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Espelho Odiado Espelho

Há alguns anos não encontro um espelho. Nunca mais vi meu rosto, meu sorriso, minhas lágrimas. Meu reflexo turvo, sempre como na água. Um corpo que não é meu, curvas e linhas que nunca vi. Onde foi para minha verdadeira imagem? Quem é essa por trás da janela? Não me vejo mais e se visse, eu saberia mais de mim? Ei velha eu, me mande noticias, me diga que está bem. Arruma nosso cabelo daquele jeitinho que eu gostava, encare por horas seus próprios olhos e megulha nas nossa alma. Se me encontra por ai, não esqueça de me dar um abraço, afinal, eu sinto tanto a sua falta. Sinto falta da sua pele lisinha e aveludada, do seu sorriso sem motivo, de quando você passa aquele batom que eu tanto gostava. De onde era mesmo?! Ah! Coloca aquela roupa que a gente gosta, com aquela meia bizarra e aquele all star que era do nosso primo. Ele cresceu bastante, mande lembranças por mim, não o vejo há um bom tempo. Se você tiver noticias daquele vestido amarelo, me avisa, sinto falta dele e daquele tênis rosa que a mãe comprou em São Paulo, acho que ainda me serve. Não sei quando você vai ver isso, mas quando ver, tenta passar por aqui, eu sem você... Eu nem sei, nem sei!

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Será mesmo que te encontrei amor?

Me sinto segura aqui. Parece amor, mas já passei por isso outras vezes. Sempre acreditei que era amor, sempre planejei, insisti com todo meu impeto, mas será que foi amor? Será que eu já cruzei com o amor por ai? Não sou do tipo que tem medo de dizer ''eu te amo'', mas também sempre achei que sabia do que estava falando. Hoje vejo que posso estar vivendo um amor profundo, tanto quanto posso estara completamente enganada. Espero que dessa vez eu esteja certa. Hoje meu grande amor, me faz sentir insegura, não sobre ele, mas sobre todo o futuro que desenhei para nós. Ele sempre diz que é isso que quer, examente como sempre desejei ouvir ''eu te amo infinito'', ''vamos nos casar e dar uma festa de três dias para comemorar'', ''vamos ter nossos filhos, quantos pudermos'', '' espero te proporcioanar tudo o que desejar sempre, pq você merece'', entre tantas outras frases lindas que nunca ouvi antes. Infelizmente tem um medo que mora em mim, não tão escondido como eu gostaria. Tenho medo de ser tudo mentira, tenho de esperar demais, tenho medo de ficar velhinha e sozinha. Tenho medo de ficar sozinha daqui alguns minutos ou segundos. Tenho medo do infinito ser finito e nem motivo pra isso eu tenho. Nunca tive medo de amar, mas hoje tenho medo de não ser amada de volta, tenho medo de não ser suficiente. Será mesmo que te encontrei amor? Será que dessa vez você fica? Me faz feliz por favor. Me cura, como dizem que você é capaz.

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Nessa de Novo

Quanto tempo faz que eu não escrevia mesmo? Nem sei dizer porque parei. Que saudades eu estava dessa teclas batendo e inconcientemente retratando todo meu sentir. E como eu sinto! Até demais. Vivo nesse eterno luto de quem já fui e hoje com 28 anos, após me perder e me perder de mim, estou nessa de novo. Quem eu quero enganar?! Eu nunca gostei de mim e francamente parece que quem gosta ou gostou teve que se esforçar muito pra isso. O pior é notar que eu não entendo os motivos disso ser assim. Eu não sou engraçada, nem uma das mais inteligentes, sou melancólica e recentemente tenho me visto desesperada, não do tipo que as pessoas querem ajudar, mas do tipo que as pessoas mantém distacia pra não se contagear. Eu não tenho sido boa comapanhia nem para as pessoas que me amam e vivo tagarelando coisas chatas e sem sentido, coisas que as pessoas claramente não estão interessadas em saber. Não sei exatamente o que sonhar, porque francamente sei que não sou capaz de realizar. Todos dizem: para de se lamentar, você é muito vitimista. Até mesmo minhas cartas de tarô não tem suportado meu excesso de autopiedade. Que pessoa patética eu sou. Mediocre. Não sou uma grande escritora, meus desenhos não dizem mais nada, minhas experiencias são tão ultrapassadas e minhas opiniões tão irrelevantes. Sinto que preciso me reinventar, dizer tudo ao contrário, me vestir diferente, mudar meu estilo, meus assuntos, meus hobbies e ao mesmo tempo, parece um esforço desnecessário visto que a forma como as pessoas me veem não vai mudar. Desinteressante e melancólica. Ai de mim...

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Talvez esse seja o começo, hoje eu me decidi: vou me mudar. Vou viver uma vida um pouco mais complicada, mas vou mudar. Quero ir pra onde me querem por perto. Quero residir no meu próprio lar, onde tudo é do meu jeito e no meu ritmo. A ideia é boa de fato, mesmo com os percalços e o medo, mas sim, tem um porém. Ele não vem comigo, os olhos cheios de lágrimas e o silêncio cortam meu coração. Preciso acreditar que nosso amor é maior que os 230km de distância. Tomar minha vida pra mim tem sido difícil a anos, mas ela é minha e não posso mais deixar que se apropriem dela dessa forma. Essa tortura de lidar todos os dias com traumas de infância, não está me fazendo nada bem. Minha mãe precisa do espaço dela, da vida dela só pra ela também, eu estou atrapalhando nós duas. Meu pai seguiu com a vida dele e que bom que é assim. Depois de termos passando tanto tempo teimando em uma união que mais nos dividia do que integrava, a gente merece a paz e o espaço da felicidade. Pra você meu amor, preciso dizer com franqueza, torço pelo nosso amor, pra que cresça e siga firme como é agora. Quero te ter ao meu lado lá na frente e poder de todo coração passar cada minuto possível ao seu lado. Você é a pessoa mais doce que já encontrei pelo caminho, espero que a distância não faça você se esquecer do que sente agora e que nunca encontre alguém que te faça pensar que nosso amor é menos verdadeiro do que foi desde o primeiro beijo. Eu te amo pra sempre e 3anos num pra sempre é como um suspiro. Meu coração é nosso!

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Sabe o que é mais louco?! Eu acho fácil te amar. Nunca na vida pensei que seria fácil, tranquilo, gostoso, amar alguém, daí você, pá! Amei e amo cada momento contigo. Caraca, ainda bem. Ufa! Finalmente! Fogos de artifícios silenciosos! A princesinha da caos finalmente acho seu príncipe. A gente é uma dupla e tanto, maluquice que chega da medo e doçura que chega dar nojo (nós mal amados). Ainda bem que amadureci e descobri que é assim que tem que ser, mas que pena também o tanto de trauma que acumulei até chegar aqui. Esse negócio de namorar gente mais nova é complicado, porque você sente que ou é pra sempre, ou vai se tornar a ex tóxica, tudo porque já não aceita mais muita coisa e "se não tá disposto mete o pé". Não é fácil a diferença de idade, mas a real é que os caras da minha, são machistas e Istas a perder de vista e isso, isso não dá não. Você me respeita, me faz feliz, conversa comigo, combina e cumpre, e acima de tudo tá comigo pro que der e vier. Ninguém sabe o que tá fazendo da vida, nem se as coisas vão dar certo ou não, mas eu aprendi a creditar e perseverar, se não der certo é porque não era pra dar e vida que segue, mas todo dia eu rezo pra isso aqui nunca acabar, pra essa paixão nunca apagar, porque eu te amo tanto, que você já virou tipo um terceiro braço, ou melhor, meu segundo coração. TE AMO INFINITO!

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Desde os 14 anos, eu me exponho demais. Eu sou demais, não de um jeito maneiro, mas de um jeito exaustivo. Me sinto insignificante e sou viciada em atenção. Sou o tipo de pessoa que literalmente não suporta não ser o centro social. A pior parte é que eu era boa nisso, não de verdade, mas ninguém precisava saber. Minha vida sempre foi morna e deprimente então, aprendi a mentir, aprendi me proteger atrás de um personagem, ou cem. Era fácil, era confortável e muito divertido. Era bom esconder o quão medrosa eu posso ser, o quão triste eu podia estar, as merdas que eu passei e a infinidade de coisas que eu nunca fiz. Quando eu sentia estar perdendo tudo, de repente, não era eu ali, era alguém forte, poderosa, corajosa e cheia de experiências inacreditáveis, que de alguma forma as pessoas acreditavam sim e não só elas, pq no fim tinha esse lado teimoso e determinado, pronto pra fazer qualquer coisa pra se provar e então, coisas realmente inacreditáveis aconteciam e todo aquele louvor era meu, finalmente meu, de verdade. De repente eu estava viciada em deixar esse outro lado dominar, porque ela me obrigava a ser quem eu realmente gostaria. E um dia máscara caiu. Com 14 anos uma amiga descobriu as mentiras e as verdades. Com 14 anos eu me tornei a vaca interessante que sabe exatamente como fazer um homem comer na sua mão e sim, um homem, homem mesmo, adulto, do tipo que não se importa com quantos anos você tem e sim com quais dos seus buracos estão disponíveis. Fotos e áudios bem expositivos, correndo por celulares mundo a fora, os olhares nojentos dos caras da minha sala, sorrindo e me vendo, por dentro. A certeza de que não tinha nada a perder e o poder que você ganha quando tem um bando de imbecis de pau duro por causa de uma foto e um gemidinho sincero. A quantidade de garotas que do nada te acham mais interessante e decidem se tornar próximas pra ter um assunto melhor que materiais escolares. Exposta, de verdade, em carne e osso. Exposta a riscos impensáveis. Depois esquecida e ridicularizada. Reerguida e usada. De falsa e forte, para verdadeira e fraca. Não importa. Nada mais resolve, nem atuar, nem ser. Então só existir e deixar acontecer.

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De repente eu acordei, meus pés não tocavam o chão, pensei que ia cair, mas não, continuei ali, levitando e olhando pra mãos, teu sangue aquecendo meus dedos e rosto. O mundo inteiro parou pra assitir o seu último suspiro, pulmões pra cima e pra baixo, pra cima e pra baixo e fim. Seu rosto intacto, coberto pelo vermelho.

Senti uma dor aguda no coração, sorri pensando que ele iria parar, pensando que ia te encontrar e sim! Ele parou, mas não... Eu continuei ali, flutuando e pingando saciedade sobre você... Você meu amor eterno, você, meu único amor. Sempre tive sede de ti, mas nunca tão literal. Eu despertei do sonho do banquete para o pesadelo do coração partido: o seu e o meu. Eu não pude evitar, nem acredito que conseguiria, pois já há fome em mim. Não sei o que aconteceu, mas agora sou assim.

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Eu amadureci. Meus olhos não vem mais as cores do mundo. Eu desisti de tentar ser feliz do meu jeito, porque é como uma gotinha tentar ir contra uma correnteza. Quando eu era mais nova, eu ouvi em algum lugar que "não dá pra ser especial sendo normal" e eu acredito nisso ainda, mas além de não ser como os outros, não tenho nada de especial, nenhum talento sabe?! Ouvi dizer também que as pessoas não tem talentos, que é só uma questão de se esforçar, mas eu dou o meu máximo e não saio do lugar. Eu me sinto um peso em toda parte, pra todas as pessoas. Onde quer que eu vá, sinto que estou atrapalhando, incomodando, sendo um fardo e no fim não importa se isso é verdade ou não, porque tem a ver com como me sinto, não como os outros me vêem. As vezes me sinto sem saída, sem porto seguro e antes isso me levava a medidas desesperadas, tentativas de sair dessa vida e começar um nova, do zero, com um corpo menos cansado, com uma cabeça sem traumas e um coração menos pesado. Eu ainda não achei um propósito e nem forças pra ir atrás disso. Eu não me sinto mais no direito de tirar minha própria vida, porque tem pessoas com quem eu me importo, que não saberiam lidar com isso e eu não quero machucar ninguém mais do que eu já macuco em vida. Eu devia ter pensado melhor e nunca ter deixado um novo amor entrar na minha vida. Porque agora estou presa nela, só pra não machuca-lo ainda mais. Dói muito saber que eu tenho que continuar lutando todo dia contra a vida.

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Eu quero estar com você, eu gosto tanto que diria que amo, mas parece errado fazer isso. A vida me mostrou que amor é uma coisa bem diferente. Eu estou apaixonada por você, se isso um dia vai ser amor eu não sei, mesmo que eu queira muito que seja. Eu estou torcendo por nós. Quero que dê certo dessa vez, quero ser capaz de te amar sem medo, mas eu ainda tenho e muito. Quero construir uma relação contigo, sem pressa e com muita responsabilidade. Sinto muito por ter te conhecido destruída como estou: cansada e descrente. Espero não te fazer mal, espero não escolher as palavras erradas. Eu amo teu sorrisinho inocente e não quero ser eu a tirá-lo do teu rosto.

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Preciso fazer minha vida voltar a ser minha, preciso retomar as rédeas. Usando essa expressão acabei refletindo que: se minha vida fosse mesmo um cavalo, que corre igual um maluco inclusive, e que eu vivo perdendo as rédeas, faz sentido todos os tombos que tomei. Eita cavalinho difícil de domar, mas vou continuar insistindo. Segurar as rédeas com firmeza machuca, mas deve doer menos que ficar caindo o tempo todo.

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Eu nunca vi propósito em voltar no tempo. Eu sei que tudo que passei me trouxe até aqui, mas se eu voltasse, sabendo de tudo que sei hj, eu faria tudo diferente. Teria que reviver cada pequena parte da minha vida. Antes eu pensava que ser eu tinha um preço muito alto. Hoje eu vejo que é fácil ser eu mesma, sem fazer mal pra ninguém, sendo menos egoista. Não me entenda mal, viver é muito difícil, mesmo que tudo acabe dando certo no fim. A gente até pode sonhar e traçar um caminho, mas processo, o durante, é muito maior que tudo isso. Eu ainda não sei quem eu sou ou gostaria de ser, mas gosto de acreditar que se o destino me trouxe até aqui, ele ainda vai me levar bem longe e eu tenho a vantagem de ter vivido muita coisa e aprendido muito, mas também a desvantagem do cansaço que isso me trouxe e o medo de seguir em frente. Tenho pânico de mudanças e odeio a monotonia. Pelo menos nisso eu nunca mudo: sempre ambígua.

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Quando penso no futuro, não há nada que eu queira mais que a morte. Esse sempre foi o meu desejo mais verdadeiro. Eu sinto e penso demais, eu crio e planejo outras coisas, mas entre ter tudo que já desejei e morrer, não há nada que me convenceria a viver. Não me considero boa em nada, as coisas que eu sei são inúteis, as pessoas que amo, facilmente se esqueceram de mim, mesmo que eu saiba que diversas delas me amam de volta. No fim eu nunca me encontro de verdade, se não tem nada que eu deseje, o que devo seguir? Ter uma vida cheia de desprazer apenas como meio de sobreviver? Esse é o único caminho? Eu não tenho um propósito, não quero ser ninguém e não me sinto apta a contribuir com a sociedade. Minha vida talvez fosse mais ameba se eu não tivesse de me preocupar com dinheiro e se tivesse certeza de que teria um filho um dia. Mesmo assim o medo, de falhar e fazer pessoas sofrerem pela minha falta de capacidade, é sufocante. Se eu pudesse viver onde não atrapalho ninguém e onde não preciso de nada além me mim mesma, talvez me sentir menos culpada. Desejo a morte como alguém que flutua em um bote em meio aí mar, procurando água doce.

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Eu nem sempre acreditei no amor, é verdade, já senti tanta repulsa ao ponto de implorar a deus para me deixar longe disso tudo. "Me de inteligência e dinheiro, não preciso do resto". Para minha felicidade, na época eu cultuava um deus surdo, ou cínico, porque não recibo nada disso. Meu milagre foi ter encontrado alguém que me fez acreditar no amor, alguém que, por ironia, me fez acreditar em contos de fada, mas eu ainda tinha medo e não deixei nossa história se desenvolver. Ele era doce e gentil, mas me olhava como se pudesse me devorar, no sentido literal da palavra. Depois tive tantos amores, poderia escrever um livro apenas sobre isso e aposto que seriam necessários mais de um, ou dois volumes. A verdade é que hoje eu não só acredito nessas coisas, como as desejo como se minha vida dependesse disso. O problema vem sendo que depois de tantos laços desfeitos, tanto sofrimento e descaso, meu coração parece desligado, como um notebook apenas esperando alguém que clique no botão de iniciar, só que mesmo quando isso acontece, aparece um tela azul informando atualizações que precisam ser feitas e tendem a demorar muito. Eu mesma sempre deixo as atualizações pra depois e acabo desistindo, então entendo que alguém só irá esperar por mim se precisar de mim e mesmo que isso aconteça, talvez eu não seja mais capaz de amar. Vou continuar esperando, vou fazendo minhas atualizações por conta própria dessa vez. Espero merecer um grande amor, porque, pra mim, já basta de amores rasos.

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Eu amo essa viagem. Correndo o mundo dentro de mim.

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