmo com uma letra interessante, ela se destaca como a pior do disco. Infelizmente, não soa como se estivesse no nível de todas as outras faixas apresentadas até o momento.
E “Echoes”, a décima segunda faixa, vem para fechar o disco junto com “The Departure”, o encerramento do projeto. “Echoes” é uma ótima canção, que acabou até ganhando uma nova versão com a cantora Vivien Turner. Ela consegue nos entregar essa sonoridade de encerramento e tem uma ótima ligação com a faixa anterior.
Um dos maiores pontos fortes do disco é a composição da Agatha e o conceito. Apesar de achar as fotos muito limpas para o que todas as faixas abordam, toda a construção e produção do disco é ótima. As canções têm um grande comprometimento, ainda mais com todo o conceito e história que os videoclipes transmitem. É um dos grandes maiores acertos da Melina em toda a sua carreira, tanto nas abordagens, quanto na utilização de metáforas e outras figuras de linguagem para que o projeto seja mais imersivo e completo.
Haunted Hallways é uma das obras mais surpreendentes do ano, se instalando como uma grande evolução da Agatha Melina, principalmente em comparação com o seu anterior projeto, o Nightmare. A mistura entre o Pop e o Rock soou bem para a romena, sendo uma abordagem que nem sempre vemos ultimamente, principalmente em uma artista como ela, mas vemos que um projeto que, mesmo ambicioso, se mantém com o pé na areia firme e traz de volta esta potência que talvez estava adormecida dentro da Agatha.
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E então, a aclamada Vivien Turner retorna aos holofotes. Em “Shadowheart: A Tale by Vivien Turner (Baldur’s Gate 3 Official Soundtrack)”, uma das maiores cantoras alternativas tenta se renovar no espaço do mainstream e consumo atual de diversas canções. Em apenas cinco músicas, a trilha sonora oficial do jogo Baldur’s Gate 3 explora o alternativo medieval, algo que condiz com o tema e até com a própria Vivien, mas será que essa foi uma boa escolha?
Vejamos bem, a cantora lançou, no início de 2027, o seu álbum “Fold Your Hands (...)”, que conta com o sucesso de dez minutos “Renegade”, mas ela encerrou por aí, apenas realizando uma turnê. “Shadowheart” talvez seja uma tentativa de desafio para a Vivien, já que o seu projeto passado pareceu ser algo “Vivien demais”, então uma nova perspectiva para a sua sonoridade pudesse ajudá-la, nem só a produzir algo interessante, mas também com a conexão de outros públicos, principalmente os jogadores do RPG eletrônico compostos por nerds – nenhum problema, sou totalmente uma. Mas, ouvindo o EP, a pergunta ainda retorna: será que essa foi uma boa escolha para a Turner?
A primeira faixa é “Daughter Of The Loss”, uma faixa completamente dramática e imersiva com a história, mas é apenas isso. “Baldurian Fair” parece iniciar uma pegada onde podemos ver mais elementos do jogo, com referências aqui e ali, mas continua sendo apenas isso.
Pelo menos, um destaque surge no meio das cinzas. “O’ Muse” é, de longe, a melhor faixa e a única que parece ter um conteúdo mais firme, seja sonoramente ou liricamente. A produção da canção a torna tão potente, causando um grande destaque no resto das canções mornas e esquecíveis. Em “Down by the River” vemos a limitante abordagem que esse projeto requer. Tudo parece ser uma coisa – e não no bom sentido. Isso poderia ganhar pontos por coesão caso não fosse imemorável. E, então, o projeto se finaliza com “Daughter of the Light”, parceria com Jerome Smirnov. E não há nada para acrescentar nela, já que seria mais chato repetir a palavra “chata” do que ouvir o “Shadowheart” duas vezes seguidas. A canção parece tentar ter o seu momento de glória no fim, mas morre como o seu personagem do jogo caso não jogue ele direito.
Mesmo contendo elementos de canções visuais que vemos presentes em outros jogos ou filmes, tudo parece raso e óbvio. Talvez possam haver comentários como “ah, mas é apenas um projeto para jogo” ou “ele encaixa com a proposta”, e eu responderia de modo afirmativo: SIM! Ele se encaixa perfeitamente com a proposta, mas não significa que a proposta seja boa. “Shadowheart”, mesmo com 17 minutos, ele soa desinteressante. É um problema quando há um projeto extremamente nichado, para um público especificamente restrito, e vemos esse problema aqui. Até eu, como uma nerd, que ama jogos, histórias e filmes com temáticas medievais e completamente fantasiosas, não tive o mínimo de interesse despertado durante ele.
Sendo extremamente sincera, se me falassem que tais músicas eram para o próximo álbum da Turner, para algum musical do Senhor dos Anéis ou até mesmo para uma live action dramática de Caverna do Dragão, eu acreditaria. Eu torço muito para que a Vivien tenha amado trabalhar neste disco e que ela se sinta completamente satisfeita com o resultado, mas nada disso daqui é memorável, e talvez até para os jogadores de Baldur’s Gate 3 possa não ser uma grande experiência como poderia ser.
“Shadowheart: A Tale by Vivien Turner (Baldur’s Gate 3 Official Soundtrack)” cumpre perfeitamente com a sua proposta e talvez não devesse ser levado tão a sério, mas sempre que vemos o nome “Vivien Turner”, expectativas sobre a extrema qualidade e grandiosidade são criadas, mas como o “Fold Your Hands (...)”, é apenas mais um projeto presente na carreira da bruxinha.
Então, temos uma resposta de que talvez não tenha sido uma boa ideia, mas torcemos para que a Turner retorne no futuro com algo bom, pois sabemos da capacidade dela e do que ela já produziu e escreveu no passado para receber um status tão alto como o dela.
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