dedo-podre

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Megara respirou fundo e assentiu enquanto via a cena. Será possível que nunca conseguiriam uma noite das garotas em paz? Tinha saído só por um segundo para falar com o seu contato dentro do bar. Deixou que ela terminasse com o homem, sua postura indicando a impaciência até que ele finalmente fugiu “ Espero que tenha uma boa memória fotográfica, porque ele não vai aparecer amanhã ” tinha quase certeza que ele era um daqueles que subestimariam Fiona, apesar da clara indicação que ela dera de que seria um erro subestima-la “ Mas você não vai atrás dele agora, porque vamos nos divertir, beber horrores, dançar, flertar muito e destruir alguns egos masculinos ” enroscou o braço com o da amiga e não a permitiu fugir, fazendo sinal para seu contato e liberando a entrada das duas pela porta de funcionários, evitando a fila e o pagamento da entrada.

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Megara se aproximou a passos largos e decididos, cruzando o espaço até que chegasse perto o suficiente da amiga. Não fazia ideia do que estava acontecendo, mas vira o suficiente para saber que não queria deixar Fiona sozinha, precisasse ela ou não da sua ajuda - pelo menos ela teria sua presença, mesmo que não quisesse. ❛ i can't leave you alone for one minute, can i? ❜ perguntou com um sorriso falso congelado no rosto, a voz baixa o suficiente para que só ela escutasse, o corpo levemente inclinado em sua direção. Não tinha chegado a tempo de avaliar a situação, e com certeza não queria piorar nada se fosse o caso.

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Sua resposta foi um dar de ombros tranquilo, como se não houvesse nada de errado na forma como as coisas foram conduzidas, mesmo que aquele estivesse longe de ser o seu trabalho mais limpo. Era mais por não se preocupar com a necessidade do espelho de se manter às margens - era interessante forçar sua mão a agir. Seu olhar o acompanhou enquanto ele pegava o que precisava do cadáver, a expressão já acostumada a manter-se neutra depois de tudo o que passara na vida “ Você subestima meu charme, goldie. Aposto que já soube de muitas histórias sobre como consegui o que precisava usando ele ” não era mentira e nem falava com soberba, era simplesmente um fato - seu charme era apenas mais uma arma de seu arsenal que tinha aprendido e se acostumado a usar. Assim como sua beleza. As pessoas eram fúteis assim. “ E como eu disse, poderia ser pior. Não precisamos matar ninguém. Além do morto, claro. As testemunhas vão acordar sem lembrança de nada, não tem rastros da gente aqui, está tudo certo ” e ainda bem por isso. Ela não era hipócrita de dizer que suas mãos estavam limpas, mas no fundo tinha um coração mole, e matar sempre lhe perturbara.

well... it could have been worse w. @dedo-podre

"Você deixa a parte de 'ficar às margens da história' muito difícil, Mégara." O espelho mágico não era protagonista nem personagem secundário. Seu papel de fornecer respostas à perguntas ambíguas sempre seu principal foco. Contudo, chegava num momento que tinha que intervir. Ou melhor, oferecer algo em troca de um favor no futuro. Goldyn ajoelhou e pegou o que precisava das roupas do homem, do que guardava abaixo da pele. "O que aconteceria agora? Se não tivesse conseguido impedir todas as testemunhas de, bem, virarem testemunhas?" A pele virou ouro, perfeita para limpar sem deixar rastro de sua presença.

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EVA DE DOMINICI The Cleaning Lady

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{flashback}

O que tinha naquele sorriso que fazia seu corpo ter vontade de sorrir de volta? E o que eram aqueles olhos que ela não tinha vontade de desviar, mas que subitamente a faziam se sentir tímida e envergonhada? Fazia anos que Megara não era mais inocente o suficiente para ter qualquer sentimento desse teor, mas parecia que a aura que sentira dele parecia impregna-la também, como se ele transbordasse aquilo que sentia. Era uma sensação tão estranha para ela que seu primeiro intuito era se afastar do homem, mas ela se via incapaz, presa em seus olhos, balançando os quadris, girando e voltando para a órbita do campo magnético dele, seus lábios se repuxando em um sorriso por conta própria. Não sentia o tempo passar, e quase não percebera a mudança de música, mas não demorou para que o ritmo entrasse em si e seus movimentos espelhassem, uma atividade tão familiar a ela quanto respirar, algo que fizera toda a vida, nos mais diversos estilos, com os mais diversos parceiros e mais diversos propósitos, mas nada parecia o mesmo com ele. Parecia familiar e novo em iguais proporções e ela estava confusa - mas não tinha vontade de parar. Então não parou. Sua canhota foi para o ombro dele, a destra puxando a mão do homem, não pedindo permissão, não esperando que ele guiasse, mas tomando controle e mostrando a ele um pouco de si, aumentando o ritmo, seu sorriso crescendo em divertimento.

{flashback}

Megara amava dançar; nem todo o seu período sendo forçada a fazer isso para sobreviver tiraram o seu prazer na atividade. Era um dos poucos momentos em que não parecia preocupada com nada do trabalho, nenhum fantasma do passado a assombrava, nenhuma preocupação do futuro lhe acometia. Estava perdida na música quando seus olhos cruzaram com os dele, e lá pararam, lá ficaram. Ela não o conhecia, tinha certeza; e ele também não era o tipo que ela normalmente iria - ele parecia inocente e bom, quase deslocado da multidão de corpos. Mas algo nele lhe puxava como um magnetismo, e antes que pudesse perceber, cruzava o espaço praticamente em linha reta até ele, sua mão indo até a dele e o puxando para o centro, seus olhos ainda nos dele, desafiando-o a dizer que não. Seus lábios repuxaram lentamente até se transformarem em um sorriso, e Megara voltou a dançar. No começo apenas se mexia com calma e esperava que ele a acompanhasse, soltando a mão dele e estranhando a falta de contato, mas não sentia a necessidade de se apressar. Nem sabia se ele gostava de dançar, mas não estava disposta a parar. Seu quadril começou a ficar mais em evidência, o ritmo da música entrando nos seus movimentos, e ela não tirava os olhos dos dele, mas seu sorriso agora era uma provocação para que ele dançasse também.

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“ Let me think about it ” respondeu de forma deliberada, seu leve repuxar do canto dos lábios sendo a única indicação de que lutava contra um sorriso e que estava se divertindo com o jeito dele. Era estranho para Megara aproveitar uma interação tão natural e leve quanto aquela, e ela quase se esquecia de usar suas máscaras sociais quando estava na presença dele. Quase. Suas cicatrizes podiam ser internas (ao menos a maioria) mas eram lembrete o suficiente de que homens não prestavam e que sempre tinham uma intenção por trás. Mesmo os que pareciam cavalheiros e inocentes. “ Você vai ser um cavalheiro e me fazer companhia durante meu jantar? ” a ironia de que eram sete da manhã e que sua mesa continha todo o aparato de um café da manhã, incluindo café gelado, frutas, iogurte, granola e guacamole não deveriam passar despercebido. Mas ela tinha acabado de sair do trabalho, então para ela ainda era jantar, mesmo que ele não soubesse que ela trabalhava no bar.

Local: Granny’s Red

Hércules não sabia explicar o efeito que Megara causava nele. Sempre que estava perto da mulher ele agia de forma mais atrapalhada do que o normal: geagejava, trocava a ordem das palavras em uma frase e agia como um completo idiota. Sendo assim, quando o ferreiro a encontrou no Granny’s Red foi inevitável agir como um verdadeiro pateta. Que ótima forma de impressionar a Megara. Mandou bem, Hércules. — Obrigado, eu acho — respondeu, agradecendo o elogio. Aquilo podia ser considerado como um elogio, certo? — O que acha de esquecer essa minha atrapalhada e começarmos novamente? Prometo não falar nenhuma bobagem dessa vez. 

w. @dedo-podre

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“ Um aviso na próxima seria de bom tom ” comentou com um olhar enviesado, sua atenção voltando para os guardas que patrulhavam à distância, só para ter certeza de que não haviam visto nada. Satisfeita o suficiente com a segurança dos dois apesar do truque que o homem soltara - e ela tinha quase certeza que mais tinha a ver com a satisfação alheia em soltar a magia do que qualquer precaução com o encontro, mesmo que estivessem passando do horário. Não podia exatamente culpar o homem, considerando o que ouvira das más línguas sobre seus poderes e que ela própria entendia o ímpeto e vontade de usar as habilidades só porque podia - quantas vezes invocara suas garras só para causar um efeito? “ Mas vamos ao que interessa e vou até ser um doce e ignorar que você está um pouco atrasado ”

Local: Proximidades do Pudding N’ Pie

Embora a noite já tivesse caído em Tão Tão Distante, com a escuridão tomando conta da ruas da cidade, alguns postes de luz  ainda iluminavam o ambiente. — As Osaro — falou e em questão de poucos segundos a intensidade da iluminação diminuiu, aumentando a escuridão das ruas. Kell sorriu diante do feitiço realizado com sucesso. Desde que tinha chegado na cidade  sua habilidade tinha enfraquecido e se tornado limitada, de forma que era satisfatório ver que ainda conseguia fazer coisas simples. — Não era minha intenção te assustar, Megara. Só achei que não deveríamos chamar atenção — já tinha passado do toque de recolher e alguns guardas que trabalhavam para o rei costumavam a ser bastante rigorosos com as regras.

w. @dedo-podre

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Demorou alguns segundos para que a voz de Red parasse de soar como uma coisa distante e intangível e realmente entrasse na sua mente, por meio da névoa de fúria que era o estado de erínea. Quando o fez, no entanto, a humana dentro de si controlou a criatura, e embora não tivesse saído de cima do homem por conta própria, ela se permitiu ser retirada pela xerife, levantando e respirando fundo para se recompor. Seu olhar encontrou o da mulher, a cabeça inclinando lentamente em um movimento meio sobrenatural, tentando reconhece-la. Quando finalmente a mulher tomou conta de sua mente, seus olhos voltaram ao azuis cristalinos normais, a cabeça balançando em negativa depois de processar a pergunta “ Eu estou bem ” confirmou, qualquer machucado nos punhos era comum demais para ela para que considerasse incômodo, principalmente considerando o estado que tinha deixado o homem “ Ele atacou ” disse brevemente - o que era praticamente a pior coisa a se fazer quando se recebia o castigo da erínea.

T.W.: agressão (e sangue)

Ela quase puxou o pulso com força, o corpo ainda tensionado e preparado para a agressão; ainda em uma espécie de transição entre humana e erínea. Era tão fácil gatilhar a fúria esses dias - tão fácil quando se fazia todas as noites, quando praticamente perdia o contato com a humana. Mas o tom de Red chamava por ela, pela mulher. E foi o suficiente para que permanecesse imóvel e retirasse o pé para que a xerife o algemasse. Isso é, até que ela foi cortada em sua fala. Até o cuspe. Megara não se lembrava de como o levou até o chão, talvez tivesse sido um chute. Mas a única coisa que enxergava agora era vermelho: vermelho da fúria que tomava conta de si, vermelho dos seus olhos de erínea, vermelho do sangue do homem em que estava sentada, uma perna de cada lado o prendendo ao chão, socando seu rosto de novo e de novo em uma explosão descontrolada que não via razão, não entendia que ele já não era mais ameaça, não ouvia os apelos dele para parar.

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O comentário extremamente egocêntrico a arrancou de dentro da própria cabeça e de seus problemas, um riso curto escapando antes que conseguisse evitar. Não que quisesse também, até porque ela aproveitava qualquer oportunidade de provocar e brincar com Gaston “ Guapo, você é uma ótima transa, mas não é o único ” provocou, seu tom divertido até que escutou a proposta e soltou um gemido - não sexual, mas de puro deleite com a perspectiva. “ I’ll take it ” respondeu sem hesitação e sem nem pensar mais a respeito do assunto, já se virando de costas para ele, a destra levantando até seus cabelos para tirar eles do caminho e deixar o pescoço e ombros visíveis e disponíveis para ele. Ele não estava errado em perceber que sua tensão ia além de tesão reprimida - normalmente Megara não tinha problema em conseguir alguém disposto - mas seu trabalho como erínea tomava cada vez mais de sua humanidade às noites, além de todas as suas inseguranças quanto ao tipo de pessoa que era voltarem à tona agora que seria madrinha. Com um suspiro audível, aproveitando a solta da respiração para relaxar os ombros, ela continuou falando para Gaston, mesmo sem vê-lo “ Os monstros não foram embora depois do casamento, só isso. Tenho tido muito trabalho além do Drink in Hell. E eu vou ser madrinha de uma criança. Consegue imaginar isso? Sei que queria ser pai, mas consegue me imaginar sendo uma figura recorrente na vida de uma criança? Madre de Dios ”

Megara de fato se fez em casa, mesmo que não estivesse esperando pela permissão dele, o que certamente chocaria os pais, se eles se importassem com ela. Havia sido criada na mais alta etiqueta, mas não via razões para isso quando ela e Gaston estavam desenvolvendo uma amizade tão espontânea. Tomando cuidado com a garrafa em sua mão, ela se sentou, quase jogada, ao lado de Gaston, afundando um pouco em direção a ele por causa do peso alheio e aproveitando para encostar a cabeça no ombro dele, o rosto voltado para cima, inspirando profundamente e soltando o ar pesadamente, em uma tentativa de finalmente relaxar “ Que bom que você ta todo felizinho, minhas noites têm sido uma merda ” adiantou que não viriam notícias boas da parte dela “ Deve ter sido uma transa e tanto pra você ainda estar assim, eu bem que preciso de uma. Ou de um dia de spa, ainda não tenho certeza ”

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Não tanto o comentário - porque infelizmente tinham dias que estava tão atolada de trabalho que era necessária uma agenda - mas muito mais o tom teatral e afetado que a deusa usara que fez com que Megara lançasse um olhar enviesado em sua direção. “ Como se você precisasse… sendo minha chefe e tudo mais ” a segunda parte dita como provocação para a amiga, o tom já ficando mais divertido e ela já se sentia desestressar um pouco. Com a notícia, não pode evitar um revirar de olhos e um aceno de cabeça cansado

“ Ah, então foi por isso que eu tive um enfarte? Me lembre de agradecer a Hermes ” resmungou, o sarcasmo rolando com facilidade da boca, até que ouviu a real razão da amiga ter vindo “ Fuck, Deméter está vindo? ” emitiu um gemido desgostoso já prevendo todo o trabalho extra e o estresse que a visita da deusa traria “ Sabe me dizer quando? Ou me dar um alerta pra eu fugir para as colinas? Brincadeira, obrigada pelo heads up, e você é um anjo de vir produzir a nova remessa. Vem que eu te levo, já deve estar livre, pedi que limpassem tudo ” já estava a meio caminho da porta quando terminou de falar, e sabia que não precisava guia-la para que chegassem ao porão.

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“ Eu já disse que não. Se continuar a me ligar eu vou atrás de você e não vai ser do jeito que quer ” esbravejou ao celular, desligando sem despedida e sem paciência ao andar pelo escritório, só então percebendo a presença de Perséfone. A visita da deusa não era tão fora do comum, principalmente considerando que o Drink in Hell não era apenas o seu local de trabalho, mas o do marido dela. No entanto, Megara não estava esperando a presença de Hades hoje ou lembrava de ter combinado qualquer coisa com a amiga “ Perse, o que está fazendo aqui? ” perguntou, surpresa e confusa, só então percebendo que alguma emergência poderia ter acontecido, ainda mais depois do evento traumatizante “ Aconteceu alguma coisa? ”

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The best things in life leave you breathless, right?

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W. @maidenxpersephone

GOSSIP GIRL (2007–2012) 4.08 Juliet Doesn't Live Here Anymore

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Avatar as Disney: Mai as Megara

I really like this parallel cause it just fits, you know?

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SEX AND THE CITY (1998–2004) 6.07 The Post-It Always Sticks Twice

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Witch: If you could change one thing about the world, what would it be?

“ Um mundo sem homens? Brincadeira. Mais ou menos ” apesar de ter o azar de ser atraída por homens, Megara não escondia que seu gosto era péssimo e que era desacreditada com os homens de modo geral, seu histórico a fazendo acreditar que a maioria não prestava e a maioria dos problemas do mundo seriam resolvidos sem a presença deles. Então possivelmente sua resposta real seria destruir o patriarcado.

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“it’s getting closer now”

Megara respirou fundo com o comentário, seus olhos fechando brevemente com o intuito de se concentrar no olfato; ela não era muito mística, mesmo trabalhando para deuses, mas se concentrando o suficiente, quase conseguia sentir o cheiro do inverno se aproximando, como a garota tinha falado. “ Você está certa. Logo mais vamos começar a temporada dos presentes, tudo vai ficar pintado de branco com a neve e vamos ter roupas mais chiques de inverno só para ficarem meladas de lama com a neve dos dias seguintes. Falta de vontade de fazer qualquer coisa por causa do frio e engordar por causa das comidas e bebidas. Hey ho, let’s go ”