“A saudade é a nossa alma nos dizendo para onde ela quer ir.” - Feérica, Carolina Munhóz
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31 de dezembro
Ja acordo triste, ansiosa, vontade de chorar e voltar para Salvador. Precisei vir na farmácia fazer um teste e não consigo me imaginar voltando para casa, pois sei que lá, trancada, os sentimentos serão pior. Primeiro me imagino so andejando sem rumo e adiando a volta, mas não nego que por vezes penso “e se eu não voltar mais?”, “e se algum carro acidentalmente passasse por cima de mim?”. Sei que são sintomas, mas é difícil me segurar nisso quando estou imersa na situação, acreditando fielmente neles. Me assusto apenas com a minha capacidade de me tornar mais irresponsável e descuidada frente a eles. Por exemplo: Só quero sumir e dormir até amanhã? Foda se, vou tomar rivotril até pegar no sono. Não importa o quanto eu estava me saindo bem evitando esse tipo de comportamento, mas num dado momento essas coisas já não me importam. Vou comemorar pra que se não tenho o que comemorar? Não tenho pelo que estar feliz e é isso.
Olho para alguns produtos na farmácia. Será que compra-los me dará uma leve sensação, por mais que falsa e momentânea, de que estou no controle e de que está tudo bem? Sei que não. Olho pros remédios ao redor. Quais misturas me fariam fugir daqui? Será que injetáveis seriam mais potentes? É um tópico a se pesquisar. Focar em remédios pelo menos me fazem esquecer a ideia de comprar e de que estarei muito apertada no próximo mês, algo que me preocupa e que eu não teria que me preocupar caso continue aqui. Qual seria o melhor momento de fazê-lo sem que traumatizasse tanto as pessoas? Talvez quando eu voltar pra salvador, o apartamento seria a melhor opção ja que é o mais “descartável” das casas.
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Primeiro, você sente muito. Depois, você sente falta. Quando percebe, você sente mais nada.
Tati Bernardi (via revejo)
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Mas menina, não é que já dizia aquele escritor?! “A vontade faz a gente ver é coisa”. Eu tava aqui já perdida em pensamentos quando tu entrou. O coração quase que para, achei que fosse ele. Só precisei de dez segundos pra reconstruir nossa história, tirando a parte dos filhos né… Antes eu dizia que queria quatro, agora acho que dois já tá de bom tamanho e olhe lá! Minha mãe que vira e mexe me pergunta: “Mas minha filha, se tu gostava dele, porque que deixou ir?” Vê se pode uma coisa dessa! Ele disse que queria ir, eu só disse vá, e ele foi… Ta bom que ainda hoje queria vê-lo voltar, nem que de visita fosse, mas também se não voltar não tem problema não. É que mainha é desse tipo de pessoa que acha que pra tudo nessa vida tem que ter um argumento. Parece até que a vida é dissertação de vestibular… É nada! A vida é conto, é prosa, é poesia. É aquela musica que vicia, que ora faz rir ora faz chorar. Mas não é só ela que me vem com esses pensamentos, não. Ainda outrora uma amiga minha disse que meu coração tava parecendo terminal de trem, do tanto de gente que entrava e saía e como era que eu permitia tanto movimento assim. Mas minha gente, como é que vou impedir que cheguem e que partam?! Eu deixo é que seja pedra, deixo que seja pluma e sigo citando aquele outro escritor “se for de paz, pode entrar!” E pode bagunçar, pode me ajeitar, pode passar de leve ou então feito um furacão. Pode fazer morada ou então que seja abrigo. Agora, me faça um favor, se for sair, deixe a luz acesa, que é pra eu continuar me preparando para quem mais possa chegar.“
Joyce Barreto (via debray3r-textos)
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No primeiro dia eu chorei, no segundo dia eu sofri, no terceiro eu era só saudade. No sétimo dia ainda te procurava em cada olhar, depois de quinze ainda revivia nossos momentos e durante um mês pensei em você sempre que pegava no celular, torcendo pra que ali tivesse uma mensagem sua. No segundo mês ainda tentava te contatar telepaticamente, o terceiro chegou e ficou esporádico, no quarto eu te deixei ir, levando contigo um tantinho meu. No quinto eu me conformei, no sexto eu superei, no sétimo te reencontrei, assim, por acaso. E agora, já que continuo aberta à sua volta, só espero que você volte, mas se lembre de ficar.
Joyce Barreto (via debray3r-textos)
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Levanta a cabeça, menina! A boa notícia é que tudo passa. Sabe essas feridas incuráveis? Uma dia não passarão de meras cicatrizes. Oh não, não faça cara feia! Cicatrizes são necessárias, elas servem para te lembrar o quão forte fostes ao superar a dor que lhe causaram! Sabe essas palavras que martelam sua mente e você queria que nunca as tivessem te dito? Acredite, em certo momento -no momento certo- você nem se lembrará totalmente delas. Sabe essa dor que parece não ter fim? Vai embora deixando poucos rastros! E na pior da hipóteses você aprenderá a conviver com ela. Já a péssima notícia é que tudo passa. O show da sua cantora favorita acaba chegando à última música. O seu livro favorito tem um ponto final. O filme que você verá no cinema com os amigos chegará aos créditos e… Não, espera! Essa continua sendo uma boa notícia. Pensa! É só no fim de um momento que você percebe o quão importante foi e passa a vê-los com outros olhos, valorizando ainda mais o próximo. Vivas o presente, só não se prenda à ele. Mas não se preocupa! Em tudo que passa há sempre algo que fica. Pega o que ficou e usa ao seu favor. Relembra, Cresça, Aprenda ou apenas guarde-os e visite-os quando necessário, quando desejá-los.
Joyce Barreto (via debray3r-textos)
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Bastou um telefonema para o meu mundo parar de girar, o coração apertar e a saudade bater. Sempre achei incrível o quanto coisas simples mexem conosco, mudam totalmente os nossos planos. Como o seu sorriso, que transformou o meu dia e me fez querer ficar, quando eu já estava prestes a dar meia volta. E eu, que acreditava que ao menos uma vez estaria no controle da situação, me vi rendida novamente. Coração tolo, sempre se entregando nos piores momentos. E eu, que decidi te reencontrar só para por um ponto final, me vi com borboletas no estômago exatamente igual à antes. “Vai ser fácil, apenas vá lá e mostre que dessa vez está decidida, que não terá uma sétima chance.”, havia repetido para mim durante todo o percursso. E eu, que já nem pensava mais, me vi perguntando qual tipo de droga seria você, me proporcionando sensações incríveis, destruições absurdas e vícios profundos. Vícios esses que iam da sua voz ao seu toque, do seu cheiro à sua presença, do seu abraço à você, por inteiro, sem tirar nem por. E eu, que ja nem queria mais, me vi recobrando à consciência e percebendo que já não era mais amor, era ilusão, deslumbramento. E para isso, meu amigo, a melhor cura é uma pitada de vergonha na cara, um pouco de realidade e uma grande dose de amor próprio.
Joyce Barreto (via debray3r-textos)
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Certa vez estava no ponto de ônibus e vi passar uma menina com o cabelo vermelho. Mas não vermelho acobreado, vermelho alaranjado ou vermelho borgonha, era um vermelho bem vermelho, tão forte quanto a sua confiança, inabalável diante da reação dos que o via. Enquanto eu, havia resolvido não usar uma das minhas blusas preferidas naquela manhã, preocupada com a opinião das pessoas, pessoas essas que nem me conheciam e das quais eu nunca mais me lembraria. Perguntei-me então qual seria o segredo para desligar aquele botão que fazia com que eu me preocupasse tanto com a opinião alheia. Coragem, talvez. Ou quem sabe um pouco de segurança e amor próprio? Pode até ser. Só sei que na manhã seguinte decidi não mais perder tempo admirando tanto a confiança das outras pessoas, mas procurando a minha. Se deu certo? Bom, coloquei aquela blusa, a mesma que não havia usado por medo dos meus colegas de classe a acharem meio estranha. Só não coloquei a sapatilha que gostaria, não seria legal se eu percebesse que aquelas pessoas que pegam ônibus comigo toda manhã achassem a combinação um tanto chamativa. Ok, você me pegou! Falhei nessa parte, mas é que dá um pouco de trabalho essa coisa de desapegar do “achismo dos outros”. Minha total auto confiança durou pouco menos de duas horas, foi só o tempo entre acordar -confiante-, tomar um banho e abrir o guarda-roupa. Puf! Mas naquele mesmo dia estava no ponto de ônibus e vi passar uma menina loira com dreads no cabelo. Não apenas um ou dois dreads atrás, mas o cabelo inteiro. Enquanto eu, havia resolvido não usar uma das minhas sapatilhas naquela manhã…
Joyce Barreto (via debray3r-textos)
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Me pego deitada perdida em meus pensamentos, mais uma vez. É outra daquelas noites em que o plano inicial era deitar, se sentindo leve, e pegar no sono rapidamente, mas minha mente me puxa de volta toda vez em que o sono dá algum sinal de vida. É estranho como, na maioria das vezes, esse turbilhão de pensamentos vem justamente quando não quero que eles venham, e o pior é que nunca sei aonde eles vão parar ou quando vão embora. E muito menos se, na hora em que partirem, me deixarão mais leve ou mais tensa do que o de costume. Dependendo do rumo que eles tenham tomado, posso pegar no sono rindo ou chorando. Isso me aflige, é sempre uma surpresa o resultado final, e, cá pra nós, surpresas nunca foram o meu forte.
Joyce Barreto (via debray3r-textos)
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Ah, não! Não vai me dizer que choras por ele, de novo?! Tá, eu sei que não temos muito que fazer quando a escolha foi por conta do coração, mas - vamos combinar!- chega um momento em que não dá mais para continuar derramando lágrimas por alguém que por algum motivo não nos pertence. Realmente vale a pena se deixar esperando? Até mesmo quando não há mais esperanças? Bom, na hipótese de ainda haver é uma circunstância a se pensar, isso na condição de serem esperanças reais, não se iluda criando falsas expectativas. Mas caso seja ao contrário recolhe o que sobrou e começa uma nova jornada, deixa o tempo - e até uma nova paixão, porque não?!- remendar e preencher todos os pedaços deixados para trás. Com tantas coisas mais interessantes, mais importantes – ou não- vai mesmo continuar aí “criando raízes”? Para e olha tudo o que há em sua volta, mas olha bem, olha até conseguir enxergar as coisas do jeito que era antes do sentimento acontecer, quem sabe até melhor. Tem certeza de que nada mais te chama atenção? Acha de fato que não valerá ao menos tentar se libertar dessa melancolia? Desse marasmo que você acredita ser o mundo sem ele? Sai dessa, guria! Se tu sofres porque gosta ou porque quer já é outra história. Mas se definitivamente já não aguenta mais esse cenário, me diz, o que ainda te prende aí? Se a resposta de imediato foi “não sei”, então corre! Á partir do momento em que nem há mais motivos para permanecer em uma relação não correspondida, aonde apenas um sente, aonde apenas um ama - isso se ainda existe amor ou que seja lá como você nomeia esse sentimento-, porque continua a bater de frente na mesma parede ao invés de dar a volta e passar a persistir em um novo caminho? Já na condição de você ter me dado algum fundamento, - ou uma lista deles-, pergunte-se a sério se não o encontrará em outro lugar, em outra conjuntura, em outra pessoa… E lembre-se, sempre, de que nada disso foi em vão. Você saiu dessa mais sábia, mais madura e, o mais importante, pronta pra outra!
Joyce Barreto (via debray3r-textos)
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Acho que perdi meu equilíbrio. Ou será que nunca o tive? Sim, porque certas vezes é como se eu saísse de mim. Choro, grito, corro, esperneio. Tudo numa tentativa frustrada de acalmar a alma, que foi perturbada por algo que já nem me lembro mais. Sou vencida pelo cansaço. Cansaço por tentar chamar atenção, cansaço por tentar fazer com que me entendam, cansaço por tentar seguir em frente, mas continuar parada ali, estagnada no mesmo lugar. Termino, como sempre, naquele canto o qual visito incessantemente, cercada pela escuridão que se tornou minha companheira, ouvindo apenas o silêncio entre um soluço e outro.
Joyce Barreto (via debray3r-textos)
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E você me pede pra ficar, uma, duas, três vezes. Me pede pra ficar, mas continua sempre me dando motivos pra ir. É difícil, porra, é. Mas eu preciso de um sinal seu, Robin. Um bilhete, uma carta, um papél amassado. Você é um poço de confusões, cara. E eu sempre reclamei disso. Mas nunca deixei de ser seu, mesmo quando eu não aturava você. Eu acho que se você não fosse tão você, eu até tentaria ficaria pra sempre. Não sei lidar com esse teu jeito. Não sei te deixar ir, não quero te fazer ficar. Não sei me deixar ir, mas não consigo ficar. Me torno meio-a-meio por você. Você me surpreende quando eu acho que sei tudo sobre você, porque sempre tem algo novo pra mostrar. Não sei deduzir se isso é bom ou ruim. Sou um completo meio-a-meio. Você me pede pra ficar, de novo. Mesmo sabendo que no final eu devo acabar indo. E faz isso porque sabe que eu acabo voltando. Porque isso que a gente tem, você não consegue encontrar em qualquer pessoa. Mesmo que você me diga com todas as letras que não existe nada aqui. É o meu nada que você procura. É o seu nada que me faz voltar. Porra, irônico isso. Porque é esse mesmo nada, que sempre me faz ir.
robin and stubb. (via tajmahhal)
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“Você bem sabe o que a gente tem…” A gente tem um nada que vem acompanhado. Acompanhando principalmente daquelas promessas que a gente sabe que não vão acontecer, mas teimamos em fazer do mesmo jeito. A gente é bem desse jeito, você é bem desse jeito. E é nessa bagunça que a gente se arruma. É nesse nada que a gente encontra alguma coisa. Porque, claro, eu sempre vou escolher ser bagunça. E o pior é que você também. Porque você não sabe como dizer não pra esse nosso quase alguma coisa, e eu não sei como dizer não pra esse quase nada. Não sei o que a gente tem, e você muito menos. Mas vamos fingir que a gente sabe de tudo, Stubb. Vamos fingir que a gente é bem ciente do que faz, quando na verdade somos dois idiotas perdidos e 5% retardados.
robin and stubb. (via tajmahhal)
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E de repente, vem uma vontade absurda de chorar, como se tudo que você quisesse pôr pra fora saísse em suas lágrimas.
Chorar não resolve, mas alivia. Romancitastes (via aventurador)
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abro seu tumblr e começa a tocar alex and sierra
hahah obrigadaaa
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