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chamei uma faxineira e fiquei com gastura
Putz, sinceramente nunca me imaginei nessa situação!
Desde criança, até a vida adulta, sempre ouvi falar das mulheres que faziam faxina na casa antes da faxineira chegar, pra não serem taxadas de desmazeladas. Sempre achei isso a maior piração e nunca imaginei que entenderia de onde esse sentimento podia surgir. Afinal, se você contratou uma pessoa para ir até a sua casa limpar e/ou organizar, esse é o trabalho dela e portanto ela está acostumada a chegar e ver esses ambientes desarrumados.
No entanto, ter me casado e ter ficado responsável pela gestão e manutenção de tudo que abrange o funcionamento doméstico realmente me deu uma perspectiva diferente. Minha casa se tornou muito um reflexo de como eu estou. Já tinha ouvido isso também (de um lugar mais machista que não vale a pena ser mencionado) mas não imaginava o quanto é real.
Se estou no meu melhor: o chão está limpo, varrido, todos os meus eletros de inox estão brilhando e os espelhados estão refletindo sem manchas, o sofá está limpinho e sem pelos de gato, a cama está arrumada e cheirosíssima porque fiz água de lençóis, o banheiro dá a sensação de estar esterilizado, o blindex sem as marcas de sais minerais e o espelho sem marcas de respingo d'água, cada coisa está em seu lugar - cuidadosamente escolhido, as roupas estão lavadas e guardadas no guarda-roupas, a despensa está cheia, há comida pronta e gostosinha na geladeira, e muito provavelmente isso foi possível depois de uma semana tranquila e primorosamente planejada, pra que eu pudesse dar conta de tudo sem ter tido crises de ansiedade ou um surto de estresse qualquer.
Nem sempre é assim... As vezes estou melhor para umas coisas e pior pra outras. Pode ser que eu tenha conseguido limpar muito bem tudo e que por ter priorizado isso, a casa esteja meio desorganizada. As vezes a alimentação está no ideal, mas por isso não me dediquei tanto a limpeza. Ou mesmo, posso ter priorizado colocar minha energia no campo profissional e me atualizei na leitura, coloquei prontuários em dia e me dediquei a estar um pouco mais no consultório.
O que é visível em um lar reflete o trabalho mental de mantê-la nos trinques e que muitas vezes é apenas uma das bolas no malabarismo dos papéis sociais exercidos pela mulher. Somos socializadas a pensar que precisamos dar conta de tudo e, em algum aspecto, falhar, toca num ponto de muita vulnerabilidade. Mesmo que seja uma profissional acostumada a ver o mais caótico dos ambientes, o desconforto de receber alguém pra auxiliar diz muito de reconhecer as próprias limitações e não se importar de que elas sejam também percebidas por outras pessoas.
E no caso daqui de casa, nem tinha tanta coisa desordenada assim. Só umas roupas pra serem postas pra lavar, algumas coisas fora do lugar no escritório do João e uma baguncinha de dia-a-dia na sala. Acho que é por isso também que muita gente não gosta de receber visita... Faz sentido né?
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Você pode ser uma pessoa tranquila... Mas chega ao nível do Lumus?
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arroz integral: porque tão dificil?
Teve um período antes de eu me casar, em que meus pais passavam a maior parte do tempo em outro estado e, por isso, eu e meu irmão meio que "morávamos sozinhos". Nessa época eu cozinhava bastante e inclusive só fazia arroz integral. Não sei o que aconteceu com o meu cérebro mas agora que cozinho quase todo dia, não consegui até agora acertar uma boa maneira de fazer um arrozinho integral top. Será que eu não tinha noção antes e estava ruim? Ou será que agora meu paladar está mais refinado que naquela época? Ou ainda, que eu esqueci os truques (ou as obviedades da época)? kkkkkk
Esse post ta sendo escrito em rascunho enquanto to testando uma nova forma de preparo. Nem eu sei o que vai render, mas volto aqui pra contar quando acabar.
Olha, já vi uma melhora mas ainda não é o ideal. Deixei o arroz de molho, sem lavar, com um pouco de vinagre por uma ou duas horas. Na hora do preparo, não fritei o arroz... Refoguei o alho, joguei um pouco de água na panela e depois acrescentei o arroz que estava de molho. Cobri com água em temperatura ambiente (talvez aí more o meu erro) e coloquei um pedaço de cebola.
A consistência ficou boa, mas o sabor ainda não me agradou. Vou fazer uns testes com água quente e tbm regulando a quantidade de temperos e óleo do refogado.
Não fritei o arroz pois vi algumas explicações de que o grão integral é selado quando frito e por isso não absorve mais água. Na vez anterior tinha cometido esse erro e virou tudo uma papa lastimável. Acho que to na direção certa, vamos ver como correm os novos testes.
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alguns pensamentos sobre blogs
Já a algum tempo tenho refletido bastante sobre o momento de hiperconexão que nós vivemos, com o boom de várias redes sociais ao mesmo tempo e a quase-obrigatoriedade de ser presente em ativa em todas elas. Os blogs minguaram e foram substituidos pelos tweets, que acompanhavam a síntese e rapidez do momento. Depois de um tempo, o boom dos vídeos e, um instante depois, os vídeos curtinhos e exibidos massivamente através de algoritmos que já sabem seu perfil de consumo de conteúdo.
Nos levando por essa tendência, acabamos cada vez mais nos adaptando pra um modelo de existência que pra mim se mostrou extremamente ansiogênico e estressor. Díficil encontrar um tutorial, uma receita ou mesmo uma review que não seja em vídeo. Buscas tem que ser feitas usando as palavras chaves que movimentam a SEO... Me percebi presente na internet pros outros, sem a sensação de um lugar meu. Foi aí que comecei a recordar da era dos blogs e pensei em como era legal ter o seu cantinho, com suas fotos, pensamentos, peripécias e a sua cara. Meio falando sozinha na internet sim, mas também sem sofrer a pressão de se juntar a trends e se apertar pra caber em moldes.
Tô aqui pra isso, tentando um pouco ir na contramão de toda essa velocidade. Deixando registrado um pouco da minha vida, num memorial que vai ser interessante de se ver construindo. Pode não dar em nada, mas vai que dá também? Só sei que tenho um monte de coisas aleatórias pra falar pro vazio, então sigo por aqui fazendo isso...
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um start aleatório & purê de batatas
Na teoria eu sei cozinhar muita coisa, já que sempre gostei de me aventurar em leituras e programas sobre isso... Mas já que minha mãe sempre ficou responsável pela alimentação da casa enquanto eu morava com eles, acabei não tendo tantas oportunidades assim de praticar.
Hoje foi o dia em que testei pela primeira vez meus conhecimentos teóricos desse prato tão simples, delicioso, clássico da culinária BR e amado pelo meu querido esposo: purêzinho de batatas. Não tem nada de muito místico... E também não segui nenhuma receita específica. Joguei as três palavras no google e dei uma olhada geral, analisando as semelhanças e diferenças entre algumas receitas e adaptei pro meu gosto.
Utilizei aquelas batatas pequeninas que vem em um saco amarelo, porque estavam na promoção, mas não pretendo fazer isso novamente. Descascar foi um trabalho bem chato já que foi um numero relativamente grande de batatas pequenas. A facilidade foi apenas de poder, com um único corte, deixá-las num bom tamanho para a cocção. Uma vez que descasquei a quantidade que julguei suficiente, imergi as batatas na agua fervente e acrescentei um pouco de sal. Deixei um timer de 5 minutos rodando, mas não tenho certeza do tempo que as deixei lá. Tirei quando as batatas ficaram macias o suficiente para serem perfuradas por uma faca sem muito esforço.
Passei as batatas cozidas por um espremedor específico e misturei o resultado com mais ou menos uns 50 ml da água usada no cozimento. Feito isso, passei para uma panela onde já havia derretido umas 2 colheres generosas de manteiga e dourado um pouquinho uma quantidade ok de alho (utilizei um industrializado pela praticidade). Misturei um pouco e depois fui adicionando leite aos poucos, até que atingisse a consistência que me pareceu adequada. Deixei o fogo mais baixo e temperei com um pouco de pimenta do reino, noz moscada e acertei o sal.
Ficou tãããão booooom... Certamente pretendo repetir em breve, utilizando como base para um escondidinho de carne moída.
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